Blog do Chico Maia

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Flamengo e Vitor Pereira quebrando a cara; Fluminense, Fernando Diniz e Marcelo mostrando serviço

Foto: twitter.com/FluminenseFC

Com as viradas de mesa e cambalachos que o tiraram direto da terceira para a primeira divisão, nos anos 1990, o Fluminense se tornou um dos clubes mais antipatizados do Brasil.

Mas, neste bicampeonato carioca conquistado sobre o Flamengo, da forma que foi, ele reconquistou muita gente e ajudou a destruir a máxima, de que “o errado é que está certo”, como diria o Mestre Kafunga. O Flamengo e o seu técnico português, Vitor Pereira, não merecem se dar bem juntos, porque agiram na contramão do bom senso, e estão pagando caro.

Mais o Flamengo, que demitiu um treinador que arrumou a casa numa situação emergencial, conquistou títulos muito importantes e foi apunhalado pelas costas. Para o lugar dele, a arrogante diretoria flamenguista buscou o não menos arrogante técnico do Corinthians, que arrumou uma desculpa esfarrapada para justificar porque não renovaria contrato com o time paulista.

Por outro lado, com essa conquista, Fernando Diniz começa a convencer aos mais céticos em relação à competência dele, que é um grande treinador. E que está evoluindo em suas convicções táticas, já que seus times sempre jogam bonito, fazem muitos gols, mas não davam contar de se defender de forma satisfatória.

Ainda sobre o time tricolor, impressionante como o lateral Marcelo fez diferença neste jogo final. Fez gol, deu assistências, liderou os companheiros e jogou bola demais. Mesmo sendo um dos mais velhos em campo, mostrou a diferença de nível de um “prateleira de cima”, já sem espaço na Europa, para a média brasileira.


Com bom humor, Atlético dá troco ao presidente do América com Charlie Brown Júnior: “O Coro Vai Comê”

Depois da goleada do América sobre o Peñarol, pela Copa Sul-Americana, o presidente Alencar da Silveira Jr., disse, bem ao estilo dele, bem humorado, que o Atlético deveria “preparar o lombo” para o jogo final do Campeonato Mineiro.

Ontem, o Atlético deu o troco no mesmo tom postou em suas redes sociais, jogadores dançando ao som da música “O Coro Vai Comê”, da banda Charlie Brown Júnior.

Alencarzinho passou recibo e aproveitou para reclamar da arbitragem do paulista Flávio Rodrigues de Souza:

@depalencar “Em resposta a @Atletico “Futebol sem irreverência não é futebol, a torcida adora isso . A preocupação foi tanta q teve atleticano comprando creme com xilocaína para passar no corpo ……. Rsrsrs bom jogo como sempre teve a ajudinha do apito“

@Atletico “Já que quem ganha a vida com a boca é cantor, essa é a nossa dica de música pós-título! #GaloTetr4 #MinasTemDono

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Zoações assim são legais e engrandecem o futebol, sem incentivar qualquer tipo de violência.

Quanto à arbitragem, não vi motivo para reclamações do América. Todavia, foi ele quem exigiu apitador de outro estado. O mineiro Paulo Cesar Zanovelli deu show no primeiro jogo.

Reprodução/Premiere/Hoje em Dia


Ótimo jogo, para sacramentar o tetra atleticano

Muito simples. O América tinha que se abrir, pois só a vitória interessava.

O Atlético foi cauteloso no início e, na sequência. se aproveitou das avançadas camicases americanas.

Além de Hulk, o time atleticano  queria mostrar serviço e todos correram muito. O América reclama do árbitro paulista, que ele quis, mas sem razão.

Depois, tentou conversar com o apitador, que não quis conversa. Resultado justo e o Atlético mereceu o tetra campeonato estadual.


O Atlético no fio da navalha; o América com a faca nos dentes. Será um grande jogo na final do Mineiro, e nada está decidido

Foto: Cris Mattos e Frederico Silva/FMF

Atlético tem boa vantagem na decisão contra o América, mas sofre pressão muito maior

Interessantes demais as circunstâncias dessa final de domingo, 16h30, no Mineirão. Graças à força do Hulk o Galo venceu o primeiro jogo e ampliou a sua vantagem, em função do regulamento do campeonato.

Porém, o América tem um time claramente melhor montado e estruturado. Os jogos de cada um no meio da semana, puseram lenha na fogueira. Enquanto o Coelho deu uma goleada que chamou a atenção de todo o continente, o Galo perdeu em casa para o Libertad, terceira ou quarta força do Paraguai, pela Libertadores.

Não é comum o famosíssimo Peñarol tomar de quatro. E tomou, pela Copa Sul-americana.

Depois da derrota, o técnico do Atlético, Eduardo Coudet, tacou fogo na lona do circo e ficou dentro. Ciente da delicadeza do momento, a diretoria engoliu e abafou o caso. Demitir treinador agora? Véspera do Brasileiro? Pagar mais uma multa milionária e gastar mais dinheiro para trazer outro comandante? E quem seria est substituto?

Além do mais, o clube poderá ser tetra campeão estadual neste domingo. Isso ocorrendo, a poeira baixa e a vida seguirá. Mas, caso o América vire o jogo e seja campeão, adeus Coudet.

É a vida, é o futebol…

O argentino deu entrevista ontem e pediu apoio à torcida, sob um argumento que ele tem razão, mas que é difícil demais de fazer o torcedor entender: vaias ao próprio time durante a partida, desestabiliza muitos jogadores e tudo se complica.

Disse ele: “O torcedor, talvez, não saiba a força que tem, para o bem e para o mal. Depois que terminar o jogo, ele é o primeiro que pode cobrar. Vou levantar a mão e pedir desculpas. Somos um grupo curto agora. Teremos jogadores que terão grandes momentos, momentos também não tão bons. O time ainda não jogou do jeito que eu quero jogar, entende? Quando os resultados são positivos, é mais fácil de se chegar no que você quer. Quando não tem clima agradável, é mais difícil.
Não sei se sou a pessoa mais adequada para passar essa mensagem ao torcedor, porque ainda não fui campeão, não fiz o time jogar como quero, mas devo pedir porque vamos precisar muito do torcedor.”

Pois então. Aguardemos!

Imagem: FMF

Só lamento que a arbitragem não seja mineira. O América não quis. Que o paulista escalado apite bem e não atrapalhe a decisão.


Pelo visto, Hulk é mais que meio time do Galo. Até o técnico parece ter se perdido sem ele

Foto: Pedro Souza/Atlético

Coisa horrorosa o Atlético esta noite contra o Libertad. O primeiro tempo foi abaixo da crítica, quando tomou o gol logo de cara. O segundo, foi “só” ruim, numa derrota justa, contra um adversário muito melhor, organizado e determinado.

Depois do jogo, a surpresa maior, com a fala do Eduardo Coudet na entrevista coletiva. Chutou o pau da barraca.

Vejamos o que vai acontecer daqui pra frente.

O Fred Ribeiro, do Globoesporte.com, resumiu bem a história do momento:@fredfrm O resumo do que Eduardo Coudet falou numa coletiva rala de se ouvir: “É a única coisa que pedi aos investidores e diretores. Pedi uma cláusula de saída. Porque não é o que me prometeram quando me buscaram. Eu assinei por dois anos. E agora, o que faço?

*** 

Uai, se ele não sabe, quem saberá?

Sintoma de fim de linha, caso a diretoria não engula bem essa porrada.


Atlético precisa jogar hoje o que jogou contra o América, sábado. O problema é que hoje, Hulk não joga. Mas tem Paulinho

Foto: twitter.com/Atletico

Estreia na Libertadores com casa cheia no Mineirão. Suspenso, o quase meio time do Galo é o grande desfalque desta noite contra o Libertad, time forte paraguaio, que goleou o Cerro Porteño por 5 x 0, domingo, pelo campeonato deles.

Gostei da opinião do Silvio Torres, comentarista aqui do blog, que traçou um paralelo entre a vitória do Atlético sobre o América no clássico pelo Mineiro em relação ao poderio de cada time:

* “Quando eu disse que o Atlético tinha conseguido um resultado sensacional na vitória por 3×2, não foi à toa. Enquanto o Galo continua sem nenhuma consistência tática, o América é, desde o ano passado, uma das equipes mais bem treinadas do país. Supera a deficiência técnica da maior parte do elenco com um esquema implacável de marcação, saídas de bola e armação de contra ataques muito bem ensaiadas e executadas, variação do posicionamento em campo dependendo do momento do jogo e leitura inteligente da reação do adversário. Se o Atlético entrar de salto Anabela domingo, com o “resultado debaixo do braço” – adoro clichês de jornalista medíocre – vai se dar muito mal na decisão do rural.”

* Silvio Torres


Para calar quem andou chamando o América de “azarão”! 4 x 1 no Peñarol

Na primeira rodada da Sul-Americana, com toda a razão, tem americano se beliscando até agora, pra confirmar que não está sonhando e que o Coelho tacou 4 a 1, fora o show de bola num dos clubes mais emblemáticos do futebol mundial. Tudo bem que o Peñarol não é mais aquele dos anos 1960/1970, porém, a mística continua e se trata do líder do atual campeonato  uruguaio.

Impecável o time do Wagner Mancini esta noite no Independência, com dois gols do Mastriani; Éder, que abriu o placar e Wellington Paulista, que fechou a tampa do caixão.

O time: Matheus Cavichioli, Arthur, Iago Maidana, Éder e Marlon; Alê, (Mateus Gonçalves), Juninho (Lucas Kal) e Benítez (Martínez); Matheusinho, Everaldo (Henrique Almeida) e Mastriani (Wellington Paulista).


Cruzeiro x Minas Arena/Mineirão: “Jus sperniandi”, o direito de espernear, ou, “se grito resolvesse, porco não morria”  

Audiência pública na Assembleia Legislativa, ontem: @assembleiamg – Entre os convidados presentes na audiência: Samuel Lloyd (representando Minas Arena), Sergio Santos Rodrigues (presidente do @Cruzeiro), Pedro Souza (Seinfra), @AdrianoAro (@FMF_Oficial), André Lamounier e Rodrigo Messano (@Atletico)

O Cruzeiro está certo em brigar pelos seus direitos e o Consórcio Minas Arena, idem, pelos direitos dele

Na doutrina jurídica “Jus sperniandi”, é o direito de recorrer, mesmo quando a situação está perdida ou quase perdida para a parte que recorre. No popular, é o “direito de espernear”.

Ronaldo está sabendo se utilizar bem das torcidas organizadas, que ele mesmo atacou recentemente nas redes sociais dele, quando foram protestar na Toca da Raposa, pedindo um time à altura das tradições do Cruzeiro.

Mas, recorrendo também a uma frase, da sabedoria popular, da roça, “se grito resolvesse, porco não morria”.

O Consórcio Minas Arena está amparado em contrato de Parceria Público Privada – PPP -, com o Estado, muito bem redigido, fruto do edital de licitação para a reforma do Mineirão, visando a Copa do Mundo de 2014. Por ironia do destino, ideia de um grande cruzeirense, o então governador Aécio Neves, que prometia entregar o estádio para o Cruzeiro e o Atlético depois do Mundial. Na hora agá, quando foi publicado o edital, os clubes ficaram sabendo que não teriam direito de nem sequer participar da licitação.

E deu no que deu.

Para romper este contrato, que vai até 2037, é só indenizar às três empreiteiras que formam o Consórcio Minas Arena, com as devidas penalidades previstas no contrato, que depois de devidamente calculadas devem chegar a alguns bilhões, ou nem tanto.

Porém, movimentos como os que estão sendo feitos, trarão algum efeito positivo sim. Na audiência pública de ontem na Assembleia Legislativa, lendo o mesmo contrato (coisa que o Cruzeiro não deve ter feito quando assinou a parceria com o Minas Arena), o representante do governo do estado lembrou que o estádio tem obrigação de receber até 66 jogos de futebol por ano. Daí, fica escancarada a possibilidade de um acordo entre as partes, já que o Cruzeiro pode se amparar neste item contratual, bem utilizado pelo Atlético em 2013, quando ele jogou sem pagar aluguel, a final da Libertadores da América contra o Olímpia. E, para o bem do futebol mineiro, ganhou, não é!?

Que se chegue a um acordo e a torcida cruzeirense possa continuar lotando o Mineirão, como fez nos últimos anos, mesmo disputando a Série B do Brasileiro.

Foto: twitter.com/Mineirao


Folha do Villa Nova é a mais baixa do Mineiro: R$ 100 mil e só não ganhou o Troféu Inconfidência porque arbitragem interferiu

Em foto do Thiago Trindade, lance da bola na mão do atacante do Tombense, que resultou no gol que garantiu a vitória do time de Tombos. Árbitro Murilo Francisco Misson Júnior deixou i lance seguir e depois confirmou o gol. 

Tive a satisfação de bater um longo papo com o Washington Munaier, na Rádio Santana 87,9 FM (foto da Graça Melo), segunda-feira, a partir das 10 horas. No tradicional programa Comunicação Total, que está há 22 anos no ar.

Daí a pouco, recebi esta mensagem do jornalista Wagner Augusto, presidente do Conselho Deliberativo do Villa Nova: “Ouvi sua entrevista numa rádio Web de Sete Lagoas.
Lamentei muito a queda do Jacaré, principalmente por causa do Renato Paiva. Parece ser um cara sério.
E fiquei surpreso em saber que não faltou dinheiro no clube!
Esse foi o nosso maior entrave no Villa. Folha de parcos R$100 mil mensais! A mais baixa entre os 12 clubes.
A folha da Caldense é de R$200 mil!
E se o Villa não tivesse sido roubado em Muriaé novamente, ainda seríamos campeões do Troféu Inconfidência!
Se quiser divulgar tudo o que falei, fique à vontade!”

Começamos a treinar no Réveillon! O último dos 12 a se apresentar.
Do time-base titular, se tirar o goleiro Thiago Braga, o zagueiro Luizão e o atacante Luan, a média de idade do nosso time é de 21 anos!
Nossa folha é de R$100 mil mês. A do Cruzeiro é de R$3,8 milhões! Em 10 jogos do Campeonato Mineiro, fizemos 16 pontos e o Cruzeiro apenas 12!”

O presidente do Conselho do Villa, jornalista Wagner Augusto (esquerda) com o apresentador de TV, Sérgio Prates, que nos deixou no dia 29 de março.


Cleber Machado não ficou nem uma semana desempregado e já liderou a audiência na estreia na Record

Foto: Divulgação/www.facebook.com/antenadosnofutebol.br

O telefone de grandes profissionais toca imediatamente quando o mercado fica sabendo que eles estão disponíveis. Principalmente quando se trata de gente boa, correta em tudo o que faz. É o caso do locutor Cleber Machado, que a Globo abriu mão dias atrás. E ele já estreou numa concorrente já dando ótimo resultado, ganhando na audiência no primeiro confronto.

Ontem e hoje, li duas manifestações de respeito a ele, que vale a pena serem lidas. No Uol, blog do Menon, jornalista respeitadíssimo de São Paulo, e no site Antenados no Futebol.

Menon: “ Cleber Machado e o grande recomeço, goleando a Globo…

Quem esteve afastado do mundo – gripe ou retiro espiritual – com certeza se assustou com notícias seguidas. Cleber Machado vai narrar Copa do Brasil na Amazon Prime, depois de narrar o Paulistão na Record. Epa, o Cleber Machado deixou a Globo, diria nosso assustado e acordado personagem.

Sim, deixou a Globo aos 60 anos, depois de 35 anos de casa. E já está trabalhando. Um fato importantíssimo. Um murro contra o etarismo, um preconceito que é “subavaliado”, digamos assim…

Fico muito feliz em ver o Cléber trabalhando e dando à Record uma bela audiência: 16 x 10 no Masked Singer e no Domingão do Huck, da Globo. A ausência de Cleber Machado após a bela Copa que fez, mesmo longe dos estádios, só se explica por contenção de despesas, algo sempre presente nos dias de hoje. Tomara que Jota Júnior, outra voz marcante, volte a trabalhar novamente…”  www.uol.com.br/esporte/futebol/colunas/menon

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Antenados no Futebol  · 

“Máximo respeito ao Cléber Machado!

Mesmo após uma mudança de emissora depois de anos em sua carreira, narrou como não tivesse em um novo canal de TV. MONSTRO!”

www.facebook.com/antenadosnofutebol.br