O primeiro gol do América contra o Fluminense foi um dos mais bonitos que já vi na vida.
Fez lembrar os gols que o “Carrossel Holandês”, de Johan Cruyff e Cia. marcava na Copa do Mundo da Alemanha em 1974. O lançamento do Carletto, o acompanhamento da trajetória da bola pelo Marcos Rocha; o acerto dele no passe de primeira e o sem pulo do Rodriguinho.
A troca de treinador motivou o time que já fizera uma boa partida na derrota de 2 x 1 para o Corinthians, e Givanildo foi feliz ao optar ontem pelo esquema com três zagueiros, o seu preferido.
Dorival Junior estava na mesma situação do Vanderlei Luxemburgo, ano passado no comando do Atlético: não sabia mais o que dizer, depois de outro péssimo resultado, contra um adversário fraco e ainda por cima em casa.
A intenção do Inter de contratá-lo certamente facilitou o acordo com a diretoria atleticana para a sua demissão. Saiu pela porta da frente. Não resta dúvida que é um bom treinador, mas chegou a um ponto que não dava mais liga no comando do Galo.
A troca de técnico está sendo na hora certa, a tempo do sucessor arrumar a casa para que a campanha do Atlético neste Brasileiro não termine de forma tão ruim como está sendo. Este elenco pode produzir muito mais.
O péssimo árbitro Wilton Sampaio do Distrito Federal influiu diretamente no placar de Inter 3 x 2 Cruzeiro. Invalidou um gol legítimo do Anselmo Ramon, apitando impedimento e não apitou um pênalti claro sobre o Montillo quando o jogo estava quase acabando.
Mas o Cruzeiro precisa melhorar o seu elenco, ainda mais com a fratura de tornozelo do Wallysson neste jogo.
Quatro derrotas consecutivas é um fato absolutamente estranho na vida do Cruzeiro. Ao contrário do que diz a diretoria, o elenco é de qualidade razoável para o Brasileiro e qualquer treinador terá dificuldade para conseguir fazer uma boa campanha com este grupo.
Lembrar a primeira fase da Libertadores para dizer que tratam-se dos mesmos nomes é querer tapar o sol com a peneira.
A melhor campanha na fase inicial da Libertadores foi muito exaltada por toda imprensa, porém os adversários eram fracos, inclusive o Estudiantes, com um time envelhecido e campanha ruim no Campeonato Argentino. E no embalo da conquista do Mineiro, a diretoria se acomodou nessa avaliação mal feita do elenco cruzeirense, que a rigor, tem Montillo para fazer diferença.
Tinha americano se beliscando na Arena do Jacaré para se certificar que não estava apenas sonhando neste jogo contra o Fluminense. O time jogando muito, marcando belos gols, árbitro errando a seu favor (caso do pênalti do Gum), goleiro defendendo cobrança de pênalti, bola na trave e uma goleada sobre o atual campeão brasileiro.
Impressionante a campanha do Galinho na Taça BH de juniores: oito jogos, oito vitórias e nenhum gol sofrido. É preciso que o time profissional saiba aproveitar vários destes jogadores que foram campeões sobre o Fluminense.
O Bernard, de novo, só não fez chover. Tomara que o sucessor do Dorival Junior dê chances a ele com a camisa 10.
Vi incontáveis gols e assistências como as que ele fez hoje, ano passado, na Segunda Divisão mineira, quando ele foi o grande nome do Democrata Jacaré no Campeonato.
* Essas e outras notas estarão em minhas colunas de amanhã, nos jornais O Tempo e Super Notícia, nas bancas!