Blog do Chico Maia

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Um cartolão que põe qualquer similar brasileiro no bolso; inclusive o Teixeira

O jornalista Ariel Palácios é corresponde da Globo News e do Estadão em Buenos Aires.

Muito bom de serviço.

Escreveu, em 2009, um relatório sobre o presidente da Associação de Futebol da Argentina, a poderosa AFA, equivalente à CBF.

Perto dele, que está há 32 anos no poder, Ricardo Teixeira, que está há 22, é filhote.

Confira a ótima reportagem do Palácios:

 * Grondona, o homem que sobreviveu a quatro ditadores, nove presidentes e um papa 

de Ariel Palacios 

Don Julio, presidente da AFA, tem no dedo mindinho um anel com dizeres ‘Tudo passa’. Seus críticos rebatem: ‘tudo passa, menos ele’. Grondona, enquanto assiste um jogo entre as seleções da Argentina e da França (fotografia da Presidência da República)DOMJULIO

Julio Grondona, ou, simplesmente “Don Julio”, está há 30 anos no comando da Associação de Futebol da Argentina (AFA). Nesse período, o poderoso Grondona, que – segundo os analistas esportivos – domina a organização sem oposições e questionamentos, sobreviveu com apenas uma Copa do Mundo conquistada (México 1986), oito greves de jogadores, três paralisações de árbitros, mais de 40 casos de doping dos jogadores da seleção, além de acusações de corrupção e de vínculos controvertidos com o poder e empresários amigos que possuem negócios comerciais com a AFA. Apesar dos problemas, Grondona relativiza os contratempos e pronuncia sua frase preferida: “tudo passa”.

Essas duas palavras estão gravadas em letra de forma em um enorme anel de ouro que ostenta no rechonchudo dedo mindinho da mão esquerda. Seus críticos – que o definem como um “autocrata”, comentam: “sim, ‘tudo passa’…menos Grondona, que continua ali”.

Desde seu escritório na rua Viamonte, Grondona viu o poder político passar, enquanto ele permanecia incólume. De 1979 para cá a AFA teve um único presidente. Mas, a República Argentina já está no décimo-terceiro presidente desde aquela época (os generais e ditadores Jorge Rafael Videla, Roberto Viola, Leopoldo Fortunato Galtieri e Reynaldo Bignone, os presidentes civis constitucionais Raúl Alfonsín, Carlos Menem, Fernando De la Rúa, Ramón Puerta, Adolfo Rodríguez Saá, Eduardo Camaño, Eduardo Duhalde, Néstor Kirchner e a atual Cristina Kirchner).PAPA

Pouco tempo antes do papa João Paulo II morrer, Grondona ufanou-se: “estou há quase tanto tempo na AFA como o papa no Vaticano”. Ele também poderia alardear que está há mais tempo no posto do que o espanhol Ángel María Villar, da Real Federação (21 anos) ou Ricardo Teixeira da CBF (20 anos).

VIDELAVidela, que deu a bênção à posse de Grondona

Grondona foi eleito em 1979 com apoio do almirante Alberto Lacoste, encarregado da Ditadura de organizar a Copa de 1978. E a bênção do ditador general Jorge Rafael Videla. Na ocasião, era visto como uma opção transitória, já que o candidato preferido dos clubes, Ignacio Ercoli, declinou o convite com o argumento (no qual ninguém acreditou) de que não estava disposto a ir a Buenos Aires todos os dias desde a cidade de La Plata (informações extra-oficiais indicam que havia ficado assustado com a truculência de Lacoste), a 57 kms de distância.

Mas, nos seguintes 30 anos, o “provisório” Grondona foi reeleito sete vezes. Somente uma vez enfrentou um opositor, o ex-técnico Teodoro Nitti, em 1991. Nitti conseguiu um único voto. Grondona teve 40. A última reeleição foi no ano passado. O atual mandato conclui em 2012. Não existem especulações sobre um eventual sucessor de Grondona que não seja o próprio Grondona.

Um de seus críticos, Raúl Gómez, ex-presidente do time Vélez Sársfield, afirma que nas assembleias da AFA ninguém ousa perguntar coisa alguma a Grondona. “Quem faz uma pergunta é calado com os assobios dos amigos do Grondona”. Segundo ele “Grondona diz que empresta dinheiro aos times. Mas é dinheiro dos times! Ninguém denuncia coisa alguma porque existe medo. Não é um medo pessoal. Mas sim, medo que Grondona prejudique o time ao qual pertence”.

CRISES E SOBREVIVÊNCIA – Desde que Grondona está no comando, a AFA teve sete técnicos da seleção (César Luis Menotti, Carlos Salvador Bilardo, Alfio Basile, Daniel Passarella, Marcelo Bielsa, José Pekerman, novamente Alfio Basile, e o atual Diego Maradona.
Nestas três décadas Grondona também sobreviveu às quatro graves crises econômicas (sem contar a atual) que assolaram a Argentina e os clubes. Também passou incólume pela polêmica gerada pela violência nos estádios (do total de 234 mortes de torcedores, 135 ocorreram durante sua administração)

Os críticos de Grondona afirmam que ele montou uma estrutura que permitiu a consolidação de “uma AFA rica e clubes pobres”. Os times pequenos, de menor influência política e econômica são os mais afetados. Em 1982 instalou um sistema de queda para divisões inferiores que beneficiou os grandes times, já que é praticamente impossível cair de categoria. Somente um deles, o Racing Club, caiu para a segunda divisão, entre 1983 e 1985.

Fontes do setor esportivo que consultei em Buenos Aires indicaram que nenhum governo ousa pressionar pela remoção de Grondona do posto. “Nos últimos anos sempre existiu uma ameaça velada, lá de Zurique (cidade onde está a sede da FIFA), de que se Grondona for removido, a Argentina poderia ficar fora da seguinte Copa”, explicaram as fontes.

O presidente da AFA também possui influências mais além das fronteiras argentinas. Grondona – que não fala outro idioma além do castelhano – preside a Comissão de Finanças da FIFA. Além disso, me disse o analista esportivo Ezequiel Fernández Moores, autor de livros sobre negociatas no futebol argentino, “Grondona foi elemento crucial na reeleição de Joseph Blatter, presidente da FIFA, em 2002”.

Segundo Fernández Moores, Grondona conta com uma vantagem comparativa sobre outros cartolas: “ele foi jogador de futebol, presidente de um time pequeno, depois de outro time grande, e finalmente da AFA. Conhece de perto o funcionamento desse mundo. Muitos cartolas, como o próprio Blatter, nunca tiveram essa experiência. Além disso, segue muito bem a frase do ex-primeiro ministro italiano Giulio Andreotti, que dizia que ‘o poder só desgasta aquele que não o tem’. E Grondona sabe usar muito bem o poder…”.

‘Don Julio’ ufana-se de estar no comando da AFA por um tempo superior àquele que Karol Józef Wojtyła esteve no trono de São Pedro como Joannes Paulus II

FRASES DE GRONDONA

– “Tudo passa” (bordão de Grondona, que até está gravado em seu anel)

– “Estou no comando da AFA o mesmo tempo (de duração) que o Papa está governando o mundo”

– “Fui escolhido pelos clubes, não pelo almirante Alberto Lacoste” (quando defende-se das acusações de que um dos homens mais poderosos da Ditadura teria ordenado sua designação, em 1979).

– “A AFA é minha vida e não a troco por nada!”

– “Dizem que há muito tempo estou na AFA…é verdade…mas, quanto tempo faz que estão (em seus cargos) os empresários que comandam as grandes empresas do país? E há quanto tempo estão os sindicalistas? Então, qual é o problema?”

– “O mundo do futebol é difícil, de muito trabalho…e os judeus não gostam das coisas difíceis” (afirmação que fez quando comentava o motivo pelo qual – segundo ele – não existiam árbitros judeus na Primeira Divisão local).

– “Eu também tenho amigos judeus!” (argumento de Grondona, quando teve que colocar panos quentes e retratar-se diante da polêmica que gerou com sua frase de que “os judeus não gostam de coisas difíceis”)

– “Quando é que vou me aposentar? Nunca, pois aquele que se aposenta, morre”

GRONDONA, AS TIME GOES BY

Tal como na letra da emblemática música do filme ‘Casablanca’, a “As time goes by” (Assim passa o tempo), aqui vai a cronologia de Grondona. O ‘time goes by’, mas Grondona permanece…

1931 – Julio Humberto Grondona nasce na cidade de Avellaneda, Grande Buenos Aires. Na juventude foi jogador de futebol, embora sem destaque.

1957 – Grondona e seu irmão Héctor fundam o clube Arsenal, na cidade de Sarandí, na província de Buenos Aires

1976 a 1979 – Presidente do clube Independiente

1979 – É designado presidente da Associação de Futebol Argentino (AFA)

1982 – Argentina fica em décimo primeiro posto na classificação da Copa da Espanha

1983 – Ditadura termina. Grondona ressalta que é filiado à UCR desde 1963, partido que vence as primeiras eleições livres. É reeleito para o cargo de presidente da AFA

1986 – Argentina vence a Copa do México

1987 – É reeleito para o cargo de presidente da AFA

1988 – Torna-se um dos vice-presidentes da FIFA

1990 – Argentina, vice-campeã na Copa da Itália

1991 – É reeleito para o cargo de presidente da AFA. Pela primeira vez, aparece um candidato opositor, que só consegue um voto.

1994 – Argentina fica em décimo primeiro lugar na Copa dos EUA

1995 – Grondona afirma que votou na reeleição do presidente da República, Carlos Menem. É reeleito para o cargo de presidente da AFA

1998 – Argentina fica em sexto posto na Copa da França

1999 – É reeleito para o cargo de presidente da AFA

2000 – Deputados denunciam Grondona por administração fraudulenta. Dois anos depois, processo é encerrado, Grondona fica livre de culpas.

2002 – Argentina fica em décimo oitavo posto na Copa de Coréia-Japão.

2003 – Grondona desmente rumores de renúncia e diz: “A AFA é minha vida”. É reeleito para o cargo de presidente da AFA

2006 – Argentina fica em sexto lugar na Copa da Alemanha

2008 – É reeleito para o cargo de presidente da AFA

2009 – Completa 30 anos no poder.

* PERFIL: Ariel Palacios fez o Master de Jornalismo do jornal El País (Madri) em 1993. Desde 1995 é o correspondente de O Estado de S.Paulo em Buenos Aires. Além da Argentina, também cobre o Uruguai, Paraguai e Chile. Ele foi correspondente da rádio CBN (1996-1997) e da rádio Eldorado (1997-2005). Ariel também é correspondente do canal de notícias Globo News desde 1996.

Em 2009 “Os Hermanos recebeu o prêmio de melhor blog do Estadão (prêmio compartilhado com o blogueiro Gustavo Chacra).


Zezé Perrella nem chegou a Brasília, mas os holofotes já estão ligados

Zezé Perrella ganhou um mandato de senador, mas também as consequências que isso traz.

De cara, o cerco da imprensa nacional.

Diferentemente do futebol, onde ele reina, na política todos os gatos são pardos e os resultados dos jogos nos gramados não têm a menor influência no humor ou interesses desse mundo de gabinetes, ternos e gravatas do Congresso.

A mídia que cobre Brasília é incontrolável, para o bem da democracia brasileira, diga-se!

O jogo lá é mais bruto!

Quando saiu a notícia que o Itamar estava de leucemia o primeiro veículo de comunicação a voltar suas baterias para o seu possível sucessor foi o Hoje em Dia.

No dia seguinte, um amigo comum, meu e do Zezé, ligou-me para reclamar da reportagem.

Eu disse a ele que a raia seria diferente a partir do momento em que o comandante do Cruzeiro se tornasse senador, pois toda a mídia nacional passaria a esmiuçar a vida dele.

Com lupa!

Em termos nacionais, o O Globo dá o chute inicial.

Saiu agora há pouco na internet e amanhã deverá estar no jornal impresso, nas bancas do país.

* Zezé Perrela

Um suplente polêmico para a vaga de Itamar

ZZPFábio Fabrini (fabio.fabrini@bsb.oglobo.com.br)

BRASÍLIA – Deverá provocar barulho a chegada ao Senado do suplente do ex-presidente Itamar Franco, Zezé Perrella (PDT-MG). Com a morte do senador mineiro, o presidente do Cruzeiro herda um mandato quase inteiro no Senado e, de quebra, ganha refresco em investigações por enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Na condição de parlamentar, terá foro privilegiado, o que significa que as investigações agora dependem de autorização do Supremo Tribunal Federal (STF).

LEIA MAIS:Com Zezé Perrella no Senado, oposição perde uma cadeira

Um colecionador de títulos na Raposa, pelo Cruzeiro, Perrella se notabilizou pelas complicações com o Ministério Público e a Polícia Federal. Há pouco mais de um mês, a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Minas abriu investigação para apurar como o cartola, que exerceu mandato de deputado estadual entre 2007 e 2011, adquiriu a Fazenda Guará, em Morada Nova de Minas, produtora de grãos e gado. A propriedade valeria mais de R$ 50 milhões, apesar de Perrella ter declarado à Justiça Eleitoral, no ano passado, patrimônio de R$ 490 mil, numa denúncia feita inicialmente pelo jornal “Hoje em Dia”.

A Guará está em nome da Limeira Agropecuária e Participações Ltda., empresa em nome dos filhos de Perrella, Carolina Perrella Amaral, e o deputado estadual mineiro Gustavo Henrique Perrella, eleito no ano passado, graças ao apoio do pai. O cartola alega que “doou” seus bens aos filhos. A Polícia Federal apura indícios de lavagem de dinheiro na aquisição da fazenda e pesados investimentos feitos na propriedade, posteriormente.

No ano passado, a PF já havia indiciado o futuro senador Zezé Perrella por lavagem de dinheiro e evasão de divisas na venda do jogador Luisão, em 2003. O inquérito foi remetido ao Ministério Público Federal. O zagueiro foi negociado por US$ 2,5 milhões com o empresário Juan Figger, que teria usado o Central Espanhol Futebol Clube, time uruguaio de pouca expressão, como “laranja” na operação. Em seguida, o jogador foi vendido por US$ 1 milhão a menos ao Benfica. Segundo a PF, o esquema teria sido usado para ocultar dinheiro não declarado ao Fisco. Perrella nega as acusações.

BRASÍLIA – Natural de São Gonçalo do Pará, antes de entrar para o mundo da bola e da política Perrella ganhou dinheiro como empresário do setor frigorífico. Em 1995, como conselheiro do Cruzeiro, conseguiu apoio do desgastado presidente do clube, César Masci, e se elegeu para sucedê-lo. Nunca mais perdeu o controle do time. Ficou por três mandatos, até 2002, fazendo o irmão, Alvimar Perrella, de sucessor.

Graças ao prestígio com parte da torcida, Perrela conseguiu se eleger como o segundo deputado federal mais votado em Minas em 1998, pelo extinto PFL. Ao fim do mandato, em 2002, tentou o Senado, mas ficou em quarto lugar, com 2,94 milhões de votos. Quatro anos depois, elegeu-se para a Assembleia de Minas, onde se destacou como um dos deputados mais faltosos.

Em 2008, Perrella se elegeu mais uma vez presidente do Cruzeiro. As atividades de cartola e de político sempre se misturaram. Depois que o jornal “Hoje em Dia”, de Belo Horizonte, publicou notícias sobre a fazenda Guará, nos últimos meses, entrevistas exclusivas foram vetadas no Cruzeiro, o que gerou polêmica.

Afilhado político do ex-governador e senador Aécio Neves (PSDB-MG), Perrella chegou à primeira suplência de Itamar graças ao tucano. A vaga era uma das estratégias para segurar o PDT na chapa de Antônio Anastasia (PSDB) para o governo de Minas. Nos bastidores, Itamar resistiu à indicação do suplente – no plano nacional, o partido apoia o governo petista. Mas Itamar foi contrariado.

– Ele queria alguém do PPS, pois o Perrella é Dilma – conta um aliado do ex-presidente.

Com a morte de Itamar, a oposição perde uma cadeira para a situação, como ocorreu com a posse de Clésio Andrade (PR-MG) para suceder a Eliseu Resende (DEM-MG), morto em janeiro. Aécio é agora o único senador diretamente eleito pelos mineiros.

Perrella recebeu a notícia da morte de Itamar no Rio e deve participar do velório do ex-presidente, amanhã, em Juiz de Fora. Ontem, sua assessoria informou que ele não daria entrevistas. Em nota à imprensa, o cartola exalta o ex-presidente e promete dar o seu melhor no exercício do novo mandato.

“Os compromissos do ex-presidente para com Minas e o Brasil são conhecidos por várias gerações de mineiros, e deles todos nós nos orgulhamos. Tive a honra de ter sido indicado pelo meu partido, o PDT, como suplente do senador Itamar nas últimas eleições. Lamentando profundamente as circunstâncias, manifesto a todos os mineiros o meu compromisso de dar o melhor para garantir a continuidade do trabalho do senador Itamar em defesa dos interesses de Minas”, escreveu.

* http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/07/02/um-suplente-polemico-para-vaga-de-itamar-924822341.asp#ixzz1R0OgfoNz


Dois de Julho: viva aos baianos e a todos nós, que não sabemos quase nada da nossa história

Uma virtude especial dos argentinos é a valorização ao passado, tanto para lembrar quem merece reverências quanto para aqueles que precisam pagar pelos crimes.

Constantemente um general, almirante, brigadeiro e outros golpistas menores que cometeram crimes contra a população no período da ditadura vai pra cadeia.

Não importa a idade ou se está doente ou não! Tem que arcar com as consequências de seus atos.

A demagogia política tem limites e é controlada com rigor pela população, que lê muito e fica atenta a qualquer atrevimento de um detentor de algum poder que possa interferir no dia a dia da comunidade.

Juan Domingo Perón, Evita, Carlos Gardel, José Luiz Borges, Diego Maradona, são referenciados e respeitados o tempo todo pelo que fizeram pelo país.

Porém, Perón, o maior de todos os mitos deles, até hoje, é nome de uma rua secundária, perto do hotel onde estou.

Fosse no Brasil, já teriam dado o nome dele a uma rodovia, aeroporto, ou trocado o nome de Avenidas como Amazonas em BH. Brasil, no Rio ou Paulista em São Paulo.

Trocam nomes de lugares tradicionais ou dão nomes a logradouros importantes a qualquer político que tenha deixado amigos bem posicionados nos núcleos do poder.

Lembrei-me de escrever sobre isso porque fiquei impressionado de ver o nome do Perón numa rua de destaque menor aqui, enquanto os políticos da Bahia tiveram o atrevimento de trocar o nome do Aeroporto 2 de Julho, em Salvador, por Eduardo Magalhães, um político menor da vida brasileira, filho de um dos piores exemplos de tudo que há de mais ruim na vida pública do nosso país, que foi o Antônio Carlos Magalhães.

Isso para lembrar que hoje é uma das datas históricas que todos nós deveríamos lembrar, bater palmas e reverenciar a tantos baianos que morreram pela Independência do Brasil.

O 2 de Julho nos orgulha, como o 9 de Julho orgulha a todo argentino, e é nome da Avenida mais importante de Buenos Aires.

Já li sobre a nossa data no recente e excelente livro do Laurentino Gomes, “1822”,

Ele lembrou a data numa homenagem em seu blog, que transcrevo na íntegra aqui agora.

E viva aos baianos e a todos nós, que não sabemos quase nada da nossa história, e por consequência não a valorizamos:

DOISDEJULHO

 * “A Independência que o Brasil esqueceu 

Passa incólume pelo calendário cívico nacional neste sábado uma data injustiçada. É o Dois de Julho, dia da expulsão das tropas portuguesas de Salvador em 1823. Nenhuma outra região lutou, sofreu e derramou tanto sangue em defesa da Independência do Brasil quanto a Bahia. Sem a resistência obstinada dos baianos, provavelmente a Guerra da Independência estaria perdida. Foram dezessete meses de combates, nos quais milhares de pessoas pegaram em armas na defesa dos interesses brasileiros contra Portugal.

A expulsão das tropas portuguesas de Salvador no dia Dois de Julho de 1823 marca a consolidação definitiva da luta pela Independência. Na capital baiana tombou a mais conhecida heroína dessa guerra, a madre Joana Angélica, ferida a golpes de baioneta na invasão do convento da Lapa em fevereiro de 1822. Apesar disso, a data é desconhecida pela imensa maioria dos brasileiros que vivem fora da Bahia. Raramente aparece nos livros didáticos e não consta do calendário cívico nacional. É uma injustiça que precisa ser corrigida.

Em 1822, Salvador era um ponto estratégico crucial para tornar viável o nascente império brasileiro. Capital da terceira província mais populosa do país, tinha uma importante indústria naval e exportava grandes quantidades de mercadorias, como algodão, açucar e tabaco. Era também grande pólo do tráfico negreiro, então o principal negócio do Brasil. Após o Dia do Fico (9 de Janeiro de 1822) e a expulsão das tropas portuguesas do Rio de Janeiro, as cortes de Lisboa decidiram concentrar suas forças na Bahia tentando isolar o príncipe regente e futuro imperador Pedro I. Acreditavam que, encastelados em Salvador, os portugueses poderiam mais tarde atacar o Rio de Janeiro e retomar o controle das províncias do sul do país. Em último caso, se a contra-ofensiva não funcionasse, poderiam dividir o território brasileiro mantendo as regiões Norte e Nordeste sob controle português. Por isso, a guerra na Bahia foi tão renhida e decisiva.

1822

O Recôncavo baiano foi um capítulo heróico e de decisivo da Guerra da Independência. Funcionou como o embrião do esforço pela preservação da integridade territorial brasileira, seriamente ameaçada pelos portugueses. Após a ocupação de Salvador pelas forças do general Madeira de Melo, em fevereiro de 1822, o restante da Bahia aderiu em peso à Independência do Brasil formando um cinturão de isolamento aos portugueses encastelados na capital. As vilas e fazendas do Recôncavo se transformaram em imensos campos de refugiados brasileiros. A primeira vila da região a se pronunciar foi Santo Amaro da Purificação, no dia 14 de junho de 1822. Alguns dias mais tarde, em 25 de Junho, foi a vez da vizinha Vila de Cachoeira, onde se travou a mais singela e, talvez, a mais heróica de todas as batalhas navais da Independência, contra uma canhoneira portuguesa que havia disparado sobre os moradores da cidade.

No Recôncavo, sob o comando do general francês Pierre Labatut, concentraram-se as forças do até então indisciplinado e desorganizado exército brasileiro. Os soldados estavam descalços, famintos e com os soldos atrasados. Muitos morriam de tifo e impaludismo, febres endêmicas no Recôncavo. Faltavam médicos, enfermeiros, remédios e hospitais. As armas eram fabricadas de forma improvisada pelos próprios oficiais e soldados. Apesar disso, lutando contra tudo e contra todos, os baianos conseguiram vencer as adversidades e iniciar a ofensiva contra os portugueses.

A Bahia decidiu o futuro do Brasil na sua forma atual. Por essa razão, sou a favor de elevar o Dois de Julho à condição de data nacional, como também acredito que os políticos baianos deveriam, com urgência, desfazer o grande equívoco que foi a troca do nome do aeroporto de Salvador. Agora, chama-se Luís Eduardo Magalhães, em homenagem ao político baiano falecido em 1998. É uma prova de que o coronel da atualidade será sempre mais lembrado do que todas as lutas gloriosas do passado. Deveria voltar a se chamar Dois de Julho porque essa é uma data fundamental para a Independência do Brasil, tão ou até mais importante que o 7 de Setembro. Ela é a prova de que a Independência do Brasil não se resume ao Grito do Ipiranga.

http://www.laurentinogomes.com.br/blog/?p=117#

 

DOISDEJULHO2


CBF E STJD CONDENADOS A PAGAR UM MILHÃO DE REAIS À AMCE

Obrigado ao Dr. Gustavo Lopes Pires de Souza que nos enviou essa interessante informação:

Em ação movida pela Associação Mineira de Cronistas Esportivos (AMCE), o Juiz da 6ª Vara Cível de Belo Horizonte/MG, Dr. Wauner Batista Ferreira Machado, confirmou liminar concedida e declarou ilegal ato do STJD e da CBF que obrigou o Clube Atlético Mineiro a disputar partida contra o Criciúma fora do Estado de Minas Gerais. Como a CBF e o STJD teriam descumprido a decisão, foram condenados ao pagamento da multa de um milhão de Reais. Trata-se de decisão em 1ª instância e ainda cabe recurso.

 

Em 25/10/2004, a 4ª Comissão Disciplinar do STJD puniu o Clube Atlético Mineiro com a perda de mando de campo por três partidas e determinou que o Departamento Técnico da CBF indicasse o local das partidas que deveriam se realizar a pelo menos 150 km de distância da Capital. O Departamento Técnico da CBF indicou o estádio do Morumbi, em São Paulo.

 

Em razão disso, a AMCE, com base no Estatuto do Torcedor, propôs ação aduzindo que a determinação da CBF teria ofendido direito dos associados, bem como violado o Regulamento Geral de Competições que estabelece que a pena de perda de campo obriga o clube a mandar seus jogos nos estádios distantes 150 km de sua sede.

 

A liminar foi deferida em 27/10/2004 sob pena de multa de um milhão de reais. Entretanto, a partida entre Atlético e Criciúma acabou sendo realizada em 30/10/2004, no estádio do Morumbi.

 

O STJD não apresentou defesa e a CBF em sua contestação alegou que foi intimada da decisão somente em 03/11/2004 e que as demais partidas foram realizadas em Minas Gerais, uma vez que o STJD acolheu recurso do Clube Atlético Mineiro.

 

Em sua sentença, o julgador afirmou sua competência para decidir, eis que a ação não fora proposta por entidade desportiva e declarou a revelia do STJD. Sobre a alegação da ausência de intimação, o sentenciante entendeu ter havido ocultação com a finalidade de não receber a ordem judicial e declarou ter sido presumida a intimação.

 

Assim, foi confirmada a liminar e a conseqüente aplicação da multa de um milhão de reais, além das perdas e danos que, segundo a decisão, deverão se objeto de ação própria.

 

Processo n. 0024.04.496.749-5


Itamar Franco e as infelizes coincidências

Comecei minha caminhada nessa manhã de muito sol em Buenos Aires, às 10 horas, quando o Canal TyC Sports mostrava no canto direito do vídeo que a temperatura era de – 1 grau.

Foram quase duas horas em ritmo acelerado, pelo Congresso, San Telmo, Puerto Madero, Plaza de Mayo, Casa Rosada, Florida, 9 de Julio e de volta ao hotel, na Ayacucho.

Raramente a tristeza me bate à porta, mas hoje, me abati ao chegar de volta, abrir a internet e tomar conhecimento da morte do Itamar Franco.

ITAMAR

Uma infeliz coincidência marca minhas passagens pela Argentina. A primeira vez que vim, morreu durante minha estadia nesse país espetacular, o Papa João Paulo I, “o breve”; na segunda, os Mamonas Assassinas, e agora o Itamar.

Também, raramente lamento a morte de um político, e essa convicção se fortalece a cada dia, quando nos decepcionamos com um que julgávamos merecedor de crédito.

Claro que a perfeição não existe em nenhuma atividade humana e em nenhum ser humano. Porém, a retidão de caráter e o respeito ao interesse da coletividade têm de ser obrigatórios em alguém que ocupa cargo de confiança popular, seja na política ou uma instituição de perfil público, mesmo que seja privada, como um clube de futebol, sindicato, associação e por aí vai.

Dias atrás escrevi sobre minha admiração pelo político Itamar e chegaram comentários desqualificando-o por questões menores do meio político. Claro que publiquei todos, porque assim é a democracia, e o Itamar era um democrata.

Mas, de todas as porradas que levou no blog, nenhuma por desonestidade ou ato de afronta à cidadania no exercício dos cargos que ocupou, de prefeito de Juiz de Fora, passando por parlamentar, à presidência da república.

Também fiquei “p” da vida quando ele, no fim do governo em Minas, reatou com o panaca do FHC.

Claro que não gostei do jogo do qual ele participou de aceitar as determinações do Aécio Neves para a composição da chapa dele ao Senado, mas a política é assim, e quem não negocia o mínimo necessário é extirpado do meio.

JK, o político que mais admiro, cometeu muitos pecados; Getúlio Vargas, outro da prateleira de cima, mais ainda, e mais graves, e por aí vai.

Mas são pecados menores em relação à bandidagem galopante que assola da vida pública brasileira.

Homens como estes têm muito mais virtudes que defeitos em suas biografias, e temos que exaltá-los; torcer para surjam outros de nível similar, para que nossas esperanças não acabem.

Descanse em paz, Itamar! 

Tomei conhecimento da sua morte pelo twitter e selecionei algumas twittadas interessantes, de diversas pessoas que sigo, de diversas categorias profissionais, os quais admiro e sugiro, além da minha própria twittada.

renatoalvesdf Renato Alves

Corpo de Itamar Franco será velado em Belo Horizonte e Juiz de Fora.

chicomaiablog Chico Maia

Com tanto político vagabundo e ladrão no Brasil, lá se foi um que era exceção. Que o exemplo de homem público Itamar Franco tenha seguidores

 

joaovitorxavier João Vitor Xavier

O Brasil perde, com a morte de Itamar, uma reserva moral da nossa Politica. Fundamental para a estabilidade da democracia e da economia.

 

joseluizgontijo GONTIJO

Itamar foi um político verdadeiramente honesto e honrado. Com certeza redes de TVs não vão passear com seu corpo na busca de audiência.

 

GHPMendes Guilherme Mendes

Pres. Zezé Perrella se encontra no RJ. Nas próximas horas deve retornar a Minas Gerais. Por enquanto não existe nenhuma coletiva programada.

 

henriqueandre Henrique André

Tem gente que acha que tem o direito de ofender pessoas públicas e não ter uma resposta à altura. Por que, hein? Todo mundo é igual!

 

_henriqueandre Henrique André

Médico, faxineiro, engenheiro, atleta, presidente da república, advogado, desempregado, mendigo, etc. NINGUÉM É MELHOR DO QUE NINGUÉM!

 

couttinho Coutinho – Galocast

RT @Fred_Kong: Zezé Perrela triste com a morte de Itamar Franco —> http://migre.me/59KNU

 

Lincolnpinheiro Lincoln Pinheiro

O Perrela vai ser fiel ao PDT (base do governo) ou ao Aécio (oposição)?

 

Lincolnpinheiro Lincoln Pinheiro

Que a morte do Itamar chame a atenção para a necessidade inadiável da reforma política, acabando com suplentes de senadores.

 

ClesioGiovani Clésio Giovani

Te cuida Aécio Neves. Primeiro foi o senador Eliseu Rezende e agora o senador Itamar Franco.

 

emmaurilio Emmerson Maurilio

Desde a barrigada da morte de Romeu Tuma, o UOL tem sido o último a divulgar falecimentos. Todos portais publicaram, menos eles. #ripItamar

mariocaixa Mário Henrique Caixa

Globo News agora: “Dilma ofereceu o Palácio do Planalto para o velório, mas as homenagens serão só em Minas Gerais, como desejava Itamar”.

uol_noticias UOL Notícias

Blog: Morte de Itamar Franco faz presidente do Cruzeiro ganhar destaque no Twitter: http://bit.ly/mbF5eG


Quando as estrelas maiores não resolvem as da prateleira do meio quebram o galho

 Sob uma temperatura de zero grau a Argentina passou apertada para conseguir empatar com a Bolívia, num 1 x 1 chorado em La Plata.

Impressionante é que a torcida não vaia em momento algum, nem depois do jogo! E imaginar que eles estão há 18 anos sem conquistar nem uma Copa América.

Agora entendo porque os argentinos não ficam sentados e pulam durante os 90 minutos: é pra espantar o frio! Só pode!

DSC09453As seleções durante o hino

Depois que a condição física passou a imperar, o futebol se transformou nisso: quem tem jogadores diferenciados dificilmente perde, mesmo não jogando bem: Batista pôs em campo o Aguero que fez o golaço de empate, depois do cruzamento perfeito do Burdisso e a ajeitada de peito do Zanetti.

Se as estrelas maiores, Messi e Tevez, sumiram, as da prateleira do meio resolveram, pelo menos parcialmente.

Duvido que a Bolívia jogue bem e com essa vontade toda contra os demais adversários. É sempre assim, igual aos times pequenos do Brasil contra os grandes.

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Messi e Tevez só brilharam no telão gigante sobre o gramado, mas não foram vaiados

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Marcelo Moreno, ex-Cruzeiro, concede entrevista na zona mista, depois do jogo

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Essa zona mists faz lembrar um corredor polonês, onde os repórteres disputam um entrevistado na base do “salve-se quem puder”, quase no tapa. Os caras vão passando em direção aos ônibus e a turma gritando, pedindo uma entrevista

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Depois de zero grau na tribuna de imprensa, uns cinco graus na sala de imprensa, onde aparece parte da equipe da Itatiaia e este locutor que vos fala.

Da esquerda para a direita, Milton Naves, Stella Kleinrath, e o Maurílio Costa, sentado.

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A organização da Copa América não está lá essas coisas. Quando a sala de imprensa estava lotada, com uns 500 jornalistas mandando reportagens e falando para suas emissoras de rádio para várias partes do mundo, a energia elétrica acabou, e com ela a internet.

Justamente quando o ônibus da seleção argentina entrava no estádio.

Que o Brasil fique esperto, porque a tendência de situações como essa se repetirem durante a Copa das Confederações em 2013 e Copa de 2014 é grande!


Estádio Único, mas problemas, não!

A Copa América foi aberta com as devidas pompas no Estádio Único, de La Plata, com seus 36 mil lugares lotados. Chama-se “Único” porque só ele tem gramado removível na América do Sul, e outras modernidades únicas, como um super telão sobre o gramado que pode ser visto pelos torcedores nos quatro lados do campo.

É um orgulho argentino e de Buenos Aires a La Plata, há placas gigantes anunciando quantos quilômetros faltam para chegar e que ele é “único” no continente.

 

Gramado

 

Claro que aqui não se fala que esse gramado removível vem trazendo sérios problemas para os jogadores que o utilizam, já que a cobertura do estádio impede a entrada do sol em algumas partes, e as placas de grama suplentes nunca estão em perfeitas condições. Que o diga o Cruzeiro, cujos jogadores reclamaram horrores desta grama, em março, contra o Estudiantes, pela Libertadores.

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Faz lembrar

 

O Estádio Único é uma beleza de obra, apesar da construção fazer lembrar a dos estádios brasileiros para a Copa de 2014. Começou em 1997, parou por falta de verba, e foi inaugurada provisoriamente em 2003. Em 17 de fevereiro deste ano, finalmente, foi entregue definitivamente à comunidade de La Plata, pela presidente Cristina Kirchner. Depois de investidos mais US$ 100 milhões na conclusão.

 

Muito a ver

 

Outra semelhança conosco é que o Estádio Único é administrado pelos dois clubes de La Plata, Estudiantes e Gimnasia, junto com o governo da província. O mesmo que está previsto para o novo Mineirão, depois de 2014, com Atlético, Cruzeiro, América e o governo de Minas.

E assim como prevê o projeto do nosso, no Único se realizam grandes shows: em março, o U2 se apresentou para 57 mil pessoas. Em julho, será a vez de Madona e depois o Aerosmith.

 

Seria uma boa

 

Lamentável que as semelhanças argentinas conosco se resumam a estes aspectos dos estádios. Seria ótimo se fosse assim também nas estradas, por exemplo. De Buenos Aires a La Plata são 60 Km em uma ótima autoestrada. Passei por aqui, 15 anos atrás, indo para Tandil, cobrir o pré-olímpico das Olimpíadas de Atlanta. Era um lixo de estrada: pista simples; passava dentro das cidades; perigosíssima. Fazia lembrar a MG-424 que liga BH a Sete Lagoas.

 

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Determinação

 

Os argentinos fazem valer a sua cidadania. Raramente há um dia sem protesto nas ruas de alguma classe trabalhadora ou reivindicatória. Chegando ao estádio, um grupo de senhoras e senhores estava posicionado onde a imprensa tinha que passar. Era a FAVIFA – Familiares Victimas do Futbol Argentino, cuja presidente, Liliana Suárez de Garcia, estava presente. Empunhando a bandeira contra a impunidade dos crimes ocorridos entre torcedores de futebol.

 

Impunidade

 

O filho de Liliana, Daniel Garcia, foi morto durante a Copa América de 1995, em Paysandu, no Uruguai, por “barras bravas” argentinos; similares das “organizadas” violentas do Brasil. Na época ele tinha 19 anos e os criminosos estão impunes até hoje.

A organização da Copa América impediu que a FAVIFA entrasse no Estádio Único, mas seus integrantes conseguiram fazer chegar até a imprensa que está aqui a sua mensagem.

 

Outra

 

Apesar da Bolívia ter goleado a Argentina por 6 x 1 em La Paz, pelas eliminatórias, ninguém acreditava que ela pudesse ser páreo para a seleção anfitriã nessa estreia. A expectativa de todos em mais uma Copa América é a mesma de sempre: Brasil x Argentina na final. Apesar do Uruguai ter sido o melhor Sul-americano na Copa do ano passado.

Mais uma semelhança conosco, que sempre prevemos, antes de começar o Campeonato Mineiro, que vai dar Atlético x Cruzeiro.

 

Confundiu

 

O vocalista Bono Vox, da Banda U2, foi vaiado pelo público no Estádio Único, ao abrir o show dizendo que era um prazer estar em “Buenos Aires”. A cidade é La Plata, na província de Buenos Aires, a 60 Km da capital argentina. Consertou e foi aplaudido depois.

* Essas fotos foram feitas hoje pelo jornalista Ricardo Corrêa, companheiro do O Tempo nessa cobertura.

Este prédio fica entre o hal principal e as cabines de rádio, televisão.

A cerveja vendida nos estádios da Copa América é a Quilmes, a mais famosa da Argentina.

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Americano pede à imprensa mesmo tratamento dado a Atlético e Cruzeiro

Caro Chico!
Como você está envolvido com a Copa América e não tem postado nada do Coelhão, sugiro o seguinte:

“Muito estranho o comportamento da nossa imprensa em relação aos times mineiros. Enquanto o Cruzeiro esteve na zona do rebaixamento, foi muito forte a pressão sobre a diretoria, exigindo a demissão do Cuca.

Assim que terminou o jogo do Atlético contra o Inter, todos os repórteres se dirigiram diretamente ao Dorival Júnior, quase que o pressionando a demitir-se.

Veja bem: O América faz uma campanha ridícula desde o final do mineiro, quando perdeu em casa para o América/TO (o mesmo que tomaria duas sapecadas homéricas em seguida), perdeu e empatou amistosos (Flamengo e Botafogo) e, até agora, no brasileiro, só venceu o Bahia. Seguidamente, são 7 derrotas, uma vitória e 3 empates e cinco pífios pontos em 18 disputados.

Onde anda a imprensa que, diante de tantos resultados negativos seguidos, não cobra a dispensa do técnico, como quando se trata de Atlético ou de Cruzeiro? Infelizmente, o seu conterrâneo já passou da hora. O grupo é razoável mas não apresenta nada. Não tem jogada ensaiada; não tem batedor de falta (quando aparece uma, quem pegar a bola primeiro bate, como em peladas, e sempre é um chutão em direção à barreira); falta cobertura para os zagueiros que têm levado gols seguidos e ridículos. Falta treinamento mesmo.

O time ficou 10 dias, literalmente parado, porque fez tão somente dois coletivos e ainda liberou jogadores para tratar de assuntos particulares. Resultado: no início do segundo tempo, contra o Flamengo, o time estava arrastando-se em campo. Ficou com dez e o empate e virada viriam fatalmente, como vieram.

Não vejo a imprensa – talvez envolvida demais com técnico novo no Cruzeiro, que iniciou a reação por causa da troca e envolvida com as goleadas que o Atlético levou e com o compromisso de ela, a imprensa, demitir do Dorival – repito, não ouço a imprensa  falar do América.

Fui ao jogo América X Flamengo e, tendo saído de casa às 17:30, só entrei no estádio às 20:10 com mais de 30 minutos já jogados. Apenas um canal de televisão passou os lances mais importantes do jogo. Assim pude ver a roubalheira que foi, muito além do que vi no campo. Lances decisivos, que influenciaram no resultado final.

Ninguém fala nada? Isto vai até o fim desse jeito? A imprensa, que deveria ser MINEIRA e não atleticana ou cruzeirense, nada vai falar? Se fosse com um dos dois, o silêncio seria o mesmo? Claro que não! Foi algo de muito escandaloso.

Vamos deixar que “mandem” o América de volta à Série B, sem nenhuma reação? Sinto que decidir, desde logo, qual é um dos 4 rebaixados, e venho falando nisso há muito tempo, é muito bom para os grandes em crise, porque sobrariam apenas três vagas. Entretanto, é justo que se faça isso?

A minha saga para chegar à Arena do Jacaré foi a mesma de muitos outros americanos que só chegaram no intervalo. Isto deveria merecer um pouco mais de respeito da imprensa, da diretoria e do time,  já que, se o rebaixamento estiver definido, não vale a pena tanto risco como o que temos passado para prestigiar. Dá vontade de jogar a toalha como já o fez a maioria dos americanos”.

Um abraço!

Marcio Amorim


Primeira divisão argentina terá clube com uniforme igual ao do América

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O próximo Campeonato Argentino da Série A terá um time com uniforme idêntico ao do América. É o San Martin, de San Juan, da província de Jujy, que ontem garantiu o acesso ao empatar em La Plata com o Gimnasia em 1 x 1.

Ótimo jogo, e o Gimnasia tinha em campo, Guilhermo Schelloto, jogador que já tinha encerrado a carreira, mas voltou para tentar ajudar o seu clube do coração, onde começou, e do qual o seu pai foi presidente.

Schelloto ganhou fama e virou mito no Boca Juniors, campeão de quatro das seis Libertadores que o clube de conquistou.

Amigo de Maradona, contou com o apoio dele no estádio ontem à tarde, mas em vão.

Seu time precisava vencer, por qualquer placar, mas ficou no 1 x 1.

Como o San Martin venceu o jogo de ida por 1 x 0, classificou-se.

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Um dos destaques do San Martin é o brasileiro Roberval, 25 anos, que jogou no Santa Cruz, de Recife.


O pai do João Vitor está precisando de doadores de sangue

O João Vitor Xavier enviou mensagem solicitando ajuda para a doação de sangue para o seu pai, senhor José Odilon Faustino:

“Caros amigos,

Precisamos de 20 doares de sangue para o meu pai. Quem puder ajudar, a doação precisa ser feita na Rua Juiz de Fora, 861, Barro Preto, de 2ª a 6ª feira, de 8 às 13 horas, ou no sábado, de 8 às 12 horas (no sábado precisa agendar). Telefone 3335-6600. O nome do meu pai é José Odilon Faustino.

Quem fizer a doação, por favor, me avise.

Abraço,
 
 
João Vítor Xavier”