Blog do Chico Maia

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Certamente as estradas deles custam mais barato que as nossas!

Pois é, eles podem até estar em momento econômico pior que o nosso, porém, não se compara determinados bens públicos que os argentinos têm, com os nossos.

Certamente por causa da corrupção galopante no Brasil, porque arrecadamos infinitamente mais em impostos dos que eles.

Uma experiência de hoje, por exemplo: de Buenos Aires a Campanha, onde está a seleção brasileira, são 79 Km, quase a mesma distância de BH a Sete Lagoas.

Até determinado trecho da rodovia, são seis pistas, muitíssimo bem conservadas e totalmente sinalizadas e fiscalizadas. Nem precisei usar o GPS para chegar até Los Cardales, o suntuoso resort onde o time do Mano está concentrado.

Cada pista tem placas mostrando a velocidade que pode ser desenvolvida: 80 Km, 90 Km, 100 Km, 110 Km e 130 Km, e todos os motoristas respeitam, inclusive os caminhoneiros.

No trecho menos movimentado são “apenas três pistas”, com acostamentos da melhor qualidade.

Radares fixos em toda a extensão controla tudo, auxiliados por patrulheiros rodoviários de trechos em trechos.

Os companheiros paulistas que estão aqui dizem que lá eles têm algumas estradas assim!


Barbatana foi um grande treinador e descobridor de talentos

Lá se foi o Barbatana, grande treinador, descobridor de talentos.

O tempo passa e todos temos a nossa hora.

JOÃO LACERDA FILHO, também foi um jogador que honrou a camisa do Galo, nos anos 1950.

BARTANA

Tive o prazer de entrevistá-lo muitas vezes.

Revelou grandes jogadores, montou um time inesquecível do Atlético nos anos 1970 com João Leite, Alves, Heleno, Paulo Isidoro, Marcelo, Reinaldo e vários outros.

Mas ficou marcado na memória da maioria dos atleticanos por escalar Joãozinho Paulista na final perdida para o São Paulo no Mineirão, deixando Paulo Isidoro no banco.

BARBATANA1Barbatana é o segundo, em pé, da esquerda para a direita 

Seu corpo está sendo velado desde 12 horas no Funeral House, à Av. Afonso Pena, 2158. O Sepultamento está previsto para as 17 horas de hoje.

Mais detalhes sobre ele, na excelente enciclopédia Galo Digital: http://www.galodigital.com.br/enciclopedia/Jo%C3%A3o_Lacerda_Filho

“João Lacerda Filho, mais conhecido como Barbatana, atuou no Atlético em duas passagens. Jogou em 1950 e depois entre 1958 e 1959. Com a camisa alvinegra, o jogador fez 37 jogos e marcou 5 gols. Como treinador, dirigiu o clube em 227 partidas, sendo 143 vitórias, 56 empates e 28 derrotas. Integrante da delegação na excursão feita pelo Atlético à Europa, atuou em 8 partidas. Se tornou um dos principais nomes da história do clube como técnico. Foram cinco passagens no Galo e a conquista do Campeonato Mineiro de 1976, além do vice-campeonato invicto em 1977. Treinou uma geração de craques que vieram das categorias de base do alvinegro, como Paulo Isidoro, Marcelo, João Leite, além de Reinaldo, que trouxe de Ponte Nova quando ainda era garoto. Vítima do Mal de Alzheimer, faleceu na madrugada do dia 29 de junho de 2011 em Belo Horizonte.

Nome: João Lacerda Filho
Posição: Meio-Campo e Treinador
Data de Nascimento: 11 de fevereiro de 1929
Naturalidade: Ponte Nova-MG
Data de falecimento: 29 de junho de 2011
Local: Belo Horizonte-MG

Como jogador

 Metalusina-MG
 América-MG

Atlético1950

 Bangu-RJ1951/1952
 Atlético1958/1959

Como treinador

Atlético1966
Atlético1970/1972
Atlético1976/1978
Atlético1982
Atlético1991


Brasileiros pelas ruas e ideia irreal de riqueza

Há momentos em que andar pelas ruas e avenidas mais famosas e movimentadas de Buenos Aires, é como estar em regiões similares de Belo Horizonte, Rio ou São Paulo: o português, com diversos sotaques, predomina.

O câmbio favorável a nós, onde R$ 1 vale P$ 2,56, atrai brasileiros demais para o turismo e compras aqui, que somos muito bem recebidos pelos argentinos.

 

Além do mais, há milhares de brasileiros trabalhando e estudando aqui. Cursos de especialização em diversas áreas, pós-graduação, mestrado e outros.

A Fifa, por exemplo, tem um curso de especialização em administração e marketing esportivo, que é o único da América do Sul. A Fundação Getúlio Vargas está em negociações com a entidade para lançá-lo no Rio de Janeiro.

Um dos voluntários da organização da Copa América, Érico Nogueira, de São Paulo, mora em Buenos Aires e está muito satisfeito como aluno deste curso.

 

A maioria das pessoas com quem conversamos, pensa que o Brasil está rico, e que vivemos num mar de rosas. A imprensa aqui dá maior destaque ao nosso noticiário econômico e ainda não vi nada sobre a violência e problemas sociais.

Corrupção? “Ora, será que é maior que a daqui?”, pergunta o senhor que me atendeu na principal empresa de telefonia móvel deles, a Movistar.

 

Pelo que tenho visto, aqui e em outros países, só mesmo uma Copa do Mundo mal organizada em 2014 poderá derrubar essa imagem altamente positiva que o nosso país conquistou no exterior.

 

Em todo canto do mundo, parece que realmente as pessoas só se ligam nos números da economia, ditados pelos organismos internacionais.

Se o “risco Brasil” está abaixo dos Estados Unidos, é porque o Brasil agora é o melhor dos mundos, na visão de quem não vive os problemas do nosso dia a dia aí. É lamentável, mas é verdade!

Daqui a pouco vou para La Plata para assistir treino da seleção do Mano Menezes.


Árbitro de River x Belgrano sofreu ameaça no intervalo: apita um pênalti ou morre

O dia começou frio em Buenos Aires, 4 graus, porém, quente no noticiário da imprensa esportiva: os Sindicatos aqui funcionam e têm força. O dos árbitros está pondo a boca no mundo e exigindo providências: quer apuração e punição para as ameaças sofridas pelo árbitro Sergio Pezzoto, que apitou River 1 x 1 Belgrano.

Ele denunciou que foi ameaçado de morte no intervalo do jogo pelos “barras bravas” a ala violenta mais radical da torcida do River que invadiu o vestiário dele no Monumental de Nuñes com uma ordem: “apite um pênalti a favor do River ou morra depois do jogo”. A partida estava 1 x 0 para os donos da casa que precisariam de mais um gol para escapar do rebaixamento.

Pezzoto é o mesmo que apitou a final da Libertadores entre Santos e Peñarol, no Pacaembu, e será o árbitro argentino na Copa América.

PEZZOTO

O Sindicato denuncia uma possível participação da polícia nesta pressão dos barras bravas, já que ela estava dando segurança ao trio de arbitragem antes e durante o jogo, porém, simplesmente sumiu no intervalo, deixando livre a passagem dos marginais da torcida do River.


A qualidade do voo direto de BH a Montevideo/Buenos Aires

O leitor do blog, Edson Morais, perguntou sobre o embarque em Confins e mais detalhes sobre o voo da Pluna.

Agradeço a ele e respondo que tudo correu muito bem. Apesar da sala de embarque apertada, houve agilidade e os funcionários da INFRAERO, muito gentis. Melhorou em relação ao embarque internacional que fiz, em novembro do ano passado, para a Europa.

Certos embarques domésticos são feitos junto com os internacionais nesta sala e alguns passageiros ficam incomodados por causa dos procedimentos de segurança serem mais rígidos para o exterior e eles têm de seguir as mesmas determinações. Mas nada que cause tumulto.

De BH a Montevideo são três horas de voo, num avião Bombadier CRJ-900, com duas fileiras de duas cadeiras, muito confortável. Os uruguaios se orgulham em dizer que se trata da frota mais nova da América Latina.

O preço do bilhete ida e volta custa em torno de R$ 500 e vale muito a pena. Novidade desse voo é que, de graça, só para ir ao banheiro, pois tudo é cobrado: uma água mineral ou um café custa US$ 3, sim, dólares!

Um sanduiche de presunto, e queijo, mais uma Coca-Cola, US$ 10. Dose de um Red Label US$ 8. Já o Black Label, US$ 12.

Um dólar para cada ano, hehehe…

Como voa mais baixo, proporciona um visual espetacular durante toda a viagem, e o comandante informa periodicamente os nomes das cidades e regiões que estão sendo sobrevoadas: o lago de Furnas, Campinas, Coritiba, Florianópolis, costa brasileira, pampas gaúchos e o Uruguai, onde a viagem começa a terminar com um por do sol raro de se ver.

BOMBARDIER

O aeroporto de Carrasco, em Montevideo foi totalmente modernizado e faz lembrar os melhores da Europa, com sinalização impecável, ótimos restaurantes, salas de embarque espaçosas e um free-shop da melhor qualidade. O controle de segurança no desembarque e embarque é rígido, que faz lembrar os aeroportos dos Estados Unidos.

Os passageiros embarcados em Belo Horizonte se dividiram: muitos pegaram voos para cidades turísticas da Argentina e Chile, principalmente as que têm estações de esqui. Outros ficaram em Montevideo e outros vieram para Buenos Aires.

Houve um atraso de meia hora para o embarque para a capital argentina, que também não provocou reclamação de nenhum passageiro. São apenas mais 50 minutos de viagem.

Voo quase lotado de BH para Montevideo, tipo 90%, e totalmente cheio para Buenos Aires.

A chegada não é pelo aeroporto de Ezeiza, o principal e sim pelo também enorme Aeroparque, quase no centro, bem perto do estádio do River Plate.

É mais antigo, porém, muito bem conservado e confortável.


Governo de Minas anuncia nos aviões da Pluna

Cheguei a Buenos Aires por volta de 21h30, depois de ótimo voo da uruguaia Pluna, que sai direto de Confins, às 15h28, quatro vezes por semana.

Bom demais sair de Minas Gerais sem ter que fazer escala no Rio ou São Paulo.

Melhor ainda é a volta, direto, e do aeroporto pra casa, sem ter que passar por aquela aporrinhação de reembarque em Guarulhos ou Galeão.

Este voo tem uma escala em Montevideo, cujo aeroporto “Carrasco”, está da melhor qualidade.

A Pluna iniciou este voo direto no dia 21 de fevereiro e chama a atenção a enorme publicidade do governo de Minas na fuselagem de todos os aviões da cia. estacionados nos aeroportos: “Visite Belo Horizonte”, e a marca oficial do governo do estado.

PLUNABH

Todos os jornais da capital argentina falam da Copa América, que começa sexta-feira com a seleção deles contra a Bolívia, em La Plata, porém, o assunto de maior destaque continua sendo a queda do River Plate para a segunda-divisão.

Parece que os argentinos ainda não estão acreditando que isso aconteceu. Até os torcedores do arquirrival Boca Juniors aguardam para iniciar a tempestade de gozações. Muitos pensam que pode haver uma virada de mesa para segurar o River. Impossível! Caiu e vai ter que disputar a segundona, chamada aqui de Nacional B.

As TVs e jornais mostram os futuros adversários do River, os resultados dos últimos confrontos entre eles, os campos onde serão jogadas as partidas, as distâncias, e o mais terrível: o que o River deixará de arrecadar com este rebaixamento.

Na saída do aeroporto Aeroparque, quase no centro de Buenos Aires e vizinho do estádio Monumental de Nuñes, é possível ver o estrago feito pela torcida depois do empate de domingo com o Belgrano, que selou a queda.

Mais tarde eu volto para contar mais novidades daqui.

Antes tenho que acertar detalhes de toda cobertura internacional. São detalhes aparentemente bestas, porém, sem eles, você simplesmente não consegue trabalhar. Por exemplo: as tomadas aqui são diferentes das nossas e tenho que encontrar uma loja que tenha um adaptador para os dois pinos que são usados no Brasil. Já já a bateria do lap-top acaba e fico sem contato com o mundo.

Também tenho que adquirir um telefone celular aqui, já que os dois com os quais viajo sempre são bloqueados, justamente aqui. Mas funcionaram bem demais na China, na África do Sul e na Europa.

Vamos à luta!


Experiência em um estádio nos Estados Unidos

Viajo daqui a pouco para a Argentina e enquanto isso deixo um ótimo relato do Alisson Sol, direto dos EUA, sobre a experiência de um torcedor em um estádio de futebol na terra do Tio Sam.

Ainda estão fracos dentro de campo, mas fora, já nos fazem ter inveja.

E põe inveja nisso!

Confira:

“Hoje (domingo), depois de muito tempo, fui ver como está o futebol nos EUA.
Escolhi esta partida principalmente por ser contra o New England Revolution, que é o atual campeão da liga. É aquele time contra o qual o Cruzeiro fez um amistoso ano passado, vencendo de 3×0 mesmo sem ter técnico. Fácil de ver porque. O jogo em si foi uma pelada só, com o time de Seattle vencendo por 2×1. Mas a “experiência” é fantástica. Tudo organizado, famílias em peso no estádio, e “serviços complementares” (trânsito, estacionamento, comida, etc.) de primeira. Conseguem também fazer uma “promoção complementar” com praticamente qualquer coisa. Hoje, um sorteado tentou jogar uma bola para que ela entrasse no teto solar de um carro estacionado no campo. Se conseguisse, acho que ele ganhava o carro (mas ele não conseguiu, e saiu com o prêmio de consolação).

Com mais de 36mil pagantes a uma média de 50 dólares por ingresso, só de bilheteria foram gerados U$1,8 milhões. Com o preço de tudo no estádio cerca do dobro do normal, e com o jogo à 1:00 da tarde, praticamente todo mundo já vai para almoçar no estádio. Idéia fantástica de quem pensou nisto. O resultado é que não deve ser difícil imaginar que mais uns 2 milhões de dólares circularam nos serviços complementares. Se conseguirem continuar assim por mais uns 10 anos, os EUA vão passar a competir com a Europa pelo primeiro escalão do futebol mundial.

Falando um pouco do futebol dentro de campo, por enquando é preciso “suspender a descrença” no que se está vendo. Os times são uma mistura de jovens americanos com “experientes” de outros países. Os americanos tem um preparo físico impressionante, e correm feito ladrão fugindo da polícia. Mas não tem habilidade nenhuma, e enganam com os 3 famosos recursos de quem não sabe jogar futebol: se livrar da bola rapidamente, e quando possível dar toque de calcanhar e driblar para trás. Os “experientes” andam em campo, e vez ou outra mostram alguma coisa. Pela regra da liga, cada clube pode ter apenas dois “jogadores especiais”, com salários acima do limite padronizado. O time do Seattle Sounders tem 2 destes “especiais” (link). Mas, depois de vê-los em campo, entendi porque eles ganham um décimo do que recebem o David Beckham e o Thierry Henry para andarem em campo no ocaso de suas carreiras. Mas fica o aviso: com o dinheiro que está entrando, não vai demorar muito para o sonho de um jovem talentoso ser jogar nos EUA.”


Na política é raro escapar um!

Ricardo Noblat é um dos nomes do jornalismo brasileiro.

Além de escrever semanalmente no Hoje em Dia, O Globo e outros jornais, tem um dos blogs mais concorridos do país.

Escreveu hoje um artigo que mostra mais vísceras da política brasileira.

O assunto está nos jornais desde aquele acidente de helicóptero perto de Porto Seguro/Trancoso, que vitimou dentre outros, a nora do governador do Rio, Sério Cabral.

Mas o Noblat deu uma esmiuçada muito interessante. 

“Comentário”

Diga aí, Cabral!

CABRAL

 

Governador Sérgio Cabral: minha solidariedade. Fora a perda de um filho, nada dói mais do que ver um filho sofrer. Tenho um que perdeu a namorada em acidente de carro. E foi ele quem encontrou o corpo.

O senhor fez bem em licenciar-se do cargo para ficar ao lado do seu filho. Pezão, o vice, dá conta do recado. É eficiente. Está acostumado.

Só não escale Pezão para responder perguntas que apenas ao senhor cabe responder. Não são poucas. E estão na boca das pessoas que ainda se preocupam com as parcerias público-privadas entre políticos, seus amigos e benfeitores.

Sou do tempo em que os políticos escondiam amantes, tesoureiros de campanha e empresários do peito.

Amantes ainda são mantidas à sombra – embora algumas delas, de um tempo para cá, tenham protagonizado barulhentos escândalos. Outras morrem sem abrir o bico.

Tesoureiros? Esses se expõem ao sol sem o menor pudor. São reconhecidos em toda parte. E fingem que abdicaram de cometer antigos pecados. Pois sim! Acredite…

Quanto a empresários do peito… Liberou geral.

Direto ao ponto: por que o senhor viajou a Porto Seguro, acompanhado de parentes, em jatinho cedido por Eike Batista, dono de muitos negócios que dependem do interesse ou da boa vontade do governo do Rio de Janeiro?

Foi o senhor que pediu o jatinho emprestado? Foi Eike quem ofereceu? Se ele ofereceu como soube que o senhor precisava de um?

Há vôos comerciais diários para Porto Seguro. Por que não embarcou em um deles pagando do próprio bolso a sua passagem e as de seus familiares?

O jato de Eike decolou com o senhor do aeroporto Santos Dumont às 17h da última sexta-feira dia 17. O vôo 3917 da TAM decolou antes – às 10h15. Nele, o senhor teria chegado ao seu destino às 14h16.

Não considera indecoroso viajar a custa de um empresário que em 2010 doou para sua campanha R$ 750 mil? Um empresário beneficiado por isenções concedidas por seu governo?

Foi por isso que sua assessoria, no primeiro momento, negou que o senhor tivesse voado para Porto Seguro? Foi por isso que o senhor preferiu voltar em um jatinho alugado por seu governo?

Se a autoridade máxima de um Estado pede ou aceita favores de empresários não será compreensível que seus secretários também aceitem, igualmente os subsecretários, chefes de gabinetes, chefes de repartições – e assim por diante?

Que diferença existe entre um agrado feito com dinheiro e outro com gasolina e conforto?

O que o levou a Porto Seguro foi a comemoração de mais um aniversário do empresário Fernando Cavendish, dono da empreiteira Delta Construções, cujos contratos abocanhados para obras durante seu governo valem em torno de R$ 1 bilhão. Somente no ano passado a Delta ganhou 18 contratos – 13 deles sem licitação.

Em momento algum o senhor imaginou que não pegaria bem comparecer a um evento promovido por quem tanto lhe deve?

Um homem público não deveria saber distinguir entre prestadores de serviços ao Estado e amigos pessoais? A mistura do público com o privado não acabaria por causar sérios danos à sua imagem?

Quem acreditará que Cabral, amigo de Cavendish, nada tem a ver com Cabral, governador do Rio e cliente de Cavendish?

E onde mesmo seria a festa de aniversário do empresário? No Jacumã Ocean Resort, de propriedade do piloto Marcelo Mattoso de Almeida – um ex-doleiro acusado de fraude cambial há 15 anos.

Marcelo foi dono da empresa First Class, acusada de ter cometido crime ambiental na praia do Iguaçu, na Ilha Grande, em Angra dos Reis.

Sinto muito, governador, mas é com esse tipo de gente que o senhor anda? É a esse tipo de gente que o senhor não se constrange em ficar devendo favores?

Eike Batista disse que cedeu seu jatinho ao senhor com “satisfação” e “orgulho”. E que é livre para selecionar suas amizades.

Lembrou-me a rainha francesa Maria Antonieta, no Palácio de Versalhes, mandando o povo comer brioches às vésperas da revolução que a guilhotinou.

Se quiser ser levado a sério, o homem público que deve seu mandato ao povo está proibido de desfrutar do mesmo grau de liberdade.

Reflita com calma a respeito, Cabral. E não deixe uma só dessas perguntas sem resposta.

* http://oglobo.globo.com/pais/noblat/


O que mata de raiva é o sangue de barata

Estas e outras notas estarão em minha coluna de amanhã, no Super Notícia, nas bancas!

 

* Falta de empenho é inaceitável

 

Em qualquer circunstância, a indignação maior dos atleticanos é com a falta de empenho dos jogadores, seja contra quem for. Depois que fez 1 x 0 contra o Flamengo foi uma vergonha. Uma displicência inaceitável. Nem parecia que era um clássico contra um dos maiores rivais. Independentemente da atuação individual ruim de vários jogadores, o Atlético enfrentou um adversário em princípio de crise, cobrado por péssimas atuações nos jogos anteriores, e desentendimento do técnico Vanderlei Luxemburgo com a sua maior estrela, Ronaldinho Gaúcho.

Todos reabilitados com essa goleada acachapante de 4 x 1, definida pela própria imprensa do Rio como resultado de apenas 20 minutos de futebol razoável rubro-negro.

 

Ninguém merece

 

Também sábado, o incômodo começou pelo horário do jogo: 21 horas, longe de Belo Horizonte! A torcida do Cruzeiro, e todas as outras, não merecem! A qualidade do espetáculo melhorou no segundo tempo, mas o time continua devendo. Valeu pela estreia do Joel Santana, que fez mexidas táticas durante a partida, observou muito e sentiu que terá muito trabalho pela frente. Inverteu Diego Renan de lateral, pôs Everton na esquerda e voltou Marquinhos Paraná para o meio. Mas a melhor aposta foi em Dudu, que resolveu a questão principal: a primeira vitória no Campeonato. Sofreu pênalti e fez a jogada para o segundo gol do Montillo.

 

Reação americana

 

O América aproveitou o fim de semana para treinar, pensando no Flamengo quarta-feira. A torcida precisa se mobilizar e dar retorno ao esforço da diretoria que vai sortear TVs e um carro, na tentativa de levar mais de 12 mil pagante à Arena do Jacaré.

Essa fórmula deu certo em momentos cruciais da Série B ano passado e a mobilização precisa ser repetida agora, principalmente contra adversários do nível do Flamengo.

 

Argentina

 

Viajo nesta segunda-feira para a Argentina, de onde passo a escrever diariamente a partir de amanhã, sobre a Copa América, junto com o companheiro Ricardo Correa, para os jornais O Tempo, Super Notícia e Rádio Alvorada FM. Competição com ingredientes especiais já que a seleção anfitriã luta para sair de quase 20 anos de jejum de títulos, e tem o melhor jogador do mundo na atualidade, Messi.

O Brasil, atual campeão, tem um candidato sério a melhor do mundo, breve, Neymar.

 

Na gangorra

 

Neymar será fundamental para garantir o emprego do técnico Mano Menezes. Além da obrigação de ganhar a Copa América ele enfrenta outras situações delicadas: não venceu os adversário de peso nos amistosos que fez com a seleção e Muricy Ramalho, que havia esnobado o cargo quando convidado, disse que se arrependeu, e que jamais faria isso de novo.

 

Novo Mineirão

 

A imprensa de São Paulo está destacando que a CBF e a Fifa bateram o martelo: a seleção brasileira não jogará em estádios com menos de 60 mil lugares em 2014. E diz que só o Maracanã, Mané Garrincha, Mineirão e Itaquerão, caso cumpra a promessa de ter 68 mil lugares, receberão o time na Copa.

Porém, diz que desses, o menor é o Mineirão, cuja capacidade será de 65 mil torcedores. Uai? Não seriam 69.700?

 

Força River!

 

Por falar em Argentina foi duro ver ontem o River Plate, maior papa títulos nacionais, ser rebaixado para a segunda divisão ao empatar em casa com o Belgrano, de Córdoba, por 1 x 1.

Mesmo com todos os privilégios que o regulamento garante aos grandes de lá, não conseguiu se segurar e caiu pela primeira vez na história.


Uma rodada sintomática

Este é o Campeonato Brasileiro, que apronta surpresas de todas as formas.

Quem diria que o São Paulo tomaria de 5 do Corinthians e perderia a sua invencibilidade desse jeito na competição?

E a raça do Ceará, que derrubou outro invicto, o Palmeiras, por 2 x 0. Os jogadores do Atlético deveriam incorporar o espírito de luta dos cearenses!

Vergonha no Engenhão no Botafogo 2 x 1 Grêmio: faltou energia elétrica, de novo.

E, dramático mesmo foi o 1 x 1 do River Plate, em casa, com o Belgrano.

Um jogo impressionante, onde o River perdeu pênalti e seus zagueiros bateram cabeça. Com isso o time foi rebaixado e o Belgrano, de Córdoba, está de volta à primeira divisão.