Blog do Chico Maia

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O belo exemplo de solidariedade do PC Gusmão

Do caderno de esportes da Folha de S. Paulo, ontem.

* MINHA HISTÓRIA
LEANDRO FERNANDES JACOB, 21

Motivador

O PC Gusmão se comoveu com minha vida e me chamou para conversar com os jogadores de futebol Dou palestras em tudo quanto é clube Agradeço a Deus por tudo, inclusive por ser soropositivo

RESUMO
Nascido e criado em Botafogo, no Rio, Leandro Fernandes Jacob, 21, já deu palestras para jogadores de mais de 15 clubes de futebol. Portador do vírus HIV, foi adotado pelo técnico PC Gusmão, do Atlético-GO, que o leva em viagens para incentivar os atletas contando sua história. Ele falou para o grupo do Flamengo após o time faturar o primeiro turno do Estadual.

(…)Depoimento a

LUIZA SOUTO
DO RIO

Nasci num hospital que tinha aqui na Rua da Passagem. Sempre morei na Álvaro Ramos. Adoro Botafogo e não quero sair daqui. Aos 6 anos, o meu pai descobriu que eu tinha Aids e abandonou minha mãe. Pouco o vi ou falei com ele depois.
Minha mãe morreu no ano seguinte e meus avós passaram a me criar. Tenho um irmão de 29 anos e uma de 17, que mora comigo. Mas eles não têm essa doença.
Foram os meus avós, dona Rosa, de 71 anos, e seu Ramon, de 70, que me contaram que eu estava com HIV. Eles choravam muito, e eu lembro que disse que ia reverter essa situação. Chegava a tomar oito comprimidos por dia. Hoje são só três.
Com 15 anos, ainda andava com auxílio de um andador, pois minhas pernas eram muito fracas. Mas nunca desanimei. Tanto que os médicos disseram que eu só ia viver até os dez anos.

PRECONCEITO
Uma vez uma professora não quis que eu me juntasse às outras crianças. Ela disse que não saberia o que fazer se eu me machucasse. Falei que ela deveria me tratar como os outros. Eu não queria tratamento diferenciado.
Quando conheci minha primeira namorada, aos 14 anos, não contei de imediato sobre a minha condição, mas tenho certeza de que alguém falou, pois um belo dia ela me ligou e terminou tudo. Depois tive outros namoros. Já fiquei três anos com uma menina, mas ela sabia o que eu tinha. Às vezes acontece de um ou outro jogador de futebol não me tratar bem, mas é muito difícil me tirarem do sério. Sou muito calmo.

PC GUSMÃO
Em 2005, conheci o PC. Costumava frequentar um restaurante no Recreio toda sexta, quando rolava um show de samba. Nos intervalos, pegava o microfone e contava piada. O dono me pagava R$ 50 por semana.
O PC viu a apresentação e veio falar comigo. Então ele se comoveu com a minha história e me chamou para conversar com os jogadores do Botafogo, time que ele treinava e passava por uma situação difícil. Ele pensou que, se eu falasse sobre a minha vida, ia motivar os jogadores.
Só sei que, naquele ano, ganhamos tudo. Passaram a me chamar de Biriba, um cachorrinho preto e branco, mascote do clube na década de 40. Foi o presidente na época, Bebeto de Freitas, que me chamou assim.
O PC passou a ajudar lá em casa e também paga o meu tratamento na ABBR (Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação) até hoje. Quando posso, divido com meus avós e irmãos a ajuda. Para onde o pai vai, eu vou também. Agora dou palestras em tudo quanto é clube. No último dia 19 foi aniversário dele. Liguei e conversamos muito. Estou vendo quando vou voltar a vê-lo.

SAMBA E FUTEBOL
Em todo clube, sempre tem quem toque um instrumento. Então quis aprender. Como gosto de samba de raiz, escolhi o cavaquinho.
Na minha vida, só tive aula de música durante cinco meses. Tudo que sei hoje aprendi no olho. Eu tenho mais de 300 músicas e já gravei uma com o Dicró. Ela se chama “Os sabores da mulher”.
Há um ano e meio, eu o vi vendendo CD na Uruguaiana (centro do Rio) e me apresentei. Pedi pra ele escutar umas músicas minhas. Dias depois ele me ligou dizendo que queria gravar essa. Samba e futebol pra mim é a combinação mais perfeita que tem.
Vou me formar esse ano e estou decidindo se faço faculdade de música ou de educação física.

PALESTRAS
Na mesma semana que o PC assumiu o Atlético-GO [3 de abril], eu fui para lá dar uma palestra. Gostei muito.
Tanto o time como o PC estão muito animados para esse campeonato. E o Atlético é guerreiro, tem tradição.
Estive também há pouco tempo no Flamengo. O próprio Vanderlei [Luxemburgo, técnico] me ligou quando o time foi campeão do primeiro turno. Agora estou esperando mais convites.
Enquanto não viajo eu apareço lá no Vasco, para visitar os amigos que fiz. Quando o time foi campeão da Copa Sul-Americana, eu apareci no dia seguinte para dar os parabéns à equipe.
Quando vou aos clubes, eu gosto de chegar e ler algum trecho da Bíblia para o time. Também cito livros sobre espiritualidade e equilíbrio. Até filme eu levo. Já fui ao cinema gravar trechos de “Nosso Lar” para usar nas minhas palestras.
Só sei que, desde pequeno, tenho o costume de acordar às 3h para orar. Agradeço a Deus por tudo que tenho, inclusive por ser soropositivo. Tenho uma missão com isso. Nada é por acaso.


Valem muito, sim senhor!

Alguns colegas da imprensa não dão tanto valor ao trabalho dos treinadores.Fotos: Renato Pizzutto/ Alexandre Battibugli

Penso diferente. Entendo que são fundamentais. Óbvio que são os jogadores que resolvem dentro de campo, e não há como medir quem é mais importante, já que o futebol é esporte coletivo. Cada um tem a sua missão e ninguém ganha sozinho.

Até craques acima da média precisam do conjunto para dar seus espetáculos, marcar gols ou dar passes fantásticos e garantirem títulos aos seus times.

Quando o treinador é acima da média e tem grandes jogadores no elenco, ninguém segura.

Veja o Muricy Ramalho, fã e discípulo confesso do Telê Santana, de quem foi jogador e auxiliar.

Está superando o Mestre, pois aprendeu com os erros do antigo chefe e com os seus próprios.

Os simplistas gostam de dizer que com craques em campo, nem há necessidade de treinador. Nada a ver!

Lidar com estrelas não é para qualquer um, especialmente quando a vaidade ou teimosia do treinador se choca com a vaidade do craque. Todos perdem, e há incontáveis casos de grandes elencos, com grandes treinadores, que não deram certo.

Murciy: tri-brasileiro com o São Paulo. Alguns críticos disseram: “dirigir o São Paulo é fácil, pois se trata do clube mais organizado do país”.

Tá! Daí a pouco, campeão nacional com o Fluminense, possivelmente o grande clube brasileiro mais avacalhado e sem estrutura do Brasil!

Pegou o Santos com o barco à deriva, e em pouco tempo foi campeão paulista e da Libertadores!

E há decisões complicadas a serem tomadas em momentos cruciais.

Ontem, por exemplo: você escalaria o Ganso, ainda mais como titular, voltando de contusão séria? Um bom tempo sem jogar?

A maioria diz agora que sim, pois craque tem que jogar!

Pois é! Zagallo tomou decisão semelhante e escalou Ronaldo na final da Copa da França, e deu no que deu!

Além do Muricy, vale destacar nessa conquista, o próprio Ganso, líder, corajoso e de passes magistrais.

Danilo, o do América, que vê mais uma cria sua ajudando um grande clube a fazer história pelo mundo! E ainda por cima com um gol importantíssimo!

E, claro: Neymar!

Que dispensa mais comentários!

 

DANILODanilo comemora o segundo gol do Santos

Mais detalhes do Muricy nessa reportagem do site da Veja

* Libertadores

Muricy, o papa-títulos, conquista a taça que lhe faltava

A média é impressionante: desde 2001, um título por ano. Faltava acabar com a fama de ‘pé-frio’ em mata-matas. E aí veio a conquista da América pelo Santos

No futebol, como na vida, a história se repete: Muricy Ramalho conquistou mais um título. O tetracampeão brasileiro é um dos técnicos mais vencedores do Brasil. Foi assim na maioria dos times onde passou: Internacional, São Paulo, Fluminense e, agora, no Santos. Muciry começou sua carreira como aprendiz de Telê Santana, melhor treinador da história do futebol brasileiro. Aprendeu que jogadores de futebol precisam de conversa, mas, acima de tudo, muito trabalho. Com a conquista da Libertadores, o treinador quebra o único estigma negativo que ainda o perseguia – o de não conseguir vencer grandes competições no formato “mata-mata”, principalmente a Libertadores – que tinha deixado escapar pelo São Paulo, em 2006, contra o Inter.

Seu primeiro título foi em 1994, quando conquistou a Copa Conmebol como comandante são-paulino. De lá para cá ele já amealhou outras dez conquistas. A trajetória de grande campeão começou em 2001, no Náutico, quando ficou com o título do Campeonato Pernambucano – ele também conquistou o mesmo torneio no ano seguinte. Muricy tem um incrível retrospecto de faturar, em média, um campeonato por ano. A exceção foi 2009, quando deixou o São Paulo e transferiu-se para o Palmeiras, onde ficou quase sete meses. Em 2003, foi campeão gaúcho com o Internacional, torneio que voltou a vencer em 2005. No intervalo, em 2004, conquistou o título paulista com o São Caetano. Assumiu o São Paulo e foi tricampeão brasileiro em 2006, 2007 e 2008. Voltou a conquistar título em 2010, depois de assumir o Fluminense e sagrar-se campeão brasileiro.

MURICY

No Fluminense (à esq.) ele foi campeão brasileiro, no São Paulo (centro) foi tricampeão brasileiro e no Internacional foi bicampeão gaúcho 

Muricy deixou o time carioca no começo de 2011 reclamando da falta de estrutura do clube e das promessas não cumpridas pela diretoria carioca. O treinador assumiu o Santos no começo de abril. A equipe paulista passava por um momento delicado. O interino Marcelo Martelotte assumiu após a demissão de Adilson Batista, que permaneceu no comando durante onze jogos. Os maiores desafios do novo treinador eram arrumar a defesa e domar o jovem craque Neymar, que tinha sido o pivô da saída do técnico anterior, Dorival Junior.

 

Em pouco mais de um mês de trabalho, Muricy garantiu seu primeiro título à frente do Santos: foi campeão paulista, depois de vencer o Corinthians na final. O treinador conseguiu que Neymar mostrasse seu melhor futebol, deixando o garoto longe das polêmicas. A zaga já não é mais uma grande preocupação. O sistema defensivo passou a funcionar melhor, e o Santos parou de ser presa fácil para os atacantes adversários. Pouco afeito ao estilo marqueteiro de alguns colegas de profissão, Muricy não tem teorias mirabolantes para explicar seu sucesso. O bordão que tornou famoso – “Aqui é trabalho, meu filho!” – já diz tudo sobre a fórmula adotada para conquistar tantos títulos. 

* http://veja.abril.com.br/noticia/esporte/muricy-ramalho-o-treinador-papa-titulos


Força River! Avante Belgrano!

O gigante River Plate continua purgando os seus pecados.

Perdeu ontem de 2 x 0, em Córdoba, para o Belgrano, no primeiro jogo do mata-mata que vai decidir se ele cai para a segunda divisão, pela primeira vez na história, ou se o bravo Belgrano sobe para a elite.

Foi um ótimo jogo, com tudo que o futebol argentino oferece de espetáculo. Na bola, na malandragem, na porrada, na deslealdade, no drama e no grande futebol.

Com direito a invasão de campo pela torcida do Belgrano e 20 minutos de paralização do jogo.

Domingo tem o jogo da volta, em Buenos Aires, onde tudo deverá ser em dobro, e o Belgrano, fundado em 1905, pode perder até por 1 x 0.

Se conseguir subir, parabéns e que o River pague por seus pecados!

Se der River, bom também!

RIVER

 

Mais sobre o Club Atlético Belgrano, extraido do blog do Carlos Henrique, comentarista da TVU de Natal/RN:

“…No longínquo ano de 1905, mais precisamente no dia 19 de março, um grupo de garotos que praticava o futebol resolveu criar seu próprio clube na cidade de Córdoba, a capital da província de mesmo nome. E neste dia Arturo Orgaz oficializou a criação do Club Atlético Belgrano, cujo nome faz referência ao general Manuel Belgrano, um dos baluartes da independência argentina em 1816. O mesmo Orgaz tornou-se seu primeiro presidente e, de cara, já instituía um feito: ser o presidente mais novo de um clube desde o começo da prática do futebol – com apenas 14 anos de idade. Esse fato jamais foi igualado e dificilmente o será.

Decidiu-se também no prédio onde reuniram-se os garotos quando da fundação do clube – local este que mais tarde viria a se tornar o estádio do Belgrano – pelas suas cores. E pegando o gancho da homenagem ao general Belgrano resolveram adotar as cores da bandeira argentina – o azul celeste e o branco. Na atualidade também se usa a cor preta em seus unformes.

O primeiro campeonato disputado pelos Celestes (em alusão à cor de seu uniforme) foi em 1908, quando jogou pela 2ª divisão da Liga Cordobesa. Logo em sua estréia faturou o título da competição, porém não ascendeu à divisão principal devido a uma aberração do regulamento vigente à época (quem disse que regra esdrúxula de campeonato só é especialidade de brasileiro?), que previa o acesso aos clubes que conseguissem vencer o torneio por três anos seguidos. Apesar do dificultador o Belgrano de Córdoba conseguiu essa façanha em 1909 e 1910, fazendo com que disputasse finalmente a elite da liga em 1911…

BELGRANO

… Seu estádio é o Julio César Villagra – ou Gigante de Alberdi – com capacidade para 24 mil pessoas. Seu nome oficial é uma homenagem a um dos maiores jogadores que já vestiram a camisa do clube em todos os tempos. Foi inaugurado em 17 de março de 1927 e teve como jogo de abertura Belgrano X Estudiantes de La Plata, que não foi nada agradável para os cordobeses com goleada de 6 a 1 a favor dos visitantes.

O maior rival celeste é o Talleres, também da cidade de Córdoba. A primeira partida realizada entre ambos data de 17 de maio de 1914 com vitória dos Piratas – apelido dos torcedores do clube – por 1 a 0, gol de José Lascano – o primeiro atleta da província a vestir a camisa da seleção argentina. Como curiosidade Diego Maradona, o maior jogador da história da Argentina, vestiu a camisa dos Celestes em uma partida amistosa em 1986 diante do Velez Sarsfield.

O maior artilheiro da história do clube é o atacante Luis Artime, que marcou 94 vezes em meio a idas e vindas entre os anos de 1992 e 2006. O mesmo Artime detém também o recorde de partidas pelo time: 283 jogos….”TORCIDABEL


Atlético e Democrata renovam a parceria para a disputa do Mineiro

Democrata e Atlético acertaram detalhes da parceria que vai tentar levar o Jacaré para o Módulo II do Campeonato Mineiro de 2012. Em reunião hoje na Cidade do Galo, foi feita uma avaliação do trabalho conjunto realizado em 2010, que chegou perto, mas não alcançou o objetivo principal, que era a subida este ano. Ficou definido que o Atlético vai colocar jogadores de melhor qualidade e mais experientes à disposição do Democrata, inclusive atletas que o clube quer observar, vindos de outros estados, para possível contratação para a equipe principal.

Além do mais, este ano não haverá o Campeonato Brasileiro sub-23, como no ano passado. O técnico Dorival Junior participou do encontro e elogiou esta parceria, citando o meia
Bernard, que graças à experiência que teve em Sete Lagoas, está sendo bem aproveitado por ele no Campeonato Brasileiro da Série A.

CIDADEDOGALO

Da esquerda para a direita, Eduardo Maluf e André Figueiredo (Atlético), Geraldo Magela (Democrata), Dorival Junior e o presidente democratense, Flávio Reis.
Foto: SETE DIAS


América vence jogo-treino com o Villa e base decide nesta quinta-feira

Da assessoria de imprensa do América:
* NETINHO E WILLIAM ROCHA COMANDAM
VITÓRIA EM JOGO-TREINO DO AMÉRICA
 
A parada forçada no Campeonato Brasileiro pelo adiamento de seu jogo contra o Santos para o dia 2 de julho, devido à Copa Libertadores, não agradou a ninguém no América. Mas está sendo muito bem aproveitada pelo técnico Mauro Fernandes. Na tarde desta quarta-feira, ele pode observar jogadores que não vem tendo chances de atuar e outros que estão retornando de contusões. O time venceu o Villa Nova por 2 a 0 em jogo-treino realizado no CT Lanna Drumond. O gols foram do meia Netinho, no primeiro tempo, e o zagueiro William Rocha, na etapa final.

Mauro Fernandes usou dois times, um em cada tempo, movimentado todos os atletas. Enquanto rolava o jogo-treino, os atletas considerados titulares participavam de um treino técnico de dois toques no anexo do CT Lanna Drumond. Os jogadores que disputaram o primeiro tempo do jogo treino, também participaram dessa atividade.

Para o técnico Mauro Fernandes, o jogo-treino foi bastante produtivo.  “Os jogadores puderam viver uma situação de jogo onde há uma disputa mais acirrada. Quando se faz um trabalho contra um adversário do nível do Villa Nova é sempre importante”, afirmou.

O treinador do Coelho ainda analisou a situação do meia Netinho, que passou dois meses no departamento médico. “Ele foi muito bem hoje. Vamos ter mais cinco dias antes do jogo (contra o Flamengo) e vamos verificar a evolução do Netinho. Foi o primeiro trabalho dele com bola e ainda temos tempo para avaliar a situação dele”, completou.

Netinho disse estar muito feliz com seu retorno. Apesar de ter jogado apenas um tempo, o meia americano fez um golaço e várias assistências. Ele acredita que o apoio da família e dos companheiros de grupo foram fundamentais em sua recuperação. “Tracei vários objetivos quando cheguei ao América e, infelizmente, me machuquei. Eu tive o apoio da minha família e de todos aqui do
América em recuperação e para que pudesse dar continuidade no que eu vinha fazendo da melhor maneira possível”.

O armador reconhece que ainda não condições físicas para jogar 90 minutos, porém, se coloca à disposição do treinador para ajudar durante um tempo ou 60 minutos. “Não estou 100% fisicamente. Estou trabalhando forte para melhorar o meu condicionamento e quando o Mauro precisar, eu poder ajudar o América”.

BAIXA
O zagueiro Otávio foi a nota triste do jogo-treino. Ao dividir uma jogada durante o jogo, ele ficou com seu pé esquerdo travado no gramado e acabou sofrendo uma entorse no joelho. De acordo com o diretor médico Cimar Eustáquio, o jogador fará exame de ressonância magnética no sábado, depois que o local desinchar, para avaliar se houve alguma lesão mais grave.

O zagueiro Gabriel, apesar de não ter participado do jogo-treino, destaca sua importância para o grupo. “Esse jogo-treino é muito importante para que o professor Mauro possa avaliar os jogadores que não vinham jogando, e pensar em opções para as partidas. Temos que aproveitar esta semana para trabalhar bastante e acertar a equipe para o jogo com o Flamengo”, frisou.

PROGRAMAÇÃO
Os jogadores fizeram treino físico na parte da manhã desta quarta-feira, sob o comando do preparador físico Júlio Alencar. Nesta quinta-feira, mesmo sendo feriado, os jogadores irão treinar normalmente no período da tarde. Mauro Fernandes programou treino físico.

FICHA TÉCNICA
América 2 x 0 Villa Nova
Local: CT Lanna Drumond
Arb: Antônio Willian Gomes
A1: Leandro Henrique Alves
A2: Edgar Souza de Oliveira
Gols: Netinho (1° tempo) e Willian Rocha (2º)

AMÉRICA:
Neneca (Glaycon) Sheslon, Micão (Preto), Willian Rocha (Otávio), Carleto, China (Davi Ceará), Glauber, Irênio (Léo), Netinho (Caleb), Kempes (Daniel Lovinho) e Euller (Kempes).

VILLA NOVA:
Willian, Alex Santos (Matheus), Bruno Lourenço (Paulo Roberto), Fabrício (Elton), Raniery (Daniel), Maxsuel (Pingüim), Gustavo (Anderson Toto), Everton (Léo Salino), Luizinho (Daniel Cunha), Rômulo, Hugo Alexandre Edmílson). Técnico: Leonardo Condé
 
DECISÃO NA BASE
O feriado será de decisão para as categorias infantil e juvenil do América. Os garotos do Coelho buscam vaga na final da na 10ª Copa Integração Cidade de Belo Horizonte, no campo do Frimisa, em Santa Luzia. Com a segunda colocação geral na primeira fase, o infantil americano decide vaga contra o rival Atlético, às 09:00. O técnico Lúdio Magno terá força máxima para montar sua equipe. Se o jogo terminar empatado, o classificado será conhecido nos pênaltis. A outra semifinal será realizada na Toca da Raposa, entre Cruzeiro e Santa Luzia.
O juvenil encara o Cruzeiro, às 10:30, no estádio do Frimisa. O Técnico Ricardo Leão conta com o retorno do meia Lucas Benevennuto, poupado na última partida do hexagonal para se recuperar totalmente das dores musculares que vinha sentindo. A exemplo do infantil, não há vantagem na decisão. Se a partida terminar empatada, o finalista será conhecido nos pênaltis.

A luta do River Plate contra o rebaixamento e a “maldição brasileira”

Patrocinado pelas brasileiras Petrobras e Tramontina, um dos maiores clubes da história do futebol passa um sufoco danado para se manter na primeira divisão argentina.

Da Folha de S. Paulo de ontem:

“River vive “maldición brasileña””

ARGENTINA
Com Petrobras e Tramontina na camisa, clube joga repescagem para não cair

RAFAEL REIS
DE SÃO PAULO

À beira de um inédito rebaixamento para a segunda divisão do futebol argentino, o River Plate encontrou do outro lado da fronteira um culpado para a crise atual.
Em fóruns na internet e nas redes sociais, torcedores de rivais brincam que a equipe afundou devido à “má sorte” provocada por seus patrocinadores brasileiros.
Duas das três empresas que estampam suas marcas na camiseta “millonaria” são originárias do Brasil -a alemã Adidas fornece material esportivo ao clube.
A Petrobras é a principal patrocinadora do time de Buenos Aires. Parceira do River desde o primeiro semestre de 2006, aparece no peito e nas costas do uniforme.
A união com a Tramontina é mais recente. O acordo foi selado em fevereiro e permitiu que a empresa anunciasse nas mangas da camisa.
Juntas, elas pagam ao clube argentino pouco mais de US$ 3 milhões anuais (cerca R$ 4,8 milhões), valor irrisório para o mercado futebolístico brasileiro, onde o Flamengo fatura R$ 8 milhões apenas com as mangas.
O River inicia amanhã a disputa de um mata-mata contra o Belgrano, quarto colocado da Primera B. O jogo acontece em Córdoba, casa da equipe que tenta a promoção. A volta será no domingo.
Quem sair vencedor do encontro disputa a elite na próxima temporada. O perdedor joga a segunda divisão.
Procurada pela reportagem, a Tramontina se recusou a informar se pretende manter o patrocínio mesmo em caso de rebaixamento. Negou apenas que o contrato, válido até o fim do ano, tenha cláusula de rescisão automática em caso de queda.
A assessoria de imprensa da Petrobras, que tem mais um ano de acordo, afirmou que um feriado na Argentina impossibilitou que as perguntas fossem respondidas.
Apesar das piadas sobre uma possível “maldición brasileña”, ter patrocinadores do vizinho com economia mais aquecida não é incomum para os argentinos. Oito dos 20 times do recém-encerrado Torneio Clausura, vencido pelo Vélez Sarsfield, têm apoio verde e amarelo.
O River, 33 vezes campeão da primeira divisão e que nunca saiu da elite desde o início da era profissional, nem foi tão mal assim na competição, uma espécie de segundo turno do Argentino -terminou na nona posição.
Mas, como o rebaixamento é definido pela média de pontos por partida em três temporadas, terá de lidar com o risco do descenso.
O time vinha acumulando campanhas ruins e ficou em 17º no ranking. Os dois com piores médias são rebaixados, e mais dois jogam contra equipes da segunda divisão.

 

TREINADOR AFASTA JOGADOR NEGOCIADO

O treinador Juan José López barrou o meia-atacante Diego Buonanotte, 23, da repescagem. O jogador, que já ficou fora dos dois últimos jogos, irá para o espanhol Málaga no próximo mês. Visto como grande revelação no passado, Buonanotte teve fraca atuação no Clausura.


Feras do Triathlon, sábado, em Sete Lagoas

CARTAZ~1

Com a presença de atletas de várias cidades de Minas, Rio de Janeiro, Santa Catarina  e São Paulo, a cidade vai sediar neste sábado o Triathlon do Cinquentenário, dentro da programação comemorativa dos 50 anos de fundação do Clube Náutico, palco da largada e chegada, depois depercurso de corrida e ciclismo na Av. Norte/Sul. 

São esperados mais de 300 triatletas, que vão nadar, correr e pedalar, proporcionando uma tarde diferente neste sábado em Sete Lagoas.

Dentre os destaques confirmados está Adriano Sacchetto, uma das grandes revelações do triathlon nacional, 9º lugar no ranking brasileiro e o 5º lugar no ranking panamericano. Adriano foi recentemente convidado a integrar a seleção brasileira de triatlon. Com pouco tempo no esporte, já figura entre os principais atletas da modalidade, com destaque em competições nacionais e internacionais. Seu técnico é o renomado treinador e comentarista da SPORTV, Lauter Nogueira, considerado um dos melhores técnicos do triathlon e do atletismo nacional.

Também, forte para esta prova, Luiz Francisco o (Chicão) que vem se destacando no cenário nacional. Ele compete provas longas, e em maio concluiu seu primeiro ironman, modalidade do triathlon, que inclui 3.8 Km de natação, 180 Km de bike e 42 km de corrida. Ficou em 8º geral, liderando toda a natação, que é seu forte, e boa parte do ciclismo, sendo alcançado pelos outros atletas somente no Km 110 da bike. Mesmo inexperiente, Chicão conseguiu um Top-10 no seu primeiro ironman.

Mas também não deixou para traz as provas olímpicas, conquistando bons resultados, como um 2º lugar no SESC, etapa Paraná, chegando atrás somente do atleta olímpico, Reinaldo Colucci. Chicão também é treinado por Lauter Nogueira e junto com Sacchetto treinam, diariamente em BH e região.

SACCHETTOVENEZUELA


A substituta do Lélio Gustavo

Desde domingo Lélio Gustavo está de cama, derrubado por uma gripe dessas que arrebentam com o sujeito. Sábado, ele já comentou América 1 x 1 Cruzeiro, meio baleado.

Segunda-feira e ontem não conseguiu trabalhar, nem na Rádio Itatiaia, nem na BH News TV. Talvez não vá hoje também.

BARBARA

Ontem descobrimos uma solução para a ausência dele: Bárbara Vasconcelos, esta bela jornalista, que chamou a atenção do Joel Santana na primeira coletiva dele, na Toca da Raposa.  Olhou pra ela, em meio a um monte de colegas na sala de entrevistas e disse: “Há 30 anos, aguardo a oportunidade de trabalhar em Minas e aposto que muita gente aqui não tem 30 anos, não é!? Você, por exemplo!”, e apontou para ela, que estava toda tímida no fundo da sala.

Pois a Bárbara chama a atenção não só por ser bonita, mas por ter vocação para o jornalismo, e ligado ao esporte.

Fala bem, é muito bem informada e simplifica as coisas, sem traços de presunção exacerbada, que beira a arrogância, característicos de tantos jornalistas, novos e velhos.

Ela está concluindo o curso, na PUC-MG, 7o período, mas parece que já é profissional experiente.

Vai participar de novo do nosso programa hoje, de 12 às 13 horas, no Canal 9 da Net ou no www.bhnews.tv.com.br

Confira.

Nesta foto, feita pelo Eduardo Vascaíno, nosso companheiro, câmera, da TV, ela está entre o Henrique André à esquerda (outro nome novo e muito bom do jornalismo mineiro) e este locutor que vos fala.


Chances do Joel e solução pro Dorival

* Só uma chance de dar errado

O forte do Joel Santana é unir o grupo e conquistar a simpatia dos seus comandados. A única explicação que havia para a queda de rendimento do Cruzeiro com o Cuca era exatamente do ambiente que ficou ruim entre o técnico e jogadores.

Se era só isso, Joel vai se encaixar como luva na Toca da Raposa. A não ser que a maioria da imprensa tenha se enganado redondamente e esse time não era aquela maravilha que se falava.

Seria um grupo genérico, que fez espuma contra adversários famosos da Libertadores, porém, ruins, mas que teria iludido a todo mundo.

Só os próximos jogos do Brasileiro dirão.

Erro na frente

Dorival Junior vem alardeando, com razão, que o Atlético tem criado muito, mas que a finalização não está correspondendo. Então, baseado no segundo tempo contra o Atlético-GO, a explicação é simples: falta a ele escalar como titular um especialista no assunto, como Guilherme, que entrou e resolveu, ou Jonatas Obina, que foi sacado do banco naquele jogo, ou o Marquinhos Cambalhota, que está no estaleiro, mas que foi contratado para esta missão.

* Essas e outras notas estarão em minha coluna de amanhã, no Super Notícia, nas bancas!


O dia em que a ditadura brasileira matou Garrincha

Amigos,

um presente que o grande jornalista Luiz Carl0s Alves nos mandou.

Obrigado a ele, em nome de todos nós.

Sensacional:

* Chico,

Hoje você fala de alguns brasis rotulados por slogans mentirosos. E menciona a ditadura.

Ontem, você deve ter visto o texto anexo, no Juca Kfouri.

A agressão relatada pelo Roberto Vieira, e outras sofridas pelo casal, sobretudo contra a Elza, levou essas imensas figuras para a Itália, onde eu, José Lino e Osvaldo Faria fizemos para TV Vila Rica (hoje Band), uma histórica entrevista com o casal. Aliás, fizemos várias na Europa (onde estão?).

Elza e Mané estavam “exilados”, pois no Brasil não havia clima nem lugar para eles. Quanta indignidade!

Deles dois me tornei amigo. E em 74 ou 75 fui convidado pela Elza para participar de um show no Chico Nunes em que ela cantava, maravilhosamente como sempre, e depois me convidava ao palco para um bate-papo com Mané.

Foram duas semanas inesquecíveis, mas jamais com o teatro lotado. Ao contrário, o ranço contra o casal ainda prevalecia e em dia nenhum tivemos casa cheia.

Eles se hospedaram no Othon e algumas vezes o Alair Rodrigues (estávamos na Inconfidência) me fez companhia nas saídas com o Mané. Esta é uma outra história que um dia te conto.

Eis a foto feita pelo Lino, na casa do casal, perto de Roma.

LUIZCARLOS

O tempo passa, as imagens vão se perdendo, mas ainda dá para matar as saudades do passarinho Garrincha.

Obrigado, 

LUIZ CARLOS ALVES

* O texto do blog do Juca, ontem:

20/06/2011

O dia em que a ditadura matou Mané Garrincha

Por ROBERTO VIEIRA

20 de junho de 1964.

Garrincha e Elza Soares dormem na Ilha do Governador.

O casal mais odiado do país.

Castelo Branco se define como homem de centro-esquerda.

Os cariocas apoiam Castelo.

O São Paulo é campeão em Florença.

O Flamengo é campeão do Torneio Naranja com Paulo Choco.

Mas Elza estava com Jango no Comício da Central.

Elza estava com Jango na sede do Automóvel Clube.

Garrincha estava com Elza pro que desse e viesse.

A ditadura chega de madrugada.

Os homens acordam todo mundo na casa.

Garrincha, Elza, a mãe e os três filhos da cantora.

Armas em punho.

Todo mundo nu virado pra parede da sala.

Paredão.

Garrincha pede que poupem as mulheres.

Os militares vasculham a casa.

Destroem os móveis.

Semeiam o terror.

Garrincha está só diante do time adversário.

Garrincha bicampeão mundial.

Garrincha das pernas tortas.

A ditadura vence o jogo.

Mas antes de sair, deixa uma lembrança.

Um dos carabineros abre a gaiola do mainá.

Pássaro indiano.

Xodó de Mané Garrincha.

Curiosamente presente de Carlos Lacerda.

Lacerda que amava os tanques.

Lacerda que também teria seu dia de mainá.

O pássaro desaparece nas mãos do futuro torturador.

O mainá tem seu pescoço torcido.

Garrincha observa o gesto e chora.

O último a sair agarra Mané e afirma:

“Se abrir o bico vai ficar que nem esse passarinho!”

Os jornais publicam a notícia.

Subtraindo a verdade.

O Brasil do mulato inzoneiro.

O Brasil do homem cordial.

Mostra sua face brutal.

Longe das arquibancadas.

Longe dos campos de futebol.

20 de junho de 1964.

O dia em que a ditadura matou Mané Garrincha…

* por Juca Kfouri às 20:00