* Assim, como vem jogando, o Mano Menezes vai acabar só esquentando o lugar para o Muricy Ramalho montar a seleção para 2014. A feliz substituição de Neymar por Fred, que marcou o gol de empate, é pouco para segurar no cargo um treinador que tem os melhores jogadores do país à sua disposição.
O Paraguai pagou pelas duas incríveis oportunidades desperdiçadas, na cara do Júlio César, uma em cada tempo. A segunda, quando vencia por 2 x 1 e que poderia ter liquidado o assunto.
* No Brasil, virou moda, e atualmente qualquer jogador cabeça de bagre se sente no direito de revidar protestos dos torcedores nos estádios. Até um Jadson faz isso com a camisa da seleção brasileira, como neste jogo contra o Paraguai.
Vinha sofrendo vaias da pequena torcida brasileira, desde antes o jogo começar. A cada bola que pegava, os torcedores chamavam Mano Menezes de “burro” ou gritavam o nome do Robinho, que foi sacado do time com justiça.
O futebol das duas seleções não empolgava, e o Paraguai perdeu chance inacreditável no primeiro minuto quando Roque Santa Cruz, na cara de Júlio César, chutou pra cima.
A qualidade do jogo continuou a mesma no segundo tempo, mas o artilheiro paraguaio, se redimiu e fez 1 x 1.
Valdez fez 2 x 1 e quando os paraguaios cantavam vitória, Fred salvou a seleção do Mano.
* Os argentinos debatem Lionel Messi na seleção. O que se passa com ele quando joga com os seus patrícios, que não faz lembrar nem a sombra do melhor jogador do mundo pelo Barcelona? Este questionamento começa a ser feito também por nós, em relação a Neymar e Ganso, que voltaram a decepcionar no segundo jogo juntos nesta Copa América.
Não chegaram perto do cérebro e motor do Santos, campeões Paulista e da Libertadores.
* A festa paraguaia foi intensa em Córdoba. Antes, durante e depois da partida, entre 10 e 15 mil deles cantaram nas ruas e no estádio. Tomaram conta da cidade, vindos de várias partes do próprio país e de Buenos Aires, que abriga milhares de trabalhadores e estudantes paraguaios. Assunção fica a 30 Km da fronteira com a Argentina, e está a 1.300 Km de Córdoba, por ótimas estradas. Nem o empate com gosto de derrota os desanimou.
* Sempre tirando proveito das câmeras, a paraguaia Larissa Riquelme, pode ser comparada a um atacante oportunista, desses que não perdem chance. Parava tudo por onde passava nos arredores do Estádio. Um pouco mais gordinha em relação à Copa da África ano passado, atendeu a todos para fotos e entrevistas, sem a menor cerimônia.
Garantiu mais algumas horas de fama e gordos cachês para futuros trabalhos.
* Córdoba se preparou melhor que La Plata para a Copa América. A população foi envolvida no evento e desde ontem havia movimento nas ruas para Brasil x Paraguai, jogo de reinauguração do Estádio Mário Alberto Kempes.
Trios elétricos em pontos estratégicos, com bandas e muita gente pulando em volta. As principais vias embandeiradas, com destaque para a praça mais famosa, San Martin, dessa cidade de 1,3 milhão de habitantes, capital da província do mesmo nome.
* Assim como toda a Argentina, Córdoba amanheceu em festa, com as ruas e avenidas centrais fechadas para o desfile militar comemorativo ao Dia da Independência. Porém, apanhada de surpresa e comovida pelo assassinato do cantor e compositor Facundo Cabral, 74 anos, na Guatemala, onde fizera shows esta semana. Autor de músicas de protesto dos anos 1970, tem prestígio na América Latina, comparável ao do nosso Chico Buarque.