Blog do Chico Maia

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Arthur Gomes e Lucas Silva fizeram diferença e o Cruzeiro surpreendeu  o Athletico em Curitiba

Com razão o @TNTSportsBR afirmou: “UM DOS MELHORES JOGOS DO #BRASILEIRÃO2023! Que empate FOD@ entre Athletico e Cruzeiro!”

Enquanto teve fôlego, Lucas Silva arrumou o meio campo da Raposa, tanto para defender quanto para atacar. Arthur Gomes chegou há 15 dias como ilustre desconhecido, mas mostrou suas credenciais: dois gols na Arena da Baixada, onde é sempre muito difícil jogar, aos oito e aos 37 do primeiro tempo.

O paranaense diminuiu aos 41, com Madson e empatou aos dois do segundo tempo (Pablo). Aos 36, Wesley fez o terceiro cruzeirense, mas aos 42, novo empate, por meio do Fernandinho, cobrando pênalti. O árbitro carioca Yuri Elino Ferreira da Cruz deu nove minutos de acréscimos e depois mais dois, e o 3 a 3 ficou de bom tamanho para todo mundo, pelo que os dois times  jogaram.

Se mantiver essa produtividade, Arthur Gomes vai justificar plenamente o investimento feito nele. Contratado ao Sporting de Portugal por R$ 16 milhões, parcelados, marcou apenas 11 gols em 97 jogos pelos portugueses, onde tinha contrato até 2027.

Foto: twitter.com/Brasileirao/status

Mineiro, de Uberlândia, 25 anos, Arthur Gomes já rodou bem. Revelado pelo Santos em 2016, que o emprestou à Chapecoense e depois ao Atlético-GO. Comprado em 2021 pelo português Estoril Praia, que o repassou ao Sporting em 2022. Pelo Praia, fez três gols em 31 jogos. Ou seja: a média dele com  a camisa do Cruzeiro é excelente em relação à suas passagens anteriores.


Três pauleiras para os mineiros na 17ª rodada, hoje e amanhã: Galo x Fla em BH; Cruzeiro em Curitiba, América x Palmeiras

Foto: twitter.com/Atletico – Ontem a Galoucura foi até a Cidade do Galo pedir aos jogadores que “morram em campo” esta noite contra o Flamengo.

O time foi até o portão para ouvir os discursos. Foto: twitter.com/Atletico

Às 21, no Independência, o Atlético (13º colocado, 21 pontos), tentando evitar nove jogos sem vitória, contra o Flamengo (3º, 28 pontos), querendo embalar também no Brasileiro. Tem à frente o Grêmio, 29 e o Botafogo

O Cruzeiro (11º lugar, 22 pontos) na Arena da Baixada, 16 horas, contra o Athlético (5º, 26 pontos).

 

Benitez, uma das esperanças do Coelho, em foto do João Zebral /@ América1912

Amanhã, o América pega o Palmeiras, também no Independência. A luta para sair do rebaixamento contra quem quer voltar a brigar pelo título.


Copa feminina: pão de queijo é melhor que croissant, mas o time delas é melhor que o do Brasil

Antes do jogo, a TV deu bastante destaque para essa faixa na torcida no estádio de Brisbane/Austrália e o Globoesporte.com registrou: @geglobo “Depois do “capivara melhor que canguru” na estreia, a torcida brasileira volta a mostrar sua irreverência. Agora a frase da vez é: “pão de queijo é melhor que croissant” Acompanhe França x Brasil no ge:http://glo.bo/3Kjy8nx – Reuters”

twitter.com/FIFAWWC

O primeiro tempo foi 1 a 0 para a França e ficou de muito bom tamanho, pois era para ter sido uma goleada. Gol de  Le Sommer, de cabeça. aos 17 minutos. O segundo tempo foi um  outro jogo  e a seleção brasileira jogou muito. Equilibrou e empatou, aos 13, com Debinnha, numa jogada bem trabalhada. Mas aos 38, Renard, também de cabeça, deu a vitória às francesas.

twitter.com/FIFAWWC

Resultado previsível, pois a França é uma das favoritas ao título, apesar de ter passado por uma grande crise nas semanas anteriores ao início dessa Copa, inclusive com a troca do comando técnico. Saiu a treinadora Corinne Diacra, que estava no cargo há seis anos, e entrou Hervé Renard, que ganhou destaque na Copa do Catar ano passado ao vencer a Argentina na fase de grupos, comandando a Arábia Saudita. Ele também dirigiu a seleção de Marrocos na Copa da Rússia em 2018.

Na estreia, teve um resultado surpreendente quando empatou com a Jamaica sem gols. Precisava vencer hoje e passou a liderar o grupo com quatro pontos. O Brasil tem três, da goleada na estreia, 4 a 0, sobre o Panamá e está em terceiro lugar, já que o Panamá venceu a Jamaica por 1 a 0.

Próximo jogo do time brasileiro, quarta-feira, contra a Jamaica, de novo às sete da manhã, horário de Brasília.


Sábado no Independência, poderemos ter um divisor de águas na vida do Galo. Contra um Flamengo que atropelou o Grêmio em Porto Alegre

Depois da derrota incontestável na capital gaúcha, estava lá no twitter do Grêmio: Grêmio FBPA 

@Gremio “52 mil vozes fizeram a Arena pulsar nesta noite. O maior público do ano, o 8º da história da nossa casa. O Grêmio é isso. É união, é paixão, é não desistir JAMAIS. Obrigado, Tricolores!”

***

Nem Renato Gaúcho reclamou de nada, até elogiou a arbitragem do Raphael Claus.

Sábado , 21 horas, o Atlético receberá o Flamengo pela 18ª rodada do Brasileiro.

Caberia até a pergunta de qual Flamengo estará em campo, mas a resposta seria óbvia: pelo histórico, o mesmo que passou por cima do Grêmio, ontem, 2 x 0, no jogo de ida pela Copa do Brasil.

Time aguerrido do primeiro ao último minuto, que sabia o que queria, que não deu trégua para o tricolor dos pampas. Bem diferente daquele que custou conseguir empatar com o América, sábado passado, quando achou que venceria sem dificuldades e que os seus gols sairiam “naturalmente”.

Jogo fundamental para Felipão e cia. Uma vitória poderá dar novo ânimo ao mundo alvinegro, dentro e fora de campo, enchendo todo mundo de otimismo para pegar o Palmeiras pela Libertadores na semana que vem.

Uma derrota, certamente será o oposto, na mesma proporção e mergulhará o clube em águas turvas e turbulentas.

Um empate mantém as coisas do jeito que estão: desconfiança geral. Como diria o querido Flávio Anselmo: na base do “vamos guardar a nossa boca pra comer nossa farinha”!


O VAR e o América em discussão: injustiças e o novo momento vivido pelo Coelho no continente

@AmericaFC1912/Lucas Pousa

O americano “das antigas” Marcio Amorim, colaborador também “das antigas”, aqui do blog, sempre nos brinda com análises da melhor qualidade sobre o Coelho e o futebol em geral.

Andava meio sumido com seus comentários, mas esta semana nos enviou dois. Independentemente de para quem se torce, vale a pena ler o que o Marcio escreve:

* “Chico, aproveitando que tenho aparecido pouco, acho que é hora de aproveitar e fazer umas colocações necessárias sobre o América. Como tenho acompanhado opiniões de torcedores de diversos cantos do Brasil e das Américas, vejo que a exposição obtida pelo time com a participação positiva em torneios diversos, mormente nos internacionais, vem criando um novo modo de ser avaliado.
Hoje o América tem o respeito dos torcedores nacionais, pouco se lixando para o pensam dele em Minas Gerais. Recentemente venceu e convenceu times como o Inter, o Corínthians e o Fortaleza e os campeões do Uruguai, da Colômbia e do Chile.
Este último causou uma comoção dentro e fora da Conmebol, dentro e fora de Minas, dentro e fora do Brasil. Há movimentos no Paraguai e na Argentina contra a presença de times brasileiros na Libertadores e na Sul americana. Querem, no mínimo, a saída da maioria dos times. Devem, imagino eu, querer fugir dos confrontos com equipes que eles desconhecem. Até hoje lamentam o baile que levaram dos reservas do América – apenas Pasinato e Lucas Kal de titulares. Um massacre, uma humilhação impensável. O Tal de Valdívia, em rede de TV chilena, onde comenta futebol, havia dito após os 2 x 1 em Santiago, que o América era um time medíocre e que não reverteria o resultado. Patético!
Não há como negar que o América evoluiu, cresceu, agigantou-se. Sair da zona parece o próximo passo. Não vejo 8/9 times melhores do que o América e vejo 8/9 bem piores. E viva o Coelhão!”

***

* “Caro Chico e amigos!
A propósito de VAR, acho muito importante uma voz de peso ter-se levantado. Chorar contra ajuda aos grandes é chover no molhado. No caso do Grêmio x Atlético, não se sabe o porquê, porque os times se igualam. Por que motivo teria o VAR beneficiado o Grêmio e não o Atlético se ambos são grandes?
Penso que a coisa mal feita gira mais em torno de Flamengo, Corínthians, possivelmente Palmeiras. Márcio Resende é uma voz insignificante para dizer que houve pênalti não dado contra o Flamengo. Até porque não foram as únicas dúvidas do jogo, sempre em benefício do Flamengo. Eu me acostumei a seguir as matérias esportivas pelo You Tube, que apresenta oportunidades de participação bem democráticas. Lá, os torcedores do Brasil inteiro, do norte ao sul, e muitos torcedores do próprio Flamengo, foram unânimes em afirmar, de forma até contundente, que o América foi roubado e, tiveram coragem de dizer que o pobre América jogou muito melhor do que o poderoso Flamengo em um Maracanã lotado à espera de uma goleada histórica. Falou-se, inclusive, que o Flamengo iria reforçado por um tal “quarteto mágico”. Ao final, restou risível e patético.
Criei muita resistência ao Felipão, depois dos 7 x 1. Apareço agora para dizer que ele está certo. Queria que ele visse e analisasse os lances citados do Flamengo x América. Sei até o que ele diria: apodreceram de vez o futebol. Abraços!”


O maior lateral e batedor de faltas da história completa hoje 73 anos, bem vividos. Parabéns Nelinho!

Em foto que circulou muito na internet ano passado, “resenha” de mitos de verdade no apartamento do Marcelo Oliveira: Nelinho, entre Paulo Isidoro (esq.), Marcelo, Reinaldo, João Leite e Toninho Cerezzo.  

***

Quem viu, viu. Quem não viu, só por vídeos que, felizmente, lotam a internet. Vai demorar para o mundo ver em ação novamente um lateral direito e batedor de faltas como o Nelinho.

Tive o privilégio de vê-lo jogando, e privilégio maior ainda de conviver com ele, como repórter setorista. Dentro e fora de campo um ser humano espetacular. De personalidade ímpar, sincero, foi o primeiro jogador a ter coragem de contestar abertamente a imprensa, num tempo em que a palavra de determinados comentaristas soava como lei, para pressionar dirigentes e fazer a cabeça dos torcedores, contra ou a favor de quem não rezasse em suas cartilhas.

Apesar de ser um dos maiores astros do futebol brasileiro enquanto jogou, era de uma simplicidade impressionante, com todos que o abordavam.

Contador de histórias como poucos sabem contar, mantém o carisma dos tempos em que assombrava os adversários quando partia com a bola dominada ou corria para bater uma falta.

Sou fã do “Seu Manoel”, com quem aprendi muito para ser um bom repórter. Dos poucos jogadores que prestavam atenção em todas as perguntas que lhe faziam, palavra por palavra. Se o entrevistador não estivesse preparado, pagava mico, porque ele não perdia a chance de constrangê-lo. E de forma educada, didática, sem arrogância.

Fui procurar textos sobre ele para essa homenagem e fiquei o tempo quase todo em meu próprio blog, em que sempre escrevi demais sobre, sempre citando como referência positiva de alguma coisa.

Destaco a seguir, detalhes da ida dele do Cruzeiro para o Atlético; o exemplo dele de saber a hora de parar de jogar (grande dificuldade de incontáveis craques) e o dia em que ele, Sócrates e Raul, já ex-jogadores, bateram um papo sobre tudo, numa promoção do Jornal Diário de Pernambuco, em Recife. No fim, indico o link do Terceiro Tempo/Uol, do Milton Neves, que mostra vídeos e conta história sensacionais sobre ele:

Começo com o que escrevi no dia 11 de setembro de 2020, quando Victor estava em fim de carreira, teimava em continuar jogando, e o Galo acabava de contratar o Everson:

A possível estreia do goleiro Everson e o grande exemplo do Nelinho na hora de parar

… No futebol brasileiro imperam o paternalismo e saudosismo. E nem todo grande jogador sabe a hora certa de pendurar as chuteiras e partir para outra atividade profissional, no futebol ou fora dele. Nessas situações sempre me lembro do Nelinho, que aos 36 anos jogava muito e continuava sendo o maior cobrador de faltas do nosso futebol. Mas, marcou a data do jogo de despedida e não abriu mão. Mesmo com tantos apelos para que continuasse por mais um ano jogando no Atlético. Numa entrevista a mim, na Band, ele disse: “Vocês que hoje dizem que devo jogar mais um ano, serão os primeiros a me detonarem no primeiro lance em que eu não conseguir acompanhar o ponta e o Atlético tomar o gol”.

Claro que ele tinha razão. No mesmo ano de 1986, jogava e pedia votos para deputado estadual pelo PDT. Foi eleito e no inicio de 1987 fez o jogo de despedida no Mineirão. Um sucesso, casa cheia. Parou por cima…

***

24 de dezembro de 2017

Lembranças do dia em que Nelinho trocou a Toca da Raposa pela Vila Olímpica

João Leite, Nelinho, Batista, Elzo, Heleno, João Paulo e o vice-presidente de futebol Ivo Melo (que convenceu ao presidente Elias Kalil a tirar Nelinho do Cruzeiro); Sérgio Araújo, Paulo Isidoro, Tita, Éverton e Edvaldo. Foto – CAM

Ontem pela manhã o Alexandre Simões escreveu uma ótima reportagem no portal do Hoje em Dia, reavivando a memória de todos nós contando a história da troca de lado por um jogador da prateleira de cima, que realmente mexeu com o nosso futebol. Nelinho saindo do Cruzeiro e indo para o Atlético.

Eu era repórter da Rádio Capital e tive o privilégio de cobrir o dia a dia do Galo naquela época. Só não concordo com a pergunta que o Alexandre faz no título da reportagem: “Fred no Cruzeiro: um troco depois de três décadas e meia?”.

Não dá pra comparar. Nelinho era, simplesmente, o maior lateral direito do país, um dos mais badalados do mundo.

Confira: (mais…)


“Pompas e circunstâncias”! A chegada de Matheus Pereira ao Cruzeiro e o que esperar do suposto reforço

Foto: twitter.com/Alhilal_EN

Dizem os dicionários que a expressão “pompas e circunstâncias” significa “de modo requintado e de acordo com a etiqueta”. Também é o título de uma marcha composta para orquestra pelo britânico Edward Elgar (1857-1934), cujo título é inspirado num trecho do terceiro ato de Otelo de Shakespeare. Aliás, bem famosa e vale a pena ouvir: https://www.youtube.com/watch?v=buISDilVfM0&list=RDbuISDilVfM0&index=1

Este lero-lero todo para dizer que é assim que as competentes drietorias de marketing dos clubes brasileiros tratam qualquer contratação, de jogador, executivo de futebol ou membros de comissão técnica. Vendem a figura como se fosse o “maior do mundo”, e que o sujeito optou pelo clube porque sempre foi “um sonho antigo” de vestir essa camisa e bla,bla,bla…

E a imprensa, em grande parte, cordeira ou amansada (na maioria das vezes as duas coisas), aceita tudo de bom grado e repassa ao torcedor. Este, “apaixonado”, acredita piamente e vai pro estádio ou se senta diante da TV, esperando um grande retorno daquele jogador ou “professor”, que custou os olhos da cara e que “dizem” sem bom demais da conta.

De cara, a “estrela” em questão até costuma mostrar algum serviço, mas daí a pouco cai no lugar comum e o resultado, na sequência é nulo ou quase isso, não justificando o investimento e nem as “pompas e circunstâncias” da promoção do marketing e da “mídia especializada”. E como tem especialista, agora, principalmente nas redes sociais.

Em Minas, o caso atual é do Matheus Pereira, novo contratado do Cruzeiro, cuja aquisição vem sendo tratada pelo marketing cinco estrelas e pela imprensa, como o feito do ano. A chegada do salvador da pátria.

Quando ouvi a manchete sobre ele a primeira vez, pensei se tratar de algum ex-Manchester, Real Madri, Barcelona ou Bayern de Munique. Liguei para alguns companheiros mais atualizados com o futebol europeu e nenhum deles tinha “certeza” de quem se tratava.

Recorri ao “São Google” e veio uma chuva de informações e a satisfação de saber que é mineiro, da Capital, descoberto jogando lá no Filadelfia e depois Democrata da nossa querida Governador Valadares, por um olheiro bom de serviço do Sporting de Portugal, que o levou para Lisboa em 2010. Promovido pelo Jorge de Jesus ao profissional (interessante, hein!?), depois emprestado ao Chaves, também de Portugual, e de lá para o Nurenberg (Alemanha) e depois para o West Bromwich Albion, da segunda divisão inglesa. Lá, se destacou como um dos mais importantes do time no acesso à primeira divisão, fazendo 43 jogos, oito gols, 20 assistências. Com isso, despertou o interesse do Al-Hilal (Arábia Saudita), que contratou em 2021. Ficou lá até janeiro deste ano, quando foi contratado pelo Al-Wahda (Emirados Árabes Unidos), onde fez 18 partidas e marcou um gol.

Está com 27 anos de idade e chega como a grande esperança de resolver o maior problema do Cruzeiro no momento que é a marcação gols. Vai ganhar um pouco mais de R$ 1 milhão por mês. Isso, 1 milhão de reais, de acordo com o site da Itatiaia: “o salário de Pereira no país árabe supera os R$ 2 milhões por mês. O Cruzeiro, em um esforço enorme, mas sem fazer loucuras saindo do seu orçamento, aceitaria pagar pouco mais da metade disso, segundo informações da reportagem…”

Nota-se que a SAF Cruzeiro está com mais dinheiro do que se imagina.

Muito a favor do Matheus Pereira, uma twittada de alguém que o viu jogar de perto na difícil liga da Inglaterra. Marcelo Courrege, correspondente da Globo na Europa, que mora lá, e disse escreveu o seguinte: @MarceloCourrege:

* “Obviamente, não vi as temporadas do Matheus no Al Hilal… Mas acompanhei de perto os anos dele no West Bromwich. Jogava muito! Meia passador clássico, grande batedor de faltas, perna esquerda enjoada. @Cruzeiro acertou muito nessa contratação.”

Foto: @Cruzeiro/@marcoferraz85

***

Como dizia o Adilson Batista, “vamos aguaaardaaarrr”!

Se os gols saírem aos borbotões e o Cruzeiro passar a aproveitar as tantas oportunidades perdidas, um reforço de verdade, “negoção”. Caso contrário, mais uma contratação equivocada.

O resto é perfumaria!


A gingada do Vitor Roque e razões do Felipão para cravar que acabaram com o futebol de verdade

O VAR está sendo a “tampa do caixão”, mas uma série de medidas adotadas pela FIFA e autoridades públicas vão tirando a graça da maior paixão nacional. “Arenas”, “padrão FIFA” que enveloparam e encheram os estádios de frescuras; fim da “geral”, que garantia ingressos baratos e dava oportunidade de quem ganha pouco ir aos jogos; proibição da entrada de bandeiras com mastros; proibição até dos radinhos de pilhas; tratamento de gente a bandidos que se organizam em torcidas, garantindo a violência sem fim, etecetera e tal…

Vamos à frase do Felipão após a derrota do Galo para o Grêmio, sábado: “Infelizmente não existe mais futebol no Brasil. O termo futebol não existe mais. Futebol não existe mais. Acabou o assunto, é a minha opinião. Bola ao cesto, bola quadrada. Futebol, não”.

Importante lembrar que o Atlético também já foi beneficiado por erro grave do VAR, contra o Palmeiras, por exemplo. quando aquele golaço de bicicleta do Rony, foi anulado, no Mineirão.

A tecnologia que funciona tão bem em outros esportes, realmente, no futebol não está funcionando no Brasil. Constantemente algum absurdo tem sido praticado pelo VAR e por consequência pela arbitragem. Nem falemos da demora para se definir os lances, que esfria os jogos e mata o torcedor de raiva. Os excessos em determinadas marcações, a falta de critério dos árbitros para chamar ou não a ajuda das câmeras e por aí vai.

O gol anulado do Alan Kardec ontra o Grêmio foi um exagero, uma ducha de água fria em quem gosta de futebol. Porém, se o mesmo critério tivesse sido usado no jogo Vasco 0 x 2 Athletico/PR, o mundo do futebol teria sido privado de uma das mais belas jogadas dos últimos anos, pois não seria repetida por nenhuma TV. Aos 30 minutos, Vitor Roque (ex-América e Cruzeiro) invadiu a área pela esquerda, deu uma ciscada, daquelas que entortam os defensores, pra cima do zagueiro Zé Vitor e foi derrubado. Pênalti incontestável. Fez lembrar Garrincha, Jairzinho, Joãozinho, Ronaldinho Gaúcho e outros gênios da bola. Quando o Vitor Bueno pegou a bola para bater, o árbitro mineiro Paulo Cesar Zanovelli mandou esperar, porque foi chamado pela turma do VAR que pensou que o Vitor Roque poderia estar impedido quando recebeu o belíssimo lançamento que originou a jogada.

Felizmente, as tais linhas que determinam se um pedaço da camisa, do cotovelo, do tornozelo, da unha do pé de alguém estavam juntas, e o VAR então confirmou que não houve impedimento.

Coisa de doido, que dá razão ao Felipão. O futebol de verdade está dando lugar a um circo ruim, ridículo.

Neste caso específico, a maioria dos editores de imagens das TVs também contribui para atrapalhar: só mostram a cobrança do pênalti. Não mostram a jogada.

E vida que segue!


No dia dos 10 anos da conquista da Libertadores, uma entrevista sensacional do Alexandre Kalil, ao Ge

Foto:  ge.globo.com/futebol/times/atletico-mg

Parabéns ao Fred Ribeiro, Guilherme Frossard e Pedro Spinelli pelo excelente trabalho nessa conversa com o maior presidente da história do Atlético. Tantas histórias, de tantos detalhes até a chegada ao título, que ao terminar a leitura fica aquela sensação de frustração em saber que dificilmente o Galo terá outros Kalil, Ronaldinho Gaúcho e essa geração fantástica que deu a maior alegria de todos os atleticanos na história.

* “Atlético-MG: a toalha, a profecia e o “delay” de Alexandre Kalil no título da Libertadores há exatos 10 anos”

Título do Galo completa uma década nesta segunda-feira e aquece memória do ex-presidente

Há 10 anos, uma bola bateu na trave e explodiu a vida do Atlético, na conquista do maior título esportivo do clube. Aquele barulho histórico, entretanto, foi visto com alguns segundos de atraso – o famoso delay – pelo então presidente do clube, Alexandre Kalil. Ele acompanhou a decisão da Libertadores de 2013 dentro do vestiário do Galo, no Mineirão.

É um passado presente todos os dias no apartamento do nono andar de um prédio no bairro de Lourdes (o mesmo onde está a sede do Galo). Em sua casa, Kalil, hoje com 64 anos, recebeu o ge para relembrar aquela conquista da virada do dia 24 para 25 de julho de 2013. Justamente um dos maiores símbolos da conquista, justamente a bola que bateu na trave de Victor, está na memorabília de Kalil.

“Aquele dia foi um acúmulo de emoções para chegar no ápice. Acho que só caiu a ficha quando entrei no gramado Mineirão. Porque eu estava lá embaixo (no vestiário). Quando entrei no Mineirão, eu senti o tamanho da festa e o tamanho da emoção que eu ia sentir.”

Logo na entrada do apartamento, réplicas de tamanhos reais do troféu da Libertadores de 2013 e da Copa do Brasil de 2014, no crepúsculo da sua administração, iniciada em outubro de 2008. A taça original da conquista, inclusive dormiu com Kalil. Em um cômodo separado das salas de TV e de estar, há uma espécie de museu do Galo, ou de museu de Alexandre Kalil no Galo. Com referências ao seu pai, Elias Kalil, ex-mandatário entre 1980 e 1985.

Entretanto, há um objeto que não dialoga com o restante da decoração, ao menos visualmente. Mas é ele quem será o condutor do bate-papo no estilo “túnel do tempo” para a Libertadores de 2013. Trata-se de uma toalha de rosto rosa, devidamente esticada e enquadrada. Posição de destaque, ao lado da camisa de Ronaldinho Gaúcho devidamente preparada para a sua coletiva de despedida, em 2014.

Na entrevista, Alexandre cita várias vezes Elias Kalil. Falecido em 1993, o ex-dirigente do Galo chegou a profetizar, em 1983, logo após a conquista do hexacampeonato mineiro: “Agora que atingimos hexa, vamos ao Mundial”. Meta cumprida pelo filho, 30 anos depois. Na entrevista, Alexandre cita várias vezes Elias Kalil. Falecido em 1993, o ex-dirigente do Galo chegou a profetizar, em 1983, logo após a conquista do hexacampeonato mineiro: “Agora que atingimos hexa, vamos ao Mundial”. Meta cumprida pelo filho, 30 anos depois.

Alexandre Kalil segue tocando seus negócios pessoais, curte as cinco netas, alimenta sua paixão por motocicletas Harley-Davidson e ainda tem no currículo a prefeitura de Belo Horizonte (2017-2022), em dois mandatos. Recentemente, foi alvo de uma CPI (“Abuso de Poder”) na Câmara dos Vereadores.

No relatório final, realizado na sexta-feira, não houve imputação de irregularidades ao ex-chefe do executivo municipal. Um dos temas da CPI foi as contrapartidas da Arena MRV. O estádio, a Liga e até mesmo a votação da SAF do Atlético (aprovada na última quinta, seis dias depois da gravação da entrevista) são outros temas abordados por Kalil.

Alexandre beija a foto do pai, na galeria dos ex-presidentes do Galo na sede de Lourdes. Elias Kalil foi o presidente que modernizou o Atlético e pôs o clube no mapa do futebol mundial com as grandes excursões à Europa nos anos 1980.

LEIA A ENTREVISTA COM ALEXANDRE KALIL

Foto: twitter.com/ppedrospinelli

ge: Qual foi o primeiro pensamento após o título da Libertadores?

Kalil: “Não lembro (…) é muita coisa. Vem um turbilhão. Eu não lembro de nada. É um negócio completamente fora de contexto. Eu não esperava que o Atlético fosse campeão da Libertadores. Eu não esperava quando tudo começou. Isso demora pra gente. Primeiro que eu não estava no ambiente, eu estava solitariamente no vestiário do Mineirão (na final). Eu tive que me incorporar à festa pra começar a sentir. Eu lembro que eu estava com um filho do meu lado, o Felipe (Kalil, médico da Seleção), que é o mais velho, nós nos abraçamos na solidão do vestiário. Ainda mais nesse momento, vestiário fica vazio mesmo. Estava no vestiário com os dois roupeiros e o Felipe. Então, naquele momento, quando a bola explodiu… Antes de a bola explodir, eu escutei o Mineirão explodindo, porque tinha um delay da televisão do vestiário. Eu abracei, nos abraçamos, os roupeiros vieram também. Aí que nos fomos incorporar, sentir a festa.

E por que decidiu ver jogo no vestiário do Mineirão, pela TV?

– Por covardia. Eu estava apavorado. E eu estava com muito medo de perder. Nós tínhamos um 2 a 0 contra. Quem conhece de futebol sabe que dois contra… Então, fui pro vestiário por medo. Apavorado, fiquei lá trancado. O medo é uma coisa que você não compartilha. É tão vergonhoso que você fica sozinho. Meu filho só foi pro vestiário, não porque eu chamei, porque avisaram: ‘Seu pai tá no vestiário’. Deve ter acontecido alguma coisa. Aí, quando ele ficou e nós fizemos um gol, eu falei: ‘Agora você não vai sair. Vai ficar do meu lado’.

Houve algum momento que você teve aquela sensação de “deu merda”? (mais…)


Despropósito: horário especial de trabalho em jogos da seleção brasileira; masculina ou feminina

Ary Borges marcou os dois gols da seleção brasileira na estreia contra o Panamá, no primeiro tempo – Foto: twitter.com/FIFAWWC

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Bela estreia (especialmente o primeiro tempo, que assisti) da seleção na estreia da Copa feminina na Austrália/Nova Zelândia. Mas, concordo com o Fernando Rocha, que fez essa crítica na coluna dele no Diário do Aço, de Ipatinga. Vale para as duas seleções, em qualquer Copa. Confira este e outros temas abordados por ele:

“Achei um despropósito os decretos do Governo do Estado e da Prefeitura de Belo Horizonte, estabelecendo horários especiais para seus respectivos  servidores nos dias de jogos da Seleção Brasileira na Copa do Mundo feminina. Nem mesmo para as partidas da seleção masculina, que tem visibilidade mil vezes maior, acho válido ação semelhante. Quem sai prejudicado como sempre é o cidadão que necessita do serviço público. A instalação de aparelhos de TV nas repartições seria uma boa e simples solução para o caso, mas aqui no Brasil esta cultura de feriados por qualquer motivo ultrapassa todos os limites.”

  • Todo clube quando é vítima de suposto erro de marcação do VAR reage assim como acontece agora com o Galo, contando sempre com o apoio de parte da imprensa bairrista de sua região. Algumas rodadas atrás o Galo foi beneficiado pelo VAR, que anulou um belo gol de Rony do Palmeiras no Mineirão, no entanto não me lembro de algum dirigente alvinegro ter reconhecido publicamente o erro da arbitragem. A orientação é da FIFA e só ela pode mudar o critério de milímetros para marcar impedimentos e anular gols, algo que também acho injusto.

(Fecha o pano!)   (mais…)