* O primeiro tempo de América x Internacional foi um circo de horrores americano, com falhas individuais e coletivas. O ritmo era acelerado, com os dois times buscando o gol. Entradas duras de lado a lado que deram trabalho ao árbitro baiano Arilson Bispo. Aos 11 minutos Eliandro perdeu uma oportunidade na cara do Renan, e aos 13 o Inter fez 1 x 0 com Oscar. Aos 15, Carleto saiu jogando errado, proporcionando contra ataque que permitiu ao D’Alessandro marcar o segundo, contando com a colaboração também do goleiro Flávio.
A torcida, quase 100% gaúcha, começou a gritar “ão, ão, ão, segunda divisão…” e acabou de desnortear o Coelho.
Oscar fez o que quis com seus marcadores e aproveitou uma furada do zagueiro Gabriel para fazer 3 x 0. A partir daí o Inter diminuiu o ritmo e passou a administrar o resultado
No segundo tempo o time melhorou um pouco, mas foi uma das piores partidas que já vi do América.
Conseguiu marcar dois gols, mas tomou mais um e o placar ficou até de bom tamanho, devido as oportunidades perdidas pelo Internacional.
Quem viu China comandar o América na Copa São Paulo, no início do ano, não entende porque ele não tem lugar neste time do Mauro Fernandes. E pior: não ganhou oportunidades de jogar durante o Campeonato Mineiro, que é o momento ideal para experiências desse tipo.
Seguramente que joga muito mais que o Glauber, volante que estreou ontem e fez um jogo horroroso contra o Internacional.
No sábado o Cruzeiro correu muito mas faltou futebol para evitar a derrota para o Fluminense. Se completo, não vinha fazendo grandes jogos, sem Henrique e Roger, pior ainda.
Rafael foi bem na substituição do Fábio, sem culpa nos gols; novamente Montillo não repetiu as grandes atuações habituais; as laterais continuam sendo motivo de dor de cabeça para o Cuca, onde Vitor e Pablo ainda não acertaram na direita, e o Everton continua sendo improvisado na esquerda.
No futebol de hoje, qualquer time sem laterais eficientes não briga no topo da tabela.
Com três rodadas não há nenhum motivo para desespero, porém, apenas um ponto em nove disputados, incomoda e exige que algo seja feito visando uma reação. Há quase 15 anos, essa não é uma situação comum ao Cruzeiro.
No caso do América o problema é outro: jogadores continuam chegando e sendo apresentados aos novos companheiros. Até entrosar essa turma, não vai ser fácil.
O São Paulo será um termômetro importante para medir a força do Atlético. O time do Dorival Júnior tem perfil parecido com o do Paulo César Carpegiani: juventude, velocidade, toques rápidos, duas vitórias iniciais e, apesar disso, ainda uma certa desconfiança da mídia em relação até aonde podem chegar no Brasileiro.
Este jogo de quarta-feira poderá ser um divisor de águas para ambos na competição.
* Estas e outras notas estarão em minhas colunas de amanhã nos jornais O Tempo e Super Notícia, nas bancas!
E sobre a seleção brasileira, faço minhas as palavras e traços do Duke, hoje, no Super