Blog do Chico Maia

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E lá se foi o Rubens Minelli. No Galo, caiu porque não foi nada habilidoso com as palavras

Minha coluna no BHAZ

Obrigado ao Fred Ribeiro, que nos enviou essa reportagem da revista Placar com o Atlético de Rubens Minelli em 1984: João Leite, Fred, Luizinho, Heleno, Nena (lateral direito) e Jorge Valença; Paulinho Kiss, Marcus Vinícius, Reinaldo, Renato Dramático e Eder.

E lá se foi o Rubens Minelli. Sabia tudo de futebol, mas pouco habilidoso com as palavras

Era o treinador mais cobiçado do Brasil nos anos 1970/1980. Em todas as enquetes a imprensa nacional e torcedores o queriam como técnico da seleção brasileira. Por razões que só os dirigentes da CBF sabiam, nunca foi chamado, e ele carregou essa frustração para o túmulo.

Morreu ontem aos 94 anos de idade. Estudioso, formado em Economia, fez escola no futebol brasileiro com suas táticas defensivas e aposta em “uma bola”. Inspirou a grandes técnicos como o Felipão, por exemplo.

Tri-campeão brasileiro (Internacional 1975/1976 e São Paulo 1977). No Inter tinha grandes jogadores, como Falcão e cia. No São Paulo, operários, jogadores obedientes e fortes fisicamente. Time infinitamente inferior ao do Atlético, de Reinaldo, Cerezo, Paulo Isidoro…, mas que ganhou o Brasileiro mais improvável da história verde e amarela, em pleno Mineirão, nos pênaltis.

Na bola e na catimba, tudo planejado por Minelli, que sabia que seria impossível vencer o jovem e fantástico Galo em casa, só jogando futebol.

E foi!

Em 1984 o então presidente Elias Kalil investiu mais que os concorrentes e conseguiu contratá-lo.

Com o ótimo elenco que o Galo ainda tinha (João Leite, Nelinho, Luizinho, Heleno, Elzo, Everton, Reinaldo, Éder…), a revista Placar dedicou a capa da edição especial que fazia um raio “x” de todos os participantes do campeonato ao Galo. Com a foto do time e a manchete: “Pintou o campeão?”.

Eu era repórter da Rádio Capital e cobria o dia a dia do clube.

Foto: twitter/Atlético

Mas o que ninguém sabia era que Rubens Minelli estava entalado na garganta da maioria dos jogadores desde os seus primeiros dias em Belo Horizonte. Chegou com muita pompa e dono do pedaço. Perguntado nas entrevistas sobre o favoritismo do time naquela temporada, respondia que era preciso calma, pois o time não era “aquilo tudo” que se falava. Chegou a comparar o elenco com um ovo de páscoa: muito bonito por fora, mas sem nada por dentro!

Também tinha fama de que não gostava de jogadores de baixa estatura. Grande parte do time era de “baixinhos”, começando por duas das principais estrelas: Luizinho na zaga e Reinaldo.

Na estreia, 6 a 0 no Bahia. Empolgação geral. “Ninguém vai segurar este Atlético”, era a voz corrente em Minas e no Brasil.

A imprensa exaltando Minelli, a sua comissão técnica e as suas estratégicas “geniais” implantadas nas montanhas de Minas. Ele falava só de suas táticas e dos métodos “modernos” trazidos por ele para a Vila Olímpica. Porém, se esquecia dos jogadores, dos funcionários antigos do clube, todos de olhos e ouvidos atentos.

De repente, não mais que de repente, a bola parou de entrar nas “casinhas” adversárias, só na do Galo. Derrotas e empates inacreditáveis, dentro e fora do Mineirão.

Especulações mil sobre o que estava acontecendo e nenhuma explicação convincente. Pressionado, Elias Kalil se recusava a demitir o maior treinador do país, sonho de consumo de todos os clubes. Era inacreditável o que estava acontecendo com o Atlético.

Até que o próprio Minelli sentiu que não dava mais para continuar. O clima na cidade não era nada bom para ele. Fez um acordo e foi embora, com o Galo mal na tabela de classificação. Uma das maiores frustrações da história do Atlético e da carreira dele.

No lugar, assumiu o Mussula, ex-goleiro e que já tinha sido treinador do próprio Galo. Pessoa simples, discreta, queridíssimo dos jogadores, demais funcionários e imprensa. Como num passe de mágica, o time desandou a vencer, e jogando muito bem. Mas era tarde. Já não dava mais para brigar pelo título. Terminou em 19º lugar, num campeonato que tinha 41 participantes.

Grande treinador, grande figura humana, papo agradável, sempre gentil, Minelli pecou pela falta de habilidade no trato com seus comandados. Em suas entrevistas, raramente reconhecia o papel deles, e que sem eles, nada feito.

Que esteja em um bom lugar e descanse em paz!


Wesley perdeu a grande chance de sair de campo como herói: 2 a 2

Minha coluna no BHAZ:

Foto: twitter.com/Mineirao

2 a 2 com o Vasco. De ponto e ponto o Cruzeiro vai espantando um novo rebaixamento

Wesley perdeu a grande chance de sair de campo aclamado como herói. Mas a bola dele é limitadíssima e ele desperdiçou a melhor oportunidade de gol da partida.

Companheiros do jornalismo não o perdoaram e a cuíca está roncando pra cima dele, como mostra o Guilherme Ibraim:
@gibraim
“Por tudo o que faz e não faz. Wesley é a pior contratação da história do Cruzeiro. É pela relação investimento e rendimento. É impressionante alguém ter todos os fundamentos ruins passando na base de time grande. Ele não tem nada, absolutamente nada de útil pra um time.”

Josias Pereira pensa parecido: @josiaspereira “Pior contratação da história do Cruzeiro. Imagina o tanto que a Leila sorriu na hora que o Ronaldo falou que queria contratar o Wesley.”

Luciano Dias, da Rede Minas, faz cálculos e contava com vitória sobre o Vasco hoje, e tem outro perna de pau para xingar: @jornlucianodias “Confesso que esperava três pontos nestes jogos a menos do Cruzeiro. Derrota para o Fortaleza e vitória contra o Vasco. No fim das contas, tá no lucro. É se virar pra buscar 4 pontos contra Goiás, Athético, Botafogo e Palmeiras.
Ter um jogador como Neris é pedir sempre pra cair. Não tem base.”


Lamento que Fernando Diniz possa ter terminado a trajetória dele como técnico da seleção

Minha coluna do BHAZ:

Histórias que se repetem e o nosso futebol indo pro brejo

Dentro de campo, só lamento que Fernando Diniz, um ótimo treinador, pode ter terminado a trajetória dele como técnico da seleção, em jogos oficiais, nessa derrota para a Argentina. O time volta a campo em março para amistosos contra Espanha e Inglaterra e depois só na Copa América, provavelmente com outro treinador. Essa de técnico “interino”, dividindo as atenções com o Fluminense, ferrou com ele.

O italiano Ancelotti ou outro gringo qualquer, já que o presidente da CBF quer experimentar um estrangeiro no posto. Mas este é tema para uma outra coluna.

A vitória argentina foi normal, de um time que joga junto há quase dois anos, atual campeão do mundo menos de um ano atrás, conduzido por Messi, melhor jogador do planeta, mesmo com seus 36 anos de idade. O zagueiro Otamendi, ex-Atlético, aproveitou a oportunidade que teve e o Brasil não conseguiu aproveitar as chances que criou.

Maior problema da seleção continua sendo bolas altas cruzadas na área. Zaga comandada pelo Marquinhos, o mesmo que errou pênalti contra a Croácia na eliminação da Copa do Catar.

Fora de campo é que está a tragédia verde e amarela, e como sempre, principalmente no Rio de Janeiro, que sintomaticamente é onde está a sede da CBF. O pau cantou feio durante a execução do hino argentino, antes da bola rolar. Polícia descendo o cacete, sem dó, sangue pra todo lado, pais e mães correndo com crianças com colo, tentando escapar da confusão. Jogo quase cancelado, por falta de segurança, jogadores argentinos de volta ao vestiário. Bola rolou com 30 minutos de atraso.

Ora, ora, a CBF e a Conmebol não determinaram a separação física das torcidas no Maracanã, mesmo depois dos absurdos recentes ocorridos na final da Libertadores da América entre Fluminense e Boca Juniors.

Depois, solta “nota” dizendo que nunca houve a separação de torcidas em jogos oficiais da Conmebol. E o pior: fica por isso mesmo. Ninguém paga pelos prejuízos físicos, morais e financeiros de tanta gente prejudicada por mais essa palhaçada.

E a CBF continua como sempre foi e o Rio de Janeiro, idem.

Foto: twitter.com/CONMEBOL


Fred Melo Paiva: “Avante, General, o nosso Galo precisa de você!”

Minha coluna no BHAZ

Foto: twitter.com/BolivarB9

Enquanto busca as 50 assinaturas de conselheiros exigidas pelo estatuto para registrar a candidatura, o advogado e jornalista Frederico Bolivar vai conquistando apoios entre atleticanos de todas as áreas. Ele tem até o próximo dia 27 para o registro. A eleição será dia 12 de dezembro.
Neste fim de semana, um dos alvinegros mais famosos da massa, Fred Melo Paiva escreveu um belíssimo texto contando um pouco da história do Bolivar e falando da importância da candidatura dele à presidência do Galo:

* “Avante, General, o nosso Galo precisa de você!”

Nos bastidores do Galo, a melhor notícia dos últimos meses é o lançamento da pré-candidatura de Frederico Bolivar à presidência do Atlético. Bolivar é figura conhecida e querida pelo torcedor atleticano. Uma relação que se estreitou a partir de 2005, quando fez sua estreia na bancada do programa Alterosa Esporte. Que tarefa hercúlea era defender o Galo naquele ano tenebroso do rebaixamento. Pobre Bolivar.

No entanto, o General, como alguns o chamam, tinha suas armas. A principal delas, uma atleticanidade de quatro costados que ele podia traduzir como poucos. Porque realmente sabia – e sabe – do que se trata a nossa paixão. Os valores que ela carrega, nossos calos e nossas dores, nosso compromisso social com o povão que a levou nas costas e no coração.

Porque generais me remetiam à ditadura, ou a figuras mais novas e não menos lamentáveis, fazia sempre a ressalva: Bolivar, “o único general que a gente respeita”. Eu o conheci em 25 de julho de 2013. Sentei no Bar do Salomão, dia seguinte à conquista da Libertadores, disposto a cumprir o sonho antigo: beber o bar inteiro e celebrar o “título impossível” como se não houvesse amanhã.

O que de fato não houve. Atravessei o dia e a noite na companhia daquela maravilhosa figura, que havia passado de carro e me visto sozinho, iniciando os trabalhos. Apresentou-se, sentou-se à mesa, fez com que eu autografasse a coluna da vitória que ele trazia impressa no bolso. Choramos e nos abraçamos, rimos e bebemos. A gente sabia o que tinha se passado em 42 anos de espera. E, sobretudo, sabia a força que havia na nossa incrível capacidade de acreditar.

Poucos anos depois, Bolivar se mandou para a França, onde tornou-se Mestre em Gestão de Organizações Esportivas pela Universidade de Toulouse. Conheceu por dentro grandes clubes europeus, percorreu seus estádios, compreendeu os erros e acertos nas ligas mais importantes do mundo. Advogado de formação, preparou-se de verdade para o sonho que hoje acalenta. De seu “autoexílio”, como diz o próprio, saiu o atleticano certo na hora certa.

A candidatura de Bolivar não é uma lufada de esperança apenas porque, eleito, teríamos um verdadeiro representante da Massa na cadeira de presidente. Não apenas porque ele se preparou para a tarefa. Mas, principalmente, porque o surgimento da SAF confere aos 25% do Galo que ainda pertencem ao clube algumas responsabilidades cruciais para o nosso futuro.

Cabe a esses 25% a missão de fiscalizar o que faz a SAF, dona dos 75% restantes. Cabe aos 25% a defesa de valores que não são exclusivos do dinheiro, mas inerentes à nossa história e fundadores da nossa paixão. Cabe aos 25% a defesa da democracia dentro de uma instituição que agora tem dono e cujas eleições se pretendem um jogo de cartas marcadas em que um lado escolhe e o outro apenas endossa. E que por fim se tenha na Presidência, a exemplo de Sérgio Coelho, uma rainha da Inglaterra.

Não é saudável para o clube nem para a própria SAF que a pouca democracia que se tinha através do Conselho Deliberativo seja enterrada de vez. Ao contrário, o ideal seria ampliá-la. A candidatura de Bolivar é a oportunidade única para se impor um sistema de pesos e contrapesos capazes de regular a relação entre os novos donos do Galo, a associação que restou do clube como o conhecemos e sua massa de torcedores comuns. Se a gente desperdiçar essa chance, vai ser muito difícil reverter as coisas lá frente.

Que o Conselho tenha a sabedoria e a independência necessárias para saber avaliar a conjuntura, mesmo que tenha sido aparelhado pelos novos donos do Galo com a óbvia função de torná-lo apenas um puxadinho da SAF. Que a resposta a isso fique representada pela efetivação da candidatura do nosso Bolivar. Avante, General, o Galo precisa de você!

* Jornalista Fred Melo Paiva

https://bhaz.com.br/colunas/que-o-conselho-tenha-a-sabedoria-e-a-independencia-necessarias/


E lá se foi o Alberto Pinto Coelho, conterrâneo honorário de Conceição do Mato Dentro

O comentarista Maurílio Costa (esquerda) no dia 13 de novembro de 2014, quando recebeu a Medalha do Mérito Legislativo da Assembleia de Minas. Ao lado do então governador Alberto Pinto Coelho e do deputado e presidente do América, Alencar da Silveira Junior, autor do projeto da comenda. (Foto: divulgação)

Ex-deputado, ex-presidente da Assembleia Legislativa, ex-vice governador, ex-governador, conselheiro benemérito do Atlético, mas acima de tudo um grande ser humano, que conheci nos tempos em que ele era diretor da saudosa Telemig, nos anos 1980.

E tive o prazer de ser agraciado com o título de Cidadão Honorário da querida Conceição do Mato Dentro (por iniciativa do então vereador Joaquim Costa) junto com ele, na mesma solenidade, em 1986, conforme mostra este registro da Folha de Conceição.

Alberto era um político diferente, desses que tratavam os adversários como adversários e não como inimigos.

Tinha grande ligação com o esporte. Era irmão do Marcos Pinto Coelho, técnico de um dos melhores times de futsal do país, o Olímpico.

Como deputado e depois governador, ajudou a diminuir taxas e despesas do Mineirão, nos tempos em que era administrado pela ADEMG, em 2014, quando o Castellar Neto assumiu a presidência da Federação Mineira de Futebol e foi até ele. Registro aqui no blog:

Castellar Neto (esquerda) com o governador Alberto Pinto Coelho e o pai, Dr. Castellar Guimarães Filho (Foto: divulgação)

Registro a Folha de Conceição da Cidadania Honorária em 1986

Da esquerda para a direita, Juscelino Eugênio Siqueira Rabelo, Chico Maia, Rogério Martins Ramos, Alberto Pinto Coelho Junior, David Bicalho e D. Ilda Miranda

Imagens: arquivo pessoal

O então vereador, hoje grande empresário varejista, Joaquim Costa, fazendo seu discurso de saudação aos novos conterrâneos. O presidente da Câmara era o Juju (José Santa Bárbara Rodrigues (de branco, sentado) e o prefeito era o Dr. Juvêncio Guimarães, ao lado do Juju, porém, encoberto.

Descanse em paz, caro Alberto, e até um dia!


Futebol mineiro assiste ao renascimento do Valeriodoce de Itabira

Minha coluna no BHAZ:

Foto: twittter/FMF_Oficial

O Valério e o caminho de volta à cena principal do futebol mineiro

No início da temporada de 2022 o twitter oficial do Valério informava:
@ValerioEC1942 “Ficamos anos com o futebol inativo. Voltamos em 2018 e fizemos uma ótima campanha na segunda divisão, mas não deu. Caímos na Semi-final contra o Athletic. 2019,2020 e 2021 na inatividade. Voltamos ano passado e fizemos uma boa campanha e novamente paramos na Semi-final.”

Agora, aos 80 anos de existência, um dos clubes mais tradicionais e simpáticos do nosso futebol, está de volta ao Módulo II, que corresponde à segunda divisão estadual, 13 anos depois de sua última participação.
Conseguiu dar a volta por cima, a partir de duas importantes trocas de poder em Itabira: na presidência do clube, que teve eleito o administrador João Mário de Brito em 2019 e na prefeitura da cidade em 2020, quando foi eleito o jornalista Marco Antônio Lage.


Competência, organização, transparência e visão de mundo. Neste último caso, especialmente o Marco Antônio, que foi durante muitos anos o diretor de Comunicação da FIAT América Latina.
Ex-jogador do Valério, sabedor da importância do esporte para qualquer comunidade brasileira, colocou o tema em suas propostas de campanha e, eleito, cumpriu. Ainda mais porque sabia da seriedade do presidente do Valério, que já estava no cargo, enfrentando todo tipo de dificuldade para manter o clube funcionando.


Com o apoio e participação da Câmara Municipal a prefeitura pode contribuir de várias formas para que o Valério se tornasse viável novamente. Em julho deste ano João Mário de Brito se licenciou da presidência para assumir a Empresa de Desenvolvimento de Itabira (Itaurb), e em seu lugar assumiu o vice Antônio Lage da Silva, o “Miné’’, que apesar do sobrenome não tem parentesco com o prefeito.


Fiquei feliz também porque um conterrâneo de Sete Lagoas, teve importância fundamental na ascensão do time: o técnico Paulinho Guará, ex-jogador do Democrata, Atlético e futebol sueco, que se revelou como treinador no Democrata, com quem subiu da terceira para a segunda e primeira divisão.
A decisão da vaga foi fantástica contra o América de Teófilo Otoni. Perdeu o primeiro jogo em Itabira 3 x 1, devolveu a diferença de gols em Teófilo Otoni, fazendo 2 a 0, quando ninguém acreditava e venceu nas penalidades.


Com o acesso garantido, vai disputar p título contra o vencedor entre Mamoré e Guarani, nesta segunda-feira, 20, que fazem a partida de volta em Patos de Minas. O jogo de foi 2 a 2 em Divinópolis.

Foto: arquivo pessoal

Em 2001, Marco Antônio Lage era diretor de Comunicação da FIAT, dona da Juventus da Itália, que tinha Zinedine Zidane como principal estrela. A foto registra encontro dos dois no Centro de Treinamento da Juve, em Turim.

Durante a disputa o prefeito literalmente vestiu a camisa, foi para a arquibancada torcer e ainda postou em suas redes sociais

Foto: Edísio Torres

Paulinho Guará (direita) e o ex-lateral direito do Democrata, Edisio Torres, comemorando o título do Módulo II do Campeonato Mineiro, em 2022

https://bhaz.com.br/noticias/esportes/a-decisao-da-vaga-foi-fantastica-contra-o-america-de-teofilo-otoni/


Missão inicialmente cumprida pelo Cruzeiro que Paulo Autuori quer

Imagem: @FortalezaEC

Minha coluna no BHAZ:

Jogo atrasado da 30ª rodada, gol do Bruno Rodrigues aos 38 minutos do segundo, que tira o time da zona do rebaixamento. Partida de dar calo nas vistas no primeiro tempo e muito corrida no segundo.
Assisti pelo Premiére, som baixo, ouvindo a Rádio Verdes Mares, da capital cearense, onde o ótimo comentarista José Wilton Bezerra, tentava explicar o 0 x 1.


Ele, que tem 80 anos de idade, fez questão de dizer que este é o pior Cruzeiro que já viu jogar e que o Fortaleza parecia um time saindo em férias, num futebol de confraternização, envolvendo “solteiros e casados”.


Realmente, o que a Raposa mostrou de diferente dos jogos anteriores foi mais vontade. Paulo Autuori conseguiu mexer com os brios do time. Vamos ver se nas partidas seguintes será também assim.


Quando parecia que o placar ficaria em branco, Bruno Rodrigues, que vinha bem na partida, resolveu a parada num belíssimo gol. Jogadores do Fortaleza chegaram a reclamar de possível impedimento, mas, nada a ver.
O time chegou aos 40 pontos, 16º colocado, primeiro fora da zona da degola.


Nesta temporada o América contou com dois jogadores campeões em rebaixamentos

Minha coluna no BHAZ

Foto: Mourão Panda/América

Todo jogador que participou do rebaixamento de qualquer clube, para qualquer divisão, deveria passar por rigorosa avaliação de sua carreira (para não usar palavra investigado) antes de ser contratado. Qual o grau de culpa o sujeito teve? Era profissional dedicado, dentro e fora de campo? Como foi a sua passagem por outros clubes? Bom de grupo? Enfim…
Se passasse na lupa, tudo bem; bem vindo, vamos à luta!

Certamente o América não utiliza estes critérios em suas aquisições. Se assim fosse, não contrataria, por exemplo, o lateral Nino Paraíba, 37 anos, nem o atacante Henrique Almeida, 32, que já foram rebaixados sete vezes. Sim, senhoras e senhores: sete vezes!

No caso do Nino, situação constrangedora, já que foi acusado pelo Ministério Público de Goiás, de participação no esquema de apostas desbaratado pela Operação Penalidade Máxima. Teria tomado cartão amarelo contra o Goiás, encomendado, quando jogava pelo Ceará.
E ele é bom de lábia. Na apresentação pelo América, em janeiro deste ano, veio com aquela de dizer porque “preferiu” aceitar a proposta do América e não de outros clubes: “Time muito rápido. Transição muito rápida. Isso aí para mim é muito importante, porque é o meu perfil. Sempre joguei contra o América aqui e sempre tive dificuldade para marcar, porque a transição do Coelho é muito rápida. E a gente fazer um grande campeonato”.

Ora, ora, com 37 anos de idade, ele daria conta de jogar neste “perfil”?
Me engana que eu gosto. E ninguém da imprensa nunca questionou coisas assim, nem cobrou da diretoria.
Nino Paraíba tem histórico longo de rebaixamentos: Vitória (2014), Avaí (2015), Ponte Preta (2017), Bahia (2021); Ceará (2022) e agora o América. Só jogou em times da prateleira de baixo, e foram muitos, 10, até chegar ao América: Desportiva Guarabira/PB, Náutico, Sousa/PB, Campinense/PB, Vitória, Avaí, Ponte Preta, Bahia, Ceará e Paysandu.

Henrique Almeida também tem sete rebaixamentos: Vitória (2010), Sport Recife (2012), Sport
(2014), Bahia (2017), Coritiba (2019), Chapecoense (2021) e América (2023).
Aliás, o Coelho gosta de se arriscar com rebaixados.

O também atacante Rafael Moura tem seis rebaixamentos em seu curriculum, com o próprio América, um deles, em 2018. Em 2004 ajudou o Vitória a cair, em 2005 o Paysandu, 2010 o Goiás, 2016 o Figueirense e 2020 o Goiás.

Interessante é que o ex-lateral Edilson, de triste memória por aqui, está bem neste ranking perverso, na desonrosa posição de cinco degolas. Não jogou no América, mas na dupla mais famosa de Minas. Em 2005 ajudou o Atlético a cair, 2011 (Athletico-PR), 2014 (Botafogo), 2019 (Cruzeiro) e 2020 (Goiás).


Derrota para a Colômbia esquenta jogo contra a Argentina

Minha coluna no BHAZ

Luis Diaz foi o autor dos dois gols da virada colombiana sobre o Brasil. Subiu para a terceira posição com 9 pontos. O Brasil foi para quinto, com 7. Foto: (twitter.com/FCFSeleccionCol)

Jogo em Barranquilla foi muito bom, mas o Brasil não aguentou a Colômbia

Bela partida nestes 2 a 1 de virada da Colômbia sobre o Brasil, com méritos totais para os donos da casa, que tomaram um belíssimo gol, logo de cara, reagiram, cresceram em campo e souberam virar.

A lamentar é que muita gente vai dizer que Neymar fez falta, se esquecendo que o time do Fernando Diniz vem de derrota para o Uruguai e empate com a Venezuela, com ele. Também voltará a ganhar força a ideia da CBF de recorrer ao italiano Carlo Ancelotti.

Pior que essa derrota fora de casa foi a Argentina perder em La bombonera para o Uruguai, 2 a 0. Primeira derrota deles depois de conquistarem a Copa do Catar. Terça-feira o Maracanã será palco de um grande jogo entre as seleções mais badaladas da América do Sul, 21h20.


Torcedores marginais impunes, Cruzeiro e Coritiba punidos com rigor

Minha coluna no BHAZ

Gangues que invadiram gramado para brigar provocam punição a Cruzeiro e Coritiba

“Organizadas” invadem gramado, param a partida, se agridem, prejudicam o futebol e no fim são beneficiados com a impunidade (Foto: reprodução Premiere)

Deu no portal da Agência Brasil: O Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD) decidiu, nesta quarta-feira (16), punir Coritiba e Cruzeiro com partidas com portões fechados quando forem mandantes pelos próximos 30 dias por causa de uma briga envolvendo torcedores dos dois times em partida disputada no último sábado (11) no estádio Durival Britto. Além disso, os times não terão direito à carga de ingressos quando estiverem na condição de visitantes.

Desta forma a Raposa e o Coxa não disputarão mais jogos da atual edição da Série A do Campeonato Brasileiro com o apoio de seus torcedores. (agenciabrasil.ebc.com.br)

E os marginais responsáveis por isso, impunes. Mesmo filmados, as caras nas TVs e redes sociais.

Este tipo de situação reflete a falência da justiça como um todo, não só no futebol. Também mostra mais uma vez como os clubes são incompetentes na defesa dos interesses deles. Tinham que se unir e obrigar mudanças na legislação esportiva, para, no mínimo, forçar a punição mais pesada para os marginais.

Neste caso são Cruzeiro e Coritiba, daqui alguns dias, outros quaisquer, e vida que segue. Desunidos, olhando só para o próprio umbigo, vão se ferrando, mesmo sendo os responsáveis por estádios cheios e esta movimentação gigante de dinheiro que envolve o futebol.