Blog do Chico Maia

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No oitavo jogo sem vencer, sete com Felipão, melhor atuação do Atlético na derrota para o Grêmio

@Atletico/Pedro Souza – Hulk foi muito bem marcado pelo zagueiro Kanneman

Sete  jogos pelo Brasileiro e um pela Libertadores, 1 x 1 com o Libertad. Felipão disse de novo que o time está no caminho certo, que está evoluindo e culpou a arbitragem pela derrota. Exageros à parte, hoje foi a melhor atuação sob o comando dele.

Principalmente no primeiro tempo o Galo foi melhor que o Grêmio. Porém, tomou o gol de forma infantil, aos 10 minutos, quando o gremista Ronald se antecipou à defesa e teve que se abaixar para cabecear. Otávio, Igor Gomes e os zagueiros vacilaram feio.

A partir daí o goleiro Gabriel fez pelo menos três defesas espetaculares, evitando o empate. O segundo tempo foi mais equilibrado, mas com Gabriel trabalhando muito mais que o Everson. Com Hulk muito bem marcado, Pavón foi o maior destaque entre os atacantes. Paulinho fez outra má partida.

Luiz Felipe Scolari fez várias mexidas, mas ao invés de tirar Paulinho, que não estava bem, tirou Pavón. Alisson, que entrou, melhorou o time. Sairam também: Mariano para a entrada do Saravia, Rubens para a entrada do Pedrinho e Igor Gomes para a entrada do Alan Kardec, que marcou de cabeça mas o gol foi anulado pelo VAR.

Anulação muito contestada, inclusive por gente boa da imprensa sem coração atleticano, como o Arnaldo Ribeiro, da Band e TV Cultura, que escreveu: @ArnaldoJRibeiro “VAR no telão tornou a arbitragem brasileira ainda mais caseira . E os caras falavam que essa porcaria traria Justiça. Inocência. Só pode ser isso …”

O VAR tem disso. Questões milimétricas, mas se a FIFA determinou isso, fazer o quê? Cumpra-se. Felipão disse depois da partida que “acabaram com o futebol”.

@Grêmio

O público pagante foi 35.073, presentes: 37.085 para uma renda de R$ 2.685.567,00
Próximos jogos do Galo pelo Brasileiro: Flamengo em Belo Horizonte, São Paulo lá, e Bahia em Belo Horizonte.


Que partida fez o América contra o Flamengo no Maracanã

Direto do Bar do Lair, 55 anos de tradição no Bairro Bethânia em Belo Horizonte, protestam Firmínio e Tymão: “gol no Flamengo, tem que fazer dois pra valer um, e se tiver pênalti contra, esqueça, pois até o VAR dá um jeito de anular”.

***

O Márcio Rezende de Freitas, que foi um grande árbitro, disse na Itatiaia que daria pênalti no Benitez, quando jogo ainda estava 0 a 0.

Mas, vida que segue!

Importante é que o América fez um jogaço, que dá esperanças de que vai sair da zona do rebaixamento. Tem time, o treinador é competente e os jogadores estão mostrando vontade.

Estranheza geral pelos sete minutos de prorrogação determinados pelo árbitro pernambucano Rodrigo Jose Pereira. Se tivesse dado três, estaria de ótimo tamanho. Depois ainda deu mais dois.

Absurdo, apenas 10 pontos até agora no campeonato. Mas, a luta continua. Próximo jogo, Palmeiras, domingo, 30, no Independência às 16 horas.


Copa do Mundo é oportunidade para o futebol feminino brasileiro abrir e ocupar mais espaços no país

Em foto do twitter.com/SelecaoFeminina, Marta e Aline, esperanças da seleção brasileira.

Começou quinta-feira, 20, a Copa do Mundo feminina na Austrália e Nova Zelândia e enquanto escrevia este texto, cinco partidas já tinham sido realizadas: Nova Zelândia 1 x 0 Noruega; Suíça 2 x 0 Filipinas; Espanha 3 x 0 Costa Rica; Austrália 1 x 0 Irlanda e Nigéria 0 x 0 Canadá.

O Brasil estreia segunda-feira, 8 horas, horário nosso, contra o Panamá, em Brisbane/Austrália. Foi lá que a seleção olímpica brasileira foi eliminada dos Jogos de Sydney 2000, com Ronaldinho Gaúcho, Alex Talento e um monte de outros craques, comandados pelo Vanderlei Luxemburgo, que era o treinador mais badalado do país naquela época.

O time de Marta e cia., comandado pela sueca Pia Mariane Sundhage , está no Grupo F, junto com França e Jamaica, que aliás, jogam neste domingo às 7 horas.

O time brasileiro deve passar às oitavas, junto com a França, a partir daí, tudo pode acontecer. Diferentemente do masculino, a seleção feminina está longe de entrar como favorita nesta Copa.

A modalidade vem crescendo muito e rápido. Em 2019 cobri a Copa realizada na França. Foi um sucesso de público, mas a tendência é que esta edição seja melhor ainda. Trabalhando bem os patrocinadores, como sempre, a FIFA deita e rola de arrecadar, dourando bem a pílula para vender seu peixe.

Em termos de Brasil, a CBF força a barra para que todos os clubes montem times e disputem os campeonatos estaduais e nacional. Obrigados, os filiados obedecem, mas se dependesse apenas da vontade deles, a maioria não investiria nada na modalidade. Nem time teriam. O torcedor brasileiro ainda não abraçou o futebol jogado pelas moças, muitas excelentes, que valem a pena assistir e bater palmas. Alguns jogos, nas fases decisivas, levam bons públicos, mas de modo geral, estádios quase vazios.

Para melhorar da água pro vinho o ideal seria que a comunidade escolar de todo o país fosse envolvida, do ginasial às universidades. Foi por aí que os Estados Unidos se tornaram uma das potências mundiais, dentro e fora de campo.

Me lembro que durante a Copa de 1994, lá, a seleção brasileira que viria a ser tetracampeã, contra a Itália, treinava em um campo e num outro ao lado treinavam as meninas da Universidade de Santa Clara, com estrutura de causar inveja em muitos clubes profissionais masculinos nossos.

Assisti uma comentarista da Globonews reclamando que a Marta ganha 175 vezes menos que o Neymar, o equivalente a ela entre os homens. E deu números da Marta, que superam muitos do Neymar e se comparam aos de Pelé. Ora, ora, a cobrança seria lógica se o raciocínio comparasse também os números da audiência e do faturamento de uma e de outra modalidade e categoria. O futebol feminino ainda é quase nada no comparativo da grana que entra no masculino.

Sucesso às meninas da Pia Mariane Sundhage, uma grande treinadora.

O Boulevard Périphérique (anel rodoviário de Paris), passa debaixo do Parque dos Príncipes e tem 35 Km de extensão. O estádio foi o maior palco da Copa feminina de 2019, que aliás, foi um grande sucesso.


A criação da SAF no Brasil e as perspectivas do Atlético com a sua transformação

Foto: @Atletico

Um comentário e uma cobrança aqui no blog, na postagem anterior, me motivaram a voltar ao assunto:

Martens

“O Galo tambem e uma página virada na minha vida, agora sou exAtleticano ex torcedor de futebol !!!”

 

Márcio Luiz45

“Chico, como seu leitor desde o “Hoje em Dia” como colunista (e desde a “Capital” como repórter), gostaria muito de ler a SUA opinião (na visão de jornalista) sobre tudo isso.
Agradeço desde já.”

***

Vamos lá: os empresários que estão assumindo o Atlético são todos muito conhecidos em seus negócios e são atleticanos. Sabem o tamanho da responsabilidade que tomaram para si e sabem também que terão de mostrar no futebol do Atlético, a mesma competência que têm em seus negócios pessoais. O Galo é futebol! O resto é perfumaria.

Em princípio, é estranho mesmo, torcer para uma “empresa”, e entendo o sentimento do atleticano Martens.

Ainda mais no Brasil, onde quase tudo no é na base do “jeitinho”, do “imbondo”.

Na teoria, a criação da Sociedade Anônima do Futebol – SAF – pelo Congresso Nacional, veio para corrigir o absurdo que é, tradicionalmente, a gestão do nosso futebol, desde que se transformou em profissional: uma bandalheira. Clubes, federações e CBF, nenhuma transparência e ninguém sujeito aos ritos da justiça e códigos penal e civil a que qualquer pessoa física ou jurídica está.

Ninguém paga pelos erros administrativos. Nem presidente, nem diretor, nem ninguém. Prestações de contas, na maioria absoluta dos casos, são para “inglês ver”. Os conselhos fiscais são formados por amigos, conselhos deliberatios servem para eleger e reeleger ou não diretorias e para constar nos estatutos que existem.

O Mestre Kafunga dizia que um dirigente quando assumia, dizia que o dinheiro do clube ficaria num bolso e o dinheiro pessoal dele ficaria em outro. Passado algum tempo, o sujeito não sabia mais em qual estava o dinheiro de um e de outro. Ou seja: nenhum controle, honesta ou desonestamente.

Ao se transformar em empresa, teoricamente, o clube passa a se submeter à legislação federal que as regula, inclusive quanto à prestação de contas e fiscalização.

O problema é a forma e velocidade de como estes clubes centenários, de marcas e patrimônios incalculáveis estão sendo entregues a novos “donos’.

Como é tudo muito recente, só com o tempo para dizer se no Brasil isso vai funcionar ou se apenas vamos continuar tapando o sol com a peneira, varrendo a sujeira para debaixo do tapete.

A transformação do Cruzeiro foi rápida demais. O  clube foi entregue ao Ronaldo por um valor incrivelmente baixo. Quase toda a imprensa embarcou naquela do “se não virar SAF, vai fechar”, e fez a cabeça da maioria da torcida. Ai de quem fizesse qualquer observação crítica!

A verdade é que não fecharia coisa nenhuma, porém, como estava na Série B e na mão de dirigentes incompetentes, o nome do Ronaldo surgiu como pedra da salvação, o “salvador da pátria”, e fim de papo.

O Botafogo começou mal dentro de campo, debaixo de muitas críticas, cobranças e desconfianças, sob um dono norte-americano. Mas este ano está surpreendendo a todo mundo, líder disparado do Brasileiro, contra todas as perspectivas. Ninguém tem bola de cristal para dizer com certeza sobre a sequência. Nem teria dado tempo para os efeitos de uma SAF operar este “milagre”. Se for campeão, a transformação será exaltada ao extremo. Se não for, muita gente dirá que foi “fogo de palha”.

No caso do Atlético, situação parecida. Como se endividou de forma absurda nos últimos anos, entrou nessa de que “só a SAF salva”. Entendo que antes, deveria ter havido um esclarecimento melhor desse endividamento e os responsáveis por cada erro que levou a isso. Além de avaliação melhor de quanto valem as marcas Atlético e Galo.

Mas o trator foi passado e não adianta mais ficar aqui fazendo previsões e o que deveria ou não ter sido feito. É torcer para que os donos contratem gente que entenda de futebol e montem times que justifiquem a existência do Clube Atlético Mineiro, que é disputar tudo na parte de cima da tabela.

Começando pelas categorias de base. Não pode o time sub-17, tomar de 7 a 1 do Corinthians no Campeonato Brasileiro, como o ocorrido quarta-feira. É da base que se espera o surgimento de jogadores que mantenham o Galo entre os maiores do país, dentro e fora de campo.


Página virada no Atlético. Aprovada a SAF, Galo é Galo, viva o Galo e bola pra frente!

Foto: @Atlético

Que a história do Clube Atlético Mineiro continue como sempre foi: depois de divergências e muito quebra pau, o mundo alvinegro se une e a vida segue. Que os novos tempos sejam de paixão e muitas glórias!
Alcançados os
273 votos. 75% da SAF pertencerão à Galo Holding, por R$ 913 milhões, junto com 100% da dívida que é de R$ 1,8 bilhão.

Agora é pensar no Grêmio pelo Brasileiro, sábado, 20 horas, em Porto Alegre.

Imagem: Atlético/Divulgação

E o Fred Ribeiro informou no Ge. @fredfrm “O presidente Sérgio Coelho será o CEO do futebol da SAF. Informação confirmada pelo Rubens Menin.”


De Minas a Paris, passando pelo Catar, as incontáveis formas de reconhecimento a Alberto Santos Dumont, que estaria completando 150 anos hoje!

No Brasil um dos mais movimentados e famosos aeroportos leva o nome dele, no Rio.

Temos um trecho da rodovia federal 116, denominada Santos Dumont, na região de Governador Valadares, Teófilo Otoni, Sul da Bahia.

Mas no exterior, também é impressionante. Durante a escala em Paris ano passado, indo para a Copa Catar, me surpreendi ao ver esta imagem do nosso conterrâneo ilustre, em umm belíssimo prédio na avenida mais charmosa do mundo, a Champs-Élysées, ao lado do número 111, onde se encontra uma das maiores lojas da Aplle no mundo.

Me aproximei, fotografei e lá está escrito na placa:

“Alberto Santos Dumont”

1873 – 1932

Brasileiro

Inventor – Construtor – Piloto

Pioneiro da aeronáutica

Habitou este móvel em frente ao qual em 1903 pousou seu dirigível nº 9”

***

De arrepiar! Nascido na Fazenda Cabangu, em Palmira, rebatizada depois em homenagem a ele, como Santos Dumont, distante 49 Km de Juiz de Fora e também a 49 Km de Barbacena.

Porém, terminando a Copa, numa ida à região turística do Catara, em Doha, outro “espanto” ao ver a imagem bem característica de Alberto Santos Dumont, exibida como marca “Tube” de produtos vendidos na feira de artesanato e roupas características do Catar, como sandálias, turbantes e outras coisas.

Do  emir do Catar  a Zinedine Zidane . . .

a imagem de Santos Dumont.

Parabéns a ele, orgulho de todos os mineiros e brasileiros pelos seus feitos fantásticos. Enfrentou  um dos maiores males vividos pelo ser humano, a depressão, e acabou com a própria vida no dia 23 de junho de 1932, aos 59 anos de idade, em Guarujá/São Paulo.


Votação da SAF: falta de transparência no Acordo de Acionistas gera dúvidas e protestos acirrados de conselheiros e torcedores do Atlético

O assunto é muito sério. Pouca gente entende de Direito Comercial, formação de empresas e principalmente Lei das SAF (Sociedade Anônima do Futebol, que é recentíssima.

Faixas espalhadas pela cidade, muitos torcedores protestando na porta da sede de Lourdes na véspera da votação pelo Conselho Deliberativo e muitas dúvidas.

É o Galo nestes dias decisivos do seu futuro. Só no fim da tarde desta quaarta-feira, 19,  foi enviado aos conselheiros um resumo do Acordo de Acionistas.

Muita coisa que foi prometida e não cumprida pela atual diretoria, planos mirabolantes apresentados que se mostraram inviáveis,  a venda do Shopping que não resolveu o problema, aumento das dívidas, mudança ainda inexplicável da Liga Forte para a Libra e outra má campanha no Brasileiro comprometeram a credibilidade do comando alvinegro.

As melhores explicações e ideias para o que está acontecendo e possível solução vieram do ex-vice presidente, em três mandatos Lásaro Cândido Cunha, inclusive do período mais vitorioso e de melhor gestão, que foi do Alexandre Kalil. Advogado de reconhecida competência nas áreas tributária, comercial, trabalhista e previdenciária, ele resumiu em algumas twitadas o assunto, de forma didática.As melhores explicações e ideias para o que está acontecendo e possível solução vieram do ex-vice presidente, em três mandatos Lásaro Cândido Cunha, inclusive do período mais vitorioso e de melhor gestão, que foi do Alexandre Kalil. Advogado de reconhecida competência nas áreas tributária, comercial, trabalhista e previdenciária, ele resumiu em algumas twitadas o assunto, de forma didática.

Foi no dia 10 de julho e disse que seria sua última fala sobre o tema. A atual diretoria do Atlético e os conselheiros deveriam ouvi-lo e discutir o assunto com mais clareza, para o bem do futuro do Clube Atlético Mineiro.

Foto: Lucas Prates/Hoje em Dia

* @lasaroccunha “Últimos tuítes q vou escrever sobre o assunto: a alternativa à venda do clube seria: criar a SAF c o futebol, sem venda, e controlada pelo Clube. A associação ingressa c Recuperação Judicial incluindo TODA dívida.

Na Recuperação Judicial, a dívida integral será reduzida talvez p metade e parcelada

A dívida do Clube, com a Recuperação Judicial, cairia p digamos 800 milhões, dos quais 400 e pouco são tributos parcelados. Restariam então em torno de 400 milhões ou menos de dívida (parcelada em 10 anos)…

Profissionaliza INTEGRALMENTE da SAF e democratiza a participação pela venda de quotas aos milhares de sócio-torcedores em até 49% do capital da SAF. Os torcedores passam a ter representação na administração da SAF, reduzindo o papel do Conselho. O GALO do POVO.

Nas SAFs e dos processos de venda dos controles p associações p os “investidores”, há um documento CHAVE e ESSENCIAL p o FUTURO do controle pela torcida desse novo “clube” (SAF): o ACORDO de “ACIONISTAS”. Trata-se de um documento c dezenas de cláusulas p cumprimento p investidores

No caso do ATLÉTICO, o Conselho NÃO conhece o ACORDO DE ACIONISTAS. Ele, o ACORDO, não existe. O documento, essencial e chave para o controle de dezenas de hipóteses para o futuro e ao longo da vida do futebol, fica para ser DECIDIDO pela direção do ATLÉTICO e os investidores…

Uma banal, entre dezenas de outras situações: digamos que os investidores resolvam comprar um outro clube e esses clubes estão os 2 na Liberta. O ATLÉTICO, sem acordo de acionistas específico, poderia ser excluído daquela Liberta, abrindo vaga p o outro clube c acordo específico..

Outro exemplo: digamos que o controlador quebre (vá à falência, por exemplo): os bens, incluindo o controle da SAF, iriam a leilão para pagamento dos credores… esse novo adquirente poderia ser qualquer um (se não há previsão no acordo de acionistas)…

Fui!”  * @lasaroccunha

Região da Sede Lourdes está cheia de faixas como essas

Que também estão em outras regiões da capital mineira

Pelo movimento, maioria até aceita a SAF, porém, mais discutida e melhor elaborada para a preservação dos interesses do Atlético

Votação será nesta quinta e sexta-feiras.


Parabéns Ubaldo Miranda, um dos grandes artilheiros do Atlético, 92 anos, hoje!

Em publicação do site Terceiro Tempo, do Milton Neves, “Ubaldo Miranda é carregado pela torcida atleticana, em seu jogo de estreia, no dia 12 de março de 1950, quando o Galo empatou com o Meridional por 1 a 1”.

Não tive o prazer de vê-lo em ação, mas a história do Galo, relatada por tantos escritores, radialistas e jornalistas, conta que era fantástico. Dentre esses jornalistas, o saudoso Mestre Rogério Perez, cujo filho, Leonardo, nos enviou essas belas lembranças:

* “Bom dia, Chico. O nosso eterno idolo Ubaldo Miranda completa 92 anos, e merece nossas saudações alvinegras.

Confesso que tinha pré-agendado com a Vera, filha do Ubaldo, um reencontro dele com o meu pai, na Varanda do Santo Agostinho, mas o mestre Rogério Perez foi descansar mais cedo.

Falo “reencontro” porque era comum nas manhãs de domingo ver os dois conversando no Mercado Central. Segue uma das “pérolas” do Perez sobre o Ubaldo que a Vera diz que o craque guarda com todo carinho e orgulho”:

Em foto do álbum da família, Rogério Perez, sempre de bem com a vida, nos tempos do Estado de Minas. À esquerda outro grande jornalista, Aníbal Pena, que há tempos não tenho o prazer de me encontrar. 

Coluna Jogo de Cintura

* Por Rogério Perez, em 30|06|2008, publicada no Jornal Hoje em dia:

“Vaduca, herói centenário, e o ídolo Ubaldo Miranda”

O final de semana de semana de grandes festas e recordações me colocou diante de dois ídolos de minha infância e adolescência na BHZ – que eu amo e onde quero ficar -, quando o futebol era romântico e ainda não havia atingido o grau de maior espetáculo da terra e do show business internacional. Era o fim da década de 50, uma das mais ricas e gloriosas do Brasil, de Minas e Belo Horizonte, e junto com parente e amigos vi, dezenas de vezes, também de chumbo, torturas e a ditadura feroz que se abateu sobre a gente belo Horizontina, mineira, brasileira e latino americana. Um espanto ….
Entre emocionado e retornando aos verdes anos, em branco e preto e vermelho e branco dos idos 50 e 60, tive um encontro direto e especial com Ubaldo Miranda, o “Miquica”, o artilheiro e ídolo de todos atleticanos e amantes do futebol, naquele que pode ter sido o melhor período do 100 anos do alvinegro da Colina de Lourdes, e, já em Nova Lima, na festa de carnaval e futebol, na tarde noite de sábado, com um certo Vaduca, que com a camisa alvi rubra do Leão do Bonfim liquidou o Galo Carijó, dentro do Estádio Independência lotado, com um golaço que deu ao Villa Nova Atlético Clube seu último título estadual, no ano da graça de festejos de 1951 da Era cristã. Em 1958, já com o manto alvinegro, fez também o gol do título mineiro, no Independência, o Gigante do Horto, e devolveu a alegria tomada, sete anos antes, derrotando o Cruzeiro, em mais um clássico do Campeonato Mineiro. Uma maravilha para os olhos agora biônicos, o coração que resiste a tudo e a alma, sofrida, mas inteira e buscando novas formas de ser feliz e justa.
Viva o Ubaldo Miranda, o artilheiro dos gols espíritas e que dezenas de vezes foi carregado, nas costas, pelos fanáticos atleticanos – eles já existiam na de década de 50 ou muito antes – desde o Independência, no Horto Florestal, até o centro histórico da capital mineira; no Cinédia, bar e café já defenestrado da cena belo Horizontina, e que era chamado de o “Quartel General do Futebol de Minas”, e o Café Palhares, que ainda resiste ao progresso predatório ali na Rua Tupinambás, entre Afonso Pena e Curitiba. Um verdadeiro e fantástico mito atleticano, que pode ser encontrado aos sábados e domingos, no Mercado Central, ou em sua casa no Prado, velho e também resistente bairro da Região Oeste de BH, que eu amo.

Mais, gente, mais ….
A Vaduca, que vi ou imagino ter visto, depois de algumas cervejotas na festa carnavalesca no centro histórico de Nova Lima, que teve cortejo e desfile, desde o Bicame até o estadinho do Bonfim, neste sábado de Inverno rigoroso e de grandes alegrias, é um ídolo que prezo e respeito e de grandes alegrias, por ter, em sete anos, dado o título mineiro de campeão mineiro aos centenários de 2008, o Villa Nova Atlético Clube e o Clube Atlético Mineiro, em 1951 e em 1958, e a Ubaldo Miranda, o centroavante que faz falta hoje ao Galo Carijó, de grandes vitórias, títulos e conquistas daquele ataque: Murilinho, Denoni, Ubaldo Miranda, Gastão e Amorim, entre outros. Minha homenagem. Viva Vaduca, viva Ubaldo Miranda e parabéns a eles e suas famílias, amigos e fãs.

Gracias aos grandes ídolos e aos clubes que povoaram minha infância e juventude. Êta ferro!!!!!

* Rogério Perez


Difícil demais entender o América: massacra na Sul-americana e na zona do rebaixamento no Brasileiro

Na fase de grupos goleou o Peñarol no Independência, 4 x 1, e ganhou em Montevidéu, 2 x 1. Trata-se de um dos maiores e mais tradicionais clubes do continente, um dos recordistas de conquistas de Libertadores, 5, atrás apenas do Independiente, 7, e Boca Juniores, 6.

Hoje, deu de 5 a 1 no Colo-Colo, maior campeão chileno, outro da prateleira de cima da América do Sul. Entretanto, não consegue sair de jeito nenhum da zona da degola no Brasileiro, ocupando a lanterna, de forma inacreditável.

Matheuzinho e Mastriani, dois gols cada, foram os destaques nessa goleada, porém, destaque também para Benítez, que jogador. Quando o Colo-Colo diminuiu para 3 a 1 e deu um susto no time, o técnico Wagner Mancini pôs o argentino em campo e o Coelh0 voltou a dominar a partida, marcando mais dois gols.

Classificado para as oitavas, pega agora o Bragantino, entre os dias 1º e 10 de agosto. Jogo de volta em Bragança, já que o time paulista tem essa vantagem, pelo regulamento.

E o Coelho ainda pega mais US$ 550 mil (R$ 2,8 milhões) como prêmio pela classificação.

O time destes 5 a 1: Mateus Pasinato, Rodriguinho, Júlio, Éder e Nicolas (Marlon); Alê (Maidana), Lucas Kal, Breno (Benítez aos 20 do segundo tempo); Matheusinho (Everaldo), Rodrigo Varanda (Martínez) e Mastriani.


No estádio do River Plate, maior do continente, ingresso oficial de R$ 80, sai a R$ 2.500 no paralelo

Quem informa é o Fernando Rocha, em sua coluna no Diário do Aço, de Ipatinga. Ele está em Buenos Aires, visitando a filha, que mora lá, e viveu uma experiência ótima, como torcedor, sem credencial de imprensa, no jogo que marcou a conquista de mais um título do River, com Nacho Fernandez liderando.

“O Monumental de Nuñez, estádio do River Plate, tem capacidade para 84.567 pessoas, sendo hoje o maior da América Latina. Foi reaberto este ano após uma reforma parcial e tem recebido lotação máxima em todos os jogos do Ríver Plate. A obra ainda não acabou e o último setor do novo nível de arquibancadas tem previsão de ser finalizado apenas em 2024, quando a capacidade será elevada para acima de 95 mil torcedores. Tentamos ir ao jogo de sábado no Monumental, mas só conseguimos um ingresso ao preço normal. No mercado paralelo, o bilhete de entrada era oferecido pela internet por cerca de R$2.500 ou $ 25 mil pesos argentinos. Fiquei na vontade, mas deu para divertir bastante junto aos torcedores do Ríver, que também não conseguiram ingressos e lotaram barzinhos para acompanhar o jogo nos telões, desafiando o frio de 9 graus.

  • A coluna foi escrita de Buenos Aires, capital Argentina, onde estou desde a última semana aproveitando alguns dias de férias, na residência da minha filha, Ana Luiza, que reside aqui há alguns anos. O River Plate, no momento o melhor time portenho disparado, conquistou no último sábado o campeonato nacional, ao derrotar por 3 x 1 o Estudiantes de La Plata, com gols de Lucas Beltrán, Nicolás De La Cruz e Esequiel Barco, cobrando pênalti sofrido por Nacho Fernandez, todos antes dos 32 minutos da primeira etapa. Assim, Martin Demichelis, técnico dos “Milionários”, ganha o primeiro campeonato argentino da era pós-Gallardo e Enzo Pérez o seu nono troféu. Nacho Fernandez, ex-Galo, “El Cérebro” como é chamado aqui, teve uma volta triunfal ao clube onde se sente em casa.
  • A comunicação do Atlético tem divulgado como diferencial da “Arena MRV”, em relação a outros estádios recém-construídos ou reformados no país e continente, como sendo a “mais tecnológica”. Além da internet de alta velocidade, que vai permitir selfies, vídeos, ajudar muito o trabalho da imprensa, a casa do Galo terá um sistema de reconhecimento facial no acesso dos torcedores, que neste “Jogo das Lendas” foi testado com sucesso pela primeira vez, para identificar os profissionais de imprensa credenciados ao evento. Quando for ampliado para todos os torcedores, o sistema poderá auxiliar a polícia no sentido de barrar a entrada dos torcedores baderneiros, proibidos por medidas judiciais de frequentar estádios.

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