Blog do Chico Maia

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Cada vez mais difícil ir ao Mineirão

Dez vez em quando o médico-anestesiologista Roberto Pires, nos envia ótimas informações e comentários de interesse de todos que gostam de futebol. Hoje, ele relata mais problemas envolvendo a aventura que é assistir um jogo no Mineirão. Confira e faça também o seu comentário: 

“Prezados Amigos,

Dando sequência ao assunto “Caixa de maldades do Mineirão” , sempre aberta contra os torcedores, gostaria de levantar mais algumas lebres, para análise de voces e, se for o caso, o devido encaminhamento a quem de direito . Nos jogos do Atlético, sabidamente os de maior público há bastante tempo, a coisa, então, pega “com força” . Senão vejamos :

1 – Trânsito – chegar e, sobretudo,  sair do Mineirão em jogos com públicos maiores de 30.000 pessoas é um INFERNO !

2 – Bandeiras – ao contrário do que ocorre em todo o Brasil , proibiram as bandeiras. Será que eles vão querer que todos levem lenços para não sentir o cheiro da maconha ?

3 – Bumbos e instrumentos de percussão – agora, também não pode mais . A torcida, através de meia dúzia de abnegados (e roucos), que puxam seus refrões, esguelando-se de tanto gritar e fazer com que a torcida os acompanhe, vai se cansar em breve.

4 – Preço das bebidas – não se pode mais beber cerveja? Ou seja , os bons estão pagando seus prazeres para os de má índole e mau comportamento. Mas ter de tomar uma água mineral por R$ 2,00 é brincadeira…

5 – Cadeiras especiais – setor mais nobre e caro do Estádio: voce não pode assistir assentado aos jogos, pois um bando de pessoas não ocupa seus lugares e se aboletam à nossa frente, em toda a extensão da divisa com as cadeiras da Imprensa. Até quando ?

Agradeço-lhes a abordagem desses e de outros temas, pois senão, daqui a pouco, muitos deixarão de frequentar o Estádio e, principamente, de levar suas famílias e os possíveis futuros outros torcedores (que já começam a optar por outros programas menos sacrificantes).

Abraços,
Dr. Roberto Pires de Moraes”


Galo encostado

Como sempre, bom demais, o Duke, hoje no Super Notícia

Como sempre, bom demais, o Duke, hoje no Super Notícia


Elencos de chegada

Tornou-se lugar comum dizer que o campeonato brasileiro é como uma “maratona”, onde quem tem mais fôlego para a reta de chegada reúne mais chances de chegar entre os primeiros. O Atlético conseguiu grandes jogadores para o gol, zaga, meio e ataque, no momento mais importante da disputa: Carini, Jorge Luiz e Ricardinho. Ainda conseguiu a recuperação do Serginho e Marques, a tempo de ajudarem o time nesta fase delicada, onde cada ponto está exigindo muito suor e qualidade dentro de campo. Contra o Vitória, o time do Celso Roth jogou desfalcado de jogadores importantes, como Carlos Alberto, Corrêa e Eder Luiz, mas os substitutos foram muito bem e os três pontos conquistados, com direito a pênalti chutado para fora, pelo artilheiro Tardelli, que não é de errar este tipo de cobrança.

Alguém pode dizer que o Galo levou sufoco. Para mim, quem está no “sufoco” são o Botafogo, Fluminense, Sport e Náutico.

Não há jogo fácil no campeonato e os tropeços de Palmeiras, São Paulo, Inter e o próprio Atlético são provas disso. Todo jogo tem importância específica, na parte de cima ou de baixo da tabela de classificação. E ainda aparecem defensores da volta do famigerado sistema “mata-mata”, que seria um grande retrocesso.

Perdas

De repente, o Cruzeiro que tinha atacantes de qualidade à disposição do técnico Adilson Batista, começou passar aperto hora que mais está precisando, nessa posição: os problemas médicos que puseram Kléber e Wellington Paulista fora de combate, não poderiam ter vindo em pior hora. O equatoriano Guerrón, titular ontem contra o Corinthians, ainda não conseguir se explicar.

Craque

Mesmo gordo, Ronaldo faz muita diferença a favor do Corinthians. Com ele o time paulista deu muito trabalho à defesa cruzeirense. Por outro lado Gilberto voltou a ditar o ritmo do Cruzeiro e foi premiado com o belo gol, depois de jogada ensaiada, no fim da fase inicial. Não fosse o mal começo da Raposa, a esta altura estaria na briga direta pelo título.

Pais

O velho ditado sempre atual, também no futebol: “filho feio não tem pai”. Começaram aparecer “pais” para o sucesso do Atlético no campeonato. O responsável por tudo chama-se Alexandre Kalil, que teve coragem de assumir o clube um ano atrás, levou amigos para ajudá-lo, de graça, e contratou todos os vieram para compor o grupo.

Golfe

No fim de 2010 Minas Gerais terá um dos melhores campos de golfe do país, mais um atrativo para os estrangeiros que virão para a Copa de 2014. Conheci hoje as obras que estão sendo executadas no Condomínio Morro do Chapéu, cujo campo passará de nove para 18 furos. Trabalho da diretoria comandada por Manoel Cataldo, cujo diretor de golfe é o Maury Bastos.


Faltando uma gordurinha

Os cruzeirenses lamentam que o time não tenha uma “gordura” para queimar nesta reta final do campeonato. Por causa da disputa da Libertadores da América o time não jogou completo em vários jogos nas primeiras rodadas e perdeu pontos que agora estão fazendo muita falta para a briga pelo título. O primeiro tempo contra o Corinthians foi muito bom, com Gilberto voltando a dar o toque de qualidade ao meio de campo.

Falta

Se por um lado a volta do Gilberto melhorou consideravelmente o time, a perda de atacantes como Kléber e Wellington Paulista, por contusões, foi péssima, justamente nessa fase do campeonato. Guerrón ainda não conseguiu justificar o investimento feito nele.

Elenco

O Atlético está mostrando que foi feliz em suas aquisições para o returno do campeonato. Mesmo sem três titulares importantes, conseguiu vencer o Vitória, mantendo-se na vice-liderança e na briga direta pelo título. Carlos Alberto, Corrêa e Eder Luiz tiveram peças de reposição à altura, e o Galo deu conta do recado, perdendo ótimas oportunidades e ainda errando pênalti.

Profetas

Nessas horas, quando as coisas começaram a melhorar para o Atlético, aparece um monte de “profeta do acontecido”, inclusive na imprensa. Gente querendo posar de “pai da criança”, quando na verdade o grande responsável pela guinada que o Galo deu, é o presidente Alexandre Kalil, que teve a coragem de assumir o clube um ano atrás, quando a coisa estava feia.

Comando

Kalil acabou com a história de um monte de diretores remunerados, levou alguns amigos competentes para ajudá-lo, de graça, como era antigamente o Atlético, e contratou comissão técnica e todos estes jogadores que vieram, um a um. E o mais importante: sem intermediários, atravessadores e empresários, que só encarem as contratações porque têm que receber as comissões deles.

O resto é conversa fiada!

Pauleira

O campeonato está sendo disputado palmo a palmo e será assim até a última rodada. E ainda aparecem uns cabeças cozidas querendo voltar com a fórmula de disputa com aqueles ridículos “mata-mata”. Ainda bem que a maioria dos clubes e até a CBF não querem aceitar.

Sufoco

Teve gente falando que o Atlético passou “sufoco” contra o Vitória. Entendo que sufoco quem está passando é a turma lá da parte de baixo da tabela, lutando contra o rebaixamento. Inclusive clubes que arrecadam quase o dobro que Galo e Cruzeiro em patrocínios e direitos de transmissão pela TV, como Botafogo e principalmente Fluminense.

Hora certa

As voltas de Marques e Serginho estão sendo na hora certa, no momento em que o Celso Roth vai precisar muito deles para mudar a cara do time em determinados momentos dos jogos que virão. A entrada do Marques contra o Vitória incendiou as arquibancadas e motivou os companheiros dentro de campo. Sabendo usá-lo na medida exata, sem forçar demais, vai dar para ter grande retorno do seu futebol.

Bom também

Discordo de quem anda criticando o zagueiro Jorge Luiz. Simplesmente arrumou a zaga, com o companheiro certo, descoberto pelo Celso Roth, que é o Werley. A dupla está afinadíssima.


Fim de semana de decisões

É comum dizer que neste sistema de pontos corridos todo jogo “é decisão” no campeonato brasileiro. Realmente, mas há jogos especiais, como estes da rodada do fim de semana. No que se refere aos nossos times, se vencerem, vão embalar.

O Galo vai mostrar se tem condições de ser campeão ou não. Passar pelo Vitória é um dever de casa que precisa ser feito. Jogo perigoso porque em situações como essas, os nervos costumam trair determinados jogadores. Caso passe por este “teste”, Celso Roth poderá acabar com a sua sina de começar bem e terminar no meio do caminho.

O Cruzeiro tem parada mais indigesta porque jogar contra o Corinthians em São Paulo é sempre complicado, ainda mais na situação na qual se encontra o time do Ronaldo, pressionado de todos os lados.

Mas vencer o Internacional fora de casa costuma ser até mais difícil e o Cruzeiro fez isso numa das rodadas anteriores. Pode repetir isso no Pacaembu, e entrar de vez no páreo.


O que é isso companheiro?

A demissão da seleção da África do Sul deve ter amolecido os miolos do técnico Joel Santana. Vi um trecho de entrevista dele na Globo ontem, dizendo que “salva” o Fluminense do rebaixamento, que gosta de situações como essa, que faltam apenas seis jogos, mas que dá pra segurar, e bla bla bla… Pensei que o Cuca tivesse sido demitido e mudei de canal.

Quando abri os jornais hoje vi que o Cuca continua no cargo e que o Joel estava apenas forçando a barra para ser chamado.

Ora, ora! Respeito é bom e todo mundo gosta. O Joel fez foi uma molecagem com um colega de trabalho!


Equívocos

Carlos Alberto Parreira está prestes a reassumir o comando da seleção da África do Sul, na vaga do Joel Santana, mas pelas entrevistas que tem dado, dá para ver que ele nem saiu do hotel onde morava, enquanto esteve lá.

Sobre segurança, disse que quem mora no Rio de Janeiro não tem com o que se preocupar, neste aspecto, em nenhum lugar do mundo.

Totalmente equivocado. Continuo aqui no Rio, de onde retorno amanhã, e não há termo de comparação com as cidades sul-africanas, Joanesburgo principalmente. Lá, as ruas ficam desertas à noite, o comércio fecha às 18 horas, e o clima é tenso, carregado, porque a qualquer momento pode pintar confusão.

No Rio, São Paulo e em qualquer cidade do Brasil há movimento noturno e, normalmente, não predomina o clima de medo que ocorre na África do Sul.

A violência em nosso país está aumentando muito rápido, e até poderemos viver os que os sul-africanos vivem, mas ainda estamos bem distantes.

Engraçado é que o governo brasileiro adora falar que a nossa economia está entre as maiores do mundo, como se a população tivesse algum retorno prático disso. Enquanto isso faltam escolas públicas, sistema de saúde qualidade, transporte, estradas, segurança, e vergonha na cara.


Primeiro do Brasil em público, mas 35o no mundo

“Europa goleia o Brasil em público no estádio”, com este título na reportagem, o  jornal O Globo, de ontem, destacou que a média de público nos jogos do campeonato brasileiro é ridícula, em comparação com a média dos principais campeonatos europeus, e deu alguns números, tipo: o clube de maior média do Brasil, no atual campeonato, é o Atlético com 37.838 pagantes, bem longe, por exemplo, do Manchester United, da Inglaterra, cuja média é de 75.304.

Mais interessante ainda é a comparação com o clube de maior torcida do Brasil, o Flamengo, segundo colocado em média de público no atual campeonato (32.898), que na Europa estaria atrás de clubes como o inglês Everton ou o espanhol Bétis.

O Manchester tem a maior média do mundo, o Galo, apesar de primeiro do Brasil, é o 35º neste ranking; o Flamengo o 47º.

E imaginar que o Brasil tem cinco títulos mundiais, os melhores jogadores do planeta e alguns dos maiores estádios do mundo…

Mas as dificuldades e riscos para um torcedor ir a um estádio, complicam tudo!

Por outro lado, imaginem se o Atlético mantiver boas campanhas como a do atual campeonato!


Metrô em BH, para a Copa de 2014, já era!

Amigos,

Aquilo que escrevi ontem, da fala da Ministra Dilma Roussef aqui no Rio e da omissão dos políticos mineiros, está confirmado nessa reportagem do jornal O Tempo, de hoje. Mais um Ministro falando, agora para sacramentar a embromação para cima dos mineiros. Metrô em Belo Horizonte vai continuar sendo sonho. Leiam:

Ministro confirma BRT como alternativa para o trânsito de BH até a Copa

Segundo Marcio Fortes, ministro das Cidades, corredores fechados para ônibus devem mesmo substituir projeto do metrô como solução de transporte em Belo Horizonte

22/10/2009 00h02

LUIZ FERNANDO ROCHA

Siga em: www.twitter.com/OTEMPOonline

Belo Horizonte não deverá ter os projetos do metrô concluídos até a Copa do Mundo de 2014. Em visita à redação da Sempre Editora na noite desta quarta-feira, o ministro das Cidades, Márcio Fortes, disse que a ordem de prioridade das obras necessárias para receber o evento deve ser definida pelo Estado e pelo Município, mas deixou claro que a possibilidade mais concreta é que seja feita opção por um sistema alternativo, o BRT (Bus Rapid Transit), já anunciado pela Prefeitura da capital.

Segundo o ministro, os corredores exclusivos e fechados para tráfego de ônibus trazem as características de agilidade e mobilidade dos transportes sobre trilhos, mas a um custo bem menor. O dinheiro para as obras viria a título de financiamento e não como recurso do Orçamento Geral da União. “Nós colocamos um valor disponível inicialmente de R$ 5 bilhões. A partir da semana que vem vamos avaliar essas priorizações e teremos a confirmação do que será proposto pelas cidades. Para projetos de até R$ 400 milhões, estaremos financiando 75% em condições especiais, com recursos do BNDES”, esclareceu o ministro.

Desde agosto, o grupo de trabalho nomeado para discutir o PAC da Copa recebeu os gestores públicos e os técnicos designados pelos estados e municípios com as propostas e projetos de todas as áreas envolvidas. O próximo passo, de acordo com Fortes, será a definição de quais destes projetos receberão o dinheiro. “Há uma preocupação com os recursos, mas sobretudo com o cronograma. Eu quero soluções e não problemas. A pior coisa é investir em uma obra que não fique pronta a tempo”, disse Fortes. Para o ministro, o ideal é que as obras escolhidas tenham previsão de término até pelo menos três meses antes do início dos jogos para que, caso algo dê errado, seja executado um “plano B”.

Márcio Fortes lembrou ainda que um dos critérios de avaliação para definir as obras será a possibilidade de aplicação da estrutura no cotidiano das cidades depois da Copa do Mundo. “Uma coisa é o dia do jogo, outra coisa é o transporte diário, saber se estamos resolvendo o problema da Copa, ou o problema da cidade”. Segundo o Ministro, até o final de novembro deste ano o comitê do PAC da Copa já deverá ter definido as obras que serão financiadas pelo Governo Federal.


E o Palmeiras, hein!?

Do jeito que as coisas estão indo este campeonato pode mudar o nome da fórmula de disputa. Ao invés de pontos “corridos”, pontos “parados”.

A derrota do Palmeiras para o Santo André ontem não estava nas perspectivas de ninguém e animou mais ainda a disputa.