Blog do Chico Maia

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Pena que não foi por um placar mais dilatado, pois merecia. Sem Neymar, time joga mais coletivamente

Fica mais à vontade, mais solidário, a bola passa em mais pés. É um time mesmo, e não 10 jogadores jogando em função de um só, quando o Neymar está em campo. Que é craque, não se discute, mas personalista demais, só pensa nele. De repente, assistir de fora a uma vitória dessas, pode ter sido bom pra ele. Enxergar que esporte coletivo tem que ser solidário, todos dependem de todos.

O primeiro tempo foi fraco, por causa de um erro que o próprio Tite viu que cometeu e antes de acabar a primeira etapa, já começava consertar: mandou Rodrigo, atacante do Real Madri se aquecer, para entrar no segundo tempo no lugar do Paquetá. Aí, foi outra coisa. Parecia que o time tinha soltado o freio de mão. Aos 20 minutos, Vinícius Jr. marcou um gol, impedido, corretamente anulado pelo VAR. Aos 37, Casemiro, gigante em campo, marcou e valeu.

Estádio 974, construído com conteineres, que serão doados depois da Copa 

Ronaldo, dono do Cruzeiro, assistiu no estádio, ao lado do ex-lateral Roberto Carlos

O desespero do  técnico da Suíça, no momento do gol do Casemiro


Na Copa, fatos e fotos, passado e presente, pessoas e lugares

A Enciclopédia do Desporto em Português , publicou:

Klinsmann (Inter) e Van Basten (AC Milan)

Coincidentemente, no mesmo dia eu vi o ex-grande atacante, campeão do mundo em 1990, na Itália, e técnico da Alemanha na Copa de 2006, aqui no Catar. Tem 58 anos de idade.

Mais tarde, o Afonso Alberto mandou esta foto no grupo de ex-colegas da Rádio Capital, do filho dele, Edu Panzi, com Jurgen Klisnmann, que é um integrante do grupo de estudos técnicos formado pela Fifa para a Copa do Catar. Educadíssimo, super gentil.

Edu Panzi é da nova geração, um dos melhores comentaristas da imprensa esportiva brasileira atualmente. Brilhou na 98FM e agora brilha na Itatiaia. Está representando muito bem o pai aqui.

Afonso Alberto foi um dos meus grandes incentivadores quando cheguei a Belo Horizonte, da Rádio Cultura de Sete Lagoas para a Capital. Cobrimos várias Copas juntos, como a Itaália, em 1990. Nesta foto, estamos em frente ao Estádio Delli Alpi, de Turim.

Ontem o Atlético postou em suas redes, esta foto, do Messi treinando na Cidade do Galo, durante a Copa de 2014, ano em que a Argentina foi vice, sendo batida pela Alemanha:

Clube Atlético Mineiro 

Quem não fica feliz ao lado desse escudo, num é Messi?

Hoje tem Argentina e México pela #CopaDoMundoFIFA! Ces vão torcer pra quem?: Rodrigo Clemente.

08/07/2014. Credito: Rodrigo Clemente/EM/D.A Press. Brasil. Belo Horizonte-MG. Mineirao. Copa do Mundo FIFA Brasil 2014. Brasil x Alemanha, semifinal.

E registrou que a foto é do Rodrigo Clemente, ex-Estado de Minas, ex-O Tempo, um dos grandes fotógrafos da nossa imprensa, com quem tive o prazer de trabalhar na Copa da África do Sul em 2010.

Detalhe importante: é um dos cruzeirenses mais apaixonados que conheço e essa foto dele, que corre o mundo até hoje, foi justamente na casa do Galo. Nessa foto, estamos em Durban, durante a Copa da África do Sul em 2010. Ele é o do meio. À direita, Rogério Maurício, na época, editor geral do Super Notícia.

E pra finalizar, essa ótima, da Revista Conexão Literatura , que vale para cabeças cozidas e estúpidos que não respeitam opiniões alheias:

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Curtindo a Copa, Gilberto Gil assiste Argentina 2 x 0 México, no estádio Lusail, com a camisa do Cruzeiro

Foto: @Cruzeiro : O Cruzeiro postou no twitter a foto do músico ao lado do sus filhos “Gilberto Gil está muito bem vestido no Qatar, acompanhando a Copa do Mundo”

Tive o prazer bater longo papo com ele sobre futebol quando ele foi a Conceição do |Mato Dentro, cantar no Projeto Matriz. Foi em setembro de 2011 e na época, contei aqui no blog:

“… empolgado com a receptividade das pessoas e a beleza do lugar, cantou muito mais que o tempo previsto, junto com o filho, Bem Gil.

O ex-Ministro da Cultura deu show também de simpatia no trato com todos.

Tive a satisfação de estar na mesma pousada que ele, a Alto do Baú, e durante o café, no domingo, antes de pegar a estrada de volta, ouvir dele, considerações muito legais, também sobre o futebol, Conceição, Minas e Brasil.

Gil disse gosta muito de futebol e que torce para cinco times, nessa ordem:

Bahia, Fluminense, Santos, Cruzeiro e Santa Cruz.

Perguntei a ele porque nunca aceitou convite de um dos grandes jornais brasileiros para ir a uma Copa do Mundo, com convidado, e escrever uma coluna diária sobre o evento, assim como já fez o seu amigo Chico Buarque e tantos outros:

__ Sou preguiçoso, prefiro ver os jogos sem compromisso; até escrevo, mas não é a atividade que mais gosto. Diferente do Chico, que hoje é tão bom escritor como compositor, diferente do Caetano, que adora escrever e agora tem até coluna semanal no Globo.

O recém falecido Rodolfo Fernandes, diretor do Globo, convidou-me para escrever na Alemanha em 2006, mas agradeci; não sei teria paciência para todo dia pensar em algum assunto para escrever. Mas, quem sabe, um dia…

Foi a resposta dele. 

Geraldo Afonso, eu, Gil e o professor Tonzé

Leila e Geraldo Afonso, donos da Pousada Alto do Baú, Gil, Tomzé e a Secretária de Turismo de Conceição, Jô Rocha

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Simpatia em pessoa. O texto completo está aqui: https://blog.chicomaia.com.br/?s=Gilberto+Gil


Argentinos comemoram vitória sobre o México como se já tivessem ganhado a Copa

Se mesmo com a derrota para a Arábia Saudita eles não pararam de fazer festa, imagine depois desse 2 x 0 sobre os mexicanos? A festa começou no gramado do Lusail, com a interação dos jogadores, comandados por Messi, com os torcedores nas cadeiras.

Poucas vezes se viu Messi tão feliz como hoje. Ele joga tudo o que pode para conquistar essa Copa, em sua última oportunidade.

Abriu o marcador, num chutaço de longe, e depois viu o jovem Enzo Fernandez (21 anos, jogador do Benfica), fazer o segundo, em outro golaço. Na raça e na categoria, a Argentina saiu do sufoco contra um México muito bom, porém, que não resistiu a lances geniais do Messi e da promessa Fernandez.

Uma briga de foice no Grupo C, que tem Argentina, Polônia, México e Arábia Saudita, todos com chances na rodada final e cujos classificados toparão com a França, já classificada e Austrália, Polônia e Tunísia, todas também na briga pela segunda vaga do Grupo D.

Ochoa se esticou, mas não conseguiu impedir os dois gols argentinos


As maiores goleadas da história e o lado humano da Copa, com lições de humildade e generosidade

TNT Sports Brasil  O massacre da Espanha colocou a Fúria entre as maiores GOLEADAS da história da Copa! #TNTSportsNoQatar

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O Raul Otávio Pereira e outros leitores, do Instagram, lembraram que o TNT se esqueceu de incluir a goleada mais escandalosa que foi da Alemanha no Brasil, em pleno Mineirão, 7 x 1, 2014.

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Curiosidades da Copa, atuais e do passado. Lendo publicações de várias partes do mundo, principalmente de Portugal, fiz um resumo das que achei mais interessantes desta manhã, especialmente as que valorizam o lado humano de famosos e nem tanto do mundo do futebol.

Bola na Trave  ·

Quando o Uruguai saiu para aquecer, Seba Sosa estava totalmente emocionado e com o olhar perdido. Estreou-se pela seleção há apenas 6 meses, com 35 anos.

Conseguiu entrar na lista para o Qatar, mas logo depois de entrar na concentração, a mãe dele faleceu. Teve que viajar para o Uruguai para se despedir e depois voltar para o Qatar para se concentrar.

Como terceiro guarda-redes, provavelmente não vai jogar nem um minuto, mas Seba Sosa cumpriu o sonho de estar com a sua seleção num Campeonato do Mundo.

Imaginem a mistura de sentimentos!

Desporto Universal  ·

“Não acredito que passemos para a próxima ronda, mas estamos aqui para lutar contra as previsões. Adoramos quando eles esquecem de nós e consideram-nos a equipa mais pequena. No Mundial há surpresas e essa é a mentalidade que temos.”

Hervé Renard, dizia isto antes do jogo com a Argentina.

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Bola na Trave  ·

No Qatar, nenhum dos jogos teve menos de 10 minutos de compensação. Por exemplo, no Inglaterra-Irão foram adicionados 24 minutos. E no Argentina-Arábia Saudita, foram adicionados 19 minutos.

Esta é uma ordem do Chefe de Árbitros da FIFA, o grande Pierluigi Collina, que explicou no outro dia:

“Vamos aumentar o tempo de jogo efetivo. Vamos compensar todo o tempo de substituições, penalidades, festejos, assistência médica ou VAR.”

Tchau para as equipas que perdem tempo.

Assim sim é como deve ser!

Recepção Orientada

Há uns dias, Jack Grealish conheceu Finlay, um jovem com paralisia cerebral, grande adepto do City.

Grealish prometeu que lhe dedicava um golo com a comemoração que ele quisesse. Finlay propôs e Jack cumpriu ao marcar contra o Irão.

Futebol

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Bola na Trave  ·

– À esquerda: Enrique Macaya Márquez, com 23 anos, pronto para começar o seu primeiro Campeonato do Mundo da Suécia em 1958.

– À direita: Macaya, a chegar ao Qatar para começar o seu 17° Campeonato do Mundo, com 87 anos.

Não faltou nenhum desde a Suécia 58.

Haverá mais de 12.000 jornalistas no Qatar, mas nenhum como Macaya!

Remate Digital  ·

Muito respeito pela história de Andries Noppert!

Em 2019 não jogava no Foggia que desceu à Serie C de Itália.

Em 2020 foi aconselhado a terminar a carreira devido a lesões e a família incentivou-o a mudar de profissão.

Ficou 6 meses sem clube, mas não desistiu!

Na época passada ganhou vida com 20 jogos pelo Go Ahead Eagles. Mais do que em toda a sua carreira sénior até à altura!

Seguiu-se o regresso ao Heerenveen nesta temporada. O clube da sua terra e que o formou.

Ganhou um lugar na baliza com excelentes exibições e hoje, com 28 anos, estreou-se pela Holanda naquele que foi apenas o seu 50° jogo como sénior.

Além disso, ajudou na vitória(2-0) mantendo a baliza segura com boas intervenções.

A nossa admiração e respeito por Andries Noppert. Não desistiu, lutou sempre e vive agora momentos que tanto merece!

PlayMaker Sports Brasil

DO INFERNO AO CÉU !

Quem acompanha o futebol atual com regularidade, sabia que a Alemanha era favorita, mas que teria alguma dificuldade contra a seleção do Japão.

Conforme as temporadas vão passando, muitos jogadores japoneses vão fincando raízes nas equipes mais competitivas da Europa, e isso ajuda a fazer da seleção um elenco bem competitivo.

Hoje, em um pênalti infantil, feito pelo goleiro Gonda, Gundogan abriu o placar para os alemães.

Porém, os japoneses defendiam bem a entrada da área, e obrigava os alemães a chutarem de média e longa distância.

Já no segundo tempo, com a desvantagem no placar, a coragem de Hajime Moriyasu foi determinante para o Japão sair com a vitória.

A Alemanha postada em um 3-4-2-1 tinha apenas 1 jogador para pressionar a saída de bola.

Sabendo disso, Moriyasu não precisava de uma linha de 4 jogadores na saída de bola.

Por isso, sacou Kubo, colocou Tomiyasu, estabeleceu uma linha de 3 zagueiros e saiu de um 4-2-3-1 para um 3-4-3, visando melhorar a saída de bola e sobrecarregar o ponto fraco alemão, que são as laterais, e seu espaço nas costas.

Dessa forma, Mitoma, do Brighton, que entrou no lugar de Nagatomo, jogou pela extrema esquerda, e deu trabalho. Através de Mitoma, é que nasceu a jogada do gol de empate japonês.

E sem a pressão na saída de bola, o Japão teve liberdade para sair jogando, e fazer o zagueiro Itakura acertar um lindo lançamento para Asano, dominar e finalizar, dando números finais a grande partida feita pelo Japão, através da boa análise de jogo de Moriyasu.

Moriyasu foi duramente criticado por não levar Furuhashi e outros nomes, mas hoje teve seu trabalho reconhecido, pela sua visão de jogo, coragem e capacidade de mudar a história da partida com suas intervenções.

Nossa admiração e respeito pelo trabalho

do Mister Moriyasu.

Recepção Orientada 

Que grande momento na conferência de imprensa de Louis Van Gaal, selecionador dos Países Baixos.

Um jornalista do Senegal toma a palavra e diz: “Sou um jornalista que está apenas a começar. Não tenho nenhuma pergunta, só quero dizer que o admiro muito desde criança.”

Van Gaal responde: “Foste muito simpático e não ouço isto muitas vezes. Vou te dar um abraço. Estou a falar a sério.”

No final da conferência de imprensa, Van Gaal cumpriu o prometido.


Na Copa da maioria masculina, as primeiras definições e novamente os holofotes centrados no Neymar

Com duas derrotas em dois jogos, País de Gales já está fora e cumprirá tabela na última rodada dessa fase contra a Holanda.

De novo, Neymar puxa os holofotes para ele. Óbvio que involuntariamente, já que se machucou. Mas o assunto seleção brasileira virou só ele e quase todo mundo bajulando-o. Desvio de foco é um perigo e a seleção tem históricos nada positivo disso.

Fernando Rocha fez uma observação interessante na coluna dele, no Diário do Aço, de Ipatinga: “Um leitor da coluna, que está no Qatar, fez uma observação interessante e ao mesmo tempo bizarra sobre a Fan Fest oficial da Fifa. Segundo ele, o espaço é enorme e tudo muito bem organizado,  mas faltam mulheres. Nos seus cálculos, 95% dos frequentadores são homens, escancarando os extremos culturais do país escolhido como sede de forma controversa pela Fifa.”

***

Não sei se exatamente nessa proporção, de 95%, porém, há muito mais homens nas arquibancadas e demais ambientes envolvendo a Copa do Mundo aqui. O bombardeio exagerado de notícias sobre tantas restrições impostas principalmente ao público feminino, certamente desencorajou muitas de encararem o Catar.

Ainda o Fernando Rocha, a quem agradeço a citação do blog coluna: “ A melhor definição que lí até agora sobre este Mundial foi no blog do jornalista Chico Maia, através da postagem de um dos participantes, Mauro Lopes, de Belo Horizonte: “Independente das delicadas questões de raça, gênero, religião e exploração trabalhista, tudo que vi desse lugar até agora é de um artificialismo que me causa mal estar. Sou daqueles que não suporta ficar muito tempo dentro de um shopping. E essa copa parece estar sendo realizada dentro de um”. (Fecha o pano!)

Domingo tem Alemanha x Espanha, mas hoje fui ao estádio assistir Iran 2 x 0 País de Gales. Uma experiência diferente optar por um jogo dos menos cotados da Copa, mas valeu demais a pena, principalmente para conferir uma facilidade impressionante que o Catar disponibilizou para torcedores e imprensa. Uma mesma linha do metrô serve a dois estádios. Facilidade tamanha, que muita gente vacila e desce antes ou depois do local em que quer chegar. Eu, por exemplo, desci no Education City, achei estranho que as proximidades estavam vazias demais, quando perguntei pelo jogo e me disseram, que seria no Al Riffa, da estação seguinte. Percorri o caminho de volta e quando cheguei na tribuna de imprensa o primeiro tempo estava quase acabando. Menos mal que a segunda etapa é que foi boa. Show de bola dos iranianos, que poderiam ter tacado quatro ou cinco, mas desperdiçaram chances demais, inclusive com duas bolas na trave. País de Gales é só Bale e o goleiro. Ficou 64 anos longe da Copa e pela bolinha que está mostrando, ficará de castigo mais umas copas futuramente.

 

Para compensar, vou testemunhar o desespero da Alemanha contra a Espanha, domingo. Se não vencer, poderá dar adeus à Copa na primeira fase, já que o Japão deverá atropelar a Costa Rica e garantir uma vaga.

Por dentro e por fora, o Al Riffa é um belíssimo estádio


Uma grande estreia da seleção brasileira. Com DNA do América, bateu um sistema defensivo terrível

Tite foi ousado e se deu bem. Encheu o time de atacantes, contando com a categoria e força física de Casemiro e Paquetá para se virarem na marcação e apoio à defesa.

Dificuldades enormes no primeiro com uma marcação implacável e zero de falha da Sérvia, que pouco se arriscou ao ataque. No segundo tempo tudo mudou. Parecia outro time, indo com tudo para cima em alta velocidade.

Richarlison, revelado pelo América, foi o nome do jogo. Pelos dois dois, pela movimentação em campo e pelo belíssimo segundo gol, que vai disputar até o fim, a condição de gol mais bonito desta Copa.

 


O pior jogo até agora e o melhor e mais emblemático aqui no Catar. Derrota alemã fez lembrar eliminação do Galo pelo Palmeiras na Libertadores 2021

Foto: www.dw.com/pt

Tecnicamente, o pior jogo que vi até agora nesta Copa foi Marrocos 0 x 0 Croácia. Nem parecia que era a Croácia, atual vice-campeã do mundo. A partida mais impressionante, foi a da virada do  Japão sobre a Alemanha, que mostra o que é o futebol, confirmando a frase do Muricy Ramalho: “a bola pune”. Jogaço.

Um único momento de desconcentração dos alemães e veio a derrota. Bola “marota” lançada em direção ao gol deles, dois defensores na jogada, porém, pensaram que o árbitro daria impedimento e diminuíram a passada. Foi o que bastou para o Asano aumentar a velocidade e acertar aquele chutaço, quase na cara do Neur.

Fez lembrar o Nathan Silva, zagueiro do Galo, que cometeu vacilo semelhante na marcação do Gabriel Veron, que tinha acabado de entrar. Perdeu a disputa na corrida e viu o palmeirense cruzar para o Dudu fazer 1 x 1, resultado que eliminou o Atlético na semifinal da Libertadores.

Impressionou também a condição física dos dois times e a frieza dos dois treinadores. O Asano, depois de tanta correria, parecia que estava pronto para começar outro jogo. Depois da partida, a TV mostrou a cara do técnico alemão, Hansi Flick, olhos esbugalhados, parecendo não acreditar no que tinha acontecido. Já o técnico japonês, Hajime Moriyasu, tranquilo, apenas sorridente, como se tive acabado de comandar mais um treino do time dele. Porém, já tinha se emocionado mais cedo, durante a execução dos hinos, quando chorou ao ouvir o hino do Japão, com a cena registrada pelas câmeras.

Interessante é que os algozes alemães jogam em clubes deles e disputam o campeonato alemão: Doan, que empatou, aos 30 do segundo tempo, é do Freiburg, e Asano, que virou, aos 38 é do Bochum.

Foto: FIFA.com

As câmeras mostraram também a Ministra do Interior da Alemanha, Nancy Faeser, usando a polêmica braçadeira multicolorida “One Love”, pró-diversidade no Catar, que o Neur foi impedido pela FIFA de usar.

Quase todas as seleções europeias prometiam usar essa braçadeira, símbolo da causa LGBTQ, porém, censurada pela FIFA, pressionada pelo governo do Catar.

A Federação Alemã de Futebol apoiou seus jogadores e soltou nota justificando:

“Com a nossa braçadeira de capitão queríamos dar o exemplo dos valores que vivemos na seleção: a diversidade e o respeito mútuo. Junto com outras nações, queríamos que nossa voz fosse ouvida. Não se trata de uma mensagem política: os direitos humanos não são negociáveis. Isso deveria ser óbvio. Infelizmente ainda não é. É por isso que esta mensagem é tão importante para nós. Banir o uso da braçadeira é como calar a nossa voz.”

Ministra do Interior da Alemanha, Nancy Faeser – Foto: www.dw.com/pt


A tecnologia na Copa do Catar: onde havia envelopes e todo tipo de papéis, agora é tudo no QR-Code

Sem precisar de ninguém para operar, uma maquina libera ingressos para os jogos para jornalistas credenciados.

Só encostar a credencial no visor da máquina que ela imprime os bilhetes . . .

… na hora

Meus ingressos para o jogo de abertura e para Holanda x Senegal, no dia seguinte

Os ingressos na Rússia eram entregues em envelopes e o tamanho era o dobro dos atuais

Vejam as “modernidades” da Copa do México’86:

No Centro de Imprensa da Cidade do México, em 1986, eu, entre o Antônio Carlos Macedo (esq.) que está até hoje na Rádio Gaúcha de Porto Alegre (grande sucesso de audiência, agora apesentando um programa pelas manhãs) e o saudoso Luiz Carlos Alves, um dos grandes nomes da história do rádio mineiro, que infelizmente nos deixou em 24 de agosto de 2017, aos 70 anos de idade. Observem as maravilhas da tecnologia “moderníssima” da época: aparelho de telex e uma impressora matricial, que “cuspia” as listas das seleções e outras informações básicas fornecidas pela FIFA.


O avanço da tecnologia impressiona e se mostra na Copa do Catar. Adeus equipamentos pesados e muita gente para operá-los

Repórter de rádio e TV agora é solitário para fazer seus boletins ao vivo ou gravado. Ele carrega o próprio equipamento, instala o tripé, monta o celular/câmera, filma, fotografa e fala. Antes, no mínimo mais duas pessoas estariam ajudando-o.

Se a tecnologia acabou com fios, equipamentos pesados e eliminou operadores, na Copa do México em 1986 era totalmente diferente.

         

Em Guanajuato/Guadalajara. Afonso Alberto (direita), na época na Rádio Inconfidência, e o hoje saudoso José Marcelo, da Educadora, de Ipatinga, dividindo o peso da mala com os equipamentos de transmissão, antes de um treino da seleção do Telê Santana, Zico e cia., que seria eliminada na disputa por pênaltis, pela França de Michel Platini, nas quartas de final.