Blog do Chico Maia

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Treinador de Marrocos é ex-jogador e assumiu a seleção em agosto, para debelar crise instalada por um “mala” bósnio

Da série “copia, cola e comenta”, (nome sugerido pelo Ives Souza), e acrescento “sugiro seguir”. O PlayMaker Sports Brasil contou um pouco da história do técnico de Marrocos. Muito interessante. E ele ainda não tinha atropelado Portugal, hein!? Isso foi depois do jogo contra a Espanha:

.* .. “O homem da foto é Walid Regragui,

técnico da seleção de Marrocos, que nasceu em Corbein-Essones, na França.

Com raízes em Marrocos, por conta de sua família, Regragui, quando jogador, decidiu defender a seleção de Marrocos, participando de 25 jogos pela seleção marroquina, de 2001 a 2009, sem disputar uma Copa do Mundo.

Aos 47 anos, Regragui assumiu o desafio de comandar a seleção do Marrocos, depois que o bósnio Valid Halilhodzic, entrou em rota de colisão com a Federação Marroquina, por deixar de fora das convocações, grandes nomes do futebol marroquino, como: Ziyech, Mazraoui, Bono, Saiss, Hakimi, Amrabat, En Nesyri e Boufal.

Praticamente, toda a espinha dorsal da seleção marroquina, tinha problemas com o antigo técnico.

Regragui assumiu a seleção de Marrocos, no dia 31 de Agosto, depois de ser campeão marroquino, e também, campeão da Champions League Africana, com o Wydad Casablanca.

Ele chegou com a missão de acalmar os ânimos no elenco, trazer bons jogadores de volta e fazer Marrocos ser competitivo dentro do continente africano e fora dele também.

Desde que assumiu, Regragui tem 7 jogos, com 5 vitórias e 2 empates, e apenas 1 gol sofrido.

O que estamos vendo na Copa do Mundo até agora, é muito do que Regragui fez com Wydad Casablanca, na última temporada.

Um futebol sagaz e corajoso, pronto para incomodar grandes forças.

Foi assim com Bélgica e Croácia, e principalmente, com a toda poderosa, Espanha.

Contra a Espanha, a seleção de Marrocos se defendeu muito bem, mas principalmente, tirou toda a oportunidade da Espanha de jogar pelos lados do campo…

Nos pênaltis, brilhou a estrela de Bono, um dos que estavam brigados com Halilhodzic.

Indiretamente, isso também é mérito de Regragui, por sinalizar aos jogadores, que um ambiente mais leve estava sendo construído.

Após a heróica classificação contra a Espanha, com apenas que 23% de posse de bola,

Regragui declarou:

” Quando se tem coração, energia e amor, podemos vencer jogos. Essa vitória é pra mostrar que o nível do futebol africano subiu.

Nós vamos sempre enfrentar grandes equipes, e prometo a vocês que vamos lutar até o fim, como grandes guerreiros que somos.”

O “cabeça de abacate” como é chamado entre os jogadores, é o primeiro técnico africano a chegar a fase de quartas de final (e agora semifinal) de uma Copa do Mundo.

Através de um padrão tático destemido,

e bastante inteligente, Regragui vai colocando a África em um outro patamar, no futebol mundial.

Que siga assim !

Nosso respeito e admiração ao Mister Regragui…”

* Do PlayMaker Sports Brasil


Portugal cai no tempo normal. Marrocos faz história e manda mais uma seleção europeia para casa

De repente, Marrocos não era só raça e retranca contra a Espanha, e para quem apostava que a eliminação da “Fúria” pelos africanos tinha sido apenas mais uma zebra da Copa, Portugal também experimentou e dançou. Competência do time da torcida que se rivaliza só com a argentina em temos de motivação e barulho.

O time marroquino foi mais agressivo contra Portugal do que contra a Espanha. Entrou naquele espírito do “o que vier é lucro” e mesmo depois de estar vencendo não ficou apenas na defesa. Continuou explorando contra ataques e criou pelo menos mais três ótimas oportunidades de gol.

E se o goleiro português Diogo Costa, saiu catando borboleta e contribuiu para o 1 x 0 de Marrocos, o herói do jogo contra a Espanha, Bono, voltou a fechar o gol, evitando o empate.

Cristiano Ronaldo entrou aos cinco minutos do segundo tempo e era a esperança portuguesa de mudar o quadro. Em vão.

Marrocos entra para a história como a primeira seleção a levar o futebol africano a uma semifinal de Copa do Mundo.

Imprensa e até muitos marroquinos não acreditavam nessa façanha de uma seleção africana no Catar


A morte de um colega norte-americano no Catar e o sucesso da cirurgia do Lélio Gustavo em Belo Horizonte

Grant Whal era muito conhecido nos Estados Unidos e tinha mais de 800 mil seguidores no twitter

Enquanto éramos informados que o comentarista Lélio Gustavo (Rádio Super), já está em casa, depois do sucesso da cirurgia para implantação de três pontes de safena, no Hospital Vera Cruz, fomos surpreendidos com uma péssima notícia, daqui: morreu na madrugada deste sábado, o jornalista Grant Wahl, 48 anos, de Nova Iorque. Um comunicado do presidente da FIFA, Gianni Infantino, e mensagem de pêsames à esposa e amigos, do colega, que passou mal na tribuna de imprensa do estádio Lusail, ontem, durante Argentina 2 x 2 Holanda. Ele caiu, sentindo dores no peito, foi socorrido no local, levado a um hospital, mas não resistiu. A princípio, fala-se em infarto, mas também há suspeitas de ter sido consequência da COVID.

Segunda-feira, dia 5, Grant Whal recorreu aos serviços do posto médico do Centro de Imprensa de Doha, e registrou no twitter:

“Meu corpo quebrou. Três semanas de pouco sono, muito estresse e muito trabalho podem fazer isso com você”, escreveu Wahl. “O que tinha sido um resfriado nos últimos 10 dias se transformou em algo mais severo na noite do jogo EUA x Holanda. Eu senti pressão e desconforto no peito. Eu não tinha Covid (faço exames regularmente aqui), mas fui à clínica médica do principal centro de mídia e disseram que provavelmente tenho bronquite. Eles me deram antibióticos e um xarope para tosse forte”.

Grant Whal é aquele jornalista que teve problemas com a polícia do Catar na primeira rodada da Copa, por usar uma camisa de apoio ao movimento LGBTQ, que na sequência passou a ser permitida pelas autoridades locais. Sobre isso, ele twittou, no dia: “fui “brevemente” detido por usar camisa com as cores do arco-íris em apoio à comunidade LGBTQ em um país onde as relações entre pessoas do mesmo sexo são ilegais.”

 

Entre chocados e assustados, colegas comentam que, aqui, não se fala nada sobre Covid durante a Copa no Catar. Nem parece que o mundo passou por este enorme problema recentemente. Todas as exigências de prevenção, previstas pelo país e pela FIFA, para quem quisesse vir à Copa, caíram poucos dias antes de o evento começar. E não se falou mais no assunto.

Pouca gente usa máscara, apesar das recomendações por meio de pequenas placas nas estações de metrô.

Dentro dos ônibus que nos transportam por aqui, muita gente tossindo e raras máscaras podem ser vistas protegendo alguém. Ou seja, estamos às “escuras” neste assunto.

Ontem, o companheiro Sérgio Utsch, de Belo Horizonte, correspondente do SBT na Europa, apresentou sintomas, mas fez o teste e deu negativo. Era gripe e está bem melhor hoje.


Para não esquecer e assimilar: exemplos e imagens que ficam para a história neste Argentina 2 x 2 Holanda

Fotos: twitter.com/FIFAWorldCup

Assim como os croatas e gaúchos, os holandeses são adeptos da máxima “desistir, nunca”.

Mesmo perdendo por 2 x 0, para o um adversário bem superior e muito determinado, eles foram para cima, e o técnico Louis Van Gaal pôs o grandalhão Weghorst, para dar trombada, na base do custe o que custar e deu certo. Dois  minutos depois de entrar, diminuiu o marcador e no tempo extra dos descontos, empatou o jogo.

Para o gol de empate holandês, os “laranjas” montaram uma barreira ao lado da barreira argentina. O batedor da falta, ao invés de chutar em direção ao gol, tocou para Weghorst, que usou braço e corpo contra o zagueiro, para fazer um giro e chutar com precisão para o gol, sem chances para o ótimo goleiro Didu Martinez.

Jogada ensaiada de verdade é isso. E aí é que se vê o trabalho de um técnico de verdade, no dia a dia de treinos de um time.

 

Toda seleção tem um “craque referência”. O da Argentina é Messi, e ele age o tempo todo como liderança, para tudo. Apesar de baixinho, não tem medo de cara feia nem de porrada. Encara. Quando a situação está mais difícil, chama o jogo para si e dá arrancadas que deixam o adversário atordoado. Ninguém sabe se ele vai partir para o gol, se vai dar o passe para um companheiro ou se fará as duas coisas ao mesmo tempo.

Aquilo que o Neymar fez no gol contra a Croácia, o Messi faz umas dez vezes durante os jogos em que está em campo, para uma, duas ou três resultarem em gol.

A entrega e vibração de todos os argentinos é diferente de qualquer seleção. Se “matam” em campo igualmente, puxam e empurram a torcida, numa sintonia impressionante. Do goleiro ao principal jogador do time, incluindo os ex-jogadores que estão aqui e principalmente o torcedor.

Para a cobrança de pênaltis, a estrela e principal batedor foi o primeiro. Para passar confiança e ter mais probabilidades de acerto. Poupá-lo para ser o último batedor, é burrice, e risco de ele nem chegar a bater.

Igual a seleção brasileira fez com o Neymar.

Depois de quebrar a cabeça com muitos treinadores de nome e rodados, a federação da Argentina apostou o terceiro auxiliar de Jorge Sampaoli, logo após a demissão dele, depois da Copa da Rússia. Scalioni fa o “feijão com arroz”, com um ou dois ovos fritos sobre o bife, quando necessário. E convoca os melhores, que devem estar em 100% de suas condições físicas. Por exemplo, buscou para ser o goleiro da seleção, Dibu Martinez, que começou no Independiente, foi contratado aos 17 anos pelo Arsenal, sem nunca ter disputado pra valer um campeonato argentino. Às voltas com contusões, foi emprestado e rodou por vários times menores da Inglaterra, até chegar ao Aston Vila, quando foi notado. Estilo “doidão”, espalhafatoso, do tipo que os torcedores argentinos gostam, está com 30 anos de idade.


Tite errou feio ao não convocar laterais originais e trazer um ex-lateral quase em atividade para o Catar

Times que têm um bom lateral levam grande vantagem sobre os adversários que não têm. Quem tem dois, fica quase imbatível. Mas, Tite, que poderia trazer para o Catar qualquer brasileiro, preferiu improvisar um zagueiro na direita e deslocar um ótimo lateral direito para a esquerda. E Daniel Alves, veio para assistir de forma privilegiada à Copa, com direito a jogar uma partida, inclusive como capitão, em que todos os reservas atuaram como titulares, perdendo para Camarões.

Não me venham dizer que além do Arana, machucado, o Brasil não tem laterais que poderiam estar servindo a seleção nesta Copa. Melhores que Militão, zagueiro improvisado, temos sim. E a Croácia jogou bastante sua força ofensiva pelo lado dele, que além de não conseguir apoiar o ataque, chegou morto de cansaço para a prorrogação.

A maioria da imprensa (eu, inclusive) e torcedores achava que seria fácil, ou menos difícil, passar pela Croácia. Tite com mais craques à disposição, time menos cansado que os croatas, que comeram o pão que o diabo amassou contra o Japão, física e emocionalmente, para conseguir chegar às quartas-de-final nas penalidades.

Pois eles montaram um ótimo esquema defensivo, ocupando bem o campo, partindo para o ataque só na boa, sem dar espaços para os brasileiros mostrarem talento individual e sem permitir contra ataques, além de terem um ótimo goleiro.

Quando atacavam iam com muito perigo e o Brasil tinha que recuar todo para se defender.

Veio a prorrogação e o quadro não se alterava, até que, já no tempo extra, de um minuto, o craque fez diferença. Neymar conseguiu se deslocar para receber, dentro a área, driblou dois e deu a impressão que acabaria com a esperança croata de levar a decisão para os pênaltis.

Novo enorme engano. Uma só jogada genial de um craque às vezes é pouco para batalhas tão complicadas e erros estratégicos na montagem do time, como os cometidos por Tite

Comandados pelo experiente e frio Modric, 37 anos de idade, os croatas não se abalaram, continuaram tocando a bola e chegaram ao empate. Nos pênaltis, voltaram a mostrar mais frieza e absoluta competência, contando com os erros de Rodrygo e Marquinhos em suas cobranças.

Agora, Tite e cia., arrumam as malas e voltam para casa. Que Daniel Alves toque pandeiro para a delegação para animar o amargo retorno ao Brasil.

Croatas mostraram frieza e determinação impressionantes e seguem com todos os méritos na Copa

Nos pênaltis foram mais eficientes ainda

Méritos para os atuais vice-campeões do mundo


Ricardinho das embaixadinhas está no Catar para quebrar seu próprio recorde: 48 horas sem deixar a bola cair

Ricardinho veio com a esposa Luciane e o filho Pedro. Vai bater o próprio recorde aqui: 48 horas sem deixar a bola cair e depois entregar a bola para o Emir do Catar

Me encontrei com ele e família no metrô de Doha.


Casagrande encara atuais e ex-jogadores em defesa de suas opiniões

No intervalo da goleada do Brasil sobre a Coreia do Sul, no estádio 974, eu, entre Cosme Rímoli, do R7, blogueiro de esportes mais acessado do Brasil e o Casagrande, agora comentarista do Uol

***

O ex-atacante está de bem a vida por aqui e nem aí para a contestação que vem sofrendo de jogadores, ex-jogadores e parte da imprensa por causa de suas cobranças e posições políticas.

No portal Metrópoles, os detalhes desse bate-boca:

* “Casagrande detona Tiago Leifert e responde ex-jogadores: “Covardes””

O ex-jogador e colunista criticou nomes como o ex-goleiro Marcos e ex-jogadores Kaká, Rivaldo, Ronaldo e Roberto Carlos

Um dia depois de Vampeta, campeão do mundo com a seleção brasileira em 2002, ter revelado que o elenco vencedor daquela Copa do Mundo ficou insatisfeito com os comentários de Walter Casagrande, que os acusou de distanciamento do torcedor, o ex-atacante e comentarista respondeu em sua coluna no UOL os chamando de “covardes”.  (mais…)


O cerco ao cigarro e aos fumantes também é grande por aqui

Nos estádios do Catar, espaço para fumantes

O cerco aqui também é pesado contra o fumo


Numa ilha artificial no Catar, uma lagoa que faz lembrar a mais central de Sete Lagoas

Na ilha artificial The Pearl, construída no mar onde havia a maior exploração de pérolas no Catar, uma lagoa de água salgada que faz lembrar a Lagoa Paulino, de Sete Lagoas

A principal diferença é que há arranha céus em um dos lados


Sistema defensivo de Marrocos beirou a perfeição. À Espanha faltou um jogador de talento especial

O Marrocos fez história ao eliminar uma das favoritas ao título e com todos os méritos. Soube se defender, atacou só na boa, sem riscos e foi brilhante nos pênaltis. Para furar retrancas, só mesmo numa falha individual ou coletiva, ou então, quando se tem um jogador especial, ou um craque, que num único lance põe algum companheiro na cara do gol ou faz o gol. Ainda que seja um batedor de faltas, mas quando a retranca não tem falhas, time comum não consegue fazer gols. É o caso da Espanha.

Ganhou de 7 a 0 da Costa Rica porque os costariquenhos acharam que poderiam vencer o jogo e foram para o ataque.

O goleiro marroquino Bounou nasceu no Canadá, mas de pais do Marrocos. Pegou dois pênaltis e joga na Espanha desde 2012. Jogou no Atlético de Madrid, Zaragoza e Girona, atualmente pertence ao Sevilla, onde está desde 2019. Tem 31 anos de idade.

Na Espanha, o técnico Luiz Henrique pôs em campo o Pablo Sarabia, no finalzinho, só para que ele bater pênalti, “especialista” que é. Foi o primeiro a errar.

Torço muito para uma seleção africana ser campeã do mundo algum dia. Mas, não acredito que este time do Marrocos passe das quartas. Tem muita raça e é aplicado taticamente, mas não resiste a um adversário de um nível melhor duas ou três vezes consecutiva. Deve se despedir nas quartas de final. Mas já entrou para a história.

É o futebol. Vida que segue!

Na tribuna de imprensa, um jornalista peruano veste camisa de protesto contra o VAR. Lá também tem muita gente incomodada com essa invenção.