Blog do Chico Maia

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Melhor explicação até agora para a falta de gols do Atlético, mostra claramente um bloco do “eu sozinho”

Aquele futebol solidário que o Galo exibiu ano passado não tem sido mostrado este ano e as consequências estão na péssima posição do time na tabela do Brasileiro, além das eliminações na Copa do Brasil e Libertadores. Futebol é esporte coletivo e é preciso haver cumplicidade entre os companheiros de equipe, principalmente dentro de campo.

O atleticano Rômulo Righi Aquino me enviou este vídeo do Thomaz Freitas, que pode ser visto na íntegra, no @corneta.gourmet do Tik-Tok. Ex-jogador de futebol, especializado em estatísticas, avaliou em detalhes, oportunidades incríveis desperdiçadas pelo time do Galo, por falta de sintonia entre os jogadores quando chegam perto da área. Ao invés de dar o passe para um companheiro em melhores condições de marcar, prefere arriscar, mesmo sabendo que a distância é enorme ou que há adversários demais na frente.

Em resumo, o maior problema do Galo é este desacordo entre colegas, que o Cuca não está conseguindo resolver. Vale a pena conferir a análise do Thomaz:

https://www.tiktok.com/@corneta.gourmet/video/7137783722618801414?is_copy_url=1&is_from_webapp=v1


Mais um Cruzeiro x Vasco para a história; “teorias conspiratórias” no Galo e a ascensão do América

Que mudança a do Cruzeiro em relação a 2021. No dia 21 de junho do ano passado o Superesportes publicou esta foto e a seguinte legenda: “Em 1998, Cruzeiro e Vasco se enfrentaram nas oitavas de final da Copa Libertadores – Clubes tradicionais que já decidiram o título do Campeonato Brasileiro e classificações na Copa do Brasil e na Libertadores, Cruzeiro e Vasco se reencontram para o 100º duelo na história. Porém, a realidade da partida de marca expressiva é outra. Longe dos holofotes dos grandes confrontos, as equipes se enfrentam pela sexta rodada da Série B, nesta quinta-feira, às 20h, no Mineirão. A Raposa tenta deixar a zona de rebaixamento da competição, enquanto o cruz-maltino luta para chegar ao G4.”

O clássico contra o Vasco, quarta-feira, e outros temas muito bem abordados, como sempre, pelo Fernando Rocha, na coluna dele no Diário do Aço, de Ipatinga:

* “Foco de decisão”

Depois de vencer o CRB, em Maceió, por 2 a 0 na noite do último sábado, todas as atenções do Cruzeiro se voltam agora  para o Vasco, quarta-feira,  no Mineirão, que pode confirmar matematicamente o acesso do time celeste à Série A.

O Cruzeiro é o líder absoluto da Série B com 65 pontos,  20  de vantagem sobre o 5º, Londrina,  primeiro time fora do G-4.

Além da situação muito favorável, o torcedor celeste tem outros motivos para lotar o Mineirão, sobretudo pela rivalidade histórica com os cruzmaltinos, cuja camisa também é pesada e não deveria estar disputando a segunda divisão do futebol brasileiro.

Por conta disso e não poderia ser diferente, o técnico da Raposa, Paulo Pezzolano, disse após a excelente atuação de todo o time na vitória, em Maceió, que vai encarar este jogo contra o Vasco da Gama como se fosse uma final ou decisão de título.

A torcida mais uma vez se fará presente lotando o Mineirão, que deve receber cerca de 60 mil pagantes, para outra grande festa, talvez agora celebrando a classificação matemática do time para voltar à elite nacional no próximo ano.

Outro vexame

Mesmo contra o Avaí, um dos piores times do Brasileirão, o Atlético foi derrotado, 1 x 0, no último sábado, deixando sua torcida frustrada, pessimista e ainda mais revoltada com o time, que disperso, desorganizado,  um amontoado em campo, limitou-se a movimentos aleatórios sem sinalizar qualquer evolução.

Se com o técnico anterior, Turco Mohamed, já estava ruim, desde a chegada de Cuca piorou mais ainda. Foram 10 jogos desde a sua chegada, apenas 2 vitórias, 4  empates, 4 derrotas, 33.3% aproveitamento, 9 gols marcados, 12 sofridos, eliminado da Libertadores, foi de 4° para 7° colocado no Brasileirão e não demonstra nada de positivo a cada partida.

Após a derrota na capital catarinense, o técnico Cuca disse que vai “mexer o doce” e prometeu  mudar estes números negativos, mas com razão o torcedor alvinegro já não acredita mais  numa reação do time, que parece desanimado e descompromissado com os resultados.   .

E o que não tem faltado para o treinador e os jogadores é tempo para treinar, pois o Galo só volta a jogar no próximo dia 28, contra o líder , Palmeiras, no Mineirão.

FIM DE PAPO

  • O diretor de futebol, Rodrigo Caetano, também falou na entrevista coletiva após a derrota para o Avaí. Disse que não tem faltado empenho e luta dos jogadores em campo, mas passa a impressão de que está mais perdido do cachorro quando cai de mudança. A situação do Galo visando conquistar ao menos uma vaga na fase de grupos da Libertadores,  vai se complicando a cada mau resultado. Embora se mantenha em 7º lugar com 40 pontos, agora vê o América, em 8º,  fungando no seu cangote com 39 pontos, além do Goiás que está em 9º, 37 pontos.
  • Sobre o América, que derrotou o time reserva do Corínthians, 1 x 0, no Independência, nem o mais otimista dos americanos poderia imaginar essa  campanha tão positiva do time, que não só  vence mas joga um futebol que dá gosto de  ver. Sem nenhuma dúvida, ao lado do Fluminense, joga o melhor futebol deste Brasileirão e não à tôa ostenta a melhor campanha do returno entre todos os participantes. Nos últimos 8 jogos obteve 5 vitórias, 3 empates com 10 gols marcados e apenas 3 sofridos.
  • Entre as várias teorias de conspiração supostas pela torcida do Galo, nas redes sociais, para explicar a atual situação pífia do time na mais importante competição nacional, a que mais possui adeptos fala de um possível  racha entre o técnico Cuca e jogadores do elenco, sobretudo os estrangeiros. Desde a sua chegada, Vargas foi escanteado, Alonso e Nacho Fernandez foram parar no banco de reservas, Zaracho sempre no Departamento Médico e Pavón sumiu de vez. Cuca também  escala mal a equipe titular, insistindo com jogadores que atravessam uma recorrente má fase, como Jair, Keno, Nathan Silva, Guga, Alan, Sasha e Ademir.  O ataque é lento, sem a tal da “contundência” e o meio de campo fraco na marcação.
  • Quando se fala no clássico Cruzeiro x Vasco da Gama, não há como deixar de lembrar o confronto entre eles, no Maracanã,  que decidiu o Campeonato Brasileiro de 1974, ganho pelo time carioca, com uma vitória de 2 x 1, ajudado pelo  árbitro Armando Marques, já falecido, que anulou um gol legítimo de Zé Carlos nos instantes finais, o  que daria o título à Raposa. Os tempos agora são outros para os dois “gigantes”, que lutam para voltar ao protagonismo no futebol nacional. Vale lembrar o time do Cruzeiro que jogou aquela decisão, diante de 112.923 vascaínos presentes no Maracanã: Vítor; Nelinho, Perfumo, Darci Meneses e Vanderlei; Piazza, Zé Carlos e Dirceu Lopes; Roberto Batata, Palhinha e Eduardo. Técnico: Hílton Chaves. O Vasco conquistou a taça de campeão com Andrada; Fidélis, Miguel, Moisés e Alfinete; Alcir, Zanata e Ademir; Jorginho Carvoeiro (autor do gol do título), Roberto Dinamite e Luiz Carlos. Técnico: Mário Travaglini. (Fecha o pano!)
  • Por Fernando Rocha – Diário do Aço – Ipatinga

Vitória sobre o Corinthians deixa o  América com a melhor campanha no returno do Brasileiro

Fotos: Mourão Panda/América

Antes de o campeonato começar, nem o mais otimista dos americanos imaginaria que o time fizesse campanha tão positiva, vencendo e jogando futebol bonito de se vencer. Foi assim contra o Corinthians, no Independência, primeiro gol do capitão Juninho no ano. Eleito pela torcida, nas redes sociais do América, como o destaque do jogo.

Vitória devidamente comemorada e com números animadores:

América FC:

A comemoração da equipe que é líder do segundo do @Brasileirao!

8 jogos

5V

3E

0D

75% de aproveitamento

10 gols feitos

3 gols sofridos

@Footstats

#DestaqueDaPartida!

  • Juninho 70,7%
  • Alê 10,4%
  • Benitez 15,4%
  • Ricardo Silva 3,5%

@Avacoelhada

@Footstats

America-MG é o líder do segundo turno do Brasileirão 2022:

8 jogos

5V

3E

0D

75% de aproveitamento

10 gols feitos

3 gols sofridos

Invicto e melhor defesa

Pulou de 15° para 8°

De olho na Libertadores!

Mais um trabalho brilhante do Wagner Mancini no Coelho


Do correspondente do SBT, direto de Londres: “Pra não dizer que eu só falo da Rainha, e o Galo heim… Nossa Senhora”

Foto: Douglas Magno

Foi o Sérgio Utsch, com toda a razão, via twitter @utsch, manifestando o seu espanto com mais uma atuação ridícula do Atlético, que conseguiu perder para um dos piores times do campeonato.

No post anterior, falei o que penso estar acontecendo e possíveis caminhos para salvar o ano que vem, já que 2022 já era.

Outros comentários, observações e informações, entre jornalistas e torcedores conscientes, que valem destaque:

@pedrorfranco

Galo dando sono

 

@StefanoVB

O elenco do Galo vai ter que passar por uma renovação ampla, esse time não vai voltar a jogar.

 

@delegadoandre

Um lance que o árbitro deu a vantagem, o bandeira marca impedimento, uma falta que não foi… falta cobrada, vira pênalti após a atuação da lupa caça pênaltis do VAR… No final o Cuca vai falar que o psicológico do time está abalado… acaba logo, 2022.

 

@BrennoBeretta

Não tem mais desculpa pra esse elenco do #Atlético não estar jogando nada! Cuca e Rodrigo Caetano precisam fazer alguma coisa diferente… nem que seja pra colocar jogadores mais novos e deixar de lado alguns experientes que não querem mais. Chega de amadorismo! #Brasileirao

 

@BrenoGalante

Vale destacar a fala de Cuca após a entrevista de Rodrigo Caetano. O treinador demonstrou todo seu descontentamento com o momento da equipe e afirmou que não vai ficar com esses números ruins que o Galo tem hoje, e vai mudar as coisas “custe o que custar”.

Após derrota, torcida do @Atletico presente no estádio da Ressacada, vaiou o time, e não poupou nenhum jogador.

@CrisGalo

Por menos pediram a cabeça de vários, só pq é o Cuca (maior treinador da história do Galo,ok.). PONTO! Ele acertou qdo saiu ano passado dizendo q os caras não iam entregar mais, então… briGalo Cuca, adeus! Diretoria @Atletico, deixem de ser românticos!

@SofaScoreBR

Atlético-MG desde o retorno do Cuca:

10 jogos

2 vitórias

4 empates

4 derrotas

33.3% aproveitamento

9 gols marcados

12 gols sofridos

Eliminado da Libertadores

Foi de 4° para 7° colocado no Brasileirão.

 

@hevertonfutebol

Atlético contra um dos piores do brasileirão foi um amontoado em campo. Galo demonstra um festival de movimentos aleatórios. Ñ sinaliza evolução. há absolutamente nada de positivo. Time perdeu completamente a capacidade de jogar e reagir. Com Turco estava ruim, com Cuca piorou.

 

Paulo F, nos comentários do blog:

Tem um racha entre Cuca e jogadores, não tem outra explicação pra ma vontade de ambos, jogadores não se movimentam e demoram uma eternidade pra resolver o que fazer com a bola. Cuca escala jogadores que simplesmente não tem condição de serem titulares atualmente, como Jair, Nathan Silva, Sasha e Vargas. Ataque sem velocidade e meio sem marcação ou criação. Não ta funcionando e ele insiste nas mesmas coisas. Podia jogar 300 minutos que não ia sair gol.


Muita coisa valendo neste Galo x Avaí: vaga na Libertadores pra um; permanência na Série A pra outro; credibilidade do Cuca, credibilidade do Lisca

Hoje, às 16h30, um dos jogos mais importantes do ano para o Atlético, que começou a temporada como candidato a todos os títulos e corre o risco de ostentar só o Mineiro. Vaga na Libertadores 2023 já será motivo de muita comemoração. Fica fora, seria um absurdo, mas o futebol é traiçoeiro quando se comete erros difíceis de se consertar.

Na busca por culpados “estratégicos”, o maior deles é o próprio técnico Cuca, comprovadamente competente para treinar, montar e escalar times, mas instável emocionalmente. A mania que quer sair “por cima”, depois de conquistas, liquidou com os planos e sonhos do Galo em 2022. Não tivesse chutado o balde no fim do ano passado, Cuca teria dado sequência ao trabalho bem feito em 2021 e neste momento a história poderia estar sendo outra.

Por outro lado, a diretoria apostou num técnico que estava “aposentado”, que não conhecia e ainda não conhece o futebol brasileiro e deu no que deu. Apostou no retorno do Cuca, que chegou como salvador da pátria, mas todos sabemos também que ele leva tempo para arrumar os times que dirige. Voltou, encontrou quase o mesmo grupo, mas o ambiente era outro, com divisões internas pelos mais variados motivos. E corrigir isso também leva muito tempo. O Atlético patina no Campeonato e precisa pensar já na próxima temporada, para perdê-la de novo, como perdeu este ano.

E aí? Apostar no Cuca de novo? Ele topa pra valer? Ou vai deixar o clube na mão novamente, por alguma motivo “familiar”, “pessoal”, “lugar do Tite”, “proposta irrecusável”, ou etecetera e tal?

Difícil, mas a diretoria está lá para mostrar competência e resolver. É com ela.

O Avaí luta contra o rebaixamento. Contratou Lisca, que está fazendo tudo para voltar a ser mais conhecido como “Doido”, ou “Mala”, “Chato” e por aí vai. Também, reconhecidamente como muito bom treinador, sabe montar e dirigir seus times, mas instável fora de campo, fala demais, comete absurdos como fez com o Sport Recife. Não por aceitar a proposta do Santos, mas por mentir sobre os motivos da sua saída poucos dias depois de chegar a Recife, naquele circo todo que ele aprontou. O futebol “comercial” como atualmente é, não está aceitando mais este tipo de comportamento.

Certamente teremos um belo jogo esta tarde na belíssima Florianópolis. Dois treinadores em suas respectivas provas de fogo, precisando ganhar. Vão para cima um do outro.


Dia de lembrar um padrinho querido e lamentar a sua partida: um ano sem o Flávio Anselmo

Ainda bem que o irmão dele, o também querido amigo Fábio Pacelli Anselmo, me enviou direto de Brasília, onde mora, essa foto/lembrança do Flávio. Não podia passar batido.

Como o tempo passa depressa. Um ano atrás chorávamos a morte dele.

Antes de ter o privilégio de tê-lo como companheiro de trabalho e chefe, na Rádio Capital, ainda criança, o conheci na redação da Rádio Guarani, no prédio do Palácio do Rádio, onde ficavam também as TVs Itacolomi e Alterosa, na Avenida Assis Chateubriand.

Anos depois, quando o Gil Costa me trouxe da Rádio Cultura de Sete Lagoas, para a Rádio Capital, que iniciava as atividades em Minas, o Flávio foi quem me “adotou”, passando pra mim todas as dicas profissionais e pessoais para que eu me desse bem na capital do estado. A patroa dele, D. Neuza, os filhos, Alexandre e Flavinho, me abraçaram como da família, e tempos depois veio a Juliana, a caçula deles, que continua linda e maravilhosa como naqueles tempos de criancinha que era.

Ao Flávio e família, a minha eterna gratidão.

Saudade e grandes lembranças dessa figura extraordinária, que era o Flávio Anselmo e também destes queridos companheiros dos tempos do Minas Esporte, na Band, nos anos 1990.

Observem os cinzeiros na bancada do programa, que era ao vivo, das 12 às 14 horas, para toda Minas Gerais. Imaginem, hoje, como isso seria recebido pelo telespectador e pelas autoridades sanitárias, hehehe.

Da esquerda para a direita, eu, Ramon Salgado, o entrevistado do dia, também saudoso Carlos Alberto Silva (na época técnico do Cruzeiro), Flávio Anselmo e Flávio Carvalho.


A reabertura da Toca da Raposa para a imprensa e as ideias de Pezzolano para 2023

Fotos: @ggaleixo/Cruzeiro

Muita comemoração de boa parte da imprensa com a permissão para que jornalistas voltem a assistir treinos e participar de entrevistas coletivas presencialmente no local de treinos do Cruzeiro, esta semana.

Mas o técnico Paulo Pezzolano deixou bem claro: “Se me falassem que virão todos os dias, vou falar que não. Seria difícil trabalhar…”

Ou seja: com limites, ou: sabendo usar, não vai faltar!

Até meados dos anos 1990 a liberação era geral, em todos os clubes do país, um exagero. Com a criação e fortalecimento das assessorias de imprensa, limites foram estabelecidos e os clubes passaram a controlar o que seria informado ao ouvinte, leitor telespectador.

Com a Copa de 2014 as federações, CBF e na sequência também os clubes começaram a adotar o “padrão FIFA”, de muitos limites a acessos a treinos, vestiários e estádios. Gramado em dias de jogos, nem pensar. Com a Covid, aproveitaram e restringiram 100%. Exagero também, que permanece até agora, no quase pós-Covid.

O ideal é o meio-termo, nem tanto ao mar, nem tanto à terra, possivelmente na forma sugerida pelo técnico do Cruzeiro, que concluiu sobre o assunto nessa mesma entrevista coletiva da semana:

_Acho muito legal ter vocês por perto porque o torcedor gosta de ver o treino, de se informar, eles gostam disso…

Muito boas também as ponderações do Pezzolano sobre a montagem do time para 2023, quando o Cruzeiro estará de volta à Série A. Sem desprezar o atual grupo, porém, reconhecendo as limitações e a necessidade de qualificar mais o elenco. E com muito cuidado nas palavras, em estilo bem mineiro, para segurar a língua pesada do quente sangue uruguaio:

_Vou dar oportunidades para todos, temos que vê-los. Há jogadores que não fazem muita diferença nos treinos, mas são diferentes nos jogos. Assim como há jogadores que são diferentes no treino e não fazem a diferença nos jogos. O clube tem que ver todos os jogadores que temos. Uns vão ter mais minutos, outros menos, mas vão chegar oportunidades para todos. Se está preparado, vai ter oportunidade. Estamos jogando coisas muito importantes. Eles estão tentando ganhar a titularidade para o jogo seguinte e para ficar no ano que vem.

 

Sábado tem o CRB, 20h30, em Maceió. Mesmo se garantir a classificação antecipada, o comandante cruzeirense quer o título e tem ótimos argumentos para isso:

_Ganhando, tem a credibilidade de estar em primeiro. Vamos subir e temos que sair como campeões. Se não sou campeão, eu trato como um fracasso. Tudo o que fizemos até aqui foi muito bom e faltam nove jogos. Se não ganharmos o campeonato, é um fracasso para mim.


Em casa, contra o Corinthians,  América defende invencibilidade de 8 jogos, a caminho de outra Libertadores

Marcus Salum sempre marca presença no CT Lanna Drumond para incentivar os jogadores

Domingo, 18 horas, no Independência provavelmente cheio e muita motivação. O Coelho repete a bela sequência do Brasileiro do ano passado, quando conseguiu ficar com vaga na Libertadores, além de acabar com a sina de ser rebaixado no ano seguinte ao acesso. Com 36 pontos, oitavo lugar, terá a oportunidade de fincar o pé na briga pelas primeiras posições, chegar mais perto dos 45 pontos, ficar livre do risco de rebaixamento e mostrar ao país que temos um novo América.

O Corinthians está na 5ª posição, com 44 pontos. Não repete no returno a mesma boa campanha do primeiro, já que em cinco partidas tem apenas uma vitória, dois empates e duas derrotas.

Jogo que a diretoria deveria usar para fazer promoções de incentivo à presença de mais torcedores e conquistar novos adeptos. Mas pelo que tenho visto, lido e ouvido, nada disso está nos planos.


O estádio do Galo vai muito bem, agora é garantir vaga na Libertadores e arrumar o time para 2023

A cada dia novas imagens da fase de conclusão do estádio do Atlético no Bairro Califórnia. Falta o time engrenar e garantir vaga na principal disputa do continente. Já pensou? Inaugurando a casa própria fora da Libertadores? E é preciso também definir a situação do treinador para o ano que vem. Cuca fica? Mas fica mesmo? Seja quem for o técnico, já precisa começar pensar no elenco futuro e resolver os problemas que fizeram o time cair de produção este ano. Afinal, a diferença salarial entre os jogadores é que estragou o ambiente? Mistérios, que só a cúpula atleticana tem como desvendar e tem poderes para resolver. Diretoria e comissão técnica. Por isso é que é fundamental definir logo quem será o treinador de 2023.

Ontem uma Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS), sediada na Alemanha, soltou mais um ranking dizendo que o Atlético está na oitava posição, e que em fevereiro era o primeiro, na lista dos melhores times do mundo.

Tem gente que gosta e dá importância para este e outros tipos de “ranking”. Sempre considerei “bobagens ao vento”, apenas para render “clicks” e gerar assunto em botecos.


Aproveitamento das categorias de base: Palmeiras e Flamengo aprenderam; Atlético e Cruzeiro pararam no tempo. América colhe o que planta

Vinícius Júnior vendido ao Real Madrid por 45 milhões de euros ou R$ 150,3 milhões na época, 2017 – Foto: @Flamengo

O assunto está na moda novamente porque Flamengo e Palmeiras além de serem campeões em arrecadação (TV, direitos de comercialização e publicidade), têm times muito caros, ótimas peças de reposição, feitas na base, e constantemente fazem bons negócios graças à revelação de grandes jogadores. Até algum tempo atrás não era assim, já que viviam adquirindo velhas estrelas, sem mercado e de rendimento duvidoso. Com gestões sérias, mudaram isso. O Flamengo com o Eduardo Bandeira – a partir de janeiro de 2013/Rodolfo Landim2018; o Palmeiras com os dois antecessores de Leila Pereira (Paulo Nobre 2013/Maurício Galiotte2016). Leila, de maior parceira comercial, com a Crefisa, acabou se tornando presidente e mantém a mesma toada.

Seguiram o exemplo do Santos, que, por não ter nenhum endinheirado para bancá-lo em meados dos anos 1980, foi obrigado a apostar tudo nas categorias de base e vem se mantendo bem até hoje, revelando e vendendo jogadores.

Esta fórmula de apostar tudo na “prata da casa” e em jovens promessas de clubes de menor poder financeiro, era praticada em Minas por Atlético e Cruzeiro, até os anos 1990, quando tudo mudou.

O América sempre trabalhou com a base, revelou grandes jogadores, mas nunca conseguiu segurar, ao mesmo tempo, revelações suficientes para montar um grande time. Sempre tinha que vender o primeiro craque que surgia, para se sustentar.

A história conta que, em Minas, este trabalho de sucesso começou com Felício Brandi, no Cruzeiro, com aquela máquina que detonou o Santos de Pelé em 1965. Time formado por maioria de garotos do juvenil (hoje júnior), alguns buscados em clubes do interior de Minas e Belo Horizonte, e alguns indicados a dedo por quem conhecia ou que vieram de “contrapeso” em negociações com clubes de outros estados. Dessa “engenharia” surgiu este time:

Neco, Pedro Paulo, William, Procópio, Piazza e Raul; Natal, Tostão, Evaldo, Dirceu Lopes e Hilton Oliveira.

 

Na sequência sugiram novos, entre “prata da casa” e “oportunidades” de mercado, do interior de Minas e outros clubes do Brasil, o que possibilitou a formação de times como este, também inesquecível:

Darci Menezes, (Democrata de Valadares), Piazza, Morais (Democrata de Sete Lagoas), Nelinho (Clube do Remo/PA), Vanderlei e Raul; Eduardo Rabo de Vaca (Juvenil), Zé Carlos, Palhinha (Juvenil), Jairzinho (o “Furacão 70”) e Joãozinho (Juvenil).

Neste sentido, o melhor exemplo do Atlético é o grande time vice-campeão brasileiro invicto de 1977. Em meados dos anos 1970, quebrado, não restava ao Galo outra opção que não fosse apostar na sua base, inclusive treinador. Teve que dar oportunidade ao técnico Barbatana, do juvenil, que além de bom treinador, conhecia todos os garotos tanto do juvenil quanto do “infanto” e dentes de leite. Montou essa máquina de jogar bola:

João Leite, Toninho Cerezo, Vantuir, Márcio, Alves e Valdemir; Marinho, Ângelo, Reinaldo, Paulo Isidoro e Ziza.

Na sequência, este:

João Leite, Nelinho, Osmar, Luizinho, Toninho Cerezo e Jorge Valença; Catatau, Heleno, Reinaldo, Renato Dramático e Éder.

Semanas atrás, Fernando Rocha escreveu na coluna dele, no Diário do Aço, de Ipatinga, duas notas, que resumem a situação atual do mau aproveitamento e trabalho ruim em nossas categorias de base:

“Muitos atleticanos queriam uma chance para o jovem volante Neto, 19 anos, jóia da base, para substituir o suspenso Allan, mas Cuca optou pela improvisação do veterano Rever, que teve ótima atuação. Segundo informação do clube, Neto não foi relacionado para a partida em Goiânia, como punição  por ter cometido ato de indisciplina. Não sei detalhes do que teria acontecido com ele, também não apoio indisciplina, mas é preciso ressaltar que o Atlético aproveita muito mal e não tem uma política de valorização dos atletas revelados na sua base.

  • Neto está há mais de três anos só treinando. Qual é a motivação que este jogador teria para seguir sonhando em ser titular e ter sucesso na carreira? Rubens é uma exceção e só teve chance de se firmar como opção de banco devido a fatores excepcionais, tais como a contusão de Dodô, coincidindo com a ida de Arana para a Seleção Brasileira. (Fecha o pano!).