Blog do Chico Maia

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Seleção que perde quatro pênaltis tem mais é que sair fora mesmo!

A pressão brasileira aumentou no segundo tempo, mas a firmeza da defesa paraguaia se manteve.

Apesar do intenso bombardeio os ataques eram como o sol de La Plata neste domingo: não esquentava. A torcida paraguaia não estava tão maior que a brasileira como em Córdoba; e quando Mano Menezes trocou Neymar por Fred, os gritos de “burro… burro…! retumbaram.

Nos primeiros minutos da prorrogação o atacante Valdez acenou para a torcida pedindo mais apoio e foi atendido. Serviu também para injetar mais gás no fôlego de todos em campo e acirrar os ânimos, terminando com as expulsões de Lucas Leiva e Alcaraz. O argentino Sérgio Pezzota mandou um de cada lado pro chuveiro e ficar bem com todo mundo. E deverá apitar a final, já que a Argentina está fora da disputa.

* Nelinho foi o maior batedor de pênaltis que já vi. Ele conta que a pressão é tão grande, que quando partia para a cobrança, parecia que cada perna pesava 100 quilos. Mas, uma seleção brasileira errar quatro penalidades numa decisão de quartas de final, é demais. Inacreditável!

E jogadores experientes, como Elano, Thiago Silva, André Santos e Fred.

E o Júlio César, famoso nessas defesas, perdeu a chance de se redimir.

* A imprensa do mundo inteiro enviou representantes para a cobertura da Copa América, e a pergunta que mais ouvimos é: o que está acontecendo com as maiores potências do futebol Sul-Americano?

Argentina eliminada nas quartas de final dentro de casa, e o Brasil jogando mal e também eliminado!?

Cada um responde uma coisa. Para mim, faltam craques que resolvam em lances de genialidade, como em outros tempos.

* Apesar da amargura, a eliminação da Argentina não gerou nenhum ato de vandalismo em Buenos Aires. Parecia que a torcida não confiava mesmo na seleção comandada pelo Sérgio Batista, que sofre bombardeio pesado da maior parte da mídia, que quer a sua substituição.

Messi foi o único poupado pela crítica, e Tevez, que era o mais querido pela torcida, tornou-se o segundo maior vilão, atrás apenas do treinador. 

* Até na imprensa argentina o principal assunto ontem foi a raça uruguaia. Do princípio ao fim o time de Oscar Tabarez não se desligou em nenhum momento e foi perfeito na cobrança de penalidades. Também o goleiro Muslera ganhou enorme destaque, principalmente por ter nascido em Buenos Aires, fato até então ignorado pelos portenhos. Porém, filho de uruguaios, foi ainda criança para Montevideo, onde começou a carreira no Wanders.


Uma grande pelada, de luxo!

O Brasil começou com dois jogadores que atuam no país: Ganso e Neymar; os paraguaios tinham apenas o volante Victor Cáceres, do Libertad. Todos os demais em campo atuam na Europa e Argentina, o primeiro mundo do futebol, à exceção de Dario Verón (Pumas, do México) e Vera (Liga de Quito).

BRAPAR

Fizeram do primeiro tempo uma pelada de luxo, na base do gato atrás do rato, e o placar em branco. O Paraguai não deu um chute sequer ao gol do Júlio César, quando a previsão era que fosse tentar isso desde o início, depois do péssimo jogo do goleiro brasileiro contra o Equador.

Pelo lado verde e amarelo, direto mesmo, apenas um chute, do Lúcio, bem defendido pelo Villar.

TRIBUNA

Nosso local de trabalho no Estádio Único, em La Plata

CAROLA

A cartolagem do futebol e os políticos têm sempre áreas vips nos estádios da Copa América, como esta no jogo de ontem em La Plata.

Em muitos casos o jogo está em andamento e os dirigentes nem tomam conhecimento; mais preocupados em comer e bater papo.


Que sufoco, porém, com méritos uruguaios!

Obrigado aos amigos que estão sempre enviando seus comentários e que me ajudam a produzir o blog.

Infelizmente não dá para responder a todos, todos os dias, mas sempre que dá respondo a questões que não são respondidas por posts seguintes.

Agradeço de forma especial ao Dr. André Pelli, de Curvelo, que recomendou o restaurante Siga la Vaca, no Puerto Madero; bom demais, e manifesto o meu lamento por não ter passado ontem em Curvelo e estar hoje em Diamantina, com a turma da BatCaverna, na grande festa anual “Golasso”, só da turma.

Ao Magno que perguntou o valor de uma Coca-Cola aqui: custa 4 pesos, mais ou menos, 1,5 real.

Ao Rodrigo Pinheiro, que falou da tragédia em Conceição do Mato Dentro: confesso que só fiquei sabendo por seu intérmédio que houve este lamentável episódio lá. Liguei lá pro amigo Renilson Guimarães, que contou detalhes. Realmente uma tragédia, envolvendo um sujeito correto, gente boa, família querida por todos, mas, lamentavelmente atacado por um surto depressivo drástico. É a vida! Cuidemos das nossas cabeças!

Acabei de assistir o jogão entre Argentina e Uruguai pelas quartas de final.

BARDENTROFORA

A sensação é muito estranha.

Não torci contra a Argentina e nem a favor do Uruguai, e estou triste com a derrota dos “hermanos”, porém feliz com o sucesso dos uruguaios.

Momentos antes de entrar no bar onde escrevi, fiz estas fotos de argentinos assistindo ao jogo, dentro e fora dos bares, no Centro de Buenos Aires.

BARFORA

Se a Capital argentina estava fria, também em relação à Copa América, imagine a partir de agora!


É sempre bom e importante duvidar

Muito em moda na Guerra Fria as teses conspiratórias continuam existindo com muita intensidade no futebol. Mas, podem ser verdadeiras, “ou não”, como diria o Caetano. Os uruguaios estavam irritados com a escalação do paraguaio Carlos Amarilla, para o seu jogo contra a Argentina, pelas quartas de final da Copa América. Diziam tratar-se de armação para que o argentino Sérgio Pezzota beneficie o Paraguai contra o Brasil, para que argentinos e paraguaios tenham seu caminho facilitado para decidirem a competição.

Motivos

Claro, que lembrando sempre que o presidente da Conmebol é o paraguaio Nicolaz Leoz. O horário de envio da coluna não permitiu que eu esperasse o resultado do “Clássico do Rio da Prata”, mas hoje tem Brasil x Paraguai, e vale a frase do candidato a filósofo de botequim Adilson Batista, celebrado por muitos em Minas Gerais: “vamos aguardar!”.

Nunca duvido de nada no futebol.

Walter Clark

Leitor que sou do livro de memórias do saudoso Walter Clark, o criador do “padrão Global de qualidade”, acredito em sua famosa frase: “se pensam que não se compra mais árbitros no futebol, os senhores estão redondamente enganados”.

Escreveu isso no início dos anos 1980, depois da sua experiência como vice-presidente do Márcio Braga, no Flamengo.

Dom Corleones

Com minha bagagem no jornalismo com foco no futebol, 7 Copas do Mundo, tantas Copas América, brasileiros, mineiros e amadores regionais, não tenho o menor receio em afirmar que as armações continuam existindo. No apito, menos, e difíceis de se provar, porque as famílias mafiosas se unem no esporte e na vida comum do dia a dia para se protegerem. Fóruns privilegiados são cada vez mais comuns nos países e cortes internacionais.

Quase intocáveis

Escuta telefônica, por exemplo, só vale como prova com autorização judicial. E, como é difícil de se conseguir autorizações como essas! Sem falar que, no Brasil, o mundo do esporte multiplica a cada eleição a quantidade de políticos imunes a processos judiciais. Deputados, Senadores, Ministros e a família que cresce, que se une e se protege.

Como ladrão e corrupto nunca passa recibo, vamos que vamos, pois a vida segue, e bola que rola!

Na cara

Na Copa América a tabela já mostra uma armação vergonhosa, aceita de forma conveniente por todos os participantes: Brasil e Argentina só se enfrentam se for na final. Por causa dessa aberração, a seleção brasileira enfrenta, hoje, de novo, o Paraguai, com quem empatou na segunda rodada da primeira fase. Se tivesse passado ontem, a Colômbia enfrentaria novamente a Argentina, com empatou de 0 x 0 semana passada, com ajuda clara da arbitragem aos argentinos.

Engana que eu gosto

O Uruguai pegaria, de novo, na semifinal, Peru ou Chile, a quem já enfrentou e empatou com ambos, na fase de classificação. Tudo para beneficiar ao maior clássico do futebol Sul-Americano, um dos cinco maiores do mundo, que interessa aos patrocinadores e por consequências aos milhões das redes de televisão mundiais.

O tão propalado “jogo limpo” pregado pela FIFA, que se dane. Por essas e outras que o futebol anda perdendo público considerável.

Bem feito!

Contra todas as previsões, o Peru passou pela Colômbia, vencendo por 2 x 0 na prorrogação. O futebol pune com rigor a quem perde oportunidades únicas. Falcão Garcia, atacante colombiano, considerado até agora o melhor jogador da Copa América, desperdiçou pênalti aos 20 minutos do segundo tempo, quando poderia ter definido o jogo e a classificação da sua seleção para a semifinal.

E deu força ao falante e nervoso técnico do Peru, Sérgio Markarian, uruguaio que semana passada cutucou esquemas extra-campo do mundo da bola.


Metrô na porta do hotel, mineiros, canja do Maurílio Costa no La Brigada; manutenção fraca em Rosário

Dia raro de muito sol e temperatura na casa dos 15 graus em Buenos Aires nessa época.

Depois de uma lida na correspondência, me preparo para ir à Feira de San Telmo, famosa todo sábado e domingo aqui, perto de onde fica o La Brigada (Av. Estados Unidos), ótimo restaurante indicado pelo Haroldo Lemos, Diretor Comercial do jornal Hoje em Dia, e “chef” de cozinha nas horas vagas.

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Estive lá nos primeiros dias que cheguei aqui.

LABRIGADA

Muito legal realmente, porém nada barato, e o bife de “chorizo” perde de muito para o do restaurante bem popular em frente à entrada principal do La Bombonera, onde um gordinho atende a 30 mesas ao mesmo tempo enquanto um senhor, que parece pai dele, dá conta do “assador” soltando carne e batata assada da melhor qualidade, por menos de um terço do preço do La Brigada.

Com inacreditáveis 35 pesos, você bem demais da conta e ainda toma um copão de vinho tinto, em frente ao Boca Juniors.

Porém, o restaurante indicado pelo nobre Haroldo é chic, com música ao vivo, decoração e mobiliário elegantes, e cheio de frequentadores ilustres, do esporte, cultura e política da Argentina e do mundo.

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Lá você vê camisas, flâmulas e bandeiras de grandes clubes do mundo todo, levadas por jogadores, dirigentes ou torcedores ilustres deles próprios.

Do Brasil, vi coisas do Inter, Grêmio, São Paulo, Palmeiras e Flamengo.

Lá conheci os irmãos Rodrigo Resende e José Victor, de Belo Horizonte, atleticanos, e para a nossa honra, leitores do blog. O Rodrigo inclusive, disse que de vez em quando posta comentários aqui, e agradeço-o mais uma vez.

MINEIROS

Neste dia que fui lá, além do pianista da casa, os frequentadores tiveram a satisfação de ouvir uma canja do Maurilio Costa, advogado, comentarista da Itatiaia e cantor de bossa nova nas horas vagas.

MAURILIO

O Dr. foi aplaudido de pé pelos estrangeiros e principalmente brasileiros que estavam lá; principalmente depois de “Corcovado”, do Tom Jobim

ARROYTO2

Também preciso contar aos senhores um detalhe que esqueci, sobre o estádio Gigante de Arroyito, do Rosário Central, em Rosário.

Não está tão bem cuidado e o fosso que separa as arquibancadas do gramado tem uma água suja toda vida, cheia de lixo, como mostram essas fotos, com garrafas pet e outras coisas boiando. 

E vejam só uma facilidade fantástica para os moradores e turistas de Buenos Aires.

O metrô cobre toda a cidade e é excelente. Saio da portaria do hotel e de cara está essa estação, que homenageia Carlos Gardel.

Nem penso em tirar o carro da garagem

HOTELMETRO

Cada bilhete custa 1,10 pesos, ou, menos de 50 centavos para nós

Ô invejam hein!?

Vida que segue!


Nem Buenos Aires dá conta de hospedar todo mundo

Quem chegou a Buenos Aires nos últimos dias sem hotel reservado está passando aperto. A cidade normalmente fica lotada no mês de julho, por causa das férias, quando tanto o turismo interno quanto externo, dobram. Além disso, duas feiras gigantes foram abertas quinta-feira na capital argentina: agropecuária e de tecnologia. Com a fase decisiva da Copa América, tornou-se impossível conseguir qualquer tipo de hospedagem com facilidade. E olhem que esta cidade é uma das mais ricas em hospedaria do mundo, mais que São Paulo, que dizem ser, a mais preparada do Brasil.

O tema é importante porque o que mais se fala ultimamente é que Belo Horizonte não estaria apta a receber o jogo de abertura da Copa do Mundo porque não tem hotéis. Realmente é preciso aumentar o numero de leitos da nossa capital, e isso já está acontecendo. A previsão é que tenhamos mais sete mil quartos até 2014, nos 29 novos hotéis que estão sendo construídos, nas categorias entre três e cinco estrelas.

Só a rede francesa Accor Hospitality está abrindo nove em Beagá, a terceira a receber mais investimentos dela no Brasil, atrás do Rio, 17, e Salvador, 10.

Porém, por mais hotéis que qualquer cidade tenha, jamais dará conta de abrigar a todos os visitantes durante muitos eventos ao mesmo tempo.

A primeira vez que eu vivi este problema foi durante as olimpíadas de 2000. A primeira fase do futebol foi jogada em Brisbane, que fica a 988 Km de Sydney. Quando chegamos à sede dos Jogos, no meio da competição, simplesmente não havia nenhum tipo de hospedagem. Graças aos voluntários do comitê organizador e à Neuma Graciano, jornalista mineira que mora lá, e ao seu marido, Thomas, consegui vaga na cidade de Parramatta, a meia hora de carro de Sydney.

A solução são as cidades do entorno, para socorrer as metrópoles. Dortmund, uma das importante sedes da Alemanha em 2006, montou até camas de campanha, do exército, em colégios e clubes, para abrigar os visitantes. E também é uma cidade preparada para o turismo, acostumada a receber milhões de pessoas anualmente.

Cidades vizinhas a Buenos Aires, que ninguém nunca ouviu falar no Brasil, estão quebrando o galho.

Certamente cidades em um raio de até 150 Km de Belo Horizonte vão se beneficiar neste aspecto com a Copa das Confederações em 2013 e a Copa no ano seguinte. O nosso grande problema são as estradas, sempre péssimas, mal sinalizadas e sem fiscalização. Essa é uma preocupação que as autoridades mineiras precisam ter: melhorar os acessos e criar facilidades para as pessoas. Será bom para os mineiros e fundamental para os gringos.

Os brasileiros que já lotavam as ruas de Buenos Aires, agora tomaram conta de vez. O mês de julho é o auge disso, quando o português está se torna língua comum nos restaurantes, lojas, entre garçons, atendentes de hotéis e vai se espalhando entre todos os argentinos no dia a dia.

Nas lojas, cartazes com informações da cotação das principais moedas correntes aqui em relação ao peso deles. Pela ordem: dólar, euro e real.

Se em Córdoba os paraguaios eram numa proporção de 3 x 1 nas ruas antes do jogo, e no estádio, em Buenos Aires está sendo diferente. A proporção é quase a mesma. O Estádio de La Plata, deverá ficar bem dividido, domingo, entre a seleção do Mano Menezes contra a do argentino Gerardo Martino, comandante paraguaio.

Acredito que o Brasil irá às semifinais. O time melhorou e o Paraguai quase sempre treme quando encara a camisa verde a amarela.

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A valorização do real proporciona atualmente algo inimaginável tempos atrás na capital argentina: dólar, euro e a nossa moeda como atrativos promocionais dos comerciantes que põem cartazes informando cotações nas lojas, melhores que a dos bancos e casas de câmbio.


No lendário Gigante do Arroyito, o “caldeirão” do Rosário Central

Na volta a Buenos Aires uma parada em Rosário, quase na metade do caminho, para uma visita ao “Gigante do Arroyito”, o lendário Estádio Lisandro de la Torre, do Rosário Central, de duras histórias para o futebol mineiro, e para a maioria dos times que o visitam. Nele, o Atlético perdeu a Copa Conmebol de 1995, depois de vencer no Mineirão por 4 x 0. Poderia perder até de três, perdeu de quatro e foi derrotado nos pênaltis.

Em 1975 o Cruzeiro sofreu pela Libertadores, conforme conta o então meia Toninho Almeida: “Fomos hostilizados desde a chegada a Rosário. À noite, barulho e foguetes no hotel; partida tensa do início ao fim. Moedas e pedras atiradas o tempo todo.  Perdemos de 3×1 com o último gol em impedimento. Quando protestamos, a polícia jogou gás lacrimogêneo pra nos dispersar.  Depois, nossa delegação teve de sair escoltada do estádio.”

ROSARIOBLOGNo Arroyito foram disputados seis jogos da Copa do Mundo de 1978, inclusive Brasil 0 x 0 Argentina, e o vergonhoso Argentina 6 x 0 Peru, quando os argentinos armaram o resultado com os peruanos para eliminar a seleção brasileira da fase seguinte. Foi quando o treinador Cláudio Coutinho soltou a frase que ficou famosa: “somos os campeões morais deste Mundial”.

Em 2009, o Brasil venceu a Argentina por 3 x 1, pelas eliminatórias da Copa da África do Sul.

Mas, cada vez mais coibida e condenada pela opinião pública, a pressão extra campo já não traz tantos benefícios ao Rosário Central, nem à seleção argentina. O time, que já teve Mário Kempes, Chamot e Di Maria, dentre outros, está na segunda divisão do país. Fundado em 1889, tem a 6ª maior torcida da Argentina, e a maior da cidade, onde o arquirrival é o Newell’s Old Boys, que pertence à primeira divisão.

O estádio do Rosário Central tem capacidade para 41.600 torcedores pagantes e serve ao futebol argentino desde 1929. Quando entro em uma arena como esta, e tantas outras mundo afora, não consigo entender como Atlético e Cruzeiro não têm as suas próprias casas para jogar. Minas Gerais é maior em população e economia que muitos países, e os nossos clubes deveriam tirar mais proveito de suas torcidas gigantes.

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Estádio Gigante de Arroyito, o “caldeirão” do Rosário Central, onde o Atlético perdeu, na pressão, a Conmebol de 1995, com Taffarel no gol. Também onde o Cruzeiro, sofreu com Raul, Nelinho, Piazza, Dirceu Lopes, Palhinha, Joãozinho e cia, pela Libertadores de 1975.


De volta a Buenos Aires

Neste momento as rodovias e o aeroporto de Córdoba estão cheios de brasileiros, principalmente da imprensa, retornando a Buenos Aires para o jogo do Brasil, domingo, em La Plata, contra o Paraguai pelas quartas de final.

Vamos à luta.

De carro.

Em condições normais, em torno de sete horas, sem correria.

ESTRADA


Com panela ou sem panela, Júlio César foi o nome do jogo!

Uma das coisas mais comuns em um time de futebol são as “panelas” ou “igrejinhas”, que arruínam com qualquer trabalho.

São difíceis de ser detectadas pois tratam-se de pactos silenciosos, onde ninguém abre o bico.

Profundo conhecedor do assunto, pois jogou em grandes clubes e constantemente era acusado de integrar ou formar panelas, o atual comentarista Neto, twittou durante Brasil x Equador a cada gol que saía:

“Minhas informações se confirmando: o Pato fez gol e só o Neymar foi abraçá-lo. Tem panela aí!”

Depois: “Aliás, os veteranos não foram a público criticar a molecada? Quero ver agora se eles podem cornetar o Júlio César pelo frangaço!!!”

Depois do segundo gol: “De novo! Gol de Neymar e só Pato, Robinho e Lucas na comemoração. Não pode ser coincidência.”

E em seguida, depois do segundo peru engolido pelo Júlio César:

“Tá vendo Júlio César, se não fosse os moleques, hein? Dois baita frangos. Corneta os caras agora, vai…”

Em 1998 dizia-se que a seleção comandada pelo Zagallo na Copa da França era rachada entre os mais velhos, liderados pelo Dunga, e os mais novos que tinham o Leonardo como chefe.

Pode até ser que este time que disputa a Copa América tenha divisão semelhante, porém, duas coisas são certas: a entrada do Maicon no lugar do Daniel Alves, e a volta do Robinho, no lugar do Jadson, surtiram ótimo efeito.

E, toda vitória, ainda mais de goleada, motiva qualquer grupo e diminui diferenças.

Apesar do aperto e do mau futebol, o time terminou em primeiro do grupo, com tendência de crescer nas quartas de final.

Ganso fez um bom jogo e com ele Neymar mostrou algum coisa do astro que é no Santos.

Terrível mesmo foi o Júlio César, que quase cavou a sua sepultura na seleção, com dois frangos históricos. Como disse o Luiz César, em uma das piadas do twitter: “Atacante Caicedo, Goleiro Caitarde! Rsrs”

Se é para renovar, visando 2014, e caso Mano Menezes seja coerente, Júlio César deu mais dois passos importantes a caminho do seu fim na seleção.

PERU


E-mail ao Tiago Lacerda

“Antes que você ou algum leitor diga que estou imitando ao Elio Gaspari, de quem, aliás, também sou leitor e admirador, lembro que esta forma de texto é dos primórdios do jornalismo, cuja única novidade é, que ao invés de            “carta”, usamos e-mail.

Não só por ser mais barato, mas porque a chegada ao destinatário é quase sempre garantida, ao invés dos nossos Correios nos últimos tempos.

O motivo deste, é que fiquei sabendo que você chegou à Argentina, mais propriamente em Córdoba, onde estou, cobrindo a Copa América.

Certamente colherá menos informações para o seu trabalho aqui, que na África do Sul ano passado, para a sua função à frente da Secretaria da Copa do Mundo 2014 da PBH. Porém sua presença é muito importante para a função que exerce.

Verá que há situações que estão ao seu alcance melhorar em nossa Capital para o Mundial, mas outras, são impossíveis. As que estão ligadas a questões culturais, por exemplo. Como convencer aos nossos prestadores de serviço de modo geral a serem mais gentis, principalmente em Belo Horizonte? Em Buenos Aires, Córdoba ou qualquer cidade argentina, raramente alguém é ríspido, indiferente ou desatencioso a qualquer pessoa que peça uma informação ou necessite de algum atendimento.

Verá também que o idioma será um entrave, não só com os nossos vizinhos Sul-Americanos, maioria dos visitantes em 2014, mas com o mundo todo, já que uma minoria absoluta de brasileiros não fala outra língua. Mas, como bem disse o então presidente Lula, ano passado, em Johanesburgo, nada que um bom sorriso, boa vontade e muita mímica não resolvam.

Aqui, se um garçom ou taxista não fala inglês, chama um colega que, se vira bem.

Em termos de estádios você reafirmará suas convicções que não ficamos devendo nada a nenhum país. Nem precisaríamos gastar tanto dinheiro com novos, e reformas absurdamente caras como estamos fazendo no Brasil. A Fifa, com seus sócios, quer tudo, mas tinha que ser peitada. Uma vergonha nacional, onde riquezas ilícitas estão se fazendo ou aumentando, num conluio safado entre políticos, empresários e dirigentes do futebol!

Também está fora do seu alcance melhorar o trânsito da nossa Beagá, e certamente assim como eu, você deve ter inveja de Buenos Aires, que com quase 15 milhões de pessoas, seus habitantes trafegam muito melhor que nós. Têm metrô, táxis baratos e em quantidade, além dos serviços de ônibus. Aliás, meu sonho com a Copa era que ganhássemos isso em Belo Horizonte: um metrô à altura da cidade, mas… não deu, né!?

Não sei se já percebeu, mas viu como em qualquer bar, restaurante ou praça é possível se conectar à internet? Pois é! É raro onde não haja “Wi-Fi” por aqui; mão na rodada no mundo inteiro nos dias de hoje. Me disseram que BH é a cidade mais avançada nisso. Se for verdade, o Brasil vai mal demais da conta, né não!?

Você já foi ao Museu do Boca Juniors? Fui lá e vi que SP copiou bem, com louvor, para construir o seu, no Pacaembu. 

Não vou tomar mais o seu tempo, porque espero encontrá-lo por aqui. Mas sei que o nosso prefeito, Márcio, também se revolta com algumas coisas que fogem ao poder dele, como: em Buenos Aires, Juan Perón dá nome a uma rua simples, já que os argentinos se recusam a trocar estes nomes sem critérios. Revolto-me quando lembro que hoje a antiga Av. Catalão dá nome a Carlos Luz, um golpista que tentou impedir a posse de JK.”

TAXIS

Taxi: Muitos e a ótimo preço

BAR

Internet: acesso fácil em qualquer bar, restaurante ou praça, de graça

BARPRACA

Bons exemplos para BH 2014

BANHEIRO

Mas os estádios, mesmo recém reformados, perdem de muito para os nossos, como o de Córdoba, onde há até banheiros como estes interditados em plena Copa América.