Terminado o Carnaval, o Campeonato recomeça hoje com Tupi x Cruzeiro, jogo antecipado. Vamos ver quem ganhou e quem perdeu mais com essa paralização absolutamente desnecessária da competição.
De uns 15 anos para cá a maioria dos jogadores de futebol tornou-se mais profissional, conscientes da importância da melhor condição física possível. O mundo da bola é cada dia mais competitivo e quem está inferiorizado fisicamente dificilmente leva vantagem sobre o adversário, mesmo sendo melhor tecnicamente.
Não é o caso
Cuca conversou com Wellington Paulista e o fez ver que é preciso dar um tempo. Trata-se de profissional sério, porém, que vive um momento ruim, especialmente porque as contusões o impediram de realizar a mesma pré-temporada dos companheiros.
É claro que jogador nenhum gosta de passar por situação como essa, mas é melhor para todo mundo. Ainda mais quando o Paulista tem certeza que o treinador gosta dele e é sincero quando diz que quer contar com ele nos momentos decisivos do Mineiro e da Libertadores.
Ao invés de ser relacionado para os próximos jogos, melhor ficar apurando a forma física e calibrando a pontaria.
No tempo certo
No início do ano o comentário geral era que o Atlético estava contratando atacantes demais e que não haveria lugar para tanta gente. Muitos achavam que alguém que já estava no elenco seria negociado. Constatação óbvia, porém, a saída de dois grandes nomes do time não era prevista. Pensava-se que Obina ou Tardelli sairia, mas os dois, não.
Reclamar da ida do Diego Souza é exagero, já que não acrescentou nada ao Galo. Dessas contratações que não justificam o custo benefício. Pode até ser que dê certo no Vasco, mas é difícil acreditar.
Artilheiro
Especula-se que Guilherme, ex-Cruzeiro, pode estar voltando ao país para ocupar as vagas de Tardelli e Obina. Além de jovem, sabe se posicionar na área, e bola no pé dele é risco total para as redes adversárias.
As partes dizem que não há nenhuma conversa, mas, no futebol tudo pode acontecer.
Grupo forte
Nos esportes coletivos um grupo bem unido costuma gerar mais resultados positivos que um elenco de estrelas. É o caso do América, que vem apostando em jogadores comprometidos com o clube, dispostos a crescer juntos.
Só Marcus e Caio Salum, além do técnico Mauro Fernandes acreditavam que jogadores como Irênio e Fábio Júnior pudessem ser úteis o tanto que foram e são.
Apostaram em Evanílson também, que não conseguiu se reerguer, mas o saldo dos acertos continuou acima da média com veteranos como Wellington Paulo e Euler, importantes para os colegas e a torcida.
Quem ouve as entrevistas do Netinho, recém chegado do Atlético-PR, fica empolgado com a vontade do meia em acertar e voltar a ser um nome forte no cenário nacional.
E o goleiro Flávio? Foi fundamental na nas Séries C, B e certamente será na A.
Se avaliarmos jogador por jogador do Coelho, cada um tem uma motivação especial para correr mais que o normal e querer ver o clube no topo, pois significará a valorização de todos, com a consequente melhoria de padrão financeiro e status profissional.
Ah se fosse aqui!
Não tem jeito. Assistindo Barcelona x Arsenal, lembrei-me do nosso Campeonato. O pênalti que sacramentou a passagem do Barça às quartas de final foi duvidoso, e bem batido pelo Messi, garantiu os 3 x 1 salvadores. Se fosse a favor do Atlético ou Cruzeiro, a choradeira estaria sendo geral e quase todo mundo dizendo que é “é sempre assim” e que o apito amigo a favor da dupla estava agindo novamente.