Blog do Chico Maia

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Morre Gasperin, goleiro que defendeu o Cruzeiro

Bicampeão brasileiro pelo Inter

Ex-jogador, que defendeu também o Grêmio e o Juventude, lutava contra um câncer de intestino desde 2005 

* Do portal clicRBS e GloboEsporte.com 

Morreu na manhã desta terça-feira, aos 57 anos, em Curitiba, o ex-goleiro Gasperin. Ele lutava contra um câncer de intestino desde 2005. O ex-jogador atuou pelo Grêmio e pelo Inter, onde participou das campanhas dos títulos brasileiros de 1976 e 1979, além do vice-campeonato da Libertadores em 1980. Seu corpo deve chegar a Vacaria no fim da tarde, para ser velado durante a noite e sepultado na manhã de quarta.

Gasperin estava dormindo no hospital quando morreu, por volta das 10h30m. Tinha um sorriso no rosto, como pede para lembrar o médico e amigo da família Rafael Santana, com o qual o ex-jogador fazia exames de imagem em Porto Alegre.

Era o fim de uma longa luta contra a doença. Quando o diagnóstico de câncer foi conhecido, no final de 2005, Gasperin recebeu a notícia: teria apenas seis meses de vida. Viveu mais de quatro anos, e havia conquistado até uma reversão no tumor. Em julho de 2009, por exemplo, participou normalmente da festa em homenagem aos cem anos do Gre-Nal, em Porto Alegre.

Porém, seu quadro de saúde piorou muito a partir de outubro de 2009. A última vez que esteve na capital gaúcha foi em setembro, para fazer os exames com Rafael Santana. Desde a semana passada, precisou ser levado ao hospital diversas vezes.

– Em nenhum momento ele se entregou. Nunca perdeu a lucidez. Ele dizia: ‘Estou tranquilo, esta batalha eu vou vencer’. Foi um recorde de persistência. Como fez na profissão, fez em vida. Foi um guerreiro – contou o médico.

Gasperin deixa mulher, Noemi, e três filhos, Carlos Eduardo, Thiago e Cândice Bróglio Gasperin.

Carreira

Gaúcho de Sarandi, Luiz Carlos Gasperin mudou-se ainda criança para Vacaria, onde começou a jogar no time amador Brasil. Passou pelos juniores do Grêmio, e anos mais tarde, em 1975, defendeu o time profissional do clube porto-alegrense. Depois de uma breve passagem pelo Juventude, parou no Inter, onde ficou de 1976 a 1981 e conquistou dois títulos gaúchos, dois brasileiros e foi vice-campeão da Copa Libertadores.

Depois de deixar o Inter, Gasperin ainda defendeu Cruzeiro, América-RJ, Botafogo-SP, e encerrou a carreira no Glória, de Vacaria, em 1989. No mesmo clube, começou a carreira de treinador. Como técnico, passou por vários clubes gaúchos, entre eles Caxias, Brasil de Pelotas, Santa Cruz e Esportivo. Treinou também times do interior de Santa Catarina e do Paraná, e era dono de uma papelaria em Curitiba.

http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Futebol/0,,MUL1463446-9825,00.html?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter


Bolívia como Le Gusta

* Belo texto da Laís Menini, no site www.guerreirodosgramados.com.br

Que Potosí está a 3967 metros de altitude todo mundo já ta careca de saber, mas parece que é aqui, em Belo Horizonte, que começa a faltar ar. Pelo menos para mim. Já fui acometida pela TPA* (tensão pré-altitude), cujos sintomas são tonturas, náuseas, borboletas voando no estômago, ansiedade e concentração zero para o trabalho.  E nem adianta procurar um médico, pois já que a nossa torcida é o dobro mais um, a maioria deles deve estar com o mesmo problema que eu.

Ler jornal, site, blog, nada disso adianta na hora de remediar esses sintomas que estão comigo há dias – e que só vão ser curados na madrugada do dia 28 de janeiro. Que, aliás, é meu aniversário, então me sinto no direito de pedir um presente a cada um dos jogadores, um presente especial: a vitória. É só assim que eu vou ficar um pouco mais tranquila e passarei meu aniversário de bom humor. (Olha a responsa, hein?!)

Tem gente que acha que um empate está bom, tem gente que acha que perder de um ou dois gols de diferença também é vantajoso, já que aqui, no nosso nível do mar – que Minas não tem -, a história é sempre a mesma: Bolívia não tem tradição e a lavada pode ser histórica. Mas outro sintoma da TPA é a teimosia e eu não me contento com nada menos que a vitória. Já me agarrei a todos os santos, patuás, talismãs que se pode imaginar e acredito muito que o Cara lá de cima vai ouvir meu pedido. Bom, se não ouvir o meu, que pelo menos ouça o dos guerreiros, que estão 3967m mais perto Dele.

Ainda não sei onde vou assistir o jogo de amanhã mas uma coisa é certa: vai ser bem perto da área hospitalar, porque vou te dizer, via Galvão Bueno, que haja coração, amigo! É nessas horas que você vê se tem ou não problemas cardíacos ou propensão para desmaios e afins, porque Belo Horizonte sobe inteira 4 mil metros e sente junto com os guerreiros a pressão do ar rarefeito, a velocidade intensa da bola, a contagem regressiva para o fim do tormento que a Fifa insiste em fingir que não existe e o suspiro de alívio e superação que fica 105 minutos preso na garganta.

Quando se tem um objetivo na mão que não pode deixar escapar é como se o mundo inteiro virasse os olhos pra gente esperando, primeiramente, o fracasso. Daí vem a pressão da superação, de se ter vontade e fúria. O Cruzeiro entra nas competições favoritíssimo ao título pela sua qualidade técnica, raça e garra; mas não há pouca altitude que nos deixe em uma situação confortável na Bolívia. Não somos favoritos neste jogo porque contra as causas naturais não existe técnica; só vontade, vontade e vontade. Um exemplo é o Everest, pico mais alto do mundo. Todos que tentaram alcança-lo tinham obviamente técnica o suficiente para dar o primeiro passo rumo ao topo. Quantos conseguiram?

É por essas e outras que nossos guerreiros tem que ter uma coisa que eu não tenho nesse momento: tranquilidade. Estaremos lá com eles, na altitude desumana, suportando a pressão atmosférica, as tonturas, a falta de ar. Por aqui, vamos prender nossa respiração, rezando tudo o que temos e sabemos para que, por lá, os pulmões não falhem. A responsabilidade é gigante, mas com humildade a gente chega bacana no lugar que é nosso de direito.

Que os bolivianos se lembrem, hoje, amanhã e sempre, que a imagem do Cruzeiro resplandece na altitude que for. Afinal, o céu é o limite para os outros, para nós é nossa casa. E duvido que algum adversário consiga, um dia, escalar tão alto – pois, para isso, é necessário que se tenha sangue azul bombeando o coração guerreiro, que insiste em bater mais rápido que a velocidade da bola em 3967m de qualquer canto dessa Terra azul.

Vamos Cruzeiro querido, de tradição.
Jogue com raça, com o coração.
E me traga, suando bicas de amor à camisa, meu presente de aniversário. =)

* Se persistirem os sintomas, Adílson Batista deverá ser consultado!

http://www.guerreirodosgramados.com.br/colunistas-cruzeiro/lais-menini/2079-bolivia-como-le-gusta


Goiás opta por Jorginho. Celso Roth e Tite continuam na fila

Notícia do Uol Esporte:

* Jorginho deixa a comissão de Muricy e é o novo técnico do Goiás

Treinador interino responsável pelo melhor momento do Palmeiras em 2009, Jorginho terá sua primeira oportunidade como técnico efetivado. Na noite desta segunda-feira, o ex-jogador assumiu o Goiás, que havia demitido Hélio dos Anjos no domingo.

Jorginho, que comandou o Palmeiras entre a saída de Vanderlei Luxemburgo e a chegada de Muricy Ramalho, obteve um aproveitamento de 76% dos pontos conquistados à frente do time alviverde paulista. Em sete partidas, ele conseguiu cinco vitórias, um empate e sofreu uma derrota – para o próprio Goiás, no Serra Dourada – e agradou a torcida.

Um dos auxiliares técnicos de Muricy no final do ano passado, Jorginho chegou a ter seu nome especulado para dirigir o Avaí ao término do Campeonato Brasileiro – o clube catarinense havia visto Silas ir para o Grêmio. O acerto com o time da Ressacada, contudo, não saiu; e o auxiliar seguiu no Parque Antarctica.

Agora, Jorginho substitui Hélio dos Anjos e encontra o Goiás na última colocação do Campeonato Goiano. O time esmeraldino perdeu os três jogos realizados no Estadual – no último final de semana, sucumbiu para o rival local Atlético-GO, por 2 a 1.

O auxiliar ex-Palmeiras ainda não tem data para definida para ser apresentado pelo Goiás, embora o time já tenha feito o anúncio em sua página oficial.

* http://esporte.uol.com.br/futebol/campeonatos/goiano/ultimas-noticias/2010/01/25/jorginho-deixa-a-comissao-de-muricy-e-e-o-novo-tecnico-do-goias.jhtm


Bordoadas do Kajuru no twitter

Algumas twittadas de hoje do Jorge Kajuru:

“Robinho volta para o Santos! Òtimo! Mas segurem o traficante Naldinho, senão Robinho…

Se o Neto da Band deu 6 para o Roberto Carlos, é pq só jogou 3. Não estreiou ainda.

Ainda tenho meu único emprego seguro no SBT São Paulo – interior. E não posso perder. É o único.

tvkajuru.com brochei! Cresceram o olho e de 1 mil reais, querem 6 mil mensais só o servidor.

Vou manter só twitter. É melhoir, seu público é muito mais fiel e no twitter põe videos também.

Não tenho vergonha de dizer que estou muito doente. Que só durmo com 3 dormonid e grog não twitto coisa com coisa…”

kajuruzinho


Nome certo no lugar certo: Alberto Rodrigues na Secretaria de Esportes

Alberto Rodrigues é um dos companheiros mais queridos da imprensa mineira. Não conheço ninguém que fale qualquer coisa que o desabone, como profissional, como cidadão e como colega de trabalho.

Certamente será um ótimo Secretário de Estado de Esportes e Juventude, em substituição ao Gustavo Correa, que exerceu muito bem a função e volta à Assembléia Legislativa, visando sua reeleição em outubro.

A notícia completa da confirmação do nome do Alberto para o cargo está na nota enviada à imprensa pela Assessoria de Imprensa do Palácio da Liberdade: 

“Durante solenidade no Mineirão, governador confirma o vereador Alberto Rodrigues como substituto de Gustavo Correa”. 

O governador Aécio Neves anunciou, nesta segunda-feira (25/01), que o jornalista e vereador de Belo Horizonte, Alberto Rodrigues, será o novo secretário de Estado de Esportes e Juventude. Ele substituirá o atual chefe da pasta, Gustavo Corrêa. O anúncio foi feito durante a solenidade de autorização das obras de reforma do estádio Magalhães Pinto (Mineirão), visando a Copa do Mundo de 2014.

“Estou confirmando hoje o nome do cronista esportivo, o jornalista Alberto Rodrigues para assumir a pasta de Esportes. É uma homenagem que fazemos àqueles que dedicam sua vida, ou dedicaram sua vida ao esporte, ao futebol mineiro. Alberto Rodrigues foi o primeiro narrador do Mineirão, está na ativa até hoje, tem muita sensibilidade para as demandas dos clubes, enfim, do esporte como todo e terá lá uma equipe extraordinária ao seu lado, a começar pelo subsecretário Rogério Romero, nosso atleta olímpico”, disse Aécio neves, em entrevista.

O governador também adiantou que, ainda nesta semana, anunciará a substituição de outros secretários, atendendo prazos e exigências da Lei Eleitoral. Segundo ele, os novos secretários de Estado tomarão posse na próxima quinta-feira (28/01).

“Até na quarta-feira, completarei o anúncio dos nomes dos secretários. Não vou confirmar nenhum ainda porque faltam ainda algumas conversas. Existem especulações, mas depois de amanhã, no Palácio da Liberdade, comunico quais são os secretários que substituirão os deputados que retornam à Assembleia Legislativa”, afirmou.

Currículo

Filiado ao PV, o jornalista Alberto Rodrigues está no seu segundo mandato como vereador de Belo Horizonte. É membro da Comissão Permanente de Saúde e Saneamento da Câmara Municipal.

Iniciou sua carreira como radialista na rádio Imbiara em 1958, na cidade de Araxá, no Alto Paranaíba. Teve passagem por diversas rádios de Belo Horizonte com Minas, Inconfidência e Itatiaia, onde ainda atual como narrador esportivo.


Na enquete do Caixa, Carini é o preferido

Pelo twitter o Mário Henrique “Caixa” fez enquete esta manhã perguntando quem deve ser o goleiro titular do Atlético. O resultado foi:

“Foram 47 votos. Resultado para goleiro titular do Galo: Carini 36 votos, Renan Ribeiro 5, Nenhum dos 2, 4 votos. Aranha 2.” 

mariocaixa


A cor do patrocínio nas camisas III

Só os americanos ainda não reclamaram da cor alaranjada da marca do banco BMG na camisa do Coelho. Pelo menos em minha caixa de mensagens ou no contato pessoal que tenho com torcedores de todos os times. Atleticanos, e principalmente cruzeirenses, estão incomodados e acham que, até por uma questão de política de boa vizinhança, o banco deveria abrir mão e permitir que a marca BMG aparecesse em azul ou branco nas camisas do Cruzeiro, e preta ou branca nas do Galo.

Ontem, vi que o próprio o BMG está se prejudicando ao insistir na cor alaranjada: o Atlético jogou de camisa branca, e a marca do banco quase não era percebida, pois simplesmente sumiu. E eu estava numa das cabines do Mineirão, bem próxima do gramado. Depois, vendo os lances da partida pela TV, também quase não deu pra ver a marca BMG. Se estivesse na cor preta, teria ficado perfeito, e ainda agradaria aos atleticanos. Na do América sim. Apareceu muito bem.

Nos próximos posts do blog o assunto continua e vale a pena ler tantos argumentos e informações sobre o tema.


A cor do patrocínio nas camisas II

No dia 11 de janeiro publiquei ótimo texto do publicitário Rodrigo Korac (www.guerreirodosgramados.com.br), que torce pelo Cruzeiro, falando do assunto. Dentre todos os justos argumentos dele, a respeito da camisa, um é fatal: “…é no mínimo bom senso deixá-la visualmente bonita e agradar a razão de todo clube existir que é seu “pobre e sofrido” torcedor… O torcedor é fiel a marca do clube que torce a sua vida inteira, chega em muitos casos a passar de geração a geração essa devoção, não se prostitui por outros “preços” ou vantagens de outros clubes melhores ou na moda em determinada época…”

E citou um exemplo da Argentina que deveria ser seguido agora em Minas Gerais nas camisas dos nossos principais times: “O banco BMG e a Ricardo Eletro deveriam rever seus conceitos… a nova camisa do Racing, da Argentina, tem uma grande novidade. O clube vendeu a cota master de patrocínio para o Banco Hipotecário Nacional, oriundo do mesmo país. E a empresa, que não revelou o valor investido para comprar espaço no uniforme da equipe, optou por não expor sua marca. A justificativa da instituição financeira será uma das bases da comunicação do novo patrocínio. “Nós devolvemos a camisa à torcida” é o slogan que o banco vai trabalhar nas ações relacionadas ao Racing…”

Uma jogada brilhante, diferente e que vai cativar o torcedor do clube patrocinado, não espantá-lo! Vai fazer com que o torcedor venere essa empresa que além de investir, vai de certa forma proteger, devolver o Racing a suas origens e preservar as suas tradições não estampando nenhuma marca na camisa…Tudo que um torcedor quer para o seu clube!…”


A cor do patrocínio nas camisas I

Da Inglaterra, o Alisson Sol, enviou mais argumentos muito interessantes que precisam ser avaliados pelos comandantes do marketing dos patrocinadores e dos clubes:

“Patrocínio do Cruzeiro em 2010”

O que é Marketing? Uma das várias definições existentes é “Conjunto das atividades empresariais destinadas à descoberta, conquista, manutenção e expansão de mercados para as empresas e suas marcas”. Talvez não seja a melhor, ou a mais correta, mas está próxima do aceitável para iniciar uma discussão em relação à absurda camisa do Cruzeiro para 2010, e a estampa de certos patrocinadores em cores que criam uma combinação ótima… para uma mortalha de carnaval.

O Cruzeiro tem hoje um dos melhores e maiores patrocinadores do mundo na área esportiva, a Reebok. Para que se tenha uma idéia, esta é a empresa que tem exclusividade de fornecimento de material esportivo para a NFL, a liga de futebol americano, que de longe é a mais organizada e lucrativa liga esportiva do planeta. Como pode o Cruzeiro desagradar um patrocinador destes, eternamente ligado a atividades esportivas, para agradar patrocinadores locais a valores irrisórios? Não pode ser necessidade imediata de dinheiro, pois o clube, há anos participando continuamente da Libertadores, está hoje em um patamar financeiro acima de quase todos os outros clubes do país. Dívidas imediatas não pode ser também, pois se clube no Brasil fechasse por dívidas, não haveria mais nenhum. Algo está estranho nesta história, ainda mais quando se considera que o clube está claramente criando um problema para a Reebok.

Se cada camisa custa nas lojas em torno de R$159,00, um patrocínio de R$10milhões corresponde apenas 63mil camisas. Obviamente, há custo na confecção e distribuição das camisas, o qual não ocorre na simples transferência financeira relativa ao patrocínio. Mas a Reebok certamente não está renovando seu patrocínio com o Cruzeiro à toa, e sabe do potencial de vendas, desde que tenha um produto atraente para o consumidor. Mas o que o Cruzeiro está fazendo este ano é simples: está entregando o mercado de camisas do clube ao “mercado pirata”, que certamente será inteligente o bastante para comercializar camisas do Cruzeiro Esporte Clube, e não camisas que tornam o torcedor do clube uma propaganda ambulante de “banco laranja”. O clube simultaneamente ignora a opinião de sua torcida e desagrada um dos maiores e melhores patrocinadores esportivos do mundo. Isto não tem lógica. Apenas algum “fator oculto” pode explicar que profissionais de Marketing tenham levado à cabo uma ação destas. Alguém que saiba o que ocorreu vai poder me explicar: o que há por trás do patrocínio do Cruzeiro em 2010?


Bom começo

Foi muito boa a primeira rodada do Campeonato Mineiro. O Cruzeiro goleou o Uberlândia como se não estivesse voltando das férias, e se tivesse forçado a barra teria feito mais que 6 x 0.

Era previsível que o América começasse melhor fisicamente, porque começou a treinar um mês antes dos concorrentes, porém, a superioridade sobre o Atlético, no primeiro tempo, foi enorme, em todos os aspectos.

Mas surpreendente mesmo foi a vitória do Uberaba sobre o Ituiutaba, por 3 x 0. Na casa do rival, superando todos os problemas pelos quais vem passando. O Zebu não tem nem local definido para treinar, já que perdeu o seu centro de treinamento para quitar dívidas.

Como diz o jargão, o Tupi fez o “dever de casa”, vencendo o Ipatinga por 1 x 0, missão não cumprida pela Caldense (em sua volta à elite depois de dois anos), que não saiu do 0 x 0, em casa com o Democrata-GV. O Vila Nova em crise política e administrativa, empatou com o estreante na primeira divisão América de Teófilo Otoni, 1 x 1.

No apito, o árbitro Cleisson Veloso Pereira que dirigiu o clássico, provocou reclamações do Atlético no primeiro tempo e do América no segundo, pelo exagero nos cartões amarelos. Mas tecnicamente foi bem. É uma das promessas da nova safra mineira.

Destaques

No clássico, destaque principalmente para Moisés, o meia atacante americano que jogou muito. O também meia Luciano e o capitão Wellington Paulo foram outros destaques do Coelho. No Atlético os estreantes foram os melhores: o zagueiro Jairo Campos e o atacante Muriqui. O lateral Leandro teve alguns momentos brilhantes, especialmente nos cruzamentos, no segundo tempo.

Altitude

O Cruzeiro deve anunciar o meia Roger e mais um nome de destaque nos próximos dias. Aguarda apenas a confirmação de sua passagem para a fase de grupos da Libertadores da América, para medir o tamanho do investimento na aquisição desses reforços. Tecnicamente o Real Potosi não incomoda tanto, mas os 4 mil metros de altitude são preocupantes sempre e todo cuidado é pouco.

Preparação

Os especialistas garantem que o ideal é uma aclimatação de no mínimo 15 dias antes do jogo, na cidade, porém essa fórmula adotada para quarta feira pode funcionar bem. O Palmeiras viajou uma semana antes ano passado e venceu lá, com a mesma estratégia adotada agora pelo Cruzeiro. Com escala em Sucre, que fica a 2.800 metros.

Jogão

Também não parecia que América e Atlético faziam o primeiro jogo deles no Campeonato. Se tecnicamente os atleticanos erraram muitos passes e cruzamentos, em termos físicos correram muito, principalmente no segundo tempo. O América esteve mais perto da vitória, errando menos passes, mas desperdiçando oportunidades incríveis, como quando o Danilo passou pelo Aranha e demorou chutar.

Estas e outras notas estarão em minha coluna de amanhã no jornal O Tempo