Blog do Chico Maia

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Na contramão do bom senso, diretoria do Corinthians defende bandidos agressores que aprontaram no Maracanã

Emílio Odebrecht (dir.), dono da Odebrecht, com Lula e  o então presidente do Corinthians Andrés Sanchez, na obra do Itaquerão, que teria sido um “presente”, pelos “favores” prestados pelo corintiano famoso. 

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A nota que a diretoria do Corinthians soltou, criticando a PM do Rio pela ação contra os marginais corintianos que aprontaram nas arquibancadas do Maracanã antes do jogo contra o Flamengo. A TV mostrou ao mundo as agressões desses bandidos aos policiais, que foram até macios demais no trato com este tipo de gente. Aliás, o Corinthians adora um noticiário policial. A manchete do jornal Folha de S. Paulo de domingo foi: “Arena do Corinthians foi presente para Lula, diz patriarca da Odebrecht – A Lava Jato vai chegar ao Corinthians. Emílio Odebrecht, presidente do conselho de administração do grupo que leva o seu sobrenome, afirmou em acordo de delação, em fase de negociação, que o estádio construído pela empreiteira foi uma espécie de presente ao ex-presidente Lula, torcedor do time.

O agrado, na versão de Emílio, foi uma retribuição à suposta ajuda de Lula ao grupo nos oito anos em que o petista comandou o país, de 2003 a 2010. Sob governos do PT, de 2003 a 2015, o faturamento do grupo Odebrecht multiplicou-se por sete, de R$ 17,3 bilhões para R$ 132 bilhões, em valores nominais (a inflação do período foi de 102%).” Emílio é pai de Marcelo Odebrecht, preso desde junho de 2015 e condenado a 19 anos de prisão. Por pressão do patriarca, ele e cerca de 80 executivos do grupo decidiram buscar um acordo de delação premiada. (mais…)


Sada Cruzeiro tricampeão mundial! Um trabalho em equipe exemplar

O jornalista Vinícius Dias definiu numa twittada o sucesso impressionante, em sequência, deste time de vòlei

Vinícius Dias ‏@dias_vinicius

“Sada Cruzeiro tricampeão mundial! Mudam os nomes, mas continua a rotina de títulos. Conceito de equipe estrondoso.”

O futebol tem muito o que assimilar dessa turma. Bebeto de Freitas acrescentou muito ao Atlético quando comandou o futebol do clube em 1999/2000. Depois ao Botafogo, como presidente. José Roberto Guimarães, idem, ao Cruzeiro e ao Corinthians, nos tempos da parceria de ambos com o grupo norte-americano Hicks Muse.

Reportagem do Daniel Ottoni, no portal do jornal O Tempo traz um raio-x da conquista de ontem e quem é quem neste vitorioso grupo:

* “Sada Cruzeiro atinge glória máxima de um clube pela terceira vez”

Título mundial veio após vitória sobre Zenit Kazan, em Betim; prepotência russa foi derretida no caldeirão do Divino Braga

Vitórias podem aparecer para muitos, mas a glória só chega para quem realmente merece. Não se faz um time multicampeão da noite para o dia e perpetuar resultados tão grandiosos é feito para poucos. Pela terceira vez na sua história, o Sada Cruzeiro é o campeão mundial de clubes de vôlei masculino. O mais novo e importante título veio neste domingo após vitória por 3 a 0 (25/21, 25/23 e 25/15) sobre o Zenit Kazan, da Rússia, na final do Mundial, que teve o ginásio Divino Braga, em Betim, como palco. (mais…)


Otero novamente destoou. Como joga este venezuelano!

Otero novamente destoou. Como joga este venezuelano. Marca, ataca e faz gols. Cazares, Victor, Fred e Carlos César também jogaram muito. O jovem zagueiro Gabriel se firma a cada jogo. Muito bom.

LUAN

Ótimo ver o Luan jogando novamente, ainda que alguns minutos. Este retorno precisa ser com muito cuidado e fica a torcida para que não se machuque novamente.

Pelo que jogou hoje o Figueirense merecia estar numa posição melhor na tabela. Quem fica sabendo apenas do placar de 3 a 0 pensa que foi um jogo mas fácil, mas não foi. Dificílimo e a arbitragem errou a favor do Galo quando os catarinenses estavam melhor na partida e o placar era 1 a 0. Victor cometeu pênalti no Rafael Silva e o árbitro Grazianni Maciel Rocha (RJ) não marcou.

Agora, o Internacional pela Copa do Brasil, em Porto Alegre e o Flamengo, sábado, em Belo Horizonte, novamente pelo Brasileiro.


Campeonato quase definido; só um desastre tira o título do Palmeiras

Tchê Tchê, autor do segundo gol palmeirense contra o Sport

Faltando seis rodadas para o término e o Campeonato Brasileiro está praticamente decidido. Só um desastre tira o título do Palmeiras que mantém a regularidade desde o início da disputa. Ao empatar no Maracanã com o Corinthians o Flamengo mostrou que tem fôlego para chegar em segundo ou terceiro, numa concorrência à parte com o Atlético.

Os pontos perdidos principalmente no início do campeonato complicaram as pretensões do Galo, que agora joga sempre pressionado e torcendo contra os dois que estão na frente dele. Os três farão três jogos em casa e três fora. O Palmeiras receberá o Internacional, Botafogo e Chapecoense. Jogará nas casas do Santos, Atlético e Vitória. O Flamengo terá em casa: Botafogo, Coritiba e Santos; Atlético, América e Atlético-PR fora. O Galo recebe o Flamengo, Palmeiras e São Paulo e visita o Coritiba, Santa Cruz e Chapecoense.

Com a vitória em Salvador o Cruzeiro chegou aos 41 pontos e praticamente selou a permanência na Série A. Tem pela frente o Fluminense, Santos e Corinthians, em casa; Atlético-PR, Sport e Internacional, fora.

 

Decisão diferente

Mineiros e gaúchos farão uma semifinal e final de Copa do Brasil diferente. Grêmio e Cruzeiro são os maiores vencedores da história  da competição e essa tradição “copeira” terá um tira-teima especial entre eles. O Inter mal no Brasileiro, mas foi bem nas quartas de final, eliminando o Santos. No sistema mata-mata a estratégia adotada pelo treinador costuma ser decisiva.

 

Embaixo

Os quatro rebaixados também estão praticamente definidos. América e Santa Cruz já pensam na disputa da Série B 2017. O Vitória, pelo time ruim que tem, deverá seguir o caminho, e a última vaga possivelmente será do Figueirense, que também é bem fraco. Coritiba e Sport podem entrar nessa briga. O Internacional vem reagindo e tem elenco para se segurar.

 

Bem na fita

RAFAEL

O goleiro Rafael mostra a cada jogo que o Cruzeiro está muito bem servido na posição. Além de atuações seguras, também é especialista na defesa de pênaltis. Contra o Vitória foi o quarto em cinco que ele defendeu. Não está dando motivos para nenhum torcedor reclamar da ausência do Fábio, que só retorna em 2017.

 

Recomeço

A dupla Enderson Moreira e Ricardo Drubsky tem tudo para fazer um ótimo trabalho no futebol do América. Agora como diretor de futebol, Drubsky já trabalhou com Enderson nas categorias de base, do Santa Tereza e do Cruzeiro. No Santa, Enderson era volante, capitão do time. E foi o Drubsky que o incentivou a se tornar treinador.

Já começam montar o Coelho para a temporada do ano que vem.


Secretário Nacional de Esportes, Gustavo Perrella acha que ingresso do futebol tem que custar caro mesmo

Se depender do atual governo, a elitização do futebol vai ser consolidada e o povão cada vez mais longe dos estádios. Ocupando o cargo de Secretário Nacional de Futebol e de Defesa dos Direitos do Torcedor, Gustavo Perrella falou sobre isso e outros assuntos (inclusive sobre o helicóptero) em entrevista à Folha de S. Paulo:

* “Não adianta pagar milhões a jogadores e não cobrar, diz secretário de futebol”

CAMILA MATTOSO
DE BRASÍLIA

Há três meses no cargo, o secretário Nacional de Futebol e de Defesa dos Direitos do Torcedor, Gustavo Perrella, 33, diz que não vê problema nos preços altos de ingressos praticados pelos clubes.

“O futebol é caro”, afirma à Folha. Segundo ele, “a conta tem de fechar”.

Ele é filho do senador e ex-presidente do Cruzeiro José Perrella (PDT-MG), e foi escolhido para o cargo no Ministério do Esporte durante o período de interinidade do presidente Michel Temer.

Dono, junto com o pai, do helicóptero encontrado pela Polícia Federal no fim de 2013 com 445 kg de cocaína, o secretário se incomoda pelo episódio ser lembrado até hoje. Não foram achados indícios de participação dos dois no caso e, por isso, nunca responderam judicialmente.

Perrella faz ainda um alerta ao defender a ajuda do governo aos clubes: “Eles estão indo à falência”.

Além disso, defende mudança do calendário do futebol brasileiro para deixá-lo semelhante ao europeu.

Escolas nos clubes
O meu sonho é implantar escolas dentro dos clubes brasileiros. O atleta que não sair como jogador vai sair com formação de vida. Não sabemos ainda como vai ser exatamente. Pode ser uma plataforma online, por exemplo.

Calendário do futebol
Tem de ser revisto. É uma briga antiga. Dentro de um grupo de trabalho, a gente vai poder dar sugestões [para a CBF]. Vamos ouvir os atletas também. Eu acho que uma saída é ajustar ao calendário europeu. Principalmente pela questão das transferências dos atletas. Você monta um time hoje sem saber se vai chegar com o mesmo ao fim do campeonato.

Elitização dos estádios
Houve uma modernização grande. Os estádios estão prontos para receber todo tipo de evento. O país está repleto de estádios. O futebol é um esporte muito caro. A gente vê os salários que os jogadores recebem, multimilionários. O clube tem de criar receitas. Vejo o futebol como um espetáculo. A conta tem de fechar. Não adianta você pagar milhões para jogadores e não cobrar nada de quem está lá assistindo a esse show. Eu não vejo como essa conta fecha.

Salários dos jogadores
Não é um problema do Brasil, é do mundo. O jogador é um artista. Quem sou eu para mensurar o que uma pessoa tem direito a ganhar? Tudo é um mercado. Não dá para ter salários minúsculos aqui se lá fora oferecem grandiosidades.

Dirigentes “eternos”
Isso eu não concordo. Eu defendo a profissionalização das federações, que é o que está na Lei Profut [de refinanciamento de dívidas de impostos]. As federações precisam modernizar as gestões. Se fizerem isso, vão somar.

Del Nero sob investigação
Afetou o futebol de forma geral, já que a Fifa também teve problemas. Defendo a transparência, que as investigações aconteçam para que os culpados sejam punidos.

Campeonatos estaduais
É uma das coisas que pesam no calendário. Temos de lembrar que o futebol é mais do que apenas os maiores clubes. A importância dos Estaduais é para os clubes menores.

Interferência do governo
Parece um jeito pesado de dizer, mas vejo como a salvação. Os clubes estão indo à falência. Se não tivessem a oportunidade que tiveram, com a Lei Profut, se o governo não tivesse estendido a mão, não haveria um caminho bom para o futebol no futuro.

Episódio do helicóptero
Me incomoda muito. A situação é que nunca houve nenhum processo. A polícia sabia desde o começo da nossa isenção. A quadrilha estava grampeada havia muito tempo. Eu fui falar por vontade própria, porque realmente nunca teve um processo sobre isso. Todo mundo que tem um motorista pode ter um dia ele sendo pego por alguma coisa. Fui penalizado pela imprensa, julgado. A imprensa fez de um jeito para prejudicar a nossa imagem. Como figura pública, estou sujeito a isso.

Relação do pai com a “bancada da bola”
Nunca vi o senador [José Perrella] defender os interesses da CBF. Ele defende os interesses do futebol. Mas sugiro que você pergunte isso a ele. A secretaria vai defender o futebol, não vai defender o interesse de ninguém especificamente.

Impacto da crise política
Eu não falo nem só por mim. Todo país que vive mudança de governo afeta a vida de todas as pessoas.

Esporte universitário
Tem um modelo que funciona muito bem nos Estados Unidos. O aluno recebe bolsa de estudos para jogar. Acho que temos de criar um grupo ministerial para que a gente possa pensar nisso. Vamos ver se é viável criar algo assim aqui no Brasil. Um dos nossos primeiros projetos é criar um grupo de trabalho para levantar dados do futebol.

RAIO-X GUSTAVO PERRELLA

Nome
Gustavo Henrique Perrella Amaral Costa

Nascimento
12.mai.1983, em Belo Horizonte (33 anos)

Formação
Administração de empresas

Cargos mais importantes
Secretário Nacional de Futebol e de Defesa dos Direitos do Torcedor (desde junho deste ano)
Deputado estadual em Minas Gerais (cumpriu um mandato, entre 2011 e 2015)
Vice-presidente de futebol do Cruzeiro Esporte Clube (entre 2009 e 2010)

http://www1.folha.uol.com.br/esporte/2016/09/1814580-nao-adianta-pagar-milhoes-a-jogadores-e-nao-cobrar-diz-secretario-de-futebol.shtml


O compromisso não cumprido por Aécio em relação ao Mineirão e as consequências na política mineira e nacional

“Política é como nuvem. Você olha e ela esta de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”, esta frase atribuída ao governador Magalhães Pinto, retrata bem o que é a política, que muda de acordo com o momento e com a geografia.Mauricio Macri, ex-presidente do Boca Juniors, conseguiu superar a rivalidade da torcida do River e foi eleito presidente da Argentina. Quando o nome do Alexandre Kalil foi ventilado para uma possível candidatura a prefeito de Belo Horizonte, os analistas políticos diziam que seria impossível o fenômeno Macri se repetir por aqui.

Quando o processo eleitoral estava começando, um cruzeirense abordou Kalil:

__ Me dê pelo menos um motivo pra votar em você.

E ele respondeu:

__ O que fiz no Atlético.

Entre desconcertado e surpreso, o cidadão estendeu a mão a ele e disse:

__ FDP! Me convenceu!

Os números das pesquisas estão mostrando que a política mineira pode passar por uma guinada histórica e ganhou contornos nacionais. Ontem, depois da apresentação dos resultados do Ibope, a comentarista Renata Lo Prete, disse na Globo News, que o tucano Aécio Neves poderá ver as suas pretensões presidenciais de 2018 enterradas, caso o candidato dele seja derrotado aqui, já que Geraldo Alkimin, o governador de São Paulo, concorrente na indicação tucana, elegeu o dele, João Doria, no primeiro turno na capital paulista.

Interessante é que as divergências do Kalil com o Aécio começaram quando o então governador descumpriu o compromisso em relação ao novo Mineirão: a gestão seria entregue a Atlético, Cruzeiro e América depois da reforma, mas acabou indo para três empreiteiras que formaram o Consórcio Minas Arena.

Hoje o portal da revista Veja também mostra a nacionalização da campanha em nossa capital. Com dois equívocos: Kalil não chegou a se graduar em Engenharia, e a empresa dele teve a falência anulada pela Justiça anteontem.

“Ibope: Alexandre Kalil ultrapassa João Leite em Belo Horizonte

Empresário tem 54% das intenções de voto válido, contra 46% do deputado estadual”

“Quem é o ex-cartola que pode derrotar o afilhado de Aécio em BH”

Vitória de Alexandre Kalil, que presidiu o Atlético-MG por seis anos e que sustenta o discurso antipolítico, seria o pior pesadelo do senador tucano

Gabriela Terenzi

Alexandre Kalil (PHS-MG) estreou na política neste ano como postulante à Prefeitura de Belo Horizonte e, em pouco tempo, tornou-se a maior pedra no sapato de Aécio Neves (PSDB-MG).

O tucano é o principal fiador da candidatura de João Leite (PSDB-MG), deputado estadual por seis mandatos, que vinha liderando todas as pesquisas de intenção de voto até esta quinta-feira, quando o Ibope acusou a virada de Kalil: 54% das intenções de voto, contra 46% do deputado.

Presidente do Atlético-MG entre 2008 e 2014, o “outsider” Kalil não teria chegado até aqui sem a fama que conquistou como cartola. De estilo “sem papas na língua”, é amado e odiado. (mais…)


Nessa o Fluminense dançou: STJD ignora leitura labial e devolve os pontos ao Flamengo

Sandro Meira Ricci não citou a conversa que teve com o inspetor do jogo que o informou que a TV mostrou que houve impedimento e com isso se livrou de uma punição e garantiu a manutenção do resultado.

Do Uol:

* “STJD arquiva pedido de anulação do Flu. Fla volta aos 60 pontos”

O STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) arquivou o pedido do Fluminense pela anulação do clássico com o Flamengo. O tribunal considerou não existir fundamentação necessária para levar o caso ao plenário com as bases apresentadas pelo Tricolor das Laranjeiras. Desta forma, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) já atualizou a classificação em seu site, devolvendo os três pontos da vitória por 2 a 1 ao Rubro-negro, levando-o aos 60 pontos – quatro a menos do que o líder Palmeiras.

O Flamengo, por meio do advogado Michel Asseff Filho, já havia pedido a anulação do julgamento. O procurador Felipe Belivacqua alegou falta de provas e encaminhou o documento para a decisão do presidente Ronaldo Piacente. Não cabe recurso.

“O Flamengo recebeu com muita alegria a decisão do STJD de arquivar a denúncia feita pelo Fluminense visando a anulação do jogo e estava, desde o início, bastante tranquilo porque não houve interferência externa e seria uma verdadeira injustiça invalidar o jogo por conta da correta anulação de um gol ilegal do clube adversário. Foi uma vitória importante que vai representar um combustível a mais para o jogo de domingo (contra o Corinthians). Os jogadores, com isso, estão vendo que a diretoria está fazendo de tudo para dar totais condições de jogo para que eles conquistem o heptacampeonato”, declarou o vice-presidente jurídico rubro-negro Flávio Willeman.

O Fluminense solicitou a anulação do jogo na última segunda-feira (17) por entender que houve interferência externa sobre a arbitragem em uma marcação de impedimento de Henrique. (mais…)


Clubes arrancam o couro do torcedor no Brasileiro e a CBF nas eliminatórias

O ingresso para qualquer jogo do campeonato nacional é caro para os padrões do trabalhador brasileiro, mas os clubes alegam que os investimentos são altos e não têm como amaciar. Aí a seleção vem jogar no Mineirão contra a Argentina e o preço do ingresso fica mais caro ainda. Uma seleção que não tem nada a ver com o nosso torcedor, que entretanto, é atraído pela festa.

A Úrsula Nogueira, chefe de esportes da Itatiaia, aborda este tema na coluna dela no portal da rádio:

* “Arrecadem menos, cativem mais!”

Belo Horizonte vai receber, no próximo dia 10, o clássico entre Brasil e Argentina, válido pela 11ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia.

Uma reunião para definir as primeiras questões da partida foi realizada na última segunda feira (17) na sede da Federação Mineira de Futebol (FMF). Entre os vários assuntos discutidos entre FMF, CBF e Mineirão estavam os valores dos ingressos, que, por sinal, só serão divulgados nesta sexta-feira. As vendas terão início só na próxima segunda.

Apuramos que os valores podem custar de R$ 180 a R$ 600. E pasmem: quem quiser ir de camarote terá que pagar R$ 1.000 por pessoa. Em entrevista ao repórter Bruno Azevedo, o presidente da FMF, Castellar Guimarães Neto, disse que os ingressos terão o preço de acordo com o espetáculo. Aí eu tenho que admitir que o futebol está virando evento elitizado.

Não estou aqui para questionar a grandiosidade de Brasil e Argentina, mas não acho que uma partida de Eliminatórias tenha a mesma importância que um jogo pelas quartas de final da Copa do Mundo, por exemplo. E explico o motivo da minha comparação: dos ingressos para assistir aos jogos das quartas de final da Copa de 2014, o mais caro custou R$ 660 (inteira) e quem foi no setor mais barato pagou R$ 170. Qual a justificativa para se cobrar mais caro em uma Eliminatória?

Não é novidade para ninguém que faz algum tempo que o torcedor brasileiro está desacreditado da Seleção. Sei também que as performances de Tite estão nos empolgando mais para sentar e assistir a um jogo. Mas é o suficiente para acreditar que teremos um Mineirão lotado no dia 10 de novembro? Sinceramente, acredito que não. E se atingirem a carga máxima eu ficarei surpresa. Segundo informações, a venda on-line deve durar em torno de 40 minutos. Pasmem. Ficarei mais perplexa ainda. Tomara que eu queime a língua.

Estamos vivendo uma crise financeira em que o primeiro corte que fazemos no nosso orçamento é com as despesas com o lazer. Basta analisar a queda no número de sócios-torcedores dos clubes e a baixa média de público nos estádios. É notório. Não há o que questionar.

A CBF precisa resgatar a confiança do torcedor, e gostaria que essa fosse também uma de suas preocupações.

Se colocam os preços mais acessíveis, conseguiriam atingir um público maior, atrair pessoas que nunca assistiram a uma partida da seleção e que, consequentemente, empurrariam o time com seus gritos e ganhariam o jogo. E aos poucos, a confiança voltaria. O interesse também! Até as vendas das camisas aumentariam, novos ídolos surgiriam e os títulos seriam apenas uma consequência.

A decisão de trazer o clássico para Belo Horizonte foi em junho. Estamos no dia 20 de outubro e as vendas só iniciam na próxima segunda-feira. Por que não colocaram pra vender logo após a vitória do último jogo, em Natal?

São coisas que eu não entendo ainda. Quem sabe um dia?

http://www.itatiaia.com.br/blog/ursula-nogueira/arrecadem-menos-cativem-mais

 


Bom demais assistir a uma final entre mineiros e gaúchos

Só mesmo rindo para assistir a grande parte dos companheiros da imprensa de São Paulo, com cara de tacho, tentando encontrar explicações para as eliminações do Corinthians e Palmeiras da Copa do Brasil. E pior: não há nenhum paulista nem carioca nas semifinais, mesmo com o dinheirão absurdo que captam, muito acima de clubes de qualquer outro estado.


Noite de Ábila e Arrascaeta!

Comentário do Alex Souza:

“Cruzeiro abriu o placar. Houve uma pressão dos atacantes e Fagner saiu jogando errado. Sóbis interceptou a bola e acionou Robinho que dominou e acionou De Arrascaeta que cruzou para conclusão perfeita de Ábila, sem chances para Walter.”

TRANÇA PÉ: A 20’ De arrascaeta recebeu bom passe de Edimar. Ia em velocidade e foi tocado, por trás, pelo zagueiro Pedro Henrique. De forma hilariante a falta não foi assinalada e os comentarista de tv alegaram que ele tropeçou. Como? Sozinho? O jogador ia chutar de perna esquerda e foi impedido “por uma faltinha à toa”… Sei.

PASSE DO AUXILIAR: Até onde se sabe auxiliar corre fora do gramado. Parece que houve alguma mudança não divulgada nas regras. Bruno Rodrigo protegeu uma jogada na esquerda, a 22’, e o atacante corintiano chegou chutando para fora. A bola ia tomando a direção da linha lateral e o auxiliar Fabrício Vilarinho, visivelmente dentro do campo, interceptou a bola com a canela.

RECUO, FALHA E GOL DE EMPATE: Depois da pressão inicial e do bom começo o Cruzeiro foi parando. A equipe passou a dar toques laterais e aceitando o domínio territorial corintiano. O Corinthians vinha insistindo na bola alta e levando vantagem contra a defesa azul. A 34’ Guilherme passou uma bola a Uendel, livre na esquerda. Um lance em que Sobis marcava de longe, contudo, a defesa estava bem postada. Uendel cruzou alto na segunda trave e o “nanico” Edimar perdeu o lance de cabeça para o “gigante” Rodriguinho, que testou sem chances, no ângulo do gol de Rafael.

DISPLICÊNCIA: A 43’ De Arrascaeta ganhou a jogada da defesa e partiu livre para a área corintiana. Tinha Ábila e Sobis livres, em velocidade, três contra um, e tocou errado, facilitando o corte de Fagner, que impediu o 2º gol azul. (mais…)