Blog do Chico Maia

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Futebol em baixa, preços nas alturas

Preços salgados e limitações à quantidade de bebida alcoólica por pessoa em todos os estádios da Copa América. Com a nossa “caipirinha” presente, e cara.

Por mais incrível que pareça este jogo contra o Haiti, da prateleira de baixo do mundo da bola mundial, poderá vir a ser um divisor de águas em nosso futebol. Caso não vença por uma boa diferença de gols, a seleção brasileira correrá o risco de ficar fora da próxima fase da Copa América, na última rodada, numa disputa contra Equador e Peru por duas vagas. Esta edição da competição não tem a classificação de melhor terceiro colocado como é tradicionalmente na disputa Sul-americana. A não classificação significaria o fim da nova “Era Dunga” na seleção, que até agora não empolgou a ninguém. Nem no Brasil e nem aos brasileiros e estrangeiros que moram nos Estados Unidos. Em Los Angeles os treinos não atraíram ninguém, na Flórida, pouquíssimos torcedores.

Aliás, a própria Copa América Centenário é como se não existisse para o grande público norte-americano, que até segunda-feira estava ligado na final do hóquei deles, entre o Pinguins, de Pistsburgh e o Sharks, de San José, além dos play-offs de uma das maiores paixões deles que é o basquete, entre o Warrios (Oakland) e Cavaliers (Cleveland), que continuam rolando.

Os latinos, que são os grandes consumidores do “soccer” e enchem os estádios, estão reclamando dos preços dos ingressos e demais componentes para se assistir a qualquer jogo em algum estádio. O ingresso numa posição intermediária, correspondente a uma arquibancada, custa U$ 150. O estacionamento no entorno, inacreditáveis U$ 60. Um refrigente U$ 10, cerveja, 300 ml: U$ 13; água, U$ 6; “lemonade” a nossa caipirinha: U$ 14, um sanduiche: U$ 20 e por aí vai.
Futebol fraco, sem estrelas, por preços como estes, não tem como atrair multidões. Na imprensa em geral pouco ou nada se vê. A única rede de TV que tem dado uma boa cobertura é a Fox. Nos jornais, poucas linhas e poucas fotos. Na Califórnia e na Flórida, algumas rádios no idioma espanhol transmitem os jogos.

Demissões caras
As precoces quedas do Mano Menezes do Shandong Luneng e do Vanderlei Luxemburgo do Tianjin Songjian, repercutiram muito na seleção. Não só porque eles já a comandaram, mas também pelo fato do Shandong ser o time do zagueiro Gil, titular da equipe do Dunga, e também de grandes jogadores do nosso futebol, como Diego Tardelli, Montillo e Aloisio. No agora ex-time do Luxemburgo jogam Luiz Fabiano, Jadson e Geuvânio. Ambos os treinadores voltam com os bolsos cheios de dinheiro, mas, com arranhões profundos em suas imagens. Os chineses não estão dando mole e querem retorno dos investimentos.

Crime e castigo
Li no portal do O Tempo que o presidente do Senado Renan Calheiros considerou o pedido de prisão dele, do ex-presidente José Sarney e do senador Romero Jucá, pela Procuradoria Geral da República como “desproporcional e abusiva”. Aqui nos Estados Unidos o ex-governador de Illionois cumpre 14 anos de cadeia em regime fechado por corrupção. O último Sherife da Califórnia, eleito para quatro anos de mandato, perdeu o cargo por uma suposta agressão à esposa. Por essas e por outras que os marginais pensam 100 vezes antes de agir por aqui. A sensação de segurança é da melhor qualidade, nas ruas e em qualquer horário.


Consequências da falta de comando

Quando chega o momento de entrar em qualquer estádio é hora de baixar aplicativos e mensagens no celular para a conferência da leitora de códigos. O papel cada mais uma espécie em extinção.

Os 53.158 pagantes saíram vaiando os dois times no Rose Bowl, com toda razão. Brasil e Equador ficaram devendo e o torcedor brasileiro incomodado com a falta de perspectivas desse grupo, sob o comando do Dunga, cuja principal justificativa é que está montando uma nova seleção. A maior preocupação não é nem a conquista dessa Copa América, mas o risco de ficar fora de um Mundial pela primeira vez na história. Os russos contam com a força midiática e comercial da “seleção canarinho” para vender devidamente o peixe deles para 2018. O Brasil já os desfalcou na Copa das Confederações de 2017 ao não conquistar a Copa América do Chile ano passado.

Contra o Equador o time ainda contou com a ajuda do árbitro chileno Julio Bascuña que invalidou gol legítimo do Bolaños, que chutou da linha de fundo e o Alisson tomou um maiores frangos da história da seleção.

Além da questionável competência do Dunga outro tema se impõe para discussão: temos jogadores de qualidade para formarmos uma grande equipe? Ou estamos na vala comum da maioria dos países famosos por terem um passado glorioso e presente como qualquer outro? Assim como os antecessores no cargo o atual treinador convoca praticamente todos que atuam no exterior, mas temos atletas melhores jogando no Brasil?

Os colegas da imprensa internacional nos fazem perguntas como essas e as respostas não são conclusivas e nem unânimes. Cada um pensa uma coisa e só há um consenso: a falta de comando da CBF atrapalha. Nos tempos do Ricardo Teixeira todos sabiam quem mandava, gostando ou não dele ou de seus subordinados. Aqui, o chefe da delegação seria o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Melo, que no dia do embarque agradeceu e ficou no Rio para debelar a crise que se instalava no clube dele.

Gangorra
Encastelado em São Paulo o presidente Marco Polo Del Nero manobra politicamente para se manter no cargo, não se enrolar na CPI da entidade que ele preside, instalada em Brasília, e não acompanha a seleção no exterior para não ser preso. Além da falta de credibilidade gerada por essa gangorra institucional, questões práticas são afetadas e prejudicam a seleção. Ano passado o empresário João Dória, indicado para chefiar a delegação no Chile, caiu fora antes da hora e o Brasil não teve um chefe de delegação presente em Santiago para recorrer contra a punição aplicada ao Neymar, desfalcando a seleção nas eliminatórias.

Tecnologia
Os norte-americanos usam os avanços da tecnologia para facilitar o dia a dia deles e na organização da Copa América não está sendo diferente. Pouquíssimas pessoas para resolver alguma coisa presencialmente, nos estádios ou centros de imprensa. Tudo na base do celular, do wifi e do e-mail. Ao questionamento “não recebi o meu ingresso” uma pessoa ou uma maquina pede o “código de acesso”. Diante da devida informação, chega outra: “dentro de no máximo dez minutos você o receberá em sua caixa de mensagens”. E assim é feito! Você baixa o código, apresenta a tela do telefone ao porteiro, que com uma leitora digital libera o acesso para a entrada ou não.


Taffarel manda lembranças

A Califórnia, assim como o mundo amanheceu triste no sábado com a notícia da morte de Muhhamad Ali, com os canais de TV mostrando imagens dele dentro e fora dos ringues. A sexta-feira também tinha sido de nostalgia, porém, de boas lembranças, principalmente do ex-goleiro Cláudio André Taffarel, atualmente membro permanente da comissão técnica do Dunga na seleção. Simpático como sempre ele atendeu a imprensa e fãs ao se posicionar debaixo das traves onde 22 anos atrás ele defendeu pênaltis e o mundo viu Roberto Baggio chutar pra cima, na final da Copa de 1994. Era o Tetra! O estádio Rose Bowl é o mesmo, Taffarel continua a gentileza em pessoa, porém os raros fios de cabelo estão cada vez mais brancos.

Tive o prazer de bater um papo por alguns minutos com ele que ao me ver fez questão de chamar-me. Disse que estava ansioso para saber notícias de Minas, onde além de jogar, teve franquias de sua escola de futebol, e onde não vai há alguns anos. Estava trabalhando na Turquia, por isso os contatos com o Brasil nos últimos anos passaram a se resumir a Porto Alegre, a sua terra.

Taffarel perguntou por tudo e por todos de Belo Horizonte, que segundo ele, foi uma das melhores cidades onde já morou e deixou grandes amigos. Disse também que apesar de todas as dificuldades da época, foi muito feliz no Atlético e tem um carinho especial pelo clube e pela torcida que o acolheram tão bem. Mas não tem saudades da diretoria daqueles tempos, comandada pelo Paulo Curi. Não guarda mágoa de ninguém, mas foram tempos difíceis financeiramente, com salários atrasados, de jogadores e funcionários. Ele marcou sua passagem pelo futebol mineiro não só pelas grandes atuações com a camisa do Galo, mas pela solidariedade com funcionários mais humildes do clube, que mais sofriam com os atrasos salariais.

TAFAREL1

Passados 22 anos daquela final vitoriosa contra aa Itália, Taffarel posou com companheiros de comissão técnica e até jornalistas no mesmo gol onde o mundo o viu fazer grandes defesas e Baggio chutar pênalti pra cima

Diferença de comportamento
O estádio Rose Bowl recebeu um “banho de tinta” e ficou pronto para esta Copa América. Quase a mesma coisa de 22 anos atrás , quando foi palco da final de uma Copa do Mundo. Diferente das autoridades brasileiras, aqui optam pela praticidade e economia. Um estádio confortável, mas sem luxo e ostentações. Certamente ninguém se aproveita de comissões por fora, o que encarece obras públicas e inviabilizam bons projetos. Fico lembrando os suntuosos estádios brasileiros para Copa de 2014 e quanta gente se beneficiou indevidamente de tantas obras públicas. Ainda bem que a operação Lava-Jato está mostrando muita coisa.

Duas Pasadenas
O tráfego para se chegar e sair do Rose Bowl também é um bom exemplo a ser seguido. Construído às margens de um complexo viário, facilita a vida de motoristas e de quem se utiliza de transporte público em Los Angeles e Pasadena, uma bela cidade também, cujo estádio fica a 32 quilômetros do centro de Los Angeles. Mais ou menos Betim em relação a Belo Horizonte. Aliás, a Pasadena do Rose Bowl não é a mesma da polêmica Pasadena daquela aquisição mal explicada da Petrobras, que derrubou muitas reputações brasileiras. Essa fica no Texas, a mais de dois mil quilômetros de distância daqui.


O primeiro mundo apanha na organização da Copa América

Com a sua realização em um país de “primeiro mundo” era de se esperar uma Copa América perfeita ou quase, em termos de organização. Mas é isso que estamos vendo e sentindo na pele; muito pelo contrário. Faltam informações básicas para a imprensa e consequentemente para o público. Nem os informes e facilitações que os jornalistas têm em toda competição desse tipo estão à disposição. As retiradas da credencial oficial e do passe para estacionamento são feitas em um inacreditável e minúsculo container, que até tem ar condicionado, mas não cabe ninguém e as enormes filas formadas em seu redor pingam suor com o calor causticante da Califórnia. Dentro do container, duas gentilíssimas jovens e senhor, que fazem o que podem, mas não dão conta de atender rápido a centenas de jornalistas que chegam a cada minuto.

Este ano organização resolveu inovar na distribuição dos ingressos para a tribuna de imprensa e criou um novo canal do “Media Channel”. Ótima intenção, mas muitos companheiros não souberam acessar o sistema e dá-lhe problema. Onde resolver? Acredite: no tal container. Coitadas das moças, com mais serviço; coitados dos jornalistas, voluntários e funcionários que também têm de recorrer ao mesmo local para resolver as suas pendências. Para complicar os computadores com as suas câmeras e impressoras trabalham no ritmo de “lenha verde e molhada”. Volta e meia travam! Ufa! E estamos nos Estados Unidos da América! Mas, por incrível que pareça não está rolando stress. Os jornalistas andam pacientes. Até mesmo os mais esquentadinhos, que se acham estrelas estão diferentes aqui. Talvez por medo de perder o emprego, em função dessa crise que afeta também a mídia, talvez por saber que nos Estados Unidos, apelar é pior ou talvez até mesmo porque os funcionários e voluntários do comitê organizador são tão gentis que o sujeito fica constrangido de ser grosso.

DENTRODOCONTAINER

Dentro do container

Tudo verdade
Na realidade o mais certo é que todos esses “talvez” são verdadeiros. Não me lembro de uma disputa dessas envolvendo a seleção brasileira que tenha tão poucos jornalistas e veículos de comunicação cobrindo. De Minas, apenas eu, dos jornais O Tempo e Super Notícia, e mais um colega de outro veículo. Também faço boletins diários para a Rádio Alvorada FM. A Rádio Gaúcha enviou o repórter Sérgio Boaz e faz as transmissões dos estúdios mesmo, no famoso “off-tube”. A Rede Globo que manda em torno de, no mínimo, 100 profissionais para toda Copa América, nessa mandou 12. Os veículos do Nordeste, sempre bem representados, ninguém dessa vez.

POUCAGENTE

Poucos jornalistas cobrindo o jogo da seleção

Latinos e as meninas
Conforme o previsto a maioria absoluta do público pagante nos estádios é latina. Poucos norte-americanos, que continuam arraigados maciçamente nas modalidades que mais gostam: o futebol deles, beisebol e basquete. Por incrível que pareça o futebol feminino aqui tem mais força que o masculino já que envolve as escolas, as universidades e é tratado como fator de saúde pública. No Brasil nossas autoridades políticas e esportivas nem sonham o que é isso. Tratam o assunto como se fosse apenas uma atividade de lazer. É triste, mas não existe política de incentivo ao esporte em nosso país.


Futebol feio e necessidade de vencer o Haiti na quarta-feira

O jogo foi ruim mas nenhum jornalista tem o que reclamar da ótima tribuna de imprensa do estádio Rose Bowl, onde a colega equatoriana Mônica Cruz se ajeita apara iniciar os trabalhos

Jogo fraco 0 a 0 entre o time do Dunga e o Equador. E os verde-amarelos ainda contaram com a ajuda do árbitro chile Julio Bascuña que invalidou um gol legítimo do Bolaños, que chutou da linha de fundo e o Alisson estava tomando um maiores frangos da história do futebol. A bola não saiu no ato do cruzamento.
Os 53.158 pagantes saíram vaiando os dois times na saída do Rose Bowl, com toda razão.


Daqui a pouco a bola rola na Copa América, em que há negócios, esquemas e até futebol!

O jornal espanhol Marca, que circula no centro de imprensa de Pasadena, publicou mapa com as distâncias das sedes desta Copa América

Há um consenso na imprensa que cobre a Copa América que esta é uma competição organizada por encomenda, para tentar eliminar provas contra a corrupção que marcou durante décadas as relações dos presidentes de federações e confederações com os negociadores de direitos de TV e publicidade. Só que a cartolagem que encomendou a disputa foi parar na cadeia quase um ano atrás, quando não dava mais tempo de cancelá-la. E entre todos os presidentes das federações da América do Sul, o único que não está aqui para as solenidades de praxe, inclusive na abertura, é o da CBF, Marco Polo Del Nero, na mira do FBI.

Para se comemorar os 100 anos do torneio entre seleções mais antigo do mundo, da Confederação Sul-americana (Conmebol), o fazem nos Estados Unidos, filiado à Concacaf (Confederação de Futebol para Norte e América Central e do Caribe). Num país de extensão continental as seleções são obrigadas a percorrer distâncias absurdas em curto espaço de tempo. Mas mesmo assim a previsão dos organizadores é que será um sucesso de público, já que a população latina deverá comparecer em peso aos estádios, assim como foi na Copa do Mundo de 1994.
Por falar em Copa, sobraram apenas três jogadores daquela seleção do Felipão, que tomou de 7 a 1 da Alemanha em Belo Horizonte, em 2014: Daniel Alves, Willian e Hulck. Neymar não está porque o Barcelona mandou a CBF escolher, entre a Copa América e os Jogos Olímpicos. Dunga tenta montar um time com jogadores desconhecidos da maioria dos torcedores, tanto estrangeiros quando brasileiros. O interesse de fãs pelos treinos tem sido muito pequeno em comparação com seleções anteriores nestas competições. Mas, dá para o gasto na primeira fase, em que duas seleções se classificam em cada grupo. Único adversário mais duro é o de hoje, Equador. Haiti e Peru devem apenas figurar.

Será que bebeu?
Ninguém entendeu a declaração de Jurgen Klisnman, o técnico alemão da seleção norte-americana de que a Copa América supera a Eurocopa em qualidade. Pode ser que ele esteja querendo fazer uma média geral aqui, já que o cargo dele está em risco por causa dos altos e baixos do time. Em nenhum aspecto este torneio tem a mínima chance de ser comparado ou superar o similar europeu, que é conhecido como uma Copa do Mundo “sem Brasil e Argentina”. Além da quantidade de grandes jogadores a Eurocopa é um modelo de organização, coisa que nem aqui nos Estados Unidos a Copa América está conseguindo seguir o exemplo.

Maluco de tudo
A campanha presidencial domina o noticiário na imprensa de Los Angeles. Hilary Clinton e Donald Trump estão nas redondezas para as primárias democratas e republicanas da Califórnia. Quinta-feira, em San José, perto de Santa Clara, cidade da abertura da Copa América, o pau quebrou entre seguidores do Trump e quem teme as propostas malucas dele. Ovos e porrada pra todo lado. As pessoas aqui acham que ele não tem chances de ser eleito, mas que em política tudo é possível acontecer, e se isso ocorrer, o mundo que se prepare para mais confusão do que já vive.


Mesmo sem intenção, Giovani Augusto volta a dar trabalho ao Galo na Justiça

Até “ex-empresários” querem se aproveitar da Lei Pelé.

No blog do Perrone informações bem interessantes sobre os altos interesse$ no mundo do futebol. Vejam as senhoras e senhores a força que a Lei Pelé deu aos empresários comerciantes de jogadores, que hoje dominam o futebol brasileiro, tanto na base quanto no profissional. A maioria nunca chutou uma bola, mas ganha muito mais que a maioria dos atletas. Se clubes com corpos jurídicos fortes têm de se virar para não serem lesados, imaginem os pequenos país afora, quase todos morrendo nas mãos dessa turma ou perdendo jovens jogadores, ainda na formação já que a lei favorece mais aos atravessadores do que o próprio jogador ou ao seu formador.

Neste caso contado pelo Perrone, acredito que o Atlético sairá vitorioso, porque tem um corpo jurídico da prateleira de cima, mas, dá trabalho e quando se fala em “justiça”, tudo pode acontecer. É aquela história: o sujeito joga o barro na parede, se colar, colou! E muitas vezes, cola.

* “Empresários tentam na Justiça bloquear pagamento do Corinthians ao Galo”

Os ex-empresários de Giovanni Augusto tentam na Justiça fazer com que o Corinthians deposite em juízo a última parcela da compra do jogador junto ao Atlético-MG. A prestação de 708.750 euros vence no próximo domingo.

Na última quarta, Roberto Mafra Vincentini e a Empenho Consultoria e participações, de propriedade de Marcos Trabulsi Ashcar, entraram com um recurso contra decisão da Justiça de Minas Gerais, em primeira instância. A sentença negou liminar para que o pagamento ou 22,5% dele seja feito em juízo. Agora eles aguardam nova manifestação da Justiça.

Os dois alegam que apresentaram o meia ao Galo e que o clube renovou o contrato do jogador em fevereiro de 2016 sem consultar a dupla. E que, além disso, o clube fez uma nova divisão dos direitos econômicos ignorando os 22,5% que pertenciam a eles. Os autores da ação afirmam que o time mineiro tinha obrigação contratual de consultar os parceiros antes de alterações e de manter seus percentuais.

O Atlético, porém, nega a existência da dívida. “Havia um compromisso de repassar o equivalente à fatia deles se o jogador fosse vendido até maio de 2015. A prorrogação do contrato não alterava esse acordo. Só que a negociação com o Corinthians foi depois desse prazo, então, eles deixaram de ter participação.”, disse ao blog  Lásaro Candido da Cunha, diretor jurídico do Atlético. (mais…)


A Copa do medo, para os velhos cartolas

No voo da Copa Airlines, a caminho da abertura da Copa América, o psicólogo e professor universitário, Rolando Lópes Herbas, que assumiu a presidência da Federação Boliviana de Futebol há quatro meses.

 

De Belo Horizonte à Cidade do Panamá são 6h30 de voo e de lá até aqui em Los Angeles mais 6h30, nos excelentes aviões da Copa Airlines que saíram pontualmente no horário de Confins e do Panamá. A espera é de apenas 1h20 no enorme free shop do aeroporto Tucomen da capital panamenha.

CHEGANDO

Visual da chegada à costa da Califórnia

 

No papo vai, papo vem com o gentil senhor da poltrona ao lado, descubro que, coincidentemente estou viajando ao lado do presidente da Federação Boliviana de Futebol, Rolando Lópes Herbas, de uma nova geração de dirigentes Sul-americanos. Depois que o FBI fez aquele estrago na quadrilha que mandava e desmanava no futebol do nosso continente. Herbas é uma figura diferente, quase estranha a este mundo da bola. A conversa começou sobre Belo Horizonte, que ele conhece de ler. Sabe muito sobre Atlético, Cruzeiro e perguntou pelo América, “novo mineiro” da Série A nacional do Brasil. Também perguntou muito sobre a situação econômica e política brasileira. Psicólogo de profissão, advogado por hobby, é professor universitário, foi Secretário Geral da Universidade Federal de Cochabamba, que tem 80 mil alunos, e teve passagem pelo jornalismo, quando estudava psicologia em Buenos Aires. Está prestes a lançar o seu terceiro livro, que deverá sacudir os meio políticos e intelectuais da Bolívia. Revelará fatos de bastidores da crise vivida pela Universidade de Cochabamba, que mexeu com o país ano passado.

Rolando Lòpes está na presidência da federação boliviana há quatro meses. Seu antecessor está preso aqui nos Estados Unidos, pelos mesmos motivos que o José Maria Marin está, e que impedem o atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, de vir acompanhar a seleção brasileira na Copa América. Se pisar em território norte-americano corre o sério risco de ser enjaulado também.

Uma das polêmicas enfrentadas pelo futebol boliviano se refere aos jogos na altitude. Muitas federações defendem que não deveria haver jogos pelas eliminatórias e até Libertadores em La Paz, Potosí e outras cidades acima de 3 mil metros. Lòpes garante que é “assunto superado”, e lembra os estudos encomendados pelo então presidente da FIFA, Joseph Blatter, que motivaram um comunicado da entidade, de que jogar nas alturas não faz mal à saúde, ou “não mata” ninguém. Por via das dúvidas, a primeira providência que ele tomou quando assumiu a federação, foi convidar o novo presidente da FIFA aa visitar La Paz.

Gianni Infantino aceitou o convite e foi recebido com “honras de chefe de estado” na Bolívia. Foi o segundo país visitado por ele, depois de eleito. O primeiro foi o Uruguai. Como gosta de bater uma bolinha, a federação boliviana organizou até um jogo para ele, com a participação de várias ex-estrelas do futebol Sul-americano. O ex-lateral Cafu foi o representante brasileiro. O presidente da Bolívia, Evo Morales, também jogou. Segundo Lòpes, a ordem do novo presidente da FIFA é “varrer” os corruptos. Convenhamos, uma missão quase impossível, principalmente no futebol.

AMAZONIA

De Beagá ao Panamá, no trecho de sobrevoo à nossa amazônia

 

 


Primeira vitória do Cruzeiro, empate no Horto e o Coelhão esta noite

Levir Culpi e Marcelo Oliveira durante o jogo no Independência

No aeroporto da cidade do Panamá lendo os comentaristas do blog com informações e comentários interessantes sobre a vitória do Cruzeiro sobre o Botafogo, o empate entre Galo e Fluminense:

CRU

Vitória magra no primeiro tempo mas com um futebol um pouco mais organizado, nada de convincente. Mas no segundo tempo sofrível, time muito desorganizado, uma bagunça e não tomou a virada do botafogo por pura sorte.
Jesus meu calvário está longe de acabar.

Thiago Oliveira

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O comentário do Igor Tep foi de uma precisão cirúrgica. Existem 5 meias e atacantes na base. Porque não experimentar como fazia Telê Santana? Pra você ganhar jogos dificeis e importantes alguém tem que fazer o diferente. Telê não temia experiementar os jovens que Marcelo siga o sua referencia.

Faltou criatividade no meio campo.
Junior Urso não é e nunca será um camisa dez.
Quando saiu um dos volantes o time retomou as rédeas da partida.
Pablo recompôs a equipe. Não é uma questão se o Junior Urso é um mau jogador. É uma questão tática.
Carlos não tem a mínima condição de ser titular no time do Atlético. Patrick improvisado não dá.
Porque não utilizou o Capixaba e o João Figueredo desde o inicio entrando com a formação natural do Atlético dentro de casa.
Faltou criatividade, como o comentarista da 98Fm Gilbert Campos. Concordo.
Marcelo jogou fora o primeiro tempo com três volantes. Na minha opinião não deveria ter retirado o Donizette. Nestas condições experimentaria um meio campo com Carioca, Donizette, Robinho, Pablo, João Figueredo e Capixaba.
Patrick não é ponta nem atacante. Iuory e Carlos sem condições e insistir nestas escalações será insistir com fórmulas testadas com o fracasso e esperar que estas venham a funcionar.

O trabalho do Aguirre deixou um terrível legado e que a cada dia assombra o Daniel Nepomuceno.

Audisio

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Embora não tenha culpa por causa das lambanças da diretoria, o Marcelo já começa com suas desculpinhas e parece que viu outro jogo. O Flu não virou o jogo por sorte do Galo. No gol do Flu, uma sucessão de falhas do nosso sistema defensivo, meio campo pouco produtivo e ataque inoperante. Situação preocupante, perdendo pontos preciosos em casa e o Indepas já não assusta mais ninguém. Se o DM não agir rápido, Segundona à vista.

Tarcisio Coimba

cam

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Futebol para nós está ficando cada vez mais desinteressante. Os estádios estão todos vazios. Mesmo times com torcidas que sempre comparecem, como Galo, Grêmio e Santa Cruz, estão tendo públicos decepcionantes. O Santa levou menos de 17mil no clássico de ontem, apesar de figurar na parte de cima da tabela. O Grêmio, depois de golear o Galo no Horto, levou pouco mais de 12mil ao seu estádio para consolidar a liderança. Pode ter sido porque escancaram a corrupção. Mas fato é que futebol tem perdido cada vez mais a graça mesmo.

Sebastião

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Atletico esta contratando um jogador que não passou no exame medico do Monaco.
Como assim ?!?!?

Julio César Ramos

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Meus DEUS, agora me chega a notícia de que o atlético está interessado em um zagueiro do goiás chmado felipe macedo, torcedores e cronistas nos twitters dizem que é o pessimo dos pessimos, não tem um elogiando… o galo precisa de um zagueiro de renome e que venha pra ser titular ou que pelo menos faça uma boa sombra pro leo silva e erazo, já que leo silva todos sabem que já não está com o vigor fisico de antes e que provavelmente esse ano seja o ultimo dele na zaga do galo… aí Nepomuceno no desespero já começa a fazer lambança, não aprendeu com os mansurs, emerson conceição, pedro botelhos da vida…
cadê aquele bom zagueiro da urt um tal de se não me engano mauro viana, acho que seria muito melhor que felipe macedo que dizem ser um trapalhão, e ainda estaria voltando de contusão…. meu deus quando entro na internet pra saber as noticias do galo dá até medo, é só noticia ruim…

Leandro Fabrício

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E que o América vença a Ponte Preta esta noite e saia da lanterna! Em casa, não pode perder pontos!


A Copa América que já não mexe tanto com muita gente

Estou a caminho de Los Angeles, onde a partir de amanhã inicio a cobertura da Copa América Centenário, comemorativa aos 100 anos da competição internacional mais antiga da história do futebol. Interessante este contraste: o futebol sulamericano é prateleira de baixo em relação ao europeu, dentro e fora de campo, mas tem este charme, de “mais antiga” disputa entre países.  Porém, dói quando nos lembramos que neste mesmo ano, daqui a três meses, teremos a Eurocopa, que é uma Copa do Mundo sem Brasil e Argentina, em que bilhões são movimentados e os melhores jogadores do planeta estarão em ação. A Copa América é de uma pobreza de dar dó, em todos os sentidos. A começar pela moral, já que todos os ex-presidentes das federações do continente, mais os ex-presidentes recentes da Conmebol (Confederação Sul-americana) estão presos ou aguardando julgamento em prisão domiciliar, nos Estados Unidos ou em seus países de origem. O “nosso” presidente, Marco Polo Del Nero, nem pensa em se arriscar a dar uma chegada por essas bandas. Os moços do FBI, sobrinhos do “Tio Sam” estão doidos para botar a mão nele. O antecessor, Zé Maria Marin, está em Nova Iorque, na domiciliar, com direito a ir à igreja e dar umas voltas no Central Park. Bom demais para quem surrupiou tanto. Que vá logo para as grades.

Confesso que a motivação de uma cobertura dessas não é a mesma de outros tempos, quando ainda havia um glamour em torno do futebol. Hoje é dinheiro e dinheiro, mais dinheiro e ponto final. Essa própria Copa América é uma promoção comercial que visa render dinheiro para os principais atores do processo. O mercado publicitário norte-americano estava aberto a bancar e faturar muita grana e aproveitou o “gancho” da época, “100” anos. E vamos à luta porque o circo não pode parar.

Viajar é sempre um prazer, ainda mais quando temos essa oportunidade fantástica de sair e voltar por Belo Horizonte, sem ter que “baldear” em São Paulo, Rio ou Salvador, para qualquer lugar do mundo. A panamenha Copa Airlines nos deixa nas américas, 76 destinos, 31 países, em voos da melhor qualidade, e a portuguesa TAP, na Europa e “alhures”. Com um detalhe fundamental: mesmo com toda essa crise, a frequência dos voos se mantem e a qualidade dos serviços melhor que nunca.

A seleção do Dunga não empolga ninguém. Minhas atenções continuam no Galo contra o Fluminense; Botafogo x Cruzeiro em Brasília e o América quinta-feira contra a Ponte Preta no Independência. Felizmente com a quantidade e velocidade de informação através das redes virtuais ficamos sabendo de tudo a qualquer hora em qualquer lugar do mundo.