Blog do Chico Maia

Acompanhe o Chico

O acerto do Tombense em levar jogo contra o Cruzeiro para o Ipatingão. Bom também para a Raposa

Foto: Prefeitura de Ipatinga/divulgação

Só a torcida cruzeirense do Vale do Aço já lota o estádio. Comandado por empresários competentes, o mandante cedeu quase 100% da carga a que tinha direito para o clube da capital.
Resultado financeiro mais que garantido. Ipatinga e cidades vizinhas, além de densamente povoadas (só Ipatinga tem 227.731 habitantes, pelo Censo 2022), têm população que torce prioritariamente para Atlético e Cruzeiro e qualquer jogo deles lá é sucesso de bilheteria, festa para receber as delegações, motivação total. Bem diferente de outras regiões de Minas, Uberlândia, por exemplo, para onde o Cruzeiro costuma levar suas partidas.


Dentro de campo, vai prevalecer quem correr mais e souber aproveitar melhor as oportunidades. No papel, o Cruzeiro tem mais time e é favorito. Mas estes fatores nem sempre funcionam no futebol, especialmente quando se trata de decisão.
Mas quem faz essas avaliações com mais propriedade que qualquer outro jornalista de Belo Horizonte, é o Fernando Rocha, que conhece tudo do Vale do Aço. Confira na coluna dele, no Diário do Aço, de Ipatinga:

“Decisão no “Gigante””
Depois de seis anos, o Cruzeiro volta ao Vale do Aço para jogar no Ipatingão, contra o Tombense, desta vez na condição de visitante, em partida de ida pela semifinal do Campeonato Mineiro.
O time da pequena Tombos acertou em cheio outra vez, ao tomar a iniciativa de jogar no Ipatingão, de olho na renda, em razão do grande número de torcedores da Raposa na região, pois a expectativa é de casa cheia com todos os 22.500 ingressos vendidos.
O “Gigante do Parque Ipanema” torna-se neste domingo o centro das atenções do futebol estadual, o torcedor celeste agradece e mostra sua força.
Por ter feito a melhor campanha geral na fase de classificação, a Raposa tem a vantagem de jogar por dois resultados iguais, além de decidir sempre em casa no segundo confronto, até caso chegue à final.

  • Esta é a terceira vez que o Tombense, visando arrecadar mais com bilheteria, transfere um de seus jogos pelo Campeonato Mineiro, ao Ipatingão. A primeira vez foi em 2015, quando enfrentou o Atlético, perdeu de 3 x 0, mas os 18 mil pagantes proporcionaram uma boa arrecadação. Em 2018, retornou para enfrentar o Cruzeiro, perdeu de 2 x 1, com outro excelente público de 14.251 torcedores. Hoje, se todos os 22.500 ingressos forem vendidos, sendo 13.500 inteiras a R$100 e 9.000 meias-entradas a R$ 50,00, a renda chegará a R$ 1,8 milhão, recorde absoluto do estádio e do interior mineiro.
  • Uma falha da SAF/Cruzeiro é não valorizar, desconhecer ou até subestimar a força da sua torcida no Vale do Aço. Nos últimos dois anos, em litígio com a administração do Mineirão, o Cruzeiro jogou como mandante em Uberlandia, Sete Lagoas, Cariacica, Brasília, menos no Ipatingão, dando as costas para sua enorme torcida na região, que desde o início deste século sempre acolheu o time e o abraçou, como fez agora ao esgotar todos os ingressos colocados à venda.
  • Faltou também interesse e mobilização por parte dos atuais responsáveis pelo esporte na atual administração municipal, a fim de mostrar gestores não só da SAF/Cruzeiro, mas também ao Atlético, o potencial da região para produzir grandes espetáculos esportivos, devido ao enorme contingente de torcedores dos dois clubes na região.
  • Outro dificultador é o sucateamento do Ipatingão, que depois da grande reforma realizada em 1998, na gestão do ex-prefeito Chico Ferramenta; da colocação de cadeiras e troca do gramado nos governos de Sebastião Quintão e Robson Gomes, não recebeu novos investimentos, de maior vulto, ficando atrás ou perdeu a concorrência para outras arenas similares do país. Esta modernização do “Gigante do Parque Ipanema”, que passa pela troca do atual obsoleto sistema de iluminação, reforma de vestiários, banheiros, placar eletrônico e cobertura das arquibancadas, será um dos grandes desafios da próxima administração, a ser eleita em outubro próximo. Clássico terça

FIM DE PAPO
Na próxima terça-feira será a vez do clássico regional entre Ipatinga x Democrata/GV, com expectativa também de um bom público, no Ipatingão.
A situação de ambas as equipes é complicada, bem parecida, pois fizeram as piores campanhas do estadual, ao lado do Pouso Alegre, sendo obrigados a disputar um patético triangular, apelidado de “Torneio da Morte”, de onde só um escapará e dois serão rebaixados à segunda divisão no próximo ano.
Há pouco mais de uma semana, os dois rivais se enfrentaram no Ipatingão, registrando-se vitória do Tigre por 2 x 0, mas agora a pressão pelo resultado é ainda maior dos dois lados, prevendo-se uma partida nervosa, muito disputada e sem favoritismo.
(Fecha o pano!)
Por Fernando Rocha – Diário do Aço – Ipatinga


Dono do Botafogo diz ter provas contra corrupção das arbitragens. Tem mesmo ou se trata de mais um bravateiro?

Minha coluna no BHAZ:

Foto: Vitor Silva/BotafogoFR

Dono do Botafogo diz que tem gravações de árbitros reclamando que não tiveram suas propinas pagas

Bravatas e conversas “pra boi dormir” são comuns no Brasil. Como se trata de um cidadão nascido nos Estados Unidos e investidor no Rio de Janeiro, vamos ver se não se trata de apenas mais um bravateiro.

Com a experiência que teve como vice-presidente do Flamengo no início dos anos 1980, Walter Clark (um dos principais executivos da criação da Rede Globo) escreveu no livro de memórias dele, “O Campeão de Audiência, de 1991: “…se os senhores pensam que não se compra mais árbitros de futebol no Brasil, os senhores estão redondamente enganados…”
Infelizmente ele morreu em 1997 e nunca abriu esta caixa preta que é a arbitragem no Brasil, e no mundo.

No site da ESPN a manchete: “John Textor abre o jogo e diz como atuará após forte denúncia contra arbitragem brasileira”

Falas de dirigentes de clubes são muito semelhantes às dos políticos, e raramente a gente pode acreditar. Mas este “abre o jogo”, da manchete, me fez interessar em ler.
Li e me decepcionei ao constatar que a expressão “abre o jogo” foi usada apenas para “caçar cliques”, como diz o Dr. Stefano Venuto Barbosa.

Mas são declarações fortes e o norte-americano John Textor prestaria um grande serviço ao Brasil se realmente “abrir o jogo”, com provas do que anda falando.
Depois da vitória do Botafogo sobre o Bragantino, pela Libertadores, dentre outras coisas, ele disse a O Globo:

“… os fãs vão ficar sabendo, nos próximos 30 dias, o que realmente aconteceu no campeonato…”

“… Alguém dizer que não há corrupção no Brasil, quando eu tenho juízes gravados reclamando de não terem suas propinas pagas… Talvez a CBF não devesse me processar…”

“…Houve manipulações e erros em 2021, 2022, 2023, e nós temos provas…”


O gringo Textor assumiu o controle do Botafogo em 2022 e fala de manipulações que teriam ocorrido desde 2021. Mas só depois daquela virada ano passado, 4 x 3, em casa, que o alvinegro tomou do Palmeiras, é que ele começou a falar disso.

Todos sabemos que a corrupção existe desde antes da chegada da família real portuguesa por aqui, em 1808. O problema é provar e acima de tudo, punir.

No futebol, com a entrada em cena das casas de apostas eletrônicas a situação piorou.

Em 2013 a FIFA andava assustada com tantas denúncias e esboçou agir. Mas ficou só no esboço. As agências de notícias internacionais publicaram na época e postei em meu blog no dia 16 de janeiro daquele ano: “Fifa diz que crime organizado está de olho em 50 campeonatos para manipular de resultados”
Das agências internacionais
A Fifa anunciou nesta quarta-feira que o crime organizado está analisando cerca de 50 ligas de futebol para praticar a manipulação de resultados e, segundo o chefe de segurança da entidade, Ralf Mutschke, nenhum país está livre da possibilidade de ter jogos com placares arranjados pelos criminosos.
Mutschke afirmou que se encontrou com um agente condenado e que ele disse que os criminosos estão deixando o tráfico de drogas para “investir” nas partidas arranjadas.
“Conheci um agente condenado aqui em Zurique e ele me disse que os criminosos estão migrando do tráfico de drogas para a manipulação de resultados por causa do baixo risco e do alto lucro. Ele me disse isso pessoalmente”, disse Mutschke, que trabalhou para a polícia federal da Alemanha por 33 anos.
“Eu diria que cerca de 50 diferentes ligas nacionais de fora da Europa estão sendo analisadas pela organização criminosa para o mercado das apostas”, analisou.
A Fifa entende que a manipulação de resultados é uma das maiores ameaças ao futebol com jogadores e juízes se corrompendo e pela enorme quantidade de dinheiro envolvido nas apostas. Mutschke ainda diz que os manipuladores estão infiltrados no alto escalão das confederações, que juízes foram promovidos para participarem do crime e que os agentes assumiram o comando de alguns clubes para facilitar o negócio ilícito.”


Porém, o próprio presidente da FIFA à época, Joseph Blatter enfrentava acusações e investigações de corrupção. E em junho de 2015 ele caiu, obrigado a renunciar quatro dias depois de reeleito para um quinto mandato consecutivo. E banido do futebol.
Aguardemos os 30 dias sobre os quais John Texto se referiu. Acredito que tudo continuará como “dantes no quartel de Abrantes”.


Pena que essa moda não pega: ex-presidente do Inter condenado a mais de 10 anos de prisão

O ex-presidente com o mascote, Saci – Foto: @vpiffero

Minha coluna no BHAZ:

Estelionato, organização criminosa e lavagem de dinheiro levaram a justiça gaúcha a condenar o presidente do Internacional em 2015/2016, Vitorio Piffero, a 10,6 anos. O vice de finanças dele, Pedro Affatato, tomou pena maior: 19 anos e oito meses.

E ainda mais três ligados à diretoria e um empresário da construção civil: engenheiro Carlos Eduardo Marques, condenado a seis anos e 10 meses, Ricardo Bohrer Simões e o contador Adão Silmar de Fraga Feijó, que tomaram oito anos e oito meses cada um.

E terão de ressarcir o dinheiro ao Colorado. Esquema que surrupiou mais de R$ 13 milhões dos cofres do Inter, denunciado na época pelo Conselho Fiscal, que recomendou ao Conselho Deliberativo a não aprovação das contas da diretoria.

As investigações sobre superfaturamento e outras irregularidades começaram em 2017, com o clube recém rebaixado para a Série B.

Que belo exemplo da 2ª Vara Estadual de Processo e Julgamento dos Crimes de Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro, em Porto Alegre.

Se fosse em Minas, se desse em alguma coisa, provavelmente seria, no máximo, “banimento dos estádios” durante alguns meses, do jeito que foi feito com as organizadas mais famosas, que brigam e se matam nos estádios e ruas de Belo Horizonte.

Piffero (na foto com Pedro Alfatato) já teve grande prestígio com a torcida do Inter. Como vice de futebol ele conquistou a Libertadores e o Mundial em 2006. Depois foi presidente, entre 2007 e 2010, ganhando Recopa, em 2007, a Sul-Americana, em 2008, e a Libertadores, em 2010. Voltou à presidência em 2015 e queimou todo o prestígio com essa lambança.

O Inter soltou uma nota:

“O Sport Club Internacional informa que, na data de hoje, tomou conhecimento da publicação de sentença condenatória dos envolvidos, bem como da condenação ao ressarcimento dos danos causados. Por se tratar de processo que tramita em segredo de Justiça, aguardará os próximos desdobramentos da decisão, que comporta recurso das partes envolvidas. Os dois ex-dirigentes citados não fazem mais parte do quadro social e do Conselho Deliberativo, tendo sofrido todas as medidas administrativas do Clube”.

Mais detalhes no https://ge.globo.com/rs/futebol/times/internacional/noticia/2024/03/05/ex-presidente-e-ex-vice-de-financas-do-inter-sao-condenados-a-prisao-por-irregularidades-no-clube.ghtml


É desanimador, afronta ao bom senso e incentivo a novos crimes no ambiente do futebol

Minha coluna no BHAZ:

No pós-briga que terminou com um morto, a desilusão de quem sonha com punição no Brasil

É desanimador, afronta ao bom senso e incentivo a novos crimes no ambiente do futebol.
Reincidentes em badernas e mortes nos estádios, ruas de Belo Horizonte e outras cidades, as “organizadas” Galoucura e Máfia Azul já foram banidas de frequentar estádios e até cumpriam banimentos por decisões recentes.


Hoje, dois dias depois da morte de um envolvido, o Ministério Público pede outro banimento e nenhuma medida foi anunciada contra qualquer brigão ou lideranças dessas organizações.
Pelo menos a Polícia Militar deu detalhes sobre um dos detidos: “Marcos Vinícius Oliveira de Melo fora condenado em 2013 a 17 anos de prisão pela participação no homicídio de Otávio Fernandes (outro torcedor do Cruzeiro), ocorrido em 2010. Em 2018, o mesmo também foi condenado a um ano e quatro meses de prisão por lesão corporal leve, sendo que no mesmo caso, seus comparsas foram condenados por tentativa de homicídio (novamente em uma briga entre organizadas)”, informa a PM.

Paralelamente a tudo isso, carência também de detalhes sobre o rapaz assassinado. Jornalistas que cobrem o assunto aceitam os releases que lhes passados e não vão atrás de informações importantes, que não constam nos boletins de ocorrência.
Problema varrido para debaixo do tapete e bola pra frente, porque atrás vem gente.


E quem gosta de frequentar estádios ou até mesmo transitar pela cidade em dias de jogos, cuidado: de repente você poderá estar envolvido, involuntariamente, numa dessas confusões e levar até uma bala perdida. Direito de ir e vir ameaçado para cidadão e cidadã corretos, enquanto os bandidos se impõem, acuam as autoridades que deveriam promover justiça e pressionam os dirigentes do futebol a marcar jogos com torcida única. Agora, querem impedir até que os maiores rivais joguem em dias diferentes, porque se jogar no mesmo dia, como sábado passado, o pau vai comer e eles vão dominar os territórios, com direito a tiros e mortes.


Desperdiçar chances faz parte da vida dos artilheiros: Haaland deixou Paulinho no chinelo no clássico inglês

Paulinho em Foto de Pedro Souza/Atlético

Desperdiçar chances faz parte da vida dos artilheiros: Haaland deixou Paulinho no chinelo no clássico inglês

O Manchester City perdia de 1 a 0, em casa, para o maior rival, e aos 45 minutos o dinamarquês recebeu uma bola açucarada, dentro da pequena área, sem goleiro.

Mas errou na altura que deveria colocar a bola e ela passou por cima da trave.
Para o desespero do técnico Pep Guardiola.

Inacreditável!


Faz parte, e ele tem crédito de sobra. Lembrei de alguns gols perdidos pelo Paulinho, nenhum chega nem perto desse que o Haaland perdeu, mas a cobrança sobre o artilheiro do Galo é muito maior.
Mas também tem crédito de sobra. Quando o Felipão o escala mais próximo do Hulk, os gols saem em quantidade e qualidade.

Aliás, que jogo, viu? 3 x 1 de virada para o City.

Futebol de alta qualidade, em alta velocidade, casa cheia e nenhuma ocorrência policial.

Este já foi um dos clássicos mais violentos entre torcidas da Inglaterra.

Com as duras medidas impostas pelas autoridades tudo mudou.

Quanto ao United vale a frase: quem tem viu e quem te vê!


Se a Justiça e os clubes quiserem, juntos, acabam com estes acertos e assassinatos entre as gangs que usam o futebol

Minha coluna no BHAZ:

Reprodução/YouTube

Neste capítulo de ontem, morreu um. Dois estão presos.

Parece novela, mas é real.
E sem essa idiotice de querer culpar a Federação Mineira de Futebol, por ter marcado dois jogos para Belo Horizonte, no mesmo horário, ou culpar as polícias por não terem previsto que os marginais iriam se topar.


A vida da cidade e de qualquer cidadão precisa seguir o cotidiano. As polícias têm de cuidar da cidade como um todo, que é gigante, com os seus problemas cotidianos. Certamente temos a PM e Civil mais eficientes e sérias do Brasil. Cumprem bem o papel delas. A Justiça é que está precisando agir com mais rigor para tirar marginais de circulação e puni-los de forma exemplar.


O que não pode haver é a ocupação dos espaços públicos por bandidos. Qualquer um de nós poderia estar passando por essas vias do Barreiro, no momento em que eles se engalfinhavam e trocavam tiros. Uma bala perdida poderia ter nos atingido. O Rio de Janeiro foi tolerando, tolerando, e de omissão em omissão, cumplicidade em cumplicidade, junto com a incompetência, até que perdeu o controle.
Já passamos do limite nessa história de proibir isso, proibir aquilo. Inclusive a existência de torcidas organizadas. Podem e devem existir, mas é preciso que a diretoria de cada uma seja responsabilizada por tudo que a envolva. Num caso desses, seus dirigentes deveriam ter sido chamados imediatamente para se explicarem, mostrar quem é quem que estava na confusão e arcar com as consequências.

A legislação brasileira prevê enquadramento para todo tipo de situação, mas é preciso que sejam acionados os rigores da lei. Quando se envolve futebol, quase sempre os ilegais contam com as atenuantes.
Este vídeo é emblemático. Muito sério. As autoridades precisam cobrar das lideranças que comandam essas gangs.

Usam táticas de guerrilha, coisa de guerra civil. Nada a ver com o futebol. Os clubes são usados como escudos pra proteger essa turma.

Precisam se entender com as autoridades policiais e jurídicas para ver como podem ajudar a acabar com isso. Não podem ficar calados, dando a entender que avalizam esses absurdos.
Não acredito que uma pessoa normal, atleticano ou cruzeirense, aprove esse tipo de coisa.

Postei no twitter:


O “mistério” do pouco ou nada aproveitamento dos jogadores das categorias de base

Savinho em foto de Pedro Souza/Atlético

Perguntado sobre Alisson e Cadu, que jogaram muito bem contra o Ipatinga, o técnico Felipão respondeu: “É uma situação que a gente tem que pensar. Depende de muitos fatores. Depende com quem nós vamos jogar…  Eles vão receber as chances, vão acrescentando as chances até chegarem a uma situação de equilíbrio… “

A mesma lorota de vários antecessores dele no Atlético e de outros treinadores em outros clubes. O discurso é o mesmo.

Mas uma das principais respostas para este mistério do pouquíssimo aproveitamento de jogadores feitos em casa está no Savinho, resumido neste comentário do Paulo F, aqui no blog:

“O curioso caso do “menino” que, por ser muito novo, não servia pra ser titular do Galo e por isso foi vendido a preço de banana, mas serve pro vice líder do espanhol, pro atual campeão da Champions League e pra seleção brasileira.
Agora botaram jogadores da base num jogo e arrebentaram, como premiação vão voltar todos pro banco ou terceira reserva.”

Sávio Moreira de Oliveira, Savinho, 19 anos, o jovem brasileiro destaque do Girona, a grande surpresa do atual campeonato espanhol

Alisson/Foto: twitter.com/Atletico

Cadu/twitter.com/Atletico

Rubens/twitter.com/Atletico


Semifinais dentro do previsto, novidade é o Patrocinense na degola. E mais uma morte para as estatísticas

Minha coluna no BHAZ:

América x Atlético, com vantagens do mando de campo e empate para o Coelho. Cruzeiro x Tombense, vantagem para o Cruzeiro, na semifinal e na final, caso chegue lá.

Democrata-GV, Ipatinga e Pouso Alegre começaram a rodada no triangular da morte. O “Pousão” foi a Patrocínio, venceu por 1 a 0, e trocou de situação com o anfitrião, que vai disputar pelo segundo ano consecutivo. Ano passado escapou, sendo rebaixados o nosso Democrata Jacaré e a Caldense.


Na selvageria que impera entre facções de organizadas dos grandes clubes brasileiros, uma briga perto do viaduto do Barreiro, que liga o bairro à Cidade Industrial. Um integrante de torcida do Cruzeiro foi baleado e morreu ao dar entrada no Hospital Santa Rita. Um outro ficou ferido e dois integrantes foram presos.
Fica sempre as esperança que a Justiça pegue um caso desses como exemplo e puna de forma tal, que as gangs desse tipo fiquem intimidadas a repetir esses acertos de contas entre elas.
Mas, sabemos que já já quem foi preso estará solto, mais essa briga e mais essa morte entrará para estatísticas, até que a história se repita, em Belo Horizonte e em qualquer outra cidade do Brasil. Onde a impunidade predomina a criminalidade só aumenta.

magem: twitter.com/mineiromodulo2


O desinteresse crescente pela seleção se fez mostrar na primeira convocação do Dorival

Minha coluna no BHAZ:

Foto: Staff Images/CBF

Seleção Brasileira: mais do mesmo na primeira convocação do Dorival

Não tenho a ilusão de que, algum dia, apareça um treinador que faça diferente: peite o sistema e convoque a maioria dos jogadores que atuem no Brasil. Dorival é um grande ser humano, ótimo treinador, mas não este perfil. Fernando Diniz, o querido dos intelectuais da imprensa verde e amarela, nem tentou e muita gente pensou que ele fosse “o cara” pra fazer isso.

Nessa toadda, o desinteresse crescente pela seleção brasileira, de grande parte de quem gosta de futebol, se fez mostrar nessa primeira convocação do Dorival, ontem.
Em outros tempos, coletiva de convocação era um acontecimento nacional. Com a ida dos nossos melhores jogadores cada vez mais cedo para o futebol europeu, a “Canarinho” foi perdendo a graça, aliada à falta da conquista de uma Copa desde 2002.


Dos 26 convocados, 20 do exterior, seis que jogam no Brasil.
Ao contrário da maioria da imprensa nacional, que aplaudiu a lista, entendo que se trata de “mais do mesmo”. A maioria dos convocados deveria atuar no Brasil. De fora, só os muito acima da média.
Ricos e realizados profissionalmente, a maioria usa a seleção para melhorar seus contratos de publicidade. Ganhar ou perder, pouco importa. Sem falar na dificuldade para reunir essa turma espalhada mundo afora e treinar.

Mas, se a banda toca é desse jeito, vida que segue. E neste contexto, gostei da avaliação do amigo jornalista Fernando Rocha, na coluna dele no Diário do Aço, de Ipatinga:

“Mandou bem”
Dorival Jr, o novo técnico da seleção brasileira, fez sua primeira convocação visando os amistosos contra Inglaterra e Espanha (23 e 26 de março, respectivamente).
De um modo geral sua primeira convocação agradou e teve boa repercussão junto à crônica, sobretudo no eixo Rio/SP, até porque o grande problema do futebol brasileiro não é falta de bons jogadores.

Não há dúvida que a renovação pregada por ele é mais do que necessária e na sua lista está representada por cinco nomes: o goleiro Rafael, os zagueiros Beraldo e Murilo, volante Pablo Maia, o atacante “cria do Galo” Savinho.


Serão dois desafios dificílimos, principalmente devido ao descrédito da Seleção, que em 2023 só ganhou da Guiné, Bolívia e Peru, além de sofrermos três derrotas consecutivas na fraquíssima Eliminatórias sul-americanas, onde estamos em 6º lugar, atrás da Venezuela.

A simpatia pessoal do Dorival Junior ajuda amenizar as críticas dos jornalistas. À esquerda, o diretor Rodrigo Caetano. Foto: Staff Images/CBF

Imagem: CBF


Tudo a favor de grandes eventos em Belo Horizonte. E tenho certeza que é possível realizar todos

Foto: Duda Salabert no Instagram

Mas, dá trabalho e exige muita conversa. A começar pela definição do local, que precisa ser onde haja menos danos às pessoas e à cidade.
Dizia Nelson Rodrigues, na primeira metade do Século XX, que “dinheiro compra até amor verdadeiro”. Verdade verdadeira, cada vez mais atual.


Pois bem!!
Aí, no fim da tarde desta sexta-feira, 01, leio esta notícia no portal O Tempo:
“As 17 árvores já cortadas e as outras 46 que seguem ameaçadas pela realização da corrida de Stock Car no entorno do Mineirão, foram plantadas há 11 anos atrás, em 2013, como forma de compensar o corte de outras 777 durante as reformas do estádio Mineirão para a Copa do Mundo. A informação consta em documento, assinado por dois integrantes do Conselho Municipal de Política Urbana (Compur), que pede a reversão da decisão do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam) que permitiu a supressão dos indivíduos arbóreos” https://www.otempo.com.br/cidades/arvores-ameacadas-foram-plantadas-em-2013-para-compensar-reforma-do-mineirao-1.3340851

O Brasil é desse jeito. Nossa Minas, então…

De todas as opiniões que me chegaram, a que mais gostei foi a do Sílvio Torres:
“Chico, nada tive contra a Copa do Mundo e nada tenho contra a Stock Car. Tenho tudo contra a burrice, a ignorância, a safadeza, a corrupção e o roubo.
Na Copa, no caso de Minas, tivemos mostras cavalares de tudo isso. O desastre financeiro, humano, ecológico e arquitetural que fizeram com o Mineirão. Gastaram os tubos numa reforma horrenda que destruiu um dos mais agradáveis e bonitos estádios do planeta. Tudo para que uma meia dúzia de políticos e empresários embolsassem centenas de milhões de dólares.
O modus operandi de séculos, da tal “elite” brasileira: estúpida, mal-educada, cínica e violenta.
Não posso falar do lado financeiro da Stock Car, e acho que também não teria nada contra a realização do evento no lado externo do Mineirão se não fosse a BURRICE, a IGNORÂNCIA de ter que cortar árvores!
Os caras, parece que vivem em outro sistema solar. Num momento em que o mundo acaba de passar pelo ano mais quente da história da humanidade!! Em que nós, mineiros, belo-horizontinos vivemos o inferno com quebras sucessivas de recordes de calor!!! “Santa periquita do bigode loiro”, já berrava meu xará Sílvio Luiz.
Disse que não posso falar do lado financeiro, mas já começo a desconfiar de maracutaia da grossa. Estão plantando na imprensa que as corridas vão gerar um bilhão para Minas.
Çei. Ahâm. Só se for um bilhão saindo dos cofres da Prefeitura e do governo do estado para os bolsos de uma meia dúzia, né? É daqueles filmes que podemos tirar o som da tv e dublar sozinhos todos os diálogos, de tanto que já foi repetido.”
Silvio Torres