Blog do Chico Maia

Acompanhe o Chico

Pena que essa moda não pega: ex-presidente do Inter condenado a mais de 10 anos de prisão

O ex-presidente com o mascote, Saci – Foto: @vpiffero

Minha coluna no BHAZ:

Estelionato, organização criminosa e lavagem de dinheiro levaram a justiça gaúcha a condenar o presidente do Internacional em 2015/2016, Vitorio Piffero, a 10,6 anos. O vice de finanças dele, Pedro Affatato, tomou pena maior: 19 anos e oito meses.

E ainda mais três ligados à diretoria e um empresário da construção civil: engenheiro Carlos Eduardo Marques, condenado a seis anos e 10 meses, Ricardo Bohrer Simões e o contador Adão Silmar de Fraga Feijó, que tomaram oito anos e oito meses cada um.

E terão de ressarcir o dinheiro ao Colorado. Esquema que surrupiou mais de R$ 13 milhões dos cofres do Inter, denunciado na época pelo Conselho Fiscal, que recomendou ao Conselho Deliberativo a não aprovação das contas da diretoria.

As investigações sobre superfaturamento e outras irregularidades começaram em 2017, com o clube recém rebaixado para a Série B.

Que belo exemplo da 2ª Vara Estadual de Processo e Julgamento dos Crimes de Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro, em Porto Alegre.

Se fosse em Minas, se desse em alguma coisa, provavelmente seria, no máximo, “banimento dos estádios” durante alguns meses, do jeito que foi feito com as organizadas mais famosas, que brigam e se matam nos estádios e ruas de Belo Horizonte.

Piffero (na foto com Pedro Alfatato) já teve grande prestígio com a torcida do Inter. Como vice de futebol ele conquistou a Libertadores e o Mundial em 2006. Depois foi presidente, entre 2007 e 2010, ganhando Recopa, em 2007, a Sul-Americana, em 2008, e a Libertadores, em 2010. Voltou à presidência em 2015 e queimou todo o prestígio com essa lambança.

O Inter soltou uma nota:

“O Sport Club Internacional informa que, na data de hoje, tomou conhecimento da publicação de sentença condenatória dos envolvidos, bem como da condenação ao ressarcimento dos danos causados. Por se tratar de processo que tramita em segredo de Justiça, aguardará os próximos desdobramentos da decisão, que comporta recurso das partes envolvidas. Os dois ex-dirigentes citados não fazem mais parte do quadro social e do Conselho Deliberativo, tendo sofrido todas as medidas administrativas do Clube”.

Mais detalhes no https://ge.globo.com/rs/futebol/times/internacional/noticia/2024/03/05/ex-presidente-e-ex-vice-de-financas-do-inter-sao-condenados-a-prisao-por-irregularidades-no-clube.ghtml


É desanimador, afronta ao bom senso e incentivo a novos crimes no ambiente do futebol

Minha coluna no BHAZ:

No pós-briga que terminou com um morto, a desilusão de quem sonha com punição no Brasil

É desanimador, afronta ao bom senso e incentivo a novos crimes no ambiente do futebol.
Reincidentes em badernas e mortes nos estádios, ruas de Belo Horizonte e outras cidades, as “organizadas” Galoucura e Máfia Azul já foram banidas de frequentar estádios e até cumpriam banimentos por decisões recentes.


Hoje, dois dias depois da morte de um envolvido, o Ministério Público pede outro banimento e nenhuma medida foi anunciada contra qualquer brigão ou lideranças dessas organizações.
Pelo menos a Polícia Militar deu detalhes sobre um dos detidos: “Marcos Vinícius Oliveira de Melo fora condenado em 2013 a 17 anos de prisão pela participação no homicídio de Otávio Fernandes (outro torcedor do Cruzeiro), ocorrido em 2010. Em 2018, o mesmo também foi condenado a um ano e quatro meses de prisão por lesão corporal leve, sendo que no mesmo caso, seus comparsas foram condenados por tentativa de homicídio (novamente em uma briga entre organizadas)”, informa a PM.

Paralelamente a tudo isso, carência também de detalhes sobre o rapaz assassinado. Jornalistas que cobrem o assunto aceitam os releases que lhes passados e não vão atrás de informações importantes, que não constam nos boletins de ocorrência.
Problema varrido para debaixo do tapete e bola pra frente, porque atrás vem gente.


E quem gosta de frequentar estádios ou até mesmo transitar pela cidade em dias de jogos, cuidado: de repente você poderá estar envolvido, involuntariamente, numa dessas confusões e levar até uma bala perdida. Direito de ir e vir ameaçado para cidadão e cidadã corretos, enquanto os bandidos se impõem, acuam as autoridades que deveriam promover justiça e pressionam os dirigentes do futebol a marcar jogos com torcida única. Agora, querem impedir até que os maiores rivais joguem em dias diferentes, porque se jogar no mesmo dia, como sábado passado, o pau vai comer e eles vão dominar os territórios, com direito a tiros e mortes.


Desperdiçar chances faz parte da vida dos artilheiros: Haaland deixou Paulinho no chinelo no clássico inglês

Paulinho em Foto de Pedro Souza/Atlético

Desperdiçar chances faz parte da vida dos artilheiros: Haaland deixou Paulinho no chinelo no clássico inglês

O Manchester City perdia de 1 a 0, em casa, para o maior rival, e aos 45 minutos o dinamarquês recebeu uma bola açucarada, dentro da pequena área, sem goleiro.

Mas errou na altura que deveria colocar a bola e ela passou por cima da trave.
Para o desespero do técnico Pep Guardiola.

Inacreditável!


Faz parte, e ele tem crédito de sobra. Lembrei de alguns gols perdidos pelo Paulinho, nenhum chega nem perto desse que o Haaland perdeu, mas a cobrança sobre o artilheiro do Galo é muito maior.
Mas também tem crédito de sobra. Quando o Felipão o escala mais próximo do Hulk, os gols saem em quantidade e qualidade.

Aliás, que jogo, viu? 3 x 1 de virada para o City.

Futebol de alta qualidade, em alta velocidade, casa cheia e nenhuma ocorrência policial.

Este já foi um dos clássicos mais violentos entre torcidas da Inglaterra.

Com as duras medidas impostas pelas autoridades tudo mudou.

Quanto ao United vale a frase: quem tem viu e quem te vê!


Se a Justiça e os clubes quiserem, juntos, acabam com estes acertos e assassinatos entre as gangs que usam o futebol

Minha coluna no BHAZ:

Reprodução/YouTube

Neste capítulo de ontem, morreu um. Dois estão presos.

Parece novela, mas é real.
E sem essa idiotice de querer culpar a Federação Mineira de Futebol, por ter marcado dois jogos para Belo Horizonte, no mesmo horário, ou culpar as polícias por não terem previsto que os marginais iriam se topar.


A vida da cidade e de qualquer cidadão precisa seguir o cotidiano. As polícias têm de cuidar da cidade como um todo, que é gigante, com os seus problemas cotidianos. Certamente temos a PM e Civil mais eficientes e sérias do Brasil. Cumprem bem o papel delas. A Justiça é que está precisando agir com mais rigor para tirar marginais de circulação e puni-los de forma exemplar.


O que não pode haver é a ocupação dos espaços públicos por bandidos. Qualquer um de nós poderia estar passando por essas vias do Barreiro, no momento em que eles se engalfinhavam e trocavam tiros. Uma bala perdida poderia ter nos atingido. O Rio de Janeiro foi tolerando, tolerando, e de omissão em omissão, cumplicidade em cumplicidade, junto com a incompetência, até que perdeu o controle.
Já passamos do limite nessa história de proibir isso, proibir aquilo. Inclusive a existência de torcidas organizadas. Podem e devem existir, mas é preciso que a diretoria de cada uma seja responsabilizada por tudo que a envolva. Num caso desses, seus dirigentes deveriam ter sido chamados imediatamente para se explicarem, mostrar quem é quem que estava na confusão e arcar com as consequências.

A legislação brasileira prevê enquadramento para todo tipo de situação, mas é preciso que sejam acionados os rigores da lei. Quando se envolve futebol, quase sempre os ilegais contam com as atenuantes.
Este vídeo é emblemático. Muito sério. As autoridades precisam cobrar das lideranças que comandam essas gangs.

Usam táticas de guerrilha, coisa de guerra civil. Nada a ver com o futebol. Os clubes são usados como escudos pra proteger essa turma.

Precisam se entender com as autoridades policiais e jurídicas para ver como podem ajudar a acabar com isso. Não podem ficar calados, dando a entender que avalizam esses absurdos.
Não acredito que uma pessoa normal, atleticano ou cruzeirense, aprove esse tipo de coisa.

Postei no twitter:


O “mistério” do pouco ou nada aproveitamento dos jogadores das categorias de base

Savinho em foto de Pedro Souza/Atlético

Perguntado sobre Alisson e Cadu, que jogaram muito bem contra o Ipatinga, o técnico Felipão respondeu: “É uma situação que a gente tem que pensar. Depende de muitos fatores. Depende com quem nós vamos jogar…  Eles vão receber as chances, vão acrescentando as chances até chegarem a uma situação de equilíbrio… “

A mesma lorota de vários antecessores dele no Atlético e de outros treinadores em outros clubes. O discurso é o mesmo.

Mas uma das principais respostas para este mistério do pouquíssimo aproveitamento de jogadores feitos em casa está no Savinho, resumido neste comentário do Paulo F, aqui no blog:

“O curioso caso do “menino” que, por ser muito novo, não servia pra ser titular do Galo e por isso foi vendido a preço de banana, mas serve pro vice líder do espanhol, pro atual campeão da Champions League e pra seleção brasileira.
Agora botaram jogadores da base num jogo e arrebentaram, como premiação vão voltar todos pro banco ou terceira reserva.”

Sávio Moreira de Oliveira, Savinho, 19 anos, o jovem brasileiro destaque do Girona, a grande surpresa do atual campeonato espanhol

Alisson/Foto: twitter.com/Atletico

Cadu/twitter.com/Atletico

Rubens/twitter.com/Atletico


Semifinais dentro do previsto, novidade é o Patrocinense na degola. E mais uma morte para as estatísticas

Minha coluna no BHAZ:

América x Atlético, com vantagens do mando de campo e empate para o Coelho. Cruzeiro x Tombense, vantagem para o Cruzeiro, na semifinal e na final, caso chegue lá.

Democrata-GV, Ipatinga e Pouso Alegre começaram a rodada no triangular da morte. O “Pousão” foi a Patrocínio, venceu por 1 a 0, e trocou de situação com o anfitrião, que vai disputar pelo segundo ano consecutivo. Ano passado escapou, sendo rebaixados o nosso Democrata Jacaré e a Caldense.


Na selvageria que impera entre facções de organizadas dos grandes clubes brasileiros, uma briga perto do viaduto do Barreiro, que liga o bairro à Cidade Industrial. Um integrante de torcida do Cruzeiro foi baleado e morreu ao dar entrada no Hospital Santa Rita. Um outro ficou ferido e dois integrantes foram presos.
Fica sempre as esperança que a Justiça pegue um caso desses como exemplo e puna de forma tal, que as gangs desse tipo fiquem intimidadas a repetir esses acertos de contas entre elas.
Mas, sabemos que já já quem foi preso estará solto, mais essa briga e mais essa morte entrará para estatísticas, até que a história se repita, em Belo Horizonte e em qualquer outra cidade do Brasil. Onde a impunidade predomina a criminalidade só aumenta.

magem: twitter.com/mineiromodulo2


O desinteresse crescente pela seleção se fez mostrar na primeira convocação do Dorival

Minha coluna no BHAZ:

Foto: Staff Images/CBF

Seleção Brasileira: mais do mesmo na primeira convocação do Dorival

Não tenho a ilusão de que, algum dia, apareça um treinador que faça diferente: peite o sistema e convoque a maioria dos jogadores que atuem no Brasil. Dorival é um grande ser humano, ótimo treinador, mas não este perfil. Fernando Diniz, o querido dos intelectuais da imprensa verde e amarela, nem tentou e muita gente pensou que ele fosse “o cara” pra fazer isso.

Nessa toadda, o desinteresse crescente pela seleção brasileira, de grande parte de quem gosta de futebol, se fez mostrar nessa primeira convocação do Dorival, ontem.
Em outros tempos, coletiva de convocação era um acontecimento nacional. Com a ida dos nossos melhores jogadores cada vez mais cedo para o futebol europeu, a “Canarinho” foi perdendo a graça, aliada à falta da conquista de uma Copa desde 2002.


Dos 26 convocados, 20 do exterior, seis que jogam no Brasil.
Ao contrário da maioria da imprensa nacional, que aplaudiu a lista, entendo que se trata de “mais do mesmo”. A maioria dos convocados deveria atuar no Brasil. De fora, só os muito acima da média.
Ricos e realizados profissionalmente, a maioria usa a seleção para melhorar seus contratos de publicidade. Ganhar ou perder, pouco importa. Sem falar na dificuldade para reunir essa turma espalhada mundo afora e treinar.

Mas, se a banda toca é desse jeito, vida que segue. E neste contexto, gostei da avaliação do amigo jornalista Fernando Rocha, na coluna dele no Diário do Aço, de Ipatinga:

“Mandou bem”
Dorival Jr, o novo técnico da seleção brasileira, fez sua primeira convocação visando os amistosos contra Inglaterra e Espanha (23 e 26 de março, respectivamente).
De um modo geral sua primeira convocação agradou e teve boa repercussão junto à crônica, sobretudo no eixo Rio/SP, até porque o grande problema do futebol brasileiro não é falta de bons jogadores.

Não há dúvida que a renovação pregada por ele é mais do que necessária e na sua lista está representada por cinco nomes: o goleiro Rafael, os zagueiros Beraldo e Murilo, volante Pablo Maia, o atacante “cria do Galo” Savinho.


Serão dois desafios dificílimos, principalmente devido ao descrédito da Seleção, que em 2023 só ganhou da Guiné, Bolívia e Peru, além de sofrermos três derrotas consecutivas na fraquíssima Eliminatórias sul-americanas, onde estamos em 6º lugar, atrás da Venezuela.

A simpatia pessoal do Dorival Junior ajuda amenizar as críticas dos jornalistas. À esquerda, o diretor Rodrigo Caetano. Foto: Staff Images/CBF

Imagem: CBF


Tudo a favor de grandes eventos em Belo Horizonte. E tenho certeza que é possível realizar todos

Foto: Duda Salabert no Instagram

Mas, dá trabalho e exige muita conversa. A começar pela definição do local, que precisa ser onde haja menos danos às pessoas e à cidade.
Dizia Nelson Rodrigues, na primeira metade do Século XX, que “dinheiro compra até amor verdadeiro”. Verdade verdadeira, cada vez mais atual.


Pois bem!!
Aí, no fim da tarde desta sexta-feira, 01, leio esta notícia no portal O Tempo:
“As 17 árvores já cortadas e as outras 46 que seguem ameaçadas pela realização da corrida de Stock Car no entorno do Mineirão, foram plantadas há 11 anos atrás, em 2013, como forma de compensar o corte de outras 777 durante as reformas do estádio Mineirão para a Copa do Mundo. A informação consta em documento, assinado por dois integrantes do Conselho Municipal de Política Urbana (Compur), que pede a reversão da decisão do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam) que permitiu a supressão dos indivíduos arbóreos” https://www.otempo.com.br/cidades/arvores-ameacadas-foram-plantadas-em-2013-para-compensar-reforma-do-mineirao-1.3340851

O Brasil é desse jeito. Nossa Minas, então…

De todas as opiniões que me chegaram, a que mais gostei foi a do Sílvio Torres:
“Chico, nada tive contra a Copa do Mundo e nada tenho contra a Stock Car. Tenho tudo contra a burrice, a ignorância, a safadeza, a corrupção e o roubo.
Na Copa, no caso de Minas, tivemos mostras cavalares de tudo isso. O desastre financeiro, humano, ecológico e arquitetural que fizeram com o Mineirão. Gastaram os tubos numa reforma horrenda que destruiu um dos mais agradáveis e bonitos estádios do planeta. Tudo para que uma meia dúzia de políticos e empresários embolsassem centenas de milhões de dólares.
O modus operandi de séculos, da tal “elite” brasileira: estúpida, mal-educada, cínica e violenta.
Não posso falar do lado financeiro da Stock Car, e acho que também não teria nada contra a realização do evento no lado externo do Mineirão se não fosse a BURRICE, a IGNORÂNCIA de ter que cortar árvores!
Os caras, parece que vivem em outro sistema solar. Num momento em que o mundo acaba de passar pelo ano mais quente da história da humanidade!! Em que nós, mineiros, belo-horizontinos vivemos o inferno com quebras sucessivas de recordes de calor!!! “Santa periquita do bigode loiro”, já berrava meu xará Sílvio Luiz.
Disse que não posso falar do lado financeiro, mas já começo a desconfiar de maracutaia da grossa. Estão plantando na imprensa que as corridas vão gerar um bilhão para Minas.
Çei. Ahâm. Só se for um bilhão saindo dos cofres da Prefeitura e do governo do estado para os bolsos de uma meia dúzia, né? É daqueles filmes que podemos tirar o som da tv e dublar sozinhos todos os diálogos, de tanto que já foi repetido.”
Silvio Torres


Para reflexão: o futebol mudou de mãos, dentro e fora de campo – Parte 2

Charge extraída do facceobook https://www.facebook.com/photo/?fbid=887413266515674&set=a.556776256246045

Violência, incompetência, conveniência e omissão dos clubes, federações e autoridades públicas, tiram público e excluem quem não tem dinheiro dos estádios. Escrevi a respeito, semana passada aqui e selecionei alguns comentários, que vale ser conferir. Com alguns, concordo 100%, outros, quase tudo, mas por aí:

Aroldo Geraldo Filogino Dias
Chico, essa ojeriza de torcidas em estádio de futebol hoje em dia está acontecendo com total complacência dos clubes, federações e os grandes patrocinadores do futebol. Afinal o torcedor virou persona nom grata nas “arenas”, afinal eles em casa vendo pela tv dão mais lucros. E na verdade o futebol hoje está elitizado, um assalariado não consegue ir a mais que dois jogos no Mineirão por ano. Essa de torcida única em estádio e apenas bode expiatório.

Raul Otávio da Silva Pereira
Para satisfação de muitos, estou informando que me aposentei definitivamente dos jogos de futebol ao vivo, no estádio.
Por mais que eu ache linda a festa – mesmo que com torcida única – não dá mais. Tenho 62 anos, e isso não se deve à minha idade, até porque eu conseguiria se quisesse, mas principalmente ao fato de que simplesmente não tenho mais “saco” para ser tratado como bicho ou marginal.
Tive a oportunidade de estar no Fla x Flu do último domingo no Rio de Janeiro, no Maracanã. Sem tirar nem por, vi lá as mesmas práticas adotadas no Mineirão e na Arena do Jacaré, que são os lugares onde assisti a alguns jogos nos últimos tempos.
Parece que os promotores de eventos/dirigentes de futebol não gostam de torcedores (alguém comentou por aí que é mais confortável e lucrativo vender pacotes de pay-per-view; talvez seja isso mesmo).
Tudo é feito para dificultar a entrada no estádio. E olha que fui para a torcida do Fluminense, cujo setor não teve nem 50% da lotação prevista. Estava vaziaço.
Depois que desembarquei do metrô, na Estação Maracanã, ainda gastei uma hora inteirinha para entrar de verdade e subir a rampa para a arquibancada.
Me aposentei definitivamente dos campos de futebol. O Fla x Flu, por um acaso, foi o último jogo da minha vida – por sinal uma pelada, saí e fui embora no intervalo. Agora farei o que querem; vou assistir pela TV.
Eu apenas lamento um pouco pelo meu filho; ele gosta de ir a jogos do Cruzeirão comigo. Mas dessa vez vou decepcioná-lo.
Simplesmente não quero mais. Nem que o Cabuloso, por um milagre divino, venha a disputar uma final de Libertadores ou Mundial. Acabou.

Pedro Vitor
Outra coisa que não entendo é como a imprensa aceita calada o fato do América privar dos torcedores de ir a campo, falou se tanto do fato de Atlético e Cruzeiro ser de torcida única, mas o América só aceita vender 1 mil e poucos ingressos a torcida do Atlético, por lei é somente isso, mas poxa na imagem na TV parece que está jogando de portões fechado. Impressionante

Sergio Roberto
Quanto ao jogo, nada a acrescentar. Já está tudo dito, inclusive sobre a múmia que chamam de treinador do Galo. Fui ao estádio ontem e fiquei impressionado, mais uma vez, com a burrice dos dirigentes. Um jogo que não valia muita coisa, com transmissão direta na TV aberta e os caras limitam a mil e poucos ingressos a cota para a torcida do Atlético. Ao preço de R$ 80,00. Resultado: público ridículo para um clássico, 70% do espaço reservado à “massa americana”, ocupado pelos masoquistas de sempre e, imagino, um tremendo desperdício de grana para um time que precisa de reforços para disputar a série B. Haja paciência. E aí da se dizem profissionais…

Miguel Aureliano
Triste isso. Alguns times esquecem dos torcedores raiz. Tem uns que só consideram quem pode ser sócio. Não é porque o cara não é sócio não mereça respeito. Muito pai de família não é porque não vai tirar da boca da família pra ser sócio. Mas é torcedor de verdade merece respeito

Jean Oliveira
Essa arte aí mostra a realidade hoje difícil pra um pai de família…
Ainda mais quando você tem filhos e que gosta de futebol

Alcimar San Kawauchi
Nosso futebol é como fim de feira. É só as sobras de jogadores que ninguém mundo afora quer. E mesmo assim, muitos não tem condições de ir ao estádio e menos ainda levar a familia pra ver o time do coração.
Há muita inversão de valores em todas as camadas de nossa sociedade. Enfim, um problema que dificilmente mudará a realidade de hoje.

Gilberto Costa
Quando o torcedor acordar, perceber que ele é quem banca essa putaria toda e fizer greve de estádio, isto é, não comparecer, ou ir e não entrar, em protesto a isso tudo que tá aí, talvez eles prestem alguma atenção…

Amauri Buhrer
Preços de primeiro mundo, futebol de várzea.

Fernando Leite
Pra sua informação Corinthians tem um sistema de não pagantes crianças até 11 anos não paga, claro que tem que fazer a reserva no site e os ingressos são limitados, mais todo jogo eu levo meus dois filhos na faixa

Miguel Aureliano
Triste isso. Alguns times esquecem dos torcedores raiz. Tem uns que só consideram quem pode ser sócio. Não é porque o cara não é sócio não mereça respeito. Muito pai de família não é porque não vai tirar da boca da família pra ser sócio. Mas é torcedor de verdade merece respeito

Jean Oliveira
Essa arte aí mostra a realidade hoje difícil pra um pai de família…
Ainda mais quando você tem filhos e que gosta de futebol

Alcimar San Kawauchi
Nosso futebol é como fim de feira. É só as sobras de jogadores que ninguém mundo afora quer. E mesmo assim, muitos não tem condições de ir ao estádio e menos ainda levar a familia pra ver o time do coração.
Há muita inversão de valores em todas as camadas de nossa sociedade. Enfim, um problema que dificilmente mudará a realidade de hoje.

Gilberto Costa
Quando o torcedor acordar, perceber que ele é quem banca essa putaria toda e fizer greve de estádio, isto é, não comparecer, ou ir e não entrar, em protesto a isso tudo que tá aí, talvez eles prestem alguma atenção…

Amauri Buhrer
Preços de primeiro mundo, futebol de várzea.

Fernando Leite

Pra sua informação Corinthians tem um sistema de não pagantes crianças até 11 anos não paga, claro que tem que fazer a reserva no site e os ingressos são limitados, mais todo jogo eu levo meus dois filhos na faixa.


Para reflexão: o futebol mudou de mãos, dentro e fora de campo – Parte 1

Imagem: instagram @cidafalabella

Postei no twitter e instagram. Uma chuva de comentários tomou conta, com todo tipo de opinião. Compartilho com vocês, para quem quiser opinar ou apenas ficar por dentro.

@chicomaiablog

Independentemente de qualquer facção política, gente demais ganhou com a Copa no Brasil em 2014. Mas, quem gosta de futebol, os torcedores e o bolso de quem paga imposto só perderam. Na verdade, fomos roubados