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Jornal paulista destaca mineiros no Brasileiro e credita fracasso à falta de estádio em BH

Está na Folha de São Paulo de hoje e no Uol.

Porém, discordo do diretor do Atlético, Eduardo Maluf, que, nessa reportagem, diz que 60% da culpa das péssimas campanhas dos mineiros seja em função da falta de estádio em BH.

Considero o contrário: 60% foi por incompetência na montagem dos elencos, com ressalvas ao América, que tinha uma mixaria de dinheiro em relação a todos os seus concorrentes, especialmente, Galo e Raposa.

Confira:

* Sem casa, times mineiros agonizam no Campeonato Brasileiro

Sem jogos em Belo Horizonte, o futebol mineiro amarga em 2011 a sua pior participação na era dos pontos corridos do Campeonato Brasileiro, iniciada em 2003.

Embora sejam três clubes nesta edição (algo que ocorreu somente em 2008), nenhum faz boa campanha: América-MG e Atlético-MG estão na zona de rebaixamento, enquanto o Cruzeiro aparece na 14ª posição, perto da área de degola.

CAMXCRU

A média de pontos dos times é de 24 pontos. Até 2010, o pior desempenho tinha sido em 2004 e 2005, com a média de 31 pontos. Em 2004, o Cruzeiro era o 12º colocado e o Atlético-MG, o 17º –eram 24 participantes. Já em 2005, com 22 clubes na disputa, o Cruzeiro brigava na parte de cima (era o sétimo) e o Atlético-MG lutava sem sucesso contra o rebaixamento.

Em 2011, o América-MG é o lanterna com 19 pontos. O Atlético-MG possui 24 e é o primeiro time na zona do rebaixamento. O Cruzeiro, com 29, também não está muito longe da área da ‘degola’, é o 14º.

Em 2008, quando a dupla teve a companhia do Ipatinga, a média foi de 31,3 pontos (os três juntos somavam 94 pontos em 24 jogos). Naquele ano, o Ipatinga estava na lanterna, mas Atlético-MG estava no meio da tabela e o Cruzeiro brigava pela ponta (era o segundo, com 43).

A melhor participação, contudo, foi em 2003, na primeira edição do campeonato no formato atual. Naquele ano, o Cruzeiro foi campeão e o Atlético-MG o sétimo. Em 24 jogos, somavam 87 pontos (média de 43,5 pontos).

De acordo com os dirigentes do futebol mineiro, a situação na atual edição do Nacional tem ligação direta ao fato de não poder jogar nos estádios do Mineirão e do Independência, fechados para reforma.

No ano passado o Cruzeiro lutou pelo título e pouco usou o Mineirão, foram só três jogos. Mesmo assim, o gerente de futebol do clube, Valdir Barbosa, apontou que o time sentiu muita falta do estádio.

“Sem o Mineirão tivemos prejuízos técnicos e financeiros. Não fomos campeões por dois pontos [O Fluminense acabou o Brasileiro-2010 com 71 pontos contra 69 do Cruzeiro]. Terminamos muito perto do título. Se jogássemos em casa, acredito que teríamos sido campeões”, disse Barbosa.

Sobre o desempenho neste ano, Barbosa admitiu que o time precisa superar outras pedras pelo caminho.

“Além do fator mando, temos que ser realistas que a venda de alguns jogadores, por força de contrato, por causa de parcerias, também pesou.”

O América-MG, sem o Independência, conseguiu subir para a Série A no ano passado. Agora, encontra dificuldades para se manter na elite sem poder jogar em Belo Horizonte.

“Sete Lagoas abriu as portas para nos receber, mas não é a mesma coisa. Também jogamos em Uberlândia. O reflexo é dentro de campo. É o segundo ano seguido [sem jogos na capital mineira]. No primeiro momento dá a sensação de que é uma coisa de improviso. Mas, agora, estamos no segundo ano e o desgaste, as viagens e o lado financeiro começam a pesar mais. É uma bola de neve que cresce”, afirmou o diretor de futebol do América-MG, Alexandre Mattos.

No Atlético-MG, o diretor de futebol, Eduardo Maluf, declarou que jogar fora da capital mineira prejudica bastante a sua equipe.

“O resultado [da má campanha] se deve 60% ao fator mando de campo e 40% ao time que não se encontrou”, comentou Maluf, que também trabalhou por 12 anos no Cruzeiro.

O dirigente atleticano comparou o perfil da torcida do interior com o a de Belo Horizonte.

“O torcedor do interior é mais de ver o jogo e o torcedor da capital é aquele que se considera o 12º jogador. E o time sente isso.”

Para a próxima temporada, o Atlético-MG espera voltar a jogar em Belo Horizonte. “O Independência deve reabrir em fevereiro de 2012 e dará um ânimo diferente”, declarou Maluf.

* http://www1.folha.uol.com.br/esporte/977794-sem-casa-times-mineiros-agonizam-no-campeonato-brasileiro.shtml

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Gramado do Independência será plantado em outubro

As fotos são de hoje, e o Secretário da Secopa-MG, Sérgio Barroso, está satisfeito porque as promessas dele estão sendo cumpridas, no que se refere ao andamento das obras sob sua administração.

NOVOINDE

O Independência vai ganhando jeito de estádio de primeiro mundo

NOVOINDSylvio Coutinho/Divulgação

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Venda de ingressos para Atlético x Flamengo

Do site do Galo:

* Teve início às 10h desta segunda-feira a venda antecipada de ingressos para o jogo entre Atlético e Flamengo, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. A partida será realizada às 21h50 da próxima quarta-feira, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.

IMPORTANTE – A venda será limitada a 05 (cinco) ingressos por pessoa.

PREÇOS E ACESSO

Cadeira – R$ 10,00 – Portões 1, 2 e 3
Cadeira Lateral Direita – R$ 50,00 – Portões 4
Cadeira Lateral Esquerda – R$ 50,00 – Portão 5 (Visitante)

Meia entrada para todos os setores – A venda de ingressos de meia entrada para estudantes, crianças de 0 a 12 anos e maiores de 60 anos, em Belo Horizonte ou em Sete Lagoas, bem como o acesso ao estádio serão permitidos apenas mediante apresentação dos seguintes documentos:

Crianças (0 a 12) e maiores de 60 anos – Documento de Identidade.
Estudantes – Carteira de estudante e comprovante de matrícula ou de pagamento da mensalidade.

DATAS E HORÁRIOS DA VENDA DE INGRESSOS

SEGUNDA-FEIRA (18/9)

Sete Lagoas
10h às 20h – Posto Santa Helena – Praça da Estação
10h às 17h – Posto Santa Helena – Canaã

Belo Horizonte
10h às 20h – Sede de Lourdes
10h às 17h – Labareda, Class Club Sion e Class Club Buritis

TERÇA-FEIRA (19/9)

Sete Lagoas
10h às 20h – Posto Santa Helena – Praça da Estação
10h às 17h – Posto Santa Helena – Canaã

Belo Horizonte
10h às 20h – Sede de Lourdes
10h às 17h – Labareda, Class Club Sion e Class Club Buritis

QUARTA-FEIRA (20/9)

Sete Lagoas
10h às 17h – Posto Santa Helena – Praça da Estação
19h50 às 22h50 – Bilheteria A da Arena do Jacaré
17h às 23h05 – Bilheteria B da Arena do Jacaré
19h50 às 22h50 – Bilheteria C da Arena do Jacaré
17h às 22h50 – Bilheteria D da Arena do Jacaré

Belo Horizonte
10h às 17h – Sede de Lourdes

* Os dias e horários de venda só serão efetivados havendo disponibilidade de ingressos.

ENDEREÇOS DOS POSTOS DE VENDA

Sete Lagoas
– Posto Santa Helena – Praça da Estação (Av. Antônio Olinto, n° 565 – Centro)
– Posto Santa Helena – Canaã (Praça Alexandre Lanza – Rua Santa Helena, n° 9 – Canaã)

Belo Horizonte
– Sede do Atlético (Av. Olegário Maciel, 1516 – Lourdes)
– Labareda (Av. Portugal, 4.020 – Itapoã)
– Class Club Sion (Av. Bandeirantes, 20 – Praça Alaska – Sion)
– Class Club Buritis (Av. Professor Mário Werneck, 2.355 – Buritis)

Arbitragem Fifa de Paulo César Oliveira

O árbitro Paulo César Oliveira (Fifa-SP) apitará a partida entre Atlético e Flamengo, a ser realizada às 21h50 desta quarta-feira, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. Os auxiliares serão Erich Bandeira (Fifa-PE) e Vicente Romano Neto (Asp. Fifa-SP).

* http://www.atletico.com.br/noticias/?p=8473

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Oposição se une e forma chapa de candidatura única no Cruzeiro

As duas chapas de oposição nas eleições do Cruzeiro se uniram para enfrentar a candidatura de Gilvan do Pinho Tavares, dia 3 de outubro.

O locutor e vereador Alberto Rodrigues está confirmado como cabeça de chapa, tendo como primeiro vice, Antônio Claret Nametala, e segundo vice, o conterrâneo, de Conceição do Mato Dentro, Elieser Mattos, filho do saudoso Chico Franelli, que foi diretor do clube nos tempos do Felício Brandi e Benito Masci.

CHAPA

Alberto Rodrigues (esq.) twittou agora a pouco:

* “Em reunião hj pela manhã definimos pela fusão das chapas com um novo nome “JUNTOS SOMOS MAIS FORTES”

“Pres- Alberto Rodrigues , 1º Vice -Antônio Claret, 2º Vice – Elieser de Mattos.Entusiasmo e dedicação para inovar”

“O ex presidente César Masci concorrerá como presidente do conselho deliberativo e Maurício Dias como 1º vice.”

“Agradeço pelo apoio, que pela enquete do superesportes, com nossa fusão, agora somamos mais de 92% de aceitação.”

“Nossa chapa JUNTOS SOMOS MAIS FORTES -Entusiasmo e dedicação para inovar.”

CHAPA2

Se dependesse do voto popular, a vitória da oposição seria tranqüila.

Enquete do site Superesportes, apontava há cinco minutos, os seguintes números:

Chapa da situação, com Gilvan Tavares (pres.), José Maria (1º vice) e Márcio Rodrigues (2º vice);

7,64%

Chapa da oposição, liderada pelo ex-diretor de marketing Antônio Claret Nametala;

15,18%

Chapa da oposição, liderada pelo ex-presidente César Masci e o narrador Alberto Rodrigues

77,18%

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Mineiros estão sendo solidários também no baixo astral dos seus times

Uma das melhores análises da situação dos nossos times no Brasileiro.

Do Marcio Amorim, americano, a quem agradeço e publico na íntegra:

* Não sei se a frase dita em bincadeira é assim: “o mineiro só é solidário no câncer”. Se não for, façamos de conta que é. Lendo os comentários no espaço que você nos reserva, tenho notado que são solidários também na falta do futebol. Aquela rivalidade tão ferrenha, quando a fase é boa, arrefece na desgraça ou na aproximação dela como agora. Os times de Belo Horizonte estão de mal a pior.
Este clima de sofrimento merece algumas considerações:
1 – O fator “mando de campo” tem sido determinante nas fracas atuações de todos eles;
2 – A falta de ambição em relação a título ou de melhores colocações desaguaram em contratações equivocadas de atletas sem o nível desejado e exigido pela Série A. Há jogadores, nos três times, com atuações risíveis, oscilando para ridículas. Evito citar nomes em respeito ao profissional. Porém, qualquer torcedor saberia relacioná-los;
3 – Entre tantos equívocos, posso citar o caso do América que, além de não ter usado o mineiro para laboratório, principalmente de revelações caseiras, manteve durante muito tempo o técnico que não conseguia dar padrão de jogo ao time, ficando 9 rodadas, chafurdando na lama. O fato de ter perdido para o América de Teófilo Otoni, que posteriormente levaria goleadas homéricas de Atlético e de Cruzeiro, já seria suficiente para não apostar nele no Brasileiro e para dispensar mais da metade do plantel. Foram equivocadamente mantidos;
4 – O Givanildo, tão criticado por muitos, é um grande técnico. Dar padrão de jogo como ele fez a um grupo com tantas e tamanhas deficiências é digno de destaque. Hoje o América joga. Antes, assistia e corria sem rumo dentro de campo;
5 – É a Arena do Jacaré o campo que melhor atende ao América. Torcida pequena que fica no entorno dos bairros do Horto, Floresta, Funcionários, Santa Efigênia e, em sua maioria com idade mais avançada, não pode deslocar-se com tanta freqüência até Sete Lagoas. Muito menos para lugares mais distantes. Eu, que vou a todos os jogos, mesmo sozinho e já “pagando meio ingresso”, sinto-me um irresponsável quando estou retornando, muitas vezes depois de decepções homéricas. O risco é muito grande;
6 – Levar jogos para tão longe como Uberlândia é um desrespeito ao torcedor de BH. Pode até ser que Atlético ou Cruzeiro tenham torcedores lá. Com certeza, o América não tem ou tem pouquíssimos o que é a mesma coisa. O jogo com o Santos deveria ser Em Ipatinga,  pela proximidade já que ida e volta são 440 km. Uberlândia são mais de 500 só de ida. O jovem torcedor trabalha e/ou estuda e não pode estar sempre prestigiando, voltando tarde da noite, com o dia seguinte à sua espera;
7 – O torcedor atleticano ou cruzeirense de outra cidade não é a mesma coisa que um torcedor de BH. Aqui existe um entrosamento entre os torcedores de cada um, cantando músicas já ensaiadas, entoando gritos comuns a todos os jogos. Fora de casa não é o mesmo;
8 – O Flamengo que tem torcedores em todos os cantos do país fica frágil quando joga em Volta Redonda e Macaé, locais em que amargou derrotas que não estavam nos planos do Luxa.
Poderíamos ficar aqui escrevendo uma tese sobre as nuvens negras que ameaçam o futebol mineiro. Fiquemos por aqui com uma pequena mas importante observação: todos achavam que o maior saco de pancadas do Brasileirão seria o América. Vejam na tabela de classificação que quem mais perdeu, por enquanto, foi o Atlético. América e Cruzeiro têm o mesmo número de derrotas. O fato de ser lanterna há tanto tempo é irrelevante para o desfecho final, porque, a partir do 17º todos têm um mesmo destino e não apenas o 20º: A Série B.

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Drible do Leandro Damião é belíssimo, porém não é original

Não há dúvida que Leandro Damião é um novo fenômeno. Nem tanto pelo seu futebol e pelos seus gols, mas pela sua história de vida e pelo fato de fazer sucesso no profissionalismo, começando a carreira praticamente aos 18 anos.

A condição física exigida de um atleta torna isso cada vez mais difícil, já que o ritmo implementado à meninada, a partir dos 12 anos, é para que chegue aos 18, muito mais preparado que alguém que começou mais tarde.

Sobre o drible que ele deu contra a Argentina, que tem sido comentado até hoje na mídia mundial, nenhuma originalidade.

Já vi antes e tenho certeza que a maioria dos leitores.

Sobre isso, o leitor Cleber Corsino e o consagrado Tostão, também escreveram.

O Corsino em e-mail enviado a mim, e o Tostão, ontem, em sua coluna no jornal O Tempo.

Primeiro o Corsino, depois o Tostão, e em seguida uma boa entrevista do Damião, mostrando toda a sua simplicidade, à Folha de S. Paulo de ontem:

“Olá Chico,

a imprensa em geral, está dando muita ênfase à jogada do Leandro Damião contra a seleção argentina. Esta jogada é antiga. Quando eu jogava na várzea na Associação Recreativa Sírio Libanês, fizemos uma partida contra o Real Madrid, do Bairro do Prado, no campo do 12RI.

Naquele dia, um jogador chamado Bougleux, isso mesmo, aquele que fez o primeiro gol no Mineirão, executou a jogada perto da bandeirinha de escanteio em cima de nosso lateral direito (o Bougleux era canhoto), fez o cruzamento que redundou em  gol, quando fomos derrotados por 1 x 0.

Posteriormente, quando eu jogava no Sete de Setembro, do saudoso Raimundo Sampaio, jogamos contra o Atlético, no Estádio Antônio Carlos, onde hoje é o Diamond Mall, e perdemos de 10 x 0. Naquele dia, o Toninho (lembra-se dele?) fez a mesma jogada duas vezes, além de ter feito três gols.

talvez por causa disso é que até hoje, tenho uma Lambretta italiana modelo ld 150 do ano de 1957, para não me esquecer das jogadas.

É mais antiga do que imaginam os narradores de hoje…

Com um abraço,

Coronel Corsino.”

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Escreveu Tostão, ontem:

“O drible dado por Leandro Damião, esperança para a Copa, contra a Argentina, foi espetacular, mas não foi original. É um drible frequente no futsal e na várzea, de onde veio o jogador.
Fora o drible, Leandro Damião teve atuação discreta, porque a bola não chegava à frente e ele não se movimentava para recebê-la. Mesmo assim, foi bastante festejado, como se o drible fosse novidade e tivesse resultado em gol.
É o futebol dos melhores momentos, a espetacularização da imagem…”

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* ENTREVISTA LEANDRO DAMIÃO

“Várzea é do mesmo jeito que futebol profissional”

DOS RATOS, MORCEGOS E MARMITA, PASSANDO PELA VÁRZEA, NOVO CAMISA 9 DA SELEÇÃO DEIXA A VIDA DE ‘GROSSO’ E DESAFIA A LÓGICA COMO CRAQUE IMPROVÁVEL

RODRIGO BUENO
DE SÃO PAULO

Da várzea e da pobreza para a camisa 9 da seleção e uma vida de sonhos foi um pulo. O Brasil e o mundo tentam ainda entender o fenômeno Leandro Damião, 22.
O atacante do Inter fez 40 gols no ano e virou astro não planejado do futebol. O paranaense de Jardim Alegre falou à Folha por telefone sobre sua carreira, recheada de dramas até pouco tempo e de lances de efeito neste ano.

Folha – Como é trocar a várzea pela seleção e a pobreza por vida de sonho em só 4 anos?
Damião – Bem tranquilo. Não sou de comprar aquela casa gigante, aquele carro legal. Graças a Deus posso comprar casa para meu pai.

Você fala muito em Deus e celebra gols apontando para o alto. Qual a importância da religião para você? Sou batizado na Católica [Igreja], nada contra as outras religiões. Tem sempre que agradecer a Deus. Aconteceram coisas na vida da gente que não acontecem sempre. Ele te dá oportunidades, e você tem que agarrar. Não sou de ir à igreja, mas estou sempre agradecendo.

Você é bem família, casou cedo no papel com a segunda namorada [Nádia], não gosta de baladas, cerveja…
A família foi importante na carreira e foi importante até eu ter começado a namorar cedo [namorou por cinco anos a mulher]. Difícil me ver tomando cerveja, prefiro tubaína, refrigerante, coisa leve, sou tranquilo mesmo.

E o casamento na igreja?
Ainda não tem data, o jeito é casar depois da temporada.

Como era na várzea?
Atuei no Família Tupi City e no Estrela da Saúde [em São Paulo]. É um jogo normal o da várzea. Final de campeonato lotado, precisava ganhar e ganhamos, fiz gol. A várzea é do mesmo jeito que o futebol profissional. Tem grama sintética [no Jardim Ângela], a prefeitura colocou.

Você começou a jogar em uma escolinha do governo, não? Achava que seria profissional?
Comecei assim [no Parque Ecológico, em São Paulo]. Gostar de jogar, gostava desde pequeno, mas só virei profissional em Santa Catarina [no Atlético de Ibirama, em 2007].

É verdade que quis desistir da carreira já em Santa Catarina?
Tinha hora que não dava. O jeito que morávamos lá. Eram R$ 100 por mês, não era uma coisa certa. Cheguei lá e era amador. Era complicado, morava em casarão e tinha rato, morcego… Era marmita, não comida normal, era difícil. Graças a Deus, a família e a esposa me ajudaram.

Como rodou pela várzea em São Paulo e não atraiu nenhum grande time paulista?
Fiz peneira em todos os grandes de São Paulo, só no Santos que não fiz. Não passei. Peneira tem muito jogador, é muito difícil. Aí tinha um colega que ia fazer teste em Santa Catarina. Ele não quis ir e me indicou. Fui.

Como foi a decisão de apostar na carreira e deixar a escola?
Até um tempo era bom na escola, depois comecei a jogar bola e tive que largar, pensar na bola. Era a decisão. Meu pai é uma pessoa humilde [era faxineiro] e sempre deu tudo o que eu precisava.

Seu pai [Natalino] foi o maior incentivador de sua carreira. Fará mais comemorações homenageando o bigode dele?
É um orgulho o pai que eu tenho. Todos queriam ter um pai assim. Sempre que puder vou oferecer um gol para ele.

Você era visto como um atacante de pouca técnica, mas está distribuindo carretilha, calcanhar, bicicleta…
Eu sempre quero melhorar. No começo, era muito difícil, duro. Não tive base. No Inter, as coisas começaram a melhorar. Tenho evoluído. O Ortiz [ex-jogador de futsal que toca o Programa Aprimorar] ajudou muito, é diferenciado o trabalho dele. Tem muito jogador que vai sair pelo trabalho que ele faz. Agora, sou praticamente ambidestro.

Você joga agora com Ronaldinho e Neymar. Já caiu a ficha?
Desde que cheguei ao Inter já foi difícil pelo grupo que tem. Na seleção não tem que ser diferente. É humildade do mesmo jeito. Em cada jogo, dou o máximo no Inter. Na seleção não será diferente.

Dizem que centroavante é algo raro no Brasil. Concorda?
Não, o Brasil tem grandes centroavantes, o Borges, o Luis Fabiano, quando se recuperar, o próprio Adriano, o Ricardo Oliveira, que está fora. O Brasil está bem de atacante. Quero estar no meio.

Já teve proposta de R$ 27 milhões por você. Tem preferência por clube na Europa?
Não, vivo o momento. O pensamento é Inter e seleção. Não dá para pensar em que time eu me encaixaria depois.

Sua multa contratual é de 1 50 milhões. Você vale isso hoje?
Não tenho como falar de valores, deixa para a diretoria. Meu papel é jogar.

DAMIAOO atacante do Inter

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Para mexer com o coração de todo mineiro e quem conhece Minas

Para melhorar o astral de todos nós, uma pausa no futebol para mostrar aos senhores um texto emocionante sobre Minas Gerais.

Mexe de forma especial com qualquer um de nós, que nasceu em Minas ou que vive e conhece o nosso estado e a nossa gente.

Texto de um paulista conceituado da gastronomia internacional, que merece ser copiado e enviado para conhecidos do mundo inteiro.

Vale a pena:

* “ANDRÉ MIFANO”

As maravilhas de Minas


Da simplicidade desse povo nasce a excelência de sua comida, seja na roça, seja numa cozinha profissional


Você já tomou um cafezinho em Minas Gerais? Se a resposta for sim, tenho certeza de que um pequeno sorriso já apareceu no canto da sua boca, assim como tem um neste exato momento na minha.
As lembranças de dois dias rápidos, porém intensos, e 600 km rodados em Minas povoam minha cabeça e fazem o meu estomago rosnar como um cão raivoso.
De Betim a Tiradentes, passando pelas fazendas e sítios na roça de Congonhas, Minas me mudou um pouquinho. Não sou um cara fácil, quem me conhece sabe disso. Me comunico melhor com a comida do que com as pessoas. Tenho vergonha de ir à casa dos outros e em situações sociais me sinto acuado.
Mas como não se sentir à vontade na casa de um mineiro? Um sorriso ao te receber e logo a tão temida pergunta. Quer um cafezinho?
O café estará lá mesmo, pode apostar. Mas não estará só. Aí vem a broa, o queijo, as geleias, os biscoitinhos, um bolo e seu anfitrião só vai sentar para uma boa prosa depois que não couber nada na mesa.
Acho que os mineiros estão para o Brasil assim como os italianos para a Europa. Fartura à mesa, qualidade nas matérias primas, simplicidade e perfeição nos preparos, simpatia e calor humano.
Eu vi muita coisa nesses dois dias, da moagem da farinha de milho no moinho d’água de cem anos na fazenda Bombaça, que vende os melhores biscoitos de polvilho que já comi, passando pelo sítio do Zezeca, com sua simpatia e a broa com queijo que palavras nunca serão o bastante para descrever.
E, chegando ao restaurante Ora Pro Nobis, o João, mesmo depois de um dia de muito trabalho em pleno festival, me recebeu com uma leitoa, uma cachaça e um enorme sorriso.
Da simplicidade desse povo nasce a excelência de sua comida, seja na roça, seja numa cozinha profissional. Sua generosidade é tão grande que até as mesas têm gaveta. A água de lá tem alguma química que faz as mulheres ficarem lindas e os animais de criação, enormes.
Como as maravilhas de Minas, este texto nunca teria fim.


ANDRÉ MIFANO é chef do restaurante Vito, rua Pacoal Vita, 329, Vila Beatriz, São Paulo

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Homenagem a um batalhador que se vai!

O nosso abraço solidário ao Tom Vital e a toda a sua família.

Colaborador permanente do blog, passa por um momento de muita dor, e acabou de nos escrever:

“Chico,

hoje faleceu meu pai um Atleticano de 81 anos de idade.

Um Atleticano que foi operário na construção do Mineirão.

Seu Nome: Vitalino Carolino.

Um dos mais antigos carroceiros de Belo Horizonte e que durante mais de quarenta anos trabalhou com sua carroça pelas ruas de BH.”

Infelizmente já passei por essa dor e sei o que é, mas ficam os exemplos e boas lembranças, quando se tem o privilégio de ter pais exemplares, como parece ter sido o Senhor Vitalino, assim como foi o meu querido sô Vicente Barbosa Duarte!

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Mais uma rodada de futebol sofrível

Foram jogos fracos dos nossos três times da Série A do Brasileiro.

Sábado o Atlético voltou a empacar diante de adversário de nível semelhante, que fez um melhor segundo tempo e ganhou o jogo. Nenhum destaque positivo ou negativo que mereça nota especial, mas a maioria dos e-mails da torcida atleticana fez severas criticas outra vez a Serginho, Richarlyson e Guilherme.

O leitor Alexandre Luiz perguntou logo após o jogo: “Guilherme ainda está na garantia? Será que não tem como devolver?”.

No clássico, difícil dizer quem foi pior. Além da fragilidade técnica, parecia que os dois times estavam satisfeitos com o resultado, desde o começo do jogo.

Com a vitória do Bahia sobre o Fluminense o Atlético voltou ao grupo dos rebaixados, porém, ainda pode se dar por satisfeito, com o empate sem gols entre o xará paranaense e o Figueirense, em Curitiba. E com a goleada que tomou do São Paulo, o Ceará entrou pra valer na briga contra o rebaixamento, com três pontos a mais que o Galo, igual ao Bahia, mas com uma vitória a mais.

O Cruzeiro anda piscando para essa turma, mas vai se segurando.

O Senador Zezé Perrella reapareceu na Toca da Raposa para tentar serenar os ânimos entre os jogadores falastrões, e hoje foi alvo de refrões nada agradáveis da torcida durante o clássico.

O goleiro Fábio disse que ele é “sempre bem vindo”, pois é ele quem manda, mas que isso não alteraria nada no rendimento do time, porque quem joga são os jogadores.

Acertou!

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Futebol fraco e resultado merecido

Foi um jogo de intermediários com a vitória do que tem melhor performance no Brasileiro na classificação.

Com este 1 x 0 o Atlético-GO começa clarear a sua situação em termos de risco de rebaixamento.

O Galo voltou a empacar diante de adversário de nível semelhante, que fez um melhor segundo tempo.

Nenhum destaque positivo ou negativo nos dois times. Prevaleceu a mediocridade de ambos e uma boa arbitragem do Paulo César de Oliveira.

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