Blog do Chico Maia

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Este amistoso vale a pena assistir!

Raramente perco tempo em assistir amistosos, mas Brasil x Argentina é diferente.

Ainda mais quando os dois times utilizam apenas jogadores que atuam nos próprios países, como nos velhos tempos.

Prefiro esta seleção do Mano Menezes que a outra, com os que jogam na Europa.

Só convocaria a turma de fora em caso de jogadores acima da média ou para as posições onde não houvesse opções em um dos clubes brasileiros.

Mas, como diz o Caetano, “a força da grana que ergue e destrói coisas belas…”

De forma desrespeitosa, os cartolas tiraram o nome do General Julio Argentino Roca dessa tradicional disputa e chegaram a falar em botar o nome do presidente da Conmebol, Nicolaa Leoz.

Parece que  as caras deles  queimaram, o bom senso imperou, e eles não cometeram este absurdo, dando apenas o nome de Copa Superclássico das Américas.

Roca é um herói nacional argentino, um general sanguinário, de grandes batalhas internas e externas; inclusive contra o próprio Brasil e a mais famosa, tristemente famosa e vergonhosa, contra o Paraguai, na “Tríplice Aliança”.

Foi presidente da república duas vezes e considerado um dos melhores da história Argentina.

Para matar saudades de Córdoba, local dessa partida, duas fotos do centro histórico dessa bela cidade.

CORDOBA

Da Praça San Martin, onde tudo acontece, e do Centro de Cultura, onde funcionou o Centro de Imprensa durante a Copa América deste ano

CORDOBA2


Jobson toma suspensão em novo julgamento

Do portal Terra:

* Corte aumenta em 6 meses suspensão de Jobson por doping

O atacante Jobson, que se destacou no Botafogo e disputou o Campeonato Brasileiro pelo Bahia, vai ficar mais seis meses longe dos gramados por ter sido flagrado no exame antidoping em dois jogos do Campeonato Brasileiro de 2009. A decisão foi tomada nesta quarta-feira pela Corte Arbitral do Esporte (CAS), em Genebra, na Suíça.

O atacante, que na época era uma das sensações do futebol brasileiro com a camisa do Botafogo, foi flagrado pelo uso de crack e cocaína nos jogos contra Palmeiras e Coritiba. Ele foi condenado a seis meses de suspensão pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), mas a decisão foi contestada pela Fifa, que levou o caso ao CAS.

Entre 2010 e 2011, Jobson teve passagens marcadas por atos de indisciplina no Botafogo, Atlético-MG e Bahia, de onde foi dispensado recentemente

* http://esportes.terra.com.br/futebol/brasileiro/2011/noticias/0,,OI5348853-EI17896,00-Corte+aumenta+em+meses+suspensao+de+Jobson+por+doping.html


Perigo à vista para Atlético, Cruzeiro e América: FC Porto nos seus calcanhares

Merece muita atenção essa reportagem que me foi enviada pelo Marcelo Valdemar, colaborador do blog.

É do site português MaisFutebol, que fala da iniciativa do Carlos Alberto Silva de montar um enorme Centro de Treinamento em parceria com o F. C. do Porto. 

Lembro-me do ex-técnico da seleção brasileira procurando vários parceiros e cidades em Minas, há pelo menos dois anos. 

A cidade de Pará de Minas, a apenas 73 Km de Belo Horizonte, topou, e a prefeitura doou um terreno de 1 milhão de metros quadrados para o projeto, adquirido por R$ 1,5 milhão. 

Área realmente muito grande, para um investimento em futebol. Para que tenham a ideia, é metade da que a montadora de caminhões e blindados Iveco ocupa em Sete Lagoas, junto com outras fábricas e escritórios de empresas que a atendem. 

O Porto é o maior clube português, um dos grandes da Europa; Carlos Alberto Silva dispensa comentários quanto à sua competência e capacidade de agregar apoios; o interior de Minas Gerais é tradicional celeiro de grandes jogadores. Uma associação que tem tudo para dar certo. 

Atlético, Cruzeiro e América passam a ter um concorrente perigoso em seus calcanhares, na descoberta de talentos. 

Sugiro inclusive que acessem o site e vejam a reportagem feita pela TV de Pará de Minas com as diversas autoridades na solenidade de assinatura dos acordos, quinta-feira passada, na Cidade Administrativa do governo do estado: 

“F.C. Porto: academia de excelência arranca no Brasil”

Começou esta quinta-feira o Centro de Treinos Dragão, com um milhão de metros quadrados, que tem Carlos Alberto Silva como director-técnico e que vai formar centenas de jovens 

Por Sérgio Pereira

O F.C. Porto deu o passo decisivo para a construção de um projecto megalómano no Brasil: trata-se de um centro de treinos para formação de jogadores que se estenderá por… um milhão de metros quadrados. Chama-se Centro de Treinos Dragão e fica situado em Pará de Minas, em Minas Gerais.

Por detrás desta academia está Carlos Alberto Silva: o antigo treinador do F.C. Porto e da selecção brasileira idealizou o projecto, fez-se à estrada da vida e congregou vontades para colocar em cima de pilares a obra. O F.C. Porto recebeu de braços abertos a ideia e assegurou de imediato o projecto.

Quinta-feira foi dado o passo decisivo com a assinatura do protocolo de construção da academia. Carlos Alberto Silva falou ao Maisfutebol e frisou que é um sonho concretizado. «Já tinha a ambição de construir este Centro há muitos anos. Desde que deixei de treinar que comecei a trabalhar nisto».

Da parte do F.C. Porto, garante, recebeu o entusiasmo. «Falei com Pinto da Costa e ele abraçou de imediato o projecto. Comprou a ideia e disse que este projecto não podia ser de mais de ninguém, se não do F.C. Porto.» Esse foi de resto só o primeiro passo. «Deu um apoio muito grande em tudo.»

Contrariamente ao que chegou a ser dito, porém, Carlos Alberto Silva garante que este projecto não vai custar um investimento directo do F.C. Porto. Inicialmente foi referido que o clube ficaria responsável pela construção do estádio do Centro com capacidade para 15 mil pessoas. Tudo falso.

«O F.C. Porto não vai investir dinheiro, pelo menos não directamente, na construção», referiu. «O clube entra apenas com o know-how: dá o nome, dá a credibilidade, dá meios humanos e dá organização. O nosso pessoal vai estagiar no Porto e o F.C. Porto vem cá executar todas as ideias.»

Azul da cabeça aos pés

O nome do F.C. Porto foi de resto fundamental para conseguir colocar o projecto de pé. Um projecto que se estende, repete-se, por um milhão de metros quadrados, com um estádio para 15 mil pessoas, dez campos de futebol dentro do centro, mais três no exterior, e um hotel para centenas de jovens.

«É uma obra ambiciosa e que será motor de desenvolvimento da região. Vai criar mil postos de trabalho.» Por isso recebeu apoios do governo brasileiro, do governo regional e de várias empresas. O município, por exemplo, comprou o terreno por cerca de um milhão de euros e deu-a ao projecto.

A assinatura do programa contou com ministros, governadores e deputados. Ao longo de dez anos, vão ser investidos cerca de 40 milhões de euros. «Nesta altura estamos apenas à espera da licença ambiental», conta. «Em Dezembro, depois da época das chuvas, começamos a construção do Centro.»

Carlos Alberto Silva conta começar a receber jovens em Julho, depois de concluídos os primeiros três campos de treinos. «Tenho o sonho de ter o Centro pronto em 2014, a tempo o Mundial. Gostava de receber aqui uma selecção para fazer o estágio de preparação da prova.»

O objectivo, esse, é outro. «Quero formar para o F.C. Porto uma grande quantidade de jogadores do nível jovem, até à categoria júnior, e de nível intermédio, que são os sub-20. Queremos aproveitar o talento natural brasileiro, dar-lhe o método do Porto e formar grandes jogadores.»

De resto, o F.C. Porto dá o nome, dá o know-how e fica com um corpo de centenas de jovens para recrutar. «O F.C. Porto tem toda a primazia. Sempre que quiser um jogador, é só vir cá buscá-lo e pagar uma pequena indemnização ao Centro. Se não quiser, aí podemos negociá-los com outros clubes.»

Por fim, perguntou-se a Carlos Alberto Silva se tinha o sonho de ver um jogador formado no Centro de Treinos Dragão na selecção brasileira. «Tenho o sonho de ver muitos jogadores formados aqui no F.C. Porto, isso sim. O apoio do clube e a amizade de Pinto da Costa foram fundamentais neste projecto.»

http://www.maisfutebol.iol.pt/fcporto/dragao-fc-porto-fc-porto-carlos-alberto-silva-centro-de-treinos-dragao-dragao-brasil/1279164-1304.html

PARA

Vista panorâmica da acolhedora Pará de Minas


Atlético e Cruzeiro precisam avaliar a experiência dos grandes italianos

Pensando em seu futuro, Atlético e Cruzeiro precisam se informar bem e avaliar as experiências dos grandes clubes italianos no que se refere à falta de um estádio próprio. Em recente estudo da UEFA, Milan e Inter foram considerados, entre os maiores clubes, os de piores perspectivas de saneamento financeiro, por causa, principalmente da falta de uma casa própria.

A poderosíssima Juventus de Turim, caiu na real e semana passada entrou para o rol dos clubes que têm estádio próprio, o primeiro, dos grandes italianos a ter um.

Construiu o seu sobre a base de onde era o suntuoso Delli Alpi, construído para a Copa do Mundo de 1990, onde a seleção brasileira jogou a primeira fase e foi eliminado pela Argentina.

Milan e Inter dividem o San Siro (para os milaneses) Giuseppe Meazza (para os interistas), que desde 1935 pertence ao Município de Milão.

É essa a ideia para Atlético e Cruzeiro em relação ao Mineirão, depois da Copa, porém, tem tudo para manter os nossos maiores clubes no atraso, em relação a outros do país que têm seus estádios próprios.

Nessa história da Juventus, muito interessante também é o fato da obra do seu estádio ter custado o equivalente a 34% do que vai custar do Corinthians, que ainda por cima tem muito dinheiro público sendo injetado.

Outro fato que merece destaque é que tudo que foi planejado pelos italianos saiu dentro do cronograma e dos orçamentos.

Separei duas reportagens sobre o assunto: uma da Folha de S. Paulo, do dia 9 deste mês, outra do site Futebol Finance, de Portugal, do dia 23 de novembro de 2008, que falava do “projeto” da Juventus.

Confira:

* “Estádio que custou 34% do Itaquerão promete revolucionar futebol italiano”

Sem conquistar o “scudetto” desde o escândalo de manipulação de resultados que a levou para a segunda divisão e cassou seus dois últimos títulos, a Juventus apresentou ontem sua maior aposta para voltar a honrar o posto de maior campeã italiana de todos os tempos.
Um amistoso contra o Notts County, clube inglês que inspirou seu uniforme alvinegro listrado, marcou a inauguração da única arena particular da elite do Calcio.
A construção do Juventus Stadium, com capacidade para 41 mil pessoas e levantado sobre o antigo Delle Alpi, que pertencia à prefeitura de Turim, custou € 122 milhões (cerca de R$ 280 milhões).
Trata-se de um valor ínfimo quando comparado ao do projeto do Itaquerão, que, para abrigar 7.000 torcedores a mais, projeta um custo quase três vezes maior -R$ 820 milhões, fora R$ 50 milhões que a prefeitura paulistana investirá para ampliar sua capacidade para a Copa-14.
Ao abandonar o padrão vigente de estádios públicos, a Juventus promete ampliar as receitas e apontar um caminho para a Itália afastar as crises financeira e técnica.
Após um atraso de duas semanas, devido a greve de jogadores, Milan, atual campeão e que tem os brasileiros Robinho e Alexandre Pato no elenco, e Lazio inauguram a Série A, que começa hoje com clubes com caixas vazios e uma vaga a menos na Copa dos Campeões -o país foi ultrapassado pela Alemanha no ranking da Uefa.
Os italianos são dependentes das cotas pagas pela TV para a transmissão de suas paridas. No ranking dos times que mais faturam no mundo feito pela consultoria Deloitte, o Milan, primeiro do país, só aparece na sétima posição. “A Itália é uma anomalia. Entre os grandes clubes europeus, as receitas vindas dos estádios representam entre 25% e 27% do total. Aqui, esse número é de 13%”, afirmou o novo diretor comercial da Juventus, Francesco Calvo.
Segundo o dirigente, a arena privada irá aumentar em até € 32 milhões (R$ 73,5 milhões) o orçamento do clube para a próxima temporada.
O time de Turim, 27 vezes campeão italiano e cujo último título nacional válido é de 2003, já começou a lucrar com a nova casa. Parte do custo da obra foi bancado pela empresa que comprou o direito de negociar os “naming rights” da arena.

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* Em Itália a Juventus mostrou finalmente o projecto do seu novo estádio, dedicado exclusivamente aos seus adeptos. Com uma média de assistências inferior a 30 mil pessoas por jogo, o estádio Delle Alpi, construído para o Mundial de 90, nunca foi do agrado dos adeptos, principalmente devido à pista de atletismo, que mantém os adeptos longe do relvado e estraga a atmosfera do jogo.

O novo recinto irá chamar-se “estádio Degli Agnelli” e nascerá das fundações do Delle Alpi, com uma lotação de 40.200 pessoas e semelhante à Allianz Arena de Munique. Com um custo reduzido de 105 milhões de Euros, dos quais 75 milhões provenientes da venda de direitos de naming. A empresa de construção do novo estádio será escolhida em Março de 2009, enquanto a agência de marketing Sportfive ficará encarregue de encontrar um patrocinador até Abril do próximo ano, mês do lançamento da primeira pedra.

No total, o novo estádio da Juventus irá ter capacidade para 4 mil lugares de estacionamento, 8 restaurantes, 24 bares, 3 balneários, 459 lugares de imprensa, 34 mil metros quadrados de área comercial, tudo isto em funcionamento 24 horas por dia, 7 dias por semana.

* http://www.futebolfinance.com/o-novo-estadio-da-juventus

NOVOESTADIO

O novo estádio, da Juventus

NOVO2

Bem menor, mais prático e rentável que o antigo Delli Alpi, abaixo

VELHO

O “Elefante Branco” foi demolido


Possibilidade de chapa César Masci/Alberto Rodrigues agita eleição do Cruzeiro

As eleições do Cruzeiro foram antecipadas para o dia 3 de outubro.

Por volta das 14 horas de hoje o locutor Alberto Rodrigues twittou que pode topar compor uma chapa com o ex-presidente César Masci.

A repercussão está sendo grande nas redes sociais e mexe com os bastidores do poder cruzeirense.

Por enquanto, oficialmente, está lançada a chapa do Dr. Gilvan de Pinho Tavares, pela situação.

Antônio Claret Nametala pode oficializar a dele a qualquer momento.

A twittada do Alberto:

maisvibrante

Estou analisando a proposta para fazer parte da chapa do César Masci. Obrigado a todos pelo apoio de sempre!

Onde não há respeito, não há como dar certo!

* Insatisfeito em ter sido obrigado a permanecer no Cruzeiro, Gilberto voltou a chutar o balde com suas declarações infelizes na chegada do time em Confins depois da derrota para o Santos.

Se o clima entre ele, Roger e Fábio não era dos melhores, ficou pior ainda, prejudicando todo o clube.

No América, André Dias também foi destemperado para manifestar a sua insatisfação com o técnico Givanildo, que o substituiu no jogo com o Avaí.

 

Questionado, Givanildo foi firme e disse que o atacante tinha que respeitar o colega de trabalho que entrou no seu lugar e à decisão do superior hierárquico. E se não estivesse satisfeito pedisse para sair. Menos mal que, André Dias reconheceu que fez besteira e pediu desculpas públicas.

São comuns notícias de jogadores experientes e rodados como Gilberto e André Dias agindo assim, porém, o futebol é cheio de exemplos que envolvem também atletas que ainda nem chegaram ao profissional.

 

Na semifinal da Taça BH de juniores, Leleu, que deve se achar uma estrela, esbravejou e saiu xingando, quando o técnico Rogério Micale o substituiu. E nem olhou para a cara do companheiro que entraria em seu lugar.

Semanas antes, Wendell, sério candidato a “foguete molhado”, também do Atlético, agiu de forma semelhante contra o então técnico do profissional, Dorival Junior.

 

A volta do Uruguai à prateleira de cima do futebol Sul-Americano e mundial não é por acaso, nem fruto de algum imediatismo. Desde 2005, quando perdeu a repescagem das eliminatórias da Copa da Alemanha para a Austrália, começou o trabalho de recuperação, quando Oscar Tabárez, voltou ao comando da seleção. Ele aceitou a missão com a condição de coordenar também, todas as categorias de base. Sua filosofia era preparar seres humanos para a vida e não apenas chutadores de bolas de futebol.

 

Implantou métodos que estão em vigor até hoje; na seleção infantil à principal. As atividades fora dos gramados são tão valorizadas quanto dentro.

Os jogadores aprendem primeiro a respeitar os colegas, a instituição que defendem e ao público. São treinados até para conceder entrevistas, em todo tipo de situação.

Os bons e maus momentos entram no script, para que nenhuma declaração mal dada comprometa o trabalho ou estrague o ambiente.

 

O futebol brasileiro precisa seguir exemplos como o do Uruguai de Oscar Tabárez.  Às vezes alguém comenta que já não se liga tanto em futebol como antes, e a reação que temos é que isso seja fruto de reação isolada ou momentânea, devido a um eventual mau momento pelo qual passa o time de quem fala.

Mas os números da audiência da Globo nas transmissões mostram que a cada ano a motivação do público é menor, e que nos últimos cinco anos houve uma considerável queda de 25%. 

 

São vários fatores que levam alguém a se desmotivar com o futebol, mas não tenho a menor dúvida que o comportamento arrogante e desrespeitoso de muitos jogadores contribuem muito para isso também. É como a política. De tanto ver homens públicos metendo a mão impunemente, as pessoas tomam cada vez mais antipatia do assunto.

O resultado final é sempre o pior possível. No futebol, time onde não há respeito entre colegas e à hierarquia, não vai render. Na política, o resultado é um país esculhambado, violento e corrupto como o Brasil, apesar do ótimo potencial que temos.

OSCAR

* Estas e outras notas estarão em minha coluna de amanhã, no Super Notícia, nas bancas!


ADEMG informa: sorteios de ingressos para os jogos na Arena

A Ademg tem feito promoções de sorteio de ingressos para os jogos da Arena do Jacaré e convida aos torcedores para se cadastrar e participar:

* ademginforma Ademg

CRUZEIRO X AMÉRICA na Arena do Jacaré. Cadastre-se, compartilhe e concorra a ingressos:…

www.ademg.mg.gov.br


Queda do interesse pelo futebol é real: audiência da Globo caiu 25%

Às vezes alguém comenta que já não se liga tanto em futebol como antes, e a reação que temos é que isso seja fruto de reação isolada ou momentânea, devido a um eventual mau momento pelo qual passa o time de quem fala.

Mas os números da audiência da Globo nas transmissões mostram que a cada ano a motivação do público é menor, e que nos últimos cinco anos houve uma considerável queda de 25%.

A informação é da coluna Outro Canal, da Folha de S. Paulo, do dia 8:

“Futebol na Globo perde público e fica mais caro”

As transmissões de futebol no Brasil têm pesos e medidas que não se encaixam quando o assunto é audiência e faturamento.

A Globo anunciará nos próximos dias seu pacotão de futebol 2012. A Folha apurou que cada uma das cotas (cinco ou seis) de patrocínio custará cerca de R$ 180 milhões (preço de tabela), um aumento de 34% em relação ao pacote deste ano, em que cada cota custou R$ 134 milhões.

Alvo de muita disputa no mercado, o pacotão de futebol da Globo traz, entre outros eventos, os principais campeonatos estaduais, o Brasileirão, a Libertadores e os jogos da seleção.

Mesmo assim, o aumento nos preços das cotas não acompanha a curva de audiência dos jogos na Globo.

Em 2006, o Campeonato Brasileiro marcou 26 pontos de média e cobrou R$ 86 milhões por cota. Em 2008, registrou 20 pontos de média, com cotas a R$ 105 milhões. Cada ponto equivale 58 mil domicílios na Grande SP.

Em 2009, a competição obteve média de 23 pontos e cada uma das cotas foi comercializada a R$ 121 milhões.

Neste ano, a audiência do Brasileirão segue na mesma toada de 2010: 21 pontos.

Em cinco anos, o evento teve uma queda de quase 25% de audiência. A Globo perdeu um em cada quatro telespectadores do Brasileirão.


Brasil exagera nos gastos e no atendimento às exigências da Fifa

De tudo que tenho lido e ouvido sobre a Copa do Mundo de 2014, o que mais me chamou a atenção foi essa reportagem da Folha de S. Paulo, sábado, com consultores alemães, que estiveram da capital paulista e estarão em outras cidades sedes, inclusive Belo Horizonte.

Na opinião geral de jornalistas e turistas que estiveram em Copas, a Alemanha realizou a melhor até hoje, em termos de organização, infra-estrutura e receptividade, além de tirar o melhor proveito do tal “legado”, inclusive no aumento anual de visitantes.

Baseado nas sete copas que já cobri, penso o mesmo que eles: a FIFA precisa ser peitada em muitas das exigências que faz ao país organizador, mas no Brasil, estão dando até mais que ela pede, como se fôssemos um país rico.

No nosso caso específico, cito um exemplo, sobre o qual até já falei há tempos: o Mineirão jamais deveria ter sido demolido para ser reconstruído, como estão fazendo.

Uma boa reforma, gastando infinitamente menos, o deixaria perfeito para a Copa.

Essa fortuna poderia ter sido usada para necessidades reais da maioria da população, como um metrô, por exemplo.

Mas…

Confira a reportagem, que certamente os senhores não verão na Globo e nem como manchete dos principais veículos de comunicação do país, por questões óbvias: 

“Para consultores alemães, Fifa deve incluir até ambulantes na Copa-2014”

BERNARDO ITRI
DO PAINEL FC

ALEMAES
Nos dois dias em que se encontraram com o comitê paulista da Copa-14, três consultores alemães defenderam que o governo tenha posição firme perante a Fifa quanto às exigências que a entidade faz às cidades-sedes.
Disseram que o Brasil precisa colocar sua cultura local acima das vontades da Fifa. E que nem o comércio informal deve ser preterido pelo governo, mesmo que ele vá contra os acordos comerciais da federação internacional.
Gerd Kolbe, Helmut Hausmann e Thomas Jedlitschka, consultores de cidades-sedes que participaram das Copas de 2006 e 2010, estiveram com os organizadores do Mundial em São Paulo e alertaram as autoridades sobre possíveis abusos da Fifa.
“A Copa precisa de aceitação popular para ser bem-sucedida na cidade. Para isso, a população não pode ser excluída. Tem que participar do evento”, afirmou Thomas.
“Apenas 40 mil pessoas comuns vão participar dos jogos na Copa. Mas o restante do povo precisa estar presente, senão a Copa não dá certo”, completou o consultor.
Até mesmo a provável exclusão de vendedores ambulantes no entorno dos estádios durante o Mundial é criticada pelos alemães.
Eles argumentam que esse comércio, por mais que seja irregular, deve ser tratado com a Fifa para que os ambulantes não fiquem ociosos.
“Se a população for integrada à Copa do Mundo, 90% da população vai aprová-la”, afirmou Kolbe.
Em visita ao Itaquerão, ontem, eles argumentaram que apenas com uma união das 12 cidades-sedes o Brasil conseguirá se impor à Fifa.
“A Fifa apenas realiza conversas bilaterais. Ou seja, não adianta conversarem todas as cidades separadas. É necessário haver uma união entre elas”, declarou Kolbe.
Ele lembrou que, dessa maneira, em 2006, Dortmund, uma das sedes da Copa, obteve grande vitória.
“A Fifa exigia que só fosse comercializada a Budweiser, mas isso foi revertido. Depois de uma negociação acirrada, ela autorizou a ser vendida a cerveja local, a Dortmund.”
Kolbe explicou que o Brasil tem que ter como referência a Alemanha, que endureceu nas concessões para a entidade, ao contrário do que a África do Sul fez em 2010.
E apontou que, pelo que pôde perceber no Brasil, o governo federal e São Paulo estão liderando essa “briga”.
Para visitar o Itaquerão, ontem, os alemães usaram transporte público. Saíram do centro de São Paulo de trem e voltaram de metrô.
Após fazerem a viagem fora da hora do “rush” -ida e volta em cerca de 30 minutos cada uma-, disseram ter ficado satisfeitos com o que presenciaram na cidade.
Em Itaquera, eles foram recebidos pelo diretor da Odebrecht Antonio Gavioli, que lhes apresentou imagens do estádio e os acompanhou em uma volta pelo terreno.
Os alemães ainda deverão ir a outras cidades do Brasil, entre elas, Belo Horizonte.


Secretário-Geral da Fifa diz que RJ quer tudo da Copa

* Em entrevista ao o Globo, domingo, o segundo manda-chuva mais poderoso do futebol mundial, disse coisas importantes sobre a Copa do Mundo 2014, Copa das Confederações 2013 e Belo Horizonte, como sede da festa dos 1.000 dias da contagem regressiva do Mundial, na próxima sexta-feira.

“Jérôme Valcke: ‘Não estou seguro que seis estádios estarão prontos para a Copa das Confederações’”

Jorge Luiz Rodrigues

RIO – Durante 26 minutos, Jérôme Valcke mostrou estar 100% informado sobre o que acontece com os preparativos do Brasil para a Copa do Mundo-2014. Da segunda greve de operários envolvidos nas obras do novo Maracanã à celebração da próxima sexta-feira, quando estarão faltando 1.000 dias para o início do Mundial, o secretário-geral da Fifa – conhecido por não economizar nas críticas – fez questão de negar a existência de um conflito entre a entidade e o Governo Federal, em entrevista por telefone ao GLOBO.

Porém, Valcke, de 50 anos, voltou a lembrar os riscos que o país corre por demorar com as obras de infraestrutura para o megaevento. Ele revelou que Belo Horizonte será a sede central da festa dos 1.000 dias, antecipou que não considera justo o Rio sediar o sorteio final da Copa, disse querer mais eventos até em cidades que não vão sediar os jogos, cobrou mais investimentos em infraestrutura, falou que a Fifa decidirá em outubro os horários dos jogos do Mundial e antecipou que Brasília é uma cidade garantida na Copa das Confederações-2013, mas que não está seguro que seis cidades e seis estádios estarão prontos até o evento-teste, como quer o Comitê Organizador.

JEROME

MIL DIAS PARA A COPA

“Ainda estamos trabalhando nesse tema com o COL-2014. Teremos um evento principal, em Belo Horizonte, dia 16, e as demais cidades farão alguma coisa. Eu sei que 1.000 é um belo número, mas é um tipo de evento ainda distante para a Copa do Mundo.”

VIR AO BRASIL

“Não penso que deva ir. É muito difícil para mim sair daqui neste momento.”

PREPARAÇÃO DO PAÍS

“Para ser claro, ainda há muito trabalho a fazer. É normal quando restam pouco mais de 1.000 dias para o início do Mundial. Mas são menos dias para o início da Copa das Confederações (pouco mais de 640). A coisa mais importante é que precisamos nos mover rapidamente, ter integração com os poderes. Temos que fazer acontecer.”

INFRAESTRUTURA

“Há bom número de hotéis. No Rio de Janeiro estão sendo construídos mais hotéis. São Paulo, comparada com outras cidades, já está bem servida em todos os níveis. Mas vocês precisam de diferentes categorias de hotéis: de duas, três, quatro, cinco estrelas. Os diferentes tipos de acomodação, isso é muito importante.”

SEDES NA COPA DAS CONFEDERAÇÕES

“Recebemos um pedido de informação sobre quantas cidades são necessárias para a Copa das Confederações. Poderemos jogar com quatro, cinco ou seis cidades. Sim, um máximo de seis. Em 20 de outubro, o Bureau da Copa do Mundo-2014 terá enviado ao Comitê Executivo da Fifa sua sugestão e será decidido também o calendário de jogos da Copa do Mundo-2014. E aí faremos também uma decisão sobre as cidades da Copa das Confederações.”

SEIS SEDES?

“Isso depende do número de estádios que estarão prontos para a Copa das Confederações. Estamos falando de um evento que acontecerá em junho de 2013. A entrega dos estádios está marcada para dezembro de 2012, no máximo, no início de 2013. Neste momento, não estou seguro que seis cidades e seis estádios estarão prontos até lá.”

A DECISÃO

“A questão é: quantos estádios em potencial estarão pronto para a Copa das Confederações, em junho de 2013? Isso será motivo de uma discussão entre a Fifa e o COL-2014 em meados de outubro para decidirmos. Se seis cidades estiverem prontas, faremos em seis cidades, se necessário for.”

CIDADES CANDIDATAS

“Ainda há muito trabalho a fazer nas cidades também em relação aos estádios. Eu concordo que Brasília deverá ser uma cidade porque estará pronta no final de dezembro de 2012. Rio de Janeiro ainda tem muito trabalho e soube que está em greve novamente. Em greve pela segunda vez. A decisão é tomada com base no seguinte: quando tomamos uma decisão, precisamos da certeza de que o estádio estará pronto no fim de 2012. Se temos só 50% de possibilidades de que fique pronto, não contamos com ele para a Copa das Confederações.”

BAIXO INVESTIMENTO NO PAC DA COPA

“Não é bom. Definitivamente, não é bom. É importante entender que os dias que você perde, você não recupera no futuro. Para construir um estádio, para reformar aeroportos, para melhorar a infraestrutura. Se você não faz no tempo correto, você só tem duas opções: não estar pronto ou gastar muito mais dinheiro para estar pronto no prazo final. Aí, você estará trabalhando mais, usando mais empregados. Não estamos incentivando a entregar no último minuto. O Brasil ganhou a sede da Copa do Mundo-2014 em 2007. Não em 2010. Teve sete anos para trabalhar na organização. Não apenas da Copa do Mundo, mas também no que precisa para as Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro.”

INVESTIMENTO

“O dinheiro está lá para entregar este projeto no prazo. E sei que mais dinheiro está sendo investido pelo governo. Todo mundo quer ver esta Copa do Mundo no Brasil. Todo mundo que ama futebol ama o Brasil. O pedido de informações e de reserva de ingressos para o Brasil é incrível. Isso significa que muitos e muitos turistas irão ao Brasil. O Brasil precisa assegurar que essas pessoas possam voar de uma cidade para outra, se deslocar, se hospedar, para ter uma grande Copa do Mundo. Essa é a principal preocupação.”

HORÁRIOS DA COPA

“Estamos discutindo isso com o Comitê Organizador e vamos ter uma discussão final com o Bureau, que levará a decisão para ser ratificada pelo Comitê Executivo da Fifa, na reunião de 20 de outubro. Estamos trabalhando nos horários potencialmente para o caso de termos três ou quatro jogos por dia (13h30m, 16h e 19h). Na África do Sul, o jogo mais cedo (na primeira fase) começava às 13h30m (horário local). Queríamos (a Fifa) que começasse às 13h, mas as pessoas falaram que era muito cedo. Então, mudamos para as 13h30m. Para o Brasil-2014, é uma discussão que teremos em outubro, para anunciar a decisão.”

HORÁRIOS PARA A COPA DAS CONFEDERAÇÕES

“É confidencial, mas estamos trabalhando em um ou dois horários diferentes para a Copa das Confederações.”

APETITE DO RIO

“Eu penso que se quiséssemos dar um presente ao prefeito Eduardo Paes, o de organizar os 64 jogos da Copa do Mundo, ele receberia e faria (risos). Estou seguro de que ele gostaria de organizar o jogo de abertura, a final, as semifinais, vários jogos, todos os sorteios e seminários etc. Eu entendo. Mas o Rio já teve o Sorteio Preliminar (das eliminatórias). É uma decisão do COL-2014 onde será o sorteio final da Copa (em dezembro de 2013), mas não penso que seja certo o Rio de Janeiro tê-lo. Temos que ter eventos em todo o Brasil e não só nas 12 cidades-sede. Podemos organizar eventos adicionais, como workshops, em cidades que não vão organizar jogos da Copa do Mundo.”

PATROCÍNIOS

“Estamos muito satisfeitos com os acordos fechados não apenas a nível internacional, mas também com patrocinadores locais do Brasil.”

FUTEBOL DE AREIA

“Eu sei que é um desejo forte do senhor (Carlos Arthur) Nuzman a inclusão do futebol de areia no programa olímpico do Rio-2016. A Fifa apoia. É uma decisão a ser tomada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). Mas a Fifa vai ter que assegurar que haja um torneio olímpico para homens e também para as mulheres. Os Jogos Olímpicos só aceitam esportes que possam ser praticados por homens e mulheres. Se for aceito pelo COI, a Fifa rapidamente vai tomar as providências para organizar um grande torneio olímpico.”

FIFA x GOVERNO

“A Fifa, o governo, o COL-2014, as cidades estão na mesma direção. Algumas pessoas na mídia querem fazer parecer que há um conflito entre a Fifa e o Governo. Não estamos em conflito. A nossa responsabilidade é criar um ambiente a cada quatro anos para que os torcedores do mundo inteiro possam se divertir e desfrutar de uma grande Copa do Mundo. É por isso que incentivamos o Brasil e estamos atentos para que tudo esteja pronto. Não há conflito entre nós.”

* http://oglobo.globo.com/esportes/copa2014/mat/2011/09/11/jerome-valcke-nao-estou-seguro-que-seis-estadios-estarao-prontos-para-copa-das-confederacoes-925330708.asp