Blog do Chico Maia

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Nem Buenos Aires dá conta de hospedar todo mundo

Quem chegou a Buenos Aires nos últimos dias sem hotel reservado está passando aperto. A cidade normalmente fica lotada no mês de julho, por causa das férias, quando tanto o turismo interno quanto externo, dobram. Além disso, duas feiras gigantes foram abertas quinta-feira na capital argentina: agropecuária e de tecnologia. Com a fase decisiva da Copa América, tornou-se impossível conseguir qualquer tipo de hospedagem com facilidade. E olhem que esta cidade é uma das mais ricas em hospedaria do mundo, mais que São Paulo, que dizem ser, a mais preparada do Brasil.

O tema é importante porque o que mais se fala ultimamente é que Belo Horizonte não estaria apta a receber o jogo de abertura da Copa do Mundo porque não tem hotéis. Realmente é preciso aumentar o numero de leitos da nossa capital, e isso já está acontecendo. A previsão é que tenhamos mais sete mil quartos até 2014, nos 29 novos hotéis que estão sendo construídos, nas categorias entre três e cinco estrelas.

Só a rede francesa Accor Hospitality está abrindo nove em Beagá, a terceira a receber mais investimentos dela no Brasil, atrás do Rio, 17, e Salvador, 10.

Porém, por mais hotéis que qualquer cidade tenha, jamais dará conta de abrigar a todos os visitantes durante muitos eventos ao mesmo tempo.

A primeira vez que eu vivi este problema foi durante as olimpíadas de 2000. A primeira fase do futebol foi jogada em Brisbane, que fica a 988 Km de Sydney. Quando chegamos à sede dos Jogos, no meio da competição, simplesmente não havia nenhum tipo de hospedagem. Graças aos voluntários do comitê organizador e à Neuma Graciano, jornalista mineira que mora lá, e ao seu marido, Thomas, consegui vaga na cidade de Parramatta, a meia hora de carro de Sydney.

A solução são as cidades do entorno, para socorrer as metrópoles. Dortmund, uma das importante sedes da Alemanha em 2006, montou até camas de campanha, do exército, em colégios e clubes, para abrigar os visitantes. E também é uma cidade preparada para o turismo, acostumada a receber milhões de pessoas anualmente.

Cidades vizinhas a Buenos Aires, que ninguém nunca ouviu falar no Brasil, estão quebrando o galho.

Certamente cidades em um raio de até 150 Km de Belo Horizonte vão se beneficiar neste aspecto com a Copa das Confederações em 2013 e a Copa no ano seguinte. O nosso grande problema são as estradas, sempre péssimas, mal sinalizadas e sem fiscalização. Essa é uma preocupação que as autoridades mineiras precisam ter: melhorar os acessos e criar facilidades para as pessoas. Será bom para os mineiros e fundamental para os gringos.

Os brasileiros que já lotavam as ruas de Buenos Aires, agora tomaram conta de vez. O mês de julho é o auge disso, quando o português está se torna língua comum nos restaurantes, lojas, entre garçons, atendentes de hotéis e vai se espalhando entre todos os argentinos no dia a dia.

Nas lojas, cartazes com informações da cotação das principais moedas correntes aqui em relação ao peso deles. Pela ordem: dólar, euro e real.

Se em Córdoba os paraguaios eram numa proporção de 3 x 1 nas ruas antes do jogo, e no estádio, em Buenos Aires está sendo diferente. A proporção é quase a mesma. O Estádio de La Plata, deverá ficar bem dividido, domingo, entre a seleção do Mano Menezes contra a do argentino Gerardo Martino, comandante paraguaio.

Acredito que o Brasil irá às semifinais. O time melhorou e o Paraguai quase sempre treme quando encara a camisa verde a amarela.

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A valorização do real proporciona atualmente algo inimaginável tempos atrás na capital argentina: dólar, euro e a nossa moeda como atrativos promocionais dos comerciantes que põem cartazes informando cotações nas lojas, melhores que a dos bancos e casas de câmbio.


No lendário Gigante do Arroyito, o “caldeirão” do Rosário Central

Na volta a Buenos Aires uma parada em Rosário, quase na metade do caminho, para uma visita ao “Gigante do Arroyito”, o lendário Estádio Lisandro de la Torre, do Rosário Central, de duras histórias para o futebol mineiro, e para a maioria dos times que o visitam. Nele, o Atlético perdeu a Copa Conmebol de 1995, depois de vencer no Mineirão por 4 x 0. Poderia perder até de três, perdeu de quatro e foi derrotado nos pênaltis.

Em 1975 o Cruzeiro sofreu pela Libertadores, conforme conta o então meia Toninho Almeida: “Fomos hostilizados desde a chegada a Rosário. À noite, barulho e foguetes no hotel; partida tensa do início ao fim. Moedas e pedras atiradas o tempo todo.  Perdemos de 3×1 com o último gol em impedimento. Quando protestamos, a polícia jogou gás lacrimogêneo pra nos dispersar.  Depois, nossa delegação teve de sair escoltada do estádio.”

ROSARIOBLOGNo Arroyito foram disputados seis jogos da Copa do Mundo de 1978, inclusive Brasil 0 x 0 Argentina, e o vergonhoso Argentina 6 x 0 Peru, quando os argentinos armaram o resultado com os peruanos para eliminar a seleção brasileira da fase seguinte. Foi quando o treinador Cláudio Coutinho soltou a frase que ficou famosa: “somos os campeões morais deste Mundial”.

Em 2009, o Brasil venceu a Argentina por 3 x 1, pelas eliminatórias da Copa da África do Sul.

Mas, cada vez mais coibida e condenada pela opinião pública, a pressão extra campo já não traz tantos benefícios ao Rosário Central, nem à seleção argentina. O time, que já teve Mário Kempes, Chamot e Di Maria, dentre outros, está na segunda divisão do país. Fundado em 1889, tem a 6ª maior torcida da Argentina, e a maior da cidade, onde o arquirrival é o Newell’s Old Boys, que pertence à primeira divisão.

O estádio do Rosário Central tem capacidade para 41.600 torcedores pagantes e serve ao futebol argentino desde 1929. Quando entro em uma arena como esta, e tantas outras mundo afora, não consigo entender como Atlético e Cruzeiro não têm as suas próprias casas para jogar. Minas Gerais é maior em população e economia que muitos países, e os nossos clubes deveriam tirar mais proveito de suas torcidas gigantes.

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Estádio Gigante de Arroyito, o “caldeirão” do Rosário Central, onde o Atlético perdeu, na pressão, a Conmebol de 1995, com Taffarel no gol. Também onde o Cruzeiro, sofreu com Raul, Nelinho, Piazza, Dirceu Lopes, Palhinha, Joãozinho e cia, pela Libertadores de 1975.


De volta a Buenos Aires

Neste momento as rodovias e o aeroporto de Córdoba estão cheios de brasileiros, principalmente da imprensa, retornando a Buenos Aires para o jogo do Brasil, domingo, em La Plata, contra o Paraguai pelas quartas de final.

Vamos à luta.

De carro.

Em condições normais, em torno de sete horas, sem correria.

ESTRADA


Com panela ou sem panela, Júlio César foi o nome do jogo!

Uma das coisas mais comuns em um time de futebol são as “panelas” ou “igrejinhas”, que arruínam com qualquer trabalho.

São difíceis de ser detectadas pois tratam-se de pactos silenciosos, onde ninguém abre o bico.

Profundo conhecedor do assunto, pois jogou em grandes clubes e constantemente era acusado de integrar ou formar panelas, o atual comentarista Neto, twittou durante Brasil x Equador a cada gol que saía:

“Minhas informações se confirmando: o Pato fez gol e só o Neymar foi abraçá-lo. Tem panela aí!”

Depois: “Aliás, os veteranos não foram a público criticar a molecada? Quero ver agora se eles podem cornetar o Júlio César pelo frangaço!!!”

Depois do segundo gol: “De novo! Gol de Neymar e só Pato, Robinho e Lucas na comemoração. Não pode ser coincidência.”

E em seguida, depois do segundo peru engolido pelo Júlio César:

“Tá vendo Júlio César, se não fosse os moleques, hein? Dois baita frangos. Corneta os caras agora, vai…”

Em 1998 dizia-se que a seleção comandada pelo Zagallo na Copa da França era rachada entre os mais velhos, liderados pelo Dunga, e os mais novos que tinham o Leonardo como chefe.

Pode até ser que este time que disputa a Copa América tenha divisão semelhante, porém, duas coisas são certas: a entrada do Maicon no lugar do Daniel Alves, e a volta do Robinho, no lugar do Jadson, surtiram ótimo efeito.

E, toda vitória, ainda mais de goleada, motiva qualquer grupo e diminui diferenças.

Apesar do aperto e do mau futebol, o time terminou em primeiro do grupo, com tendência de crescer nas quartas de final.

Ganso fez um bom jogo e com ele Neymar mostrou algum coisa do astro que é no Santos.

Terrível mesmo foi o Júlio César, que quase cavou a sua sepultura na seleção, com dois frangos históricos. Como disse o Luiz César, em uma das piadas do twitter: “Atacante Caicedo, Goleiro Caitarde! Rsrs”

Se é para renovar, visando 2014, e caso Mano Menezes seja coerente, Júlio César deu mais dois passos importantes a caminho do seu fim na seleção.

PERU


E-mail ao Tiago Lacerda

“Antes que você ou algum leitor diga que estou imitando ao Elio Gaspari, de quem, aliás, também sou leitor e admirador, lembro que esta forma de texto é dos primórdios do jornalismo, cuja única novidade é, que ao invés de            “carta”, usamos e-mail.

Não só por ser mais barato, mas porque a chegada ao destinatário é quase sempre garantida, ao invés dos nossos Correios nos últimos tempos.

O motivo deste, é que fiquei sabendo que você chegou à Argentina, mais propriamente em Córdoba, onde estou, cobrindo a Copa América.

Certamente colherá menos informações para o seu trabalho aqui, que na África do Sul ano passado, para a sua função à frente da Secretaria da Copa do Mundo 2014 da PBH. Porém sua presença é muito importante para a função que exerce.

Verá que há situações que estão ao seu alcance melhorar em nossa Capital para o Mundial, mas outras, são impossíveis. As que estão ligadas a questões culturais, por exemplo. Como convencer aos nossos prestadores de serviço de modo geral a serem mais gentis, principalmente em Belo Horizonte? Em Buenos Aires, Córdoba ou qualquer cidade argentina, raramente alguém é ríspido, indiferente ou desatencioso a qualquer pessoa que peça uma informação ou necessite de algum atendimento.

Verá também que o idioma será um entrave, não só com os nossos vizinhos Sul-Americanos, maioria dos visitantes em 2014, mas com o mundo todo, já que uma minoria absoluta de brasileiros não fala outra língua. Mas, como bem disse o então presidente Lula, ano passado, em Johanesburgo, nada que um bom sorriso, boa vontade e muita mímica não resolvam.

Aqui, se um garçom ou taxista não fala inglês, chama um colega que, se vira bem.

Em termos de estádios você reafirmará suas convicções que não ficamos devendo nada a nenhum país. Nem precisaríamos gastar tanto dinheiro com novos, e reformas absurdamente caras como estamos fazendo no Brasil. A Fifa, com seus sócios, quer tudo, mas tinha que ser peitada. Uma vergonha nacional, onde riquezas ilícitas estão se fazendo ou aumentando, num conluio safado entre políticos, empresários e dirigentes do futebol!

Também está fora do seu alcance melhorar o trânsito da nossa Beagá, e certamente assim como eu, você deve ter inveja de Buenos Aires, que com quase 15 milhões de pessoas, seus habitantes trafegam muito melhor que nós. Têm metrô, táxis baratos e em quantidade, além dos serviços de ônibus. Aliás, meu sonho com a Copa era que ganhássemos isso em Belo Horizonte: um metrô à altura da cidade, mas… não deu, né!?

Não sei se já percebeu, mas viu como em qualquer bar, restaurante ou praça é possível se conectar à internet? Pois é! É raro onde não haja “Wi-Fi” por aqui; mão na rodada no mundo inteiro nos dias de hoje. Me disseram que BH é a cidade mais avançada nisso. Se for verdade, o Brasil vai mal demais da conta, né não!?

Você já foi ao Museu do Boca Juniors? Fui lá e vi que SP copiou bem, com louvor, para construir o seu, no Pacaembu. 

Não vou tomar mais o seu tempo, porque espero encontrá-lo por aqui. Mas sei que o nosso prefeito, Márcio, também se revolta com algumas coisas que fogem ao poder dele, como: em Buenos Aires, Juan Perón dá nome a uma rua simples, já que os argentinos se recusam a trocar estes nomes sem critérios. Revolto-me quando lembro que hoje a antiga Av. Catalão dá nome a Carlos Luz, um golpista que tentou impedir a posse de JK.”

TAXIS

Taxi: Muitos e a ótimo preço

BAR

Internet: acesso fácil em qualquer bar, restaurante ou praça, de graça

BARPRACA

Bons exemplos para BH 2014

BANHEIRO

Mas os estádios, mesmo recém reformados, perdem de muito para os nossos, como o de Córdoba, onde há até banheiros como estes interditados em plena Copa América.


Carlinhos Bala, ex-Cruzeiro, diz que tem o poder de falar com Deus

É o assunto dessa manhã na sala de imprensa em Córdoba, onde a imprensa do Brasil inteiro se encontra.

O Victor Bastos, do jornal Folha de Pernambuco contou, e quase todos os companheiros tinham uma história engraçada do Carlinhos Bala para contar também.

Os companheiros pernambucanos contam que ele não faz tipo, pois é assim mesmo, porém, não tem nada de doido, pois sabe investir o dinheiro que ganha no futebol e tem mais de 20 apartamentos adquiridos em Recife.

Li no Superesportes, de Pernambuco, a nova polêmica do atacante, com o técnico do Sport:

* Entrevista

Bala quebra o silêncio: xinga Mazola e diz que Deus avisou sobre dispensa

Atacante falou ao vivo na TV e depois com SuperesportespE. Revelou mágoa com o atual treinador do Sport

Alexandre Barbosa – Diario de Pernambuco

BALA

Ele quebrou o silêncio. Desde que deixou o Sport, dispensado, o atacante Carlinhos Bala evitou as entrevistas. O próprio admitiu que não queria falar. “Desliguei o telefone mesmo”. Mas não conseguiu ficar muito tempo afastado. “Tem uma hora que você não aguenta mais ser pisado e tem que reagir”, contou. Falou ao vivo no programa Superesportes na TV Clube e depois conversou com a reportagem do SuperesportesPE. Não mediu palavras. Explicou a saída e algumas histórias que surgiram com a dispensa. Externou uma mágoa com o técnico Mazola, que assumiu a equipe no mesmo dia em que ele saiu. “Aquilo é um bosta. Nem técnico ele é. Ele é treinador de juniores. O que ele ganhou? Nada”, afirmou, no programa ao vivo. No final da entrevista, uma revelação. Falando bastante em Deus, ele disse que havia sido avisado da dispensa, assim como na final da Copa do Brasil. “Fui à Igreja e Deus me falou a situação que ia acontecer”. Confira a entrevista completa abaixo:

Por que resolveu adotar o silêncio após a saída do Sport?

É bom esfriar a cabeça, pensar e refletir. Agora, tem uma hora que você não aguenta mais ser pisado e tem que reagir. Por isso que eu vim e para falar e explicar o que aconteceu.

E o que aconteceu, então?

Até agora ninguém falou para mim, nem explicou nada. Só fui comunicado e aceitei com naturalidade. Acho que a gente não pode guardar mágoa, futebol dá muitas voltas e você tem que estar preparado para tudo.

Ficou alguma mágoa de alguém do Sport? Voltaria para lá?

Voltaria sim, não tenho raiva de ninguém. Como voltaria para o Santa Cruz, para o Náutico, quaquer outro clube. As pessoas às vezes tem que tratar as coisas de maneira correta, para que depois não fique o disse me disse. Seria mais fácil vir e dizer o que aconteceu do que ficar uma coisa mal explicada.

Você ficou chateado com o Mazola, por conta de algumas declarações dele, foi isso?

Enquanto ele estava calado, estava bom. Mas acompanhei algumas matérias na internet que ele falou que aconteceu uma coisa que chamou muito a atenção dele, que eu não viajei por estar insinundo que eu estava dando ‘migué’. Quem me conhece sabe que eu não sou disso. Fui para a decisão do Campeonato Pernambucano machucado. Todo mundo sabe, que não estava 100%, mas tentei dar a minha parcela de contribuição. Mas você nunca é valorizado por esses fatos, sempre é valorizado pelo que deixa de fazer no momento e na hora errada.

Explica essa história de que você teria falado que o treinador Hélio dos Anjos ia cair nos vestiários.

Eu mesmo fui falar depois com o professor. Ele sabia que eu não estava falando essas coisas. O menino que ouviu uma coisa, distorceu e contou outra. Hélio é uma pessoa que tenho um carinho muito grande com ele. Quando ele foi embora, me despedi dele. Por onde eu passar vou tratar ele como sempre tratei.

Como era tua convivência com o grupo do Sport. Jogadores como Marcelinho Paraíba, Tobi…?

Tobi é um rapaz evangélico. Uma pessoa que é evangélica, você jamais pode ter raiva dela. Chamo ele de ‘neguinho’, e é um ‘neguinho’ que tenho um carinho muito grande. Tanto eu como o Magrão vivia brincando direto dentro do ônibus. Sentava atrás de mim, ficava chutando a minha cadeira. É coisa que eu falo. Às vezes, o jogador sai do clube. O povo só vê a versão do clube, ninguém quer ouvir a versão do jogador.

Mas como era o seu relacionamento com o resto do grupo?

Você vai lá, pergunta como é, todo mundo vai dizer. Eu trato todo mundo da mesma maneira. Do cortador de grama ao presidente. Sempre tive respeito por todo mundo. Não é porque sou jogador de futebol que vou passar ninguém para trás. Mas todo mundo sabe que eu tenho a minha personalidade e vou mantê-la sempre.

E a sua história com o Santa Cruz? Pode haver um reecontro?

Não é história, é coisa que aconteceu. Já falei outras vezes que tenho uma dívida pessoal com o presidente Antônio Luiz Neto, que foi uma pessoa que me trouxe para o futebol e hoje eu agradeço tudo a ele. Tenho um carinho muito grande por ele.

Houve a possibilidade de você acertar com o Santa Cruz no início do ano, antes do Sport, não é isso?

Não deu, porque a gente pensou numa coisa poderia dar certo, mas deu totalmente diferente. Mas isso acontece. A gente vive o futebol e sabe que tem que estar preparado para isso. So agradeço a Deus por ter me tornado jogador de futebol. Hoje posso deitar a minha cabeça no travesseiro e saber que a minha família não está precisando de nada. Porque eu trabalhei para isso e é o que me faz ser um homem responsável, porque sempre me dediquei demais à minha família.

E o futuro de Carlinhos Bala?

Tem algumas pessoas que já entraram em contato comigo. Já deixei nas mãos de empresários, mas avisei a eles que prefiro descansar o mês todo, pois vivi todo aquele estresse da contusão na decisão do Pernambucano, uma correria danada, e hoje eu decidi descansar. Quem sabe lá para frente, no começo do mês que vem, a gente defina alguma coisa.

Então você não ouviu nenhuma proposta até agora?

Tenho algumas propostas, mas deixei a cargo dos empresários e quando estiver perto de fechar eles vão me dizer alguma coisa.

Você ainda se vê em algum clube de Pernambuco depois dessa última dispensa do Sport?

Todo mundo falou que as portas tinham fechado para mim. Mas, rapaz, quando Deus quer, ele abre qualquer porta. Por isso que eu falo, a gente tem que estar sempre acreditando em Deus. Uma coisa que eu esqueci de falar até. Tinha ido na Igreja e Deus falou a situação que ia acontecer. Estou tranquilo porque eu ia tomar uma decisão antes, precipitada, mas na palavra, na Igreja, o presbítero falou que era uma situação para Deus tomar e não eu. Então aconteceu e está na mão dele.

Então você chegou a pensar em pedir dispensa antes de ser mandado embora?

Não, eu estava meio triste. No domingo antes dessa situação estava na Igreja e o presbítero me falou que o inimigo ia tentar fazer alguma coisa para me prejudicar, mas que não ficase preocupado que Deus ia tomar conta da situação. Aconteceu e esta aí. Está nas mãos Dele e Ele vai resolver essa situação.

http://www.pe.superesportes.com.br/app/18,108/2011/07/12/noticia_sport,11031/bala-quebra-o-silencio-xinga-mazola-e-diz-que-deus-avisou-sobre-dispensa.shtml


Bloco do “eu sozinho”

Esta é a principal abordagem da imprensa internacional que cobre a seleção brasileira na Copa América. Desde a chegada do grupo de Mano Menezes isso vinha sendo levantado, porém, aumentou de intensidade com a entrevista do zagueiro Lúcio, que cobrou dos colegas mais preocupação com o escudo na frente da camisa da seleção do que com o próprio nome de cada um nas costas.

Ou seja, a vaidade e o espírito do “cada um pra si e Deus pra todos”, impera também no grupo que a CBF tenta montar para 2014.

O problema é antigo e poucos técnicos conseguem administrá-lo a contento. O mundo pergunta porque o Brasil com os melhores jogadores do planeta não ganha a maioria das competições que disputa. A resposta está aí.

É comum treinadores obterem ótimos números e títulos nos clubes e fracassarem na seleção, exatamente por isso.

Ele tem à sua disposição, os melhores, a maioria jogando no exterior, com altos salários, inclusive maiores que o do próprio comandante.

O choque de vaidades é inevitável; o tempo é curto para se resolver, e quando a solução se aproxima a competição já acabou.

Como o futebol é esporte coletivo, todos têm de remar para o mesmo lado, solidariamente. Só assim para os melhores atuarem juntos, e produzir o que podem; o que se espera deles.

Felipão conseguiu isso em 2002, mas teve que peitar e deixar de fora um Romário, estrela de primeira grandeza na época, cuja convocação era exigida pela maioria dos brasileiros.

Em 2006 nem o experiente e bom de psicologia esportiva, Carlos Alberto Parreira, conseguiu controlar Ronaldo, Ronaldinho, Roberto Carlos e cia. O que ainda sobrava do “fenômeno” só estava preocupado em entrar para a história como o principal artilheiro das Copas do Mundo. 

A seleção brasileira feminina também está sendo acusada da mesma coisa, depois da eliminação da Copa do Mundo da categoria pelos Estados Unidos, na Alemanha.

Nos clubes isso ocorre constantemente, com menor divulgação pela mídia, mas com o mesmo efeito nocivo ao time, e por consequência aos torcedores.

Na seleção atual, que está na Copa América, o recado do Lúcio teve como destinatários Robinho, Neymar, Ganso e Pato.

  

Dentre os poucos técnicos que conseguem administrar situações como essas, os mais famosos são o Bernardinho, do vôlei, e Muricy Ramalho, que convencem seus atletas a pensar coletivamente.

O leitor Alisson Sol, que mora em Seatlle-EUA, sugere que o futebol recorra ao Bernardinho “para dar uma palestra” a jogadores e dirigentes.

Trabalhar o dia a dia, todos trabalham, e muito; a diferença está na força de persuasão.

 

Quando se tem grandes jogadores no elenco, como o Brasil tem um Neymar, toda teoria costuma ir por terra quando a genialidade entra em ação. De repente, um drible desconcertante que define o jogo, ou um gol “espírita” faz com que tenhamos de recorrer à famosa frase: “toda regra tem exceção”.

É o caso do jogo dessa noite contra o Equador, quando a seleção tenta a sua primeira vitória e a classificação à próxima fase.

CENTROIMPRENSA1Centro de imprensa de Buenos Aires

Até agora, apenas um furto a brasileiros nas ruas de Córdoba, onde o Wellington Campos, da Itatiaia, teve uma roda do carro roubada. Os demais problemas foram dentro do ambiente dos próprios repórteres, no hotel da seleção e nos centros de imprensa onde colegas tiveram notebooks e câmeras roubados.

Sempre ocorre este tipo de furto. Ano passado levaram até TVs do centro de imprensa de Johanesburgo, durante a Copa.

Os centros de imprensa são alvos de ladrões de equipamentos dos jornalistas em toda Copa América, Copa do Mundo e Olimpíadas. O único lugar onde não houve registro de furto foi Pequim, onde o temor da punição fala mais alto.


Curriculum do Antônio Lopes parece peça de museu

É bom treinador e experiência não vai faltar ao comando técnico do América.

Porém, o curriculum dele, enviado pela assessoria de imprensa do Coelho, mais o relato da vida de um General, ex-c0mbatente.

Confira até o fim, se tiver paciência:

“ANTÔNIO LOPES SERÁ À IMPRENSA

ÀS 15:00, NO CT LANNA DRUMOND”

O técnico Antônio Lopes será apresentado à imprensa hoje (12-07), às 15:00, no CT Lanna Drumond, como novo técnico do América, em substituição a Mauro Fernandes, que se desligou do clube na segunda-feira. O técnico chegou no final desta amanhã a Belo Horizonte e acertou detalhes de seu contrato em reunião com Marcus Salum, integrante do Conselho de Administração do América.

Depois da entrevista coletiva, Antônio Lopes será apresentado aos jogadores, às 16:00, mas não comandará treino. Ele volta para o Rio de Janeiro no fim da tarde e retorna em definitivo nesta quarta-feira para comandar os treinos visando sua estreia no próximo domingo, contra o Ceará, em Fortaleza.

Antônio Lopes traz seu auxiliar técnico, Miguel, ex-zagueiro do Vasco. O preparador físico continuará sendo Júlio Alencar, troféu Guará do ano passado, única da comissão técnica anterior que permanecerá no clube.

Com mais de 30 anos de carreira, Antônio Lopes é um treinador vencedor, que já comandou algumas das maiores equipes do país como Flamengo, Fluminense, Internacional, Corinthians, Vasco da Gama, Cruzeiro, Santos e Grêmio, entre outras. Experiente e arrojado, o treinador já conquistou por duas vezes o Campeonato Brasileiro e venceu a Taça Libertadores da América, em 1998, com o Vasco. Pentacampeão pela Seleção Brasileira em 2002, como diretor técnico, ele já treinou seleções nacionais como Kuwait e Costa do Marfim. Comandou também clubes do exterior, como Al Wasl, dos Emirados Árabes Unidos, Al-Hilal, da Arábia Saudita, Cerro Porteño, do Paraguai e Belenenses de Portugal.

FICHA 
Antônio Lopes dos Santos
Nascimento: 12/06/1941   (70 Anos)
Naturalidade: Rio de JaneiroRJ

COMO JOGADOR:
1958/61 – Olaria Atlético Clube – RJ
1962 – Bonsucesso Futebol Clube – RJ

AUXILIAR TÉCNICO:
1974/9 – C.R. Vasco da Gama
1979 – Seleção Brasileira Amadora-Panamericana
 
COMO TREINADOR:
1980 – Olaria Atlético Clube – Rio de Janeiro
1981 – América Futebol Clube – Rio de Janeiro
1981/2/3 – C.R. Vasco da Gama – Rio de Janeiro
1983/4/5 – Seleção Nacional do Kuwait
1985/6 – C.R. Vasco da Gama – Rio de Janeiro
1986/7 – Fluminense Futebol Clube – Rio de Janeiro
1987 – C.R. Flamengo – Rio de Janeiro
1988 – Seleção Nacional da Costa do Marfim ( Como Manager )
1988 – Sport Club do Recife – Pernambuco
1988/9 – Al Wasl Club – Emirados Árabes Unidos
1989/90 – Portuguesa de Desportos – São Paulo
1990 – Belenenses Futebol Clube – Portugal
1991 – C.R. Vasco da Gama – Rio de Janeiro
1992 – Sport Club Internacional – Porto Alegre
1993 – Santos Futebol Clube – São Paulo
1993 – Portuguesa de Desportos – São Paulo
1994 – Sport Club Internacional – Porto Alegre
1994 – Al Hilal Sport Club – Arábia Saudita
1995 – Cruzeiro Esporte Clube – Belo Horizonte
1995/6 – Cerro Porteño – Paraguai
1996 – Paraná Clube – Paraná
1997/8/9 e 2000 – C.R. Vasco Da Gama – Rio de Janeiro
2000 – Grêmio Futebol Porto Alegrense – Porto Alegre
2000 – Atlético Paranaense – Paraná
2002/3 – C.R. Vasco da Gama – Rio de Janeiro
2004 – Coritiba Football Club – Paraná
2005 – Clube Atlético Paranaense – Curitiba
2005 – Sport Clube Corinthians Paulista – São Paulo
2006 – Goiás Esporte Clube – Goiânia
2006 – Fluminense Football Club – Rio de Janeiro
2007 – Atlético Paranaense – Paraná
2008 – Vasco da Gama – Rio de Janeiro
2009 – Atlético Paranaense – Curitiba
2010 – Atlético Paranaense – Curitiba
2010 – Avaí – Floriánopolis
2010 – Vitória – Bahia

COMO DIRETOR TÉCNICO
2000/2001/2002 – Confederação Brasileira de Futebol (C . B . F ) Seleção Brasileira
Campeonatos Conquistados

COMO JOGADOR:
1959 – Vice-campeão do Torneio
Início Juvenil do RJ
1960 – Campeão do Torneio
Início Profissional do RJ Olaria
 
COMO PREPARADOR FÍSICO:
1974 – Campeão Brasileiro – Vasco
1976 – Campeão da Taça Guanabara – Vasco
1977 – Campeão da Taça Guanabara- Vasco
1977 – Campeão Carioca- Vasco
1979 – Campeão Pan Americano – Porto Rico
 
COMO DIRETOR TÉCNICO:
2002 – CAMPEÃO DO MUNDO Copa do Mundo Korea / Japan – Seleção Brasileira
 
COMO TREINADOR:
1980 – Campeão do Torneio do Rio de Janeiro – Olaria Atletico Clube
1980 – Campeão do Torneio de Acesso P/O Estadual do Rio De Janeiro – Olaria Atlético Clube
1981 – Campeão do Torneio Internacional do Funchal Portugal – C.R.Vasco da Gama
1981 – Campeão da Taça Cidade do Rio De Janeiro Segundo Turno – C.R. Vasco da Gama
1982 – Campeão da Copa de Verão Internacional Uruguai – C.R. Vasco da Gama
1982 – Campeão da Copa João Castelo – C.R.Vasco da Gama
1982 – Campeão Carioca – C.R. Vasco da Gama
1983 – Campeão da Primeira Fase e Qualificação Para os Jogos Olímpicos – Seleção Nacional do Kuwait
1984 – Campeão do Torneio de Qualificação Para a Copa da Ásia – Seleção Nacional do Kuwait
1986 – Campeão do Segundo Torneio de Juiz De Fora – C.R. Vasco da Gama
1986 – Campeão da Taça Guanabara – C.R. Vasco da Gama
1987 – Campeão da Taça Eusébio Andrade – Terceiro Turno C.R. Flamengo
1987 – Campeão do Torneio Internacional de Angola – C.R. Flamengo
1987 – Campeão do Torneio Internacional do Gabão – C.R. Flamengo
1988 – Campeão Pernambucano – Sport Club do Recife
1991 – Campeão do Torneio Internacional do Gabão – C.R. Vasco Da Gama
1992 – Campeão da Copa do Brasil ( Classificatória Para A Taça Libertadores ) – Sport Club Internacional
1992 – Campeão Gaúcho – Sport Club Internacional
1994 – Campeão da Copa 25 Anos de Beira – Sport Club Internacional
1994 – Campeão Gaúcho – Sport Club Internacional
1996 – Campeão da Segunda Fase do Campeonato Paranaense – Paraná Clube
1996 – Campeão do Campeonato Paranaense – Paraná Clube
1997 – Campeão do Terceiro Turno do Carioca – C.R. Vasco da Gama
1997 – Campeão do Quinto Troféu Bortolotti Bergamo ( Itália ) – C.R. Vasco da Gama
1997 – Campeão Brasileiro – C.R. Vasco da Gama
1998 – Campeão Taça Guanabara – C.R. Vasco da Gama
1998 – Campeão do Segundo Turno do Carioca – C.R. Vasco da Gama
1998 – Campeão Carioca – C.R. Vasco da Gama
1998- Campeão da Copa Libertadores  – C.R. Vasco da Gama
1999 – Campeão do Torneio Rio-São Paulo – C.R. Vasco da Gama
1999 – Campeão do Segundo Turno Carioca – C. R . Vasco da Gama
2000 – Campeão do Segundo Turno Gaúcho – Grêmio Futebol Porto Alegrense
2003 – Campeão da Taça Guanabara – C. R . Vasco da Gama
2003 – Campeão do Segundo Turno do Carioca – C.R.Vasco da Gama
2003 – Campeão Carioca – C.R. Vasco da Gama
2004 – Campeão Paranaense- Coritiba Football Club – Paraná
2005 – Campeão Brasileiro – S.C. Corinthians Paulista

Homenagens:
1981 – Eleito Melhor Treinador do Rio de Janeiro Pela Federação de Futebol do Estado
1981 – Eleito “Bola de Ouro” Pela Imprensa Esportiva
1982 – Eleito “Bola de Ouro” Pela Segunda Vez
1982 – Eleito O Melhor Técnico do País Pela Federação Carioca de Futebol
1982 – Eleito O Melhor Treinador do País “Troféu Radio Globo ”
1982 – Eleito O Melhor Treinador do Brasil “Troféu Tchan ”
1985 – Eleito “Bola de Ouro” Pela Terceira Vez
1986 – Eleito O Melhor Treinador do Brasil “Troféu Araribóia ”
1986 – Eleito Melhor Treinador do País – Troféu Rádio Globo
1986 – Eleito “Bola De Ouro” Pela Quarta Vez
1989 – Eleito “Bola De Ouro” Pela Quinta Vez
1993 – Eleito O Melhor Treinador do Torneio Internacional da China
1994 – Eleito O Melhor Treinador da Copa 25 Anos do Beira-Rio
1996 – Eleito O Melhor Treinador do Campeonato Paranaense “Troféu Corujinha de Ouro ”
1997 – Eleito O Melhor Treinador do Brasil Pela Confederação Brasileira de Futebol ( C . B . F )
1997 – Eleito O Melhor Treinador do Brasil Pelo Jornal O Dia- Rio De Janeiro ” Troféu Ataque ”
1998 – Eleito “Bola de Ouro” Pela Sexta Vez
1998 – Eleito O Melhor Treinador da América do Sul e o 5º Melhor do Mundo pela Federação Internacional de História e Estatística- Alemanha
1999 – Eleito Melhor Treinador do Rio De Janeiro pelos Jornalistas do Rio Grande do Sul “Troféu Chevrolet”
1999 – Eleito Bola de Ouro
2003 – Melhor treinador do Rio de Janeiro – Sindicato dos Treinadores do RJ
2004 – Troféu Chuteira de Ouro – Melhor Treinador do Campeonato Paranaense
2005 – Eleito O Melhor Treinador do Brasil – TV Record
2005 – Eleito O Melhor Treinador do Brasil – Revista Placar

Pernambuco
1988/9 – Al Wasl Club – Emirados Árabes Unidos
1989/90 – Portuguesa de Desportos – São Paulo
1990 – Belenenses Futebol Clube – Portugal
1991 – C.R. Vasco da Gama – Rio de Janeiro
1992 – Sport Club Internacional – Porto Alegre
1993 – Santos Futebol Clube – São Paulo
1993 – Portuguesa de Desportos – São Paulo
1994 – Sport Club Internacional – Porto Alegre
1994 – Al Hilal Sport Club – Arábia Saudita
1995 – Cruzeiro Esporte Clube – Belo Horizonte
1995/6 – Cerro Porteño – Paraguai
1996 – Paraná Clube – Paraná
1997/8/9 e 2000 – C.R. Vasco Da Gama – Rio de Janeiro
2000 – Grêmio Futebol Porto Alegrense – Porto Alegre
2000 – Atlético Paranaense – Paraná
2002/3 – C.R. Vasco da Gama – Rio de Janeiro
2004 – Coritiba Football Club – Paraná
2005 – Clube Atlético Paranaense – Curitiba
2005 – Sport Clube Corinthians Paulista – São Paulo
2006 – Goiás Esporte Clube – Goiânia
2006 – Fluminense Football Club – Rio de Janeiro
2007 – Atlético Paranaense – Paraná
2008 – Vasco da Gama – Rio de Janeiro
2009 – Atlético Paranaense – Curitiba
2010 – Atlético Paranaense – Curitiba
2010 – Avaí – Floriánopolis
2010 – Vitória – Bahia


Individualismo prejudica o futebol brasileiro, masculino e feminino

De Seatlle, nos Estados Unidos, o Alisson Sol enviou informações e comentários bem interessantes para nós:

“Olá Chico,

Veja como o Brasil continua ajudando muito o futebol nos EUA.

A classificação da seleção feminina de futebol no jogo contra o Brasil já está sendo chamada de “milagre”. Para o futebol conseguir fazer a manchete
principal de jornais populares como o “USA Today”, é sinal de que o fato foi realmente relevante.

A seleção feminina de futebol sofre do mesmo problema da seleção masculina:
ainda não descobriram que o esporte é coletivo.

É chamar o Bernardinho do
vôlei para dar uma palestra para eles.

E no campo de futebol, sofrem do mesmo problema do Cruzeiro: não podem ver um cruzamento na área que o goleiro dá um jeito de balançar os braços, enquanto a bola passa e vai para o fundo do gol!”

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Coincidentemente o tema “individualismo” tem sido o mais debatido pela imprensa brasileira e internacional que cobre a seleção do Mano Menezes aqui na Argentina.

E o zagueiro Lúcio cobrou isso publicamente ontem ao dizer que o escudo na frente da camisa deve ser mais valorizado que o nome nas costas.


Autoridades de Córdoba dizem que há surto de gripe A no Brasil. Onde?

A Bolívia foi meteórica na Copa América. Ganhou as manchetes positivas por empatar e quase ganhar da Argentina no jogo de abertura, mas perdeu os dois jogos seguintes para a Costa Rica e Colômbia. Primeira seleção a voltar para casa, fez lembrar muitos times pequenos que dão um trabalhão danado contra os grandes e voltam a ser nanicos contra os menos famosos.

 

A Costa Rica tem o jogador mais elogiado até agora nesta primeira fase: o meia-atacante Joel Campbell, 19 anos. O jogador do Saprissa, de lá, é o grande temor dos argentinos para daqui a pouco, pelas ruas de Córdoba, a caminho do jogo decisivo do time de Messi, que empatou os dois primeiros.

 

No sábado os suntuosos quarteirões fechados da cidade, de intenso comércio, foram dominados pelo vermelho e branco dos paraguaios, que iam torcer contra o Brasil.

Hoje, foi a vez da fanática “albiceleste” se espalhar por Córdoba, com refrões de apoio a Messi, para mostrar que os argentinos dessa região pensam diferente dos de Buenos Aires.

 

Há poucos brasileiros por aqui e todos riram ao ler nos jornais cordobeses que as autoridades sanitárias da cidade estão recomendando cuidado conosco, por causa de uma epidemia de gripe A que tomou conta do Brasil.

Uai, é!? Onde?

 

Como ocorre em qualquer lugar do mundo, com destaque para Minas Gerais, em dias de grandes jogos de futebol ou vôlei, aqui também o público reclama da dificuldade para se comprar ingressos ao preço normal, e que os cambistas tomaram conta da maioria.

Mas o preço no câmbio negro até que não está tão abusivo para uma arquibancada em um bom local no Estádio Mário Alberto Kempes: 60 pesos; mais ou menos 50 reais.

 

Amanhã o amarelo da torcida equatoriana vai se misturar com o nosso pelas ruas de Córdoba, onde é comum ouvir música brasileira. Muitas lojas, restaurantes e vendedores de CDs e DVDs piratas põem som alto para atrair clientes e alguns artistas brasileiros se destacam: Ivete Sangalo, Roberto Carlos, Skank e a música preferida dos argentinos na atualidade, também aqui: “Chora me liga”, da dupla João Bosco e Vinícius.

 

Mesmo com a Copa América, os clubes argentinos não perdem seus enormes espaços na imprensa do país. Os principais jornais enviaram correspondentes para Curitiba, onde o Boca Juniors faz pré-temporada no CT do Atlético-PR. O River gasta os 14 milhões de euros da venda à Roma, do jovem camisa 10 Lamella, 19 anos, montando um time forte para voltar à primeira divisão. O Independiente, se reforça para a Sul-Americana.

 

Interessante é como muitos nos abordam falando da política brasileira, dizendo que gostariam de “um Lula” na presidência da Argentina. E baixam o bambu na presidente Cristina, dizendo que o “kirchnerismo” se mantém no poder graças às “bolsa isso; bolsa aquilo…” e que agora ela lançando até o “bolsa TV LCD”, de olho na reeleição, em outubro próximo.

Mostram que conhecem só uma parte da política brasileira!

 

Diferentemente de nós, a política é outro assunto comum ao dia a dia dos argentinos. A vitória de Maurício Macri no primeiro turno para o governo de Buenos Aires (Distrito Federal) com 20 pontos de frente sobre Daniel Filmus, foi comemorada pelos anti Cristina Kirchner, e também pelos apoiadores da presidente da república. Os dois lados dizem que “avançaram”, mostrando ânimo para o segundo turno em 31 de julho.

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Maurício Macri tem grande desenvoltura nas entrevistas à TV, por mais espinhosos que sejam os temas