Blog do Chico Maia

Acompanhe o Chico

Estou no Rio, onde flamenguistas perguntam pelo Luxemburgo

Peguei um voo da Gol às 9h20 para o Rio de Janeiro, lamentando a
derrota do América ontem para o ASA.
Inacreditável!
O time simplesmente não jogou, mas até o fim da partida ficou aquela
esperança de reação, já que o América tem reagido em situações como
essa, fora de casa principalmente.
Mas na Arena!!! Até agora, todos estão procurando explicações.
O aeroporto de Confins está parecendo o da Pampulha de seis anos
atrás, quando os passageiros se sentiam dentro de uma lata de
sardinha.
Os problemas começam no estacionamento. O antigo, lotado, mas você só
fica sabendo quando chega na entrada e um funcionário dá o sinal com a
mão que está cheio e que você tem que retornar e tentar vaga no “E”,
ou seja, o novo estacionamento que ficou para trás.
Confins e demais aeroportos brasileiros estão na base do “puxadinho” e
improvisos, como bem definiu ótimo editorial do Hoje em Dia de segunda
feira. Uma vergonha!
Quero ver como vai ficar essa história na Copa das Confederações em
2013 e Copa do Mundo em 2014.
Um amigo, diretor de hotel em Belo Horizonte, pertencente a uma grande
rede, disse que não virá para o Congresso da Abav, que está sendo
realizado de hoje até sexta aqui, porque o colega dele da matriz
carioca disse que é fria vir, pois não há vagas. Nem na rede na qual
ele trabalha e nem em hotel nenhum.
Vejam só: um Congresso de Agências de Viagem lotou todos os hotéis da
Cidade Maravilhosa. Imaginem com durante a Copa e Olimpíadas!
E ainda falam que só Belo Horizonte não tem hotéis!
O taxista que me trouxe até o Riocentro é flamenguista e perguntou o
que houve com o Luxemburgo no Galo.
Respondi que ele virou “manager” no Atlético e esqueceu-se de treinar o time.
No que o taxista emendou: “então é isso, pois aqui, todos dizem que
ele está trabalhando pra caramba, e o time melhorou com ele!”.
É a vida!
Muitos atleticanos estão pessimistas para o jogo dessa noite em
Bogotá. Penso diferente. Apesar de ser um time de reservas, há
jogadores experientes, acostumados a jogos em situações semelhantes.
Pode dar certo!
Estou no Rio de Janeiro, participando do 38ª Congresso Brasileiro de
Agências de Viagens- Feira das Américas- ABAV 2010, a convite da
ABAV-MG, representando o nosso jornal Turismo de Minas.


Uma raridade: torcedor reconhece que errou em sua avaliação

Raramente alguém escreve dizendo que avaliou mal o trabalho de um treinador.

O americano Wellington Tobias é dessas raridades.

Veja o que ele enviou ao blog:

“Olá Chico!”

No dia 25 de agosto enviei um comentário sobre o América que você publicou em seu blog sob o título “Desabafo Americano”. Na ocasião, fiz elogios à diretoria e ao time, mas também fiz críticas sobre o número excessivo de cartões e jogadores que contribuem para tal. Além de fazer uma observação sobre a “cereja do bolo” que faltava – em minha opinião, é claro – para que o Mauro Fernandes pudesse ser considerado um treinador de primeira linha. Não falta mais! Colocaram a cereja no bolo!

Quero dar a “mão à palmatória”, pois ele se mostrou competente e, principalmente, paciente e humilde. Soube suportar as críticas sem perder o foco e respondeu com muito trabalho. Eu e muitos outros torcedores americanos ficamos extremamente irritados com ele quando insistia com o Fábio Júnior no time mesmo sem o jogador marcar nas quinze rodadas iniciais do campeonato. Mas – conforme um dito popular muito conhecido – “Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”. E nesse caso furou 14 vezes até agora!

Sinceramente, há um bom tempo não me sinto tão esperançoso e feliz com o Coelho! Penso que a noite fria sob cobertor curto pela qual estávamos passando está amanhecendo e prometendo entrar num dia bonito de verão. Sei que as coisas no América são feitas com muita luta e as dificuldades são amplificadas pela limitação financeira. E nesse ano sem o Independência, então… Mas, todos estão se superando. Até acho que as pedras no caminho estão funcionando como combustível para essa campanha linda que o time está fazendo. Não por ser americano, mas penso que o time que mais merece o acesso é o América, justamente pelas adversidades…

Para finalizar, não poderia deixar de pontuar duas coisas: primeiro, o time precisa triplicar a atenção com o número de pênaltis contra a equipe. Embora, em boa parte dos casos tenha ocorrido a influência da arbitragem, todos precisam se ligar. E por falar em arbitragem… Sei que a diretoria não está quieta, entretanto, algo mais contundente deve ser feito com URGÊNCIA! Parece que o “Sobrenatural de Almeida” está querendo “arranjar” a vaga do América para algum protegido. Nos outros estados as federações são atuantes e às vezes até agressivas demais. Temos que evocar todas as forças para trabalhar nessa missão, pois é o futebol mineiro que está sendo prejudicado.

Força Coelhão!!!

Valeu Chico, muito obrigado pela atenção!

Um forte abraço!

Wellington Tobias


Polícia Militar já está apurando denúncias de abusos

Com satisfação acabei de receber esta mensagem do Ten Cel Ricardo Matos Calixto, da Assessoria de Comunicação Organizacional da Polícia Militar de Minas Gerais.

Ele reitera o compromisso de cidadania da corporação e providências já estão sendo tomadas.

Agradeço pela atenção e isso mostra que a PM não está omissa.

Segue a íntegra da mensagem:

“Caro Chico Maia, bom dia!

Com relação as denúncias de agressão de Policiais Militares a torcedores, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, a Corregedoria da Polícia Militar de Minas Gerais, com base nas informações publicadas nesse site, já determinou a instauração de procedimento interno para apurar os fatos narrados.
A Polícia Militar não coaduna com qualquer tipo de violência desnecessária e a identificação dos agressores será prioridade.
Caso seja comprovado o uso de violência desnecessária, os responsáveis poderão ser punidos com a pena de advertência, podendo chegar até a perda do posto, isso sem contar com a ação penal decorrente.”

Assessoria de Comunicação Organizacional


A nova logomarca turística de Belo Horizonte

Do twitter do Comitê BH2014

2014copabh  “Nova logomarca turística de BH! O lançamento foi um sucesso! Ela será usada em conjunto com a criada pela FIFA.”

 http://twitpic.com/2z09vv

BH2014


Inacreditável e lamentável!

Fotos costumam falar mais que qualquer palavra.

O Samuel Galvão enviou registros de marcas que ficaram nos corpor dele e da esposa, resultado do excesso policial domingo antes de Atlético 2 x 0 Avaí.

Mais lamentável ainda é ver que tudo ocorreu diante dos olhos da filha do casal, uma criança, que certamente nunca vai se esquecer dessas cenas.

Fico impressionado também com a reação de algumas pessoas nos comentários feitos no blog sobre o assunto. Estou publicando todos, para que o público veja como tem gente infeliz, que apoia este tipo de truculência, e outros que brincam com o assunto, misturando a preferência clubística, que não tem nada a ver em momentos como este.

Lamentável!

Foto0605

18102010153

1810201015718102010159


O Dr. Baeta deve entrar no caso dos abusos policiais

Nas denúncias de abuso policial nos jogos na Arena do Jacaré, há torcedores do Atlético, Cruzeiro e América, de casos graves.

A pancadaria e humilhação estão sendo “democráticas” e atingem homens, mulheres e até crianças.

Nós estamos em pleno século XXI, num Brasil onde as autoridades gostam de bater no peito e dizer que “nunca antes na história desse país houve tanta democracia”.

Está explicado!

Mas, felizmente as instituições reguladoras estão aí para apurar e punir os excessos. Espero que o Ministério Público, que tem um Dr. Baeta, tão zeloso em pegar no pé dos dirigentes, acompanhe este caso com o rigor que o assunto merece.

Ele é muito preocupado com o cumprimento do estatuto do torcedor e até instaurou inquérito contra o presidente do Atlético, Alexandre Kalil, por ter cedido apenas 192 ingressos à torcida do Corinthians.

Mesmo com o Atlético seguindo determinações das autoridades da segurança, está tendo que dar satisfação ao MP mineiro, que foi acionado pelo Ministério Público de São Paulo.


Atlético entra em campo com jogadores experientes em Bogotá

O técnico do Atlético no jogo contra o Santa Fé, em Bogotá será o auxiliar do Dorival Júnior, Ivan, que foi goleiro do Palmeiras e outros clubes.

A delegação foi com apenas 14 jogadores, mas um time forte, especialmente pela experiência internacional de um Cáceres e outros acostumados com a altitude, como os equatorianos Jairo Campos e Mendez.

A lista completa dos que estarão à disposição do Ivan:

Goleiros: Renan e Aranha
Laterais: Diego Macedo e Fernandinho
Zagueiros: Jairo Campos, Cáceres e Lima
Volantes/Meias: Diney, Fabiano, Alê e Mendez
Atacantes: Ricardo Bueno, Neto Berola e Jheimy


Cruzeiro viaja sexta e pode ter a volta de Diego Renan

DIEGORDiego Renan inicia preparação física na Toca II

Da Toca II

João Marcos Dias

Livre de dor no ombro esquerdo e de uma amidalite, Diego Renan recebeu alta do Departamento Médico. O lateral-esquerdo treinou na tarde desta segunda-feira com o preparador físico Quintiliano Lemos, enquanto os jogadores que enfrentaram o Grêmio retornaram de Porto Alegre e foram liberados.

Diego Renan não atua desde os 3 x 0 sobre o Atlético-GO, em 29 de setembro, quando sofreu um deslocamento da clavícula esquerda. Ficou três jogos fora e até teria chance de encarar o Grêmio no domingo, mas aí o que passou a incomodá-lo foi a garganta. Menos mal é que agora o Cruzeiro terá um clássico pela frente neste domingo.

“Passei um momento complicado. Machuquei o ombro e, quando recuperei, tive uma amidalite. É assim mesmo. Agora estou começando forte a semana para ficar à disposição no domingo, contra o Atlético-MG”, animou-se o jogador.

Como ficou 18 dias sem treinar, a preocupação de Diego Renan é com a forma física e neste caso o tempo joga a favor. Serão seis dias de trabalho até o jogo.

“Voltar no clássico é muito bom. Espero estar à disposição para jogar e, quem sabe, entrar em campo. O bom mesmo é jogar. Vai ser uma partida difícil, mas temos a semana inteira para trabalhar e vou treinar firme para chegar a 100%”, comentou o lateral.

Pablo foi o substituto nos quatro jogos em que Diego Renan esteve ausente. Nos 30 minutos finais contra o Grêmio, contudo, a posição foi ocupada pelo armador Gilberto, nada menos que o suplente da lateral da Seleção na Copa do Mundo da África do Sul. A concorrência deixa o titular do Cruzeiro ciente de que o elenco é o diferencial da equipe.

“O Gilberto, tanto no meio-campo como na lateral, é um cara que com certeza nos ajuda bastante. A concorrência é boa. Joga quem o Cuca determinar e aquele que for escolhido vai fazer o melhor para ajudar a equipe. O que importa mesmo é o grupo, isso é o que está fazendo a força da nossa equipe”, destacou.

Diretoria acerta programação para o clássico

O Cruzeiro definiu nesta segunda-feira que a viagem para Uberlândia será feita no início da tarde de sexta-feira. Assim, o técnico Cuca comandará dois treinos no Parque do Sabiá antes de o time entrar em campo. O primeiro na sexta-feira, às 17h, e o segundo no sábado, às 10h.

 * http://www.cruzeiro.com.br/index2.php?section=noticias&idn=8690


América mantém a humildade em mais um jogo decisivo

O América está consciente das dificuldades que ainda terá de enfrentar para chegar à Série A e isso está bem claro nas declarações da comissão técnica, jogadores e diretoria.

Manter a humildade e concentração é a ordem, como demonstram o goleiro Flávio, o capitão Gabriel e o artilheiro Fábio Júnior, no site do América.

Com ingresso custando apenas R$ 5 esta noite na Arena do Jacaré, espera-se um grande público em mais um jogo decisivo contra o ASA:

AFCFoto: Aline Soares

“O oba-oba é só para a torcida. Temos a consciência de que ainda não conquistamos nada neste difícil campeonato. A expectativa é a melhor possível para alcançarmos nosso objetivo, que é voltar à Primeira Divisão. Mas ainda temos muitos jogos pela frente. Temos que manter a cabeça fria, nada de empolgação. O Asa será um adversário difícil, nos venceu lá, em Arapiraca. Nosso grupo sabe disso e agora contamos com o apoio do nosso torcedor neste jogo em casa. Em Juazeiro do Norte, tivemos o apoio de dois torcedores, com seu filhinho. A torcedora estava grávida de oito meses, foi uma coisa emocionante. Jogamos para eles e todos os outros americanos. Mas o esforço do casal tem que ser valorizado, foi emocionante”, elogiava o experiente goleiro Flávio, um dos ídolos da torcida americana, referindo-se ao casal Igor e Deborah, mineiros que moram em Cuiabá, únicos americanos rigorosamente caracterizados na arquibancada do estádio Rumerão, do Icasa, em Juazeiro do Norte.

Conselho de capitão

“Nossa meta ainda não foi alcançada. A Série B é uma competição muito difícil, com boas equipes. Estou voltando com muita vontade para ajudar nossa equipe neste jogo. Não podemos achar que por estarmos no G-4 já garantimos a Série A. Precisamos conquistar os pontos, principalmente jogando em casa, com o apoio de nosso torcedor”, opinou o capitão Gabriel, que volta ao time após cumprir suspensão automática por três cartões amarelos.

Promessa de artilheiro

“A disputa está muito acirrada. Nunca me preocupei em ser o artilheiro do campeonato, mas sim em ajudar o time a vencer, sem importar com quem faça os gols. Felizmente os gols estão acontecendo e se der para ser artilheiro, melhor ainda. O que posso prometer, sempre, é muita luta em campo. Só que precisamos também de força na arquibancada. Tivemos torcedores em todos os nossos jogos fora, mas ainda falta uma presença marcante da torcida na Arena do Jacaré. Seria muito bom jogar com a casa cheia”, convoca o artilheiro Fábio Júnior, autor de 13 gols neste Brasileirão.


Torcedor agredido vai hoje à corregedoria da Polícia Militar

O caso é grave e merece a atenção de todos, porque é questão de cidadania.

Qualquer um de nós está sujeito a abuso de qualquer autoridade, em qualquer ambiente, e é preciso denunciar.

O autor da denúncia, Samuel Galvão, vai hoje à corregedoria da Polícia Militar, que certamente vai agir porque a nossa PM é séria.

Há várias outras denúncias, mas esta passa dos limites.

Veja do relato do que ocorreu com ele na Arena do Jacaré, domingo, antes de Atlético 2 x 0 Avaí:

“Saímos de Belo Horizonte de carro por volta das 13 horas do dia 17 de outubro de 2010, haja visto que não havia transporte intermunicipal suficiente para atender a torcida com destino a Sete Lagoas para assistir a partida entre Atlético e Avaí pelo campeonato brasileiro. Ao chegar no estádio fomos estacionar o carro e nos deparamos com pessoas descredenciadas vendendo um espaço de estacionamento sem qualquer tipo de recibo e obtemos informações de que se estava comercializando um espaço público que pertence ao estádio.

Paramos o carro e, como estava com minha filha, fomos procurar um lugar para nos escondermos da chuva, pois o acesso reservado à torcida do Atlético foi feito por um espaço descoberto, infringindo mais uma vez o estatuto do torcedor.

Por volta das 15h20 fui até o meu veículo, guardar a mochila da minha filha e, como o estacionamento de terra estava vazio no momento, resolvi soltar um foguete que tinha comprado para soltar depois da partida. Ao soltar esse foguete, chegaram cinco policiais militares sem identificação e muito agressivos apreendendo meus foguetes e me tratando como um marginal. Como desconhecia que não poderia soltar foguete em uma área aberta por se tratar de estar próximo ao estádio, pedi eles para se identificarem e perguntei o que estava fazendo de errado, e se os mesmo possuíam um estatuto do torcedor para me orientar sobre a proibição, que artigo do estatuto do torcedor eu estava infringindo. Neste momento, fui ironizado pelos policiais que alegaram que não tinham a obrigação de me mostrar nenhum estatuto do torcedor, então contra argumentei falando que ia ligar para meu advogado para ele me orientar já que os policiais nem sabiam informar com clareza a lei que eu supostamente estava infringindo. Neste momento o policial riu e falou que se meu advogado não fosse presidente da republica eu estava perdendo tempo. O policial me empurrou e continuou pegando os foguetes dentro do meu carro, e colocando a caixa de isopor que estava na minha mão vazia dentro do meu porta mala, mandando eu fechar o carro e sair de perto dele. Falei com um dos policiais que ele não podia fazer isso e neste momento ele tentou fechar o porta malas quase acertando minha cabeça. Neste momento minha esposa, minha filha e meu cunhado que tinham ido comprar água chegaram e quando minha esposa chegou perto o policial falou com ela que não era para ela segurar minha filha no seu colo por que ela estaria usando ela de escudo.

Quando perguntei por que ele havia dito isso, o policial começou a rir, mandando a gente sair do carro e ir embora. Buscando nossos direitos continuamos no carro, tentando entender o que estava acontecendo e por que os policiais estavam tão agressivos e me empurrando insistentemente. Quando os policiais começaram a me empurrar com toda força falei isso era abuso de poder e que ia chamar a imprensa, neste momento o policial me empurrou contra o carro me virando de costas e me algemando com tanta brutalidade que chegou a cortar meus pulsos. Depois de ser algemado comecei a tomar varias rasteiras e ser quase jogado no chão, perdendo meu calçado.

Quando minha esposa foi perguntar por qual motivo eu estava sendo preso o policial a agrediu jogando-a no chão, o que causou inúmeros hematomas no seu corpo. Neste momento comecei a gritar para alguém ajudar por que três homens estavam agredindo a minha esposa e o policial falou no meu ouvido que se eu gritasse ia ser pior para mim.

Neste momento já havia muitas pessoas acompanhando, manifestando sua indignação, muitos desconhecidos, entre eles alguns advogados dizendo aos policiais que eles não tinham esse direito. Os policiais mais uma vez ironizaram a situação que os advogados não entendiam de leis e que eles iam fazer comigo o que bem entendessem. Fui jogado dentro da viatura de numero 17709 e quando minha esposa falou que queria ir junto o policial a agrediu novamente falando que ela não iria para lugar nenhum porque quem mandava ali era ele. Ela perguntou para onde eu iria então e o policial falou que não ia dizer e que era para ela se virar para me encontrar caso tivesse interesse. Dentro da viatura, com as algemas extremamente apertadas, fui orientado a ficar calado novamente porque seria melhor para mim.

Fui conduzido até uma unidade da polícia onde havia uma vã que estava estacionada há alguns quilômetros do local. Lá os policiais começaram com várias frases descabidas, entre elas: “Alguém tem que justificar nosso salário”, aos risos. Por que ele foi preso? Porque está algemado? Necessita mesmo ser conduzido até a delegacia? A mulher e filhos chorando no estacionamento são parentes desse réu? Além disso, nenhum policial ali queria assumir a ocorrência, foi um verdadeiro empurra empurra até eu ser transferido para uma viatura Blazer. Junto de uma pessoa que tinha furtado um ingresso no estádio, fiquei aguardando mais de 40 minutos dentro da viatura até ser conduzido para a delegacia local.

Chegando à delegacia, fui atendido e liberado depois de pessoas que chegaram ali com drogas, problemas no trânsito e até dois elementos que foram pegos com uma faca ameaçando matar o outro.

Minha liberação ocorreu por volta das 18h50, com muito cansaço, marcas no braço e auto-estima no chão, fui abraçado pela minha família que ali estava extremamente indignada com o ocorrido.”

Samuel Galvão