Blog do Chico Maia

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Jonathan é notícia na imprensa da Espanha

O que era assunto apenas na imprensa mineira, agora passou a ser notícia na Espanha. O lateral Jonathan é um dos nomes da lista de possíveis reforços do Real Madri para 2010.

Agora há pouco telefonou-me o Juan Castro, repórter do jornal Marca, o principal jornal de esportes espanhol, para saber tudo sobre o lateral direito do Cruzeiro.da


A pior notícia do ano

Quando o telefone toca muito cedo, quase sempre é notícia ruim. E hoje, não deu outra: do outro lado da linha o Dr. Francisco Santiago, grande americano, Promotor de Justiça, desses que fazem com que a gente ainda acredite em moralidade e na própria Justiça.

Mas como ele mesmo disse, o telefonema foi para dar uma péssima notícia: morreu o Dr. Domingos Santiago, irmão dele, médico, professor, intelectual, figura especial, um dos melhores papos que alguém podia encontrar para trocar idéias sobre tudo.

Lamentável!

Lá se foi o nosso grande “San” para a tristeza de quem teve o privilégio de conhecê-lo. Adotou Conceição do Mato Dentro como a sua cidade, onde se casou com a querida Consuelo Rajão, de uma das familias mais tradicionais daquela região. Seus filhos (o advogado Rodrigo, a professora Raquel (Colégio Magnum) e o também professor e Reitor da PUC da cidade do Serro, Ronaldo) igualmente queridos, herdaram dele a simpatia e generosidade, e manifesto a eles e toda família o meu pesar.  

Dr. Santiago tinha e continuará tendo uma legião de admiradores, e todos nós, rendemos a ele a nossa homenagem.

O sepultamento será às 17 horas no Parque da Colina, onde o corpo está sendo velado.


Previsões de quem conhece Luxemburgo

O engenheiro João Chiabi Duarte é um dos executivos da Arcelor Mittal, e um dos maiores entendedores de futebol que conheço. Cruzeirense dos mais apaixonados, porém, de muito bom senso, enviou um e-mail que vale a pena ser lido por todos. Acho que ele só vai errar na previsão que faz na última frase, hehehe…

“Você deve se lembrar que em 2004, Luxa já tinha saído do Cruzeiro e eu o convidei a vir até a CST e dar uma palestra sobre formação de equipes.
Foi uma audiência espetacular e quando ele falava você ouvia mosquito voar no auditório. Todos prestaram muita atenção e a palestra dele fala de valores que são importantes no dia-a-dia das equipes de trabalho seja de que natureza forem.
Luxemburgo não chegou aos resultados que tem de graça não. Ele sabe trabalhar. Se derem a ele a liberdade que precisa e não houver fogueira de vaidades creio que o Atlético vá nos dar bem mais trabalho em 2010.
Luxemburgo vai viabilizar a presença dele no clube enxugando a folha mandando embora os jogadores que não darão retorno ao clube.
Trará alguns jogadores bons de grupo como Leandro Silva (não vai conseguir jogar bem todas as partidas, mas, vai ajudar o grupo a ter liga, pode apostar nisto), vai apostar em jogadores jovens com o Renan Oliveira. Vai recomendar a saída do Eder Luiz e trará um centroavante para fazer companhia a Tardelli no ataque (prevejo pouco espaço para Alessandro ou Renteria… um dos 2 rodará, ou até mesmo os 2 se Eder Luiz não virar caixa).
Ele vai manter Jonílson como cabeça de área, Correa pela direita, Ricardinho pela esquerda como armadores e meterá Renan com a DEZ.
E trará pelo menos um BEQUE de respeito pode apostar nisto.
Carini, Carlos Alberto, Wélton Felipe, DURVAL ou EDU DRACENA e Leandro Silva; Jonílson, Correa e Ricardinho; Renan Oliveira; Diego Tardelli e CENTROAVANTE;
O time vai jogar um futebol bonito, mas, vai perder para o Cruzeiro…
A conferir…”

João Chiabi Duarte


Luiz Carlos Alves presenteia a nós deste blog

Tive a honra de receber um e-mail do grande Luiz Carlos Alves, um dos melhores jornalistas da história da nossa imprensa. E para a alegria nossa e dos amigos leitores deste blog, ele mandou um texto de outra fera do nosso jornalismo, a Nilza Helena, cruzeirense, que escreveu uma carta aberta ao presidente do Galo, Alexandre Kalil.

Tomo a liberdade de publicar na íntegra o e-mail do Luiz para que os senhores saibam melhor quem é a Nilza Helena:

“Chico,

Continuo leitor.

O blog está bastante informativo.

E informação é o que se busca, ao contrário daquelas

chatices provincianas de torcidas e torcedores se agredindo.

Textos bem escritos também cabem. Eles estimulam a reflexão

Tomo a liberdade de enviar-lhe um desses, da Nilza Helena, jornalista e escritora, companheira dos bons tempos do “Diário de Minas” nos anos 60 e 70, uma redação-escola, repleta de grandes mestres, como Enio Fonseca, Urias Botelho, Alcindo Ribeiro, Délio Rocha, Edmar Pereira, Afo, Malagueta… ; enfim, um ameno Butantã, por onde tive a honra de começar (e aprender com todos eles, e ela) no jornalismo impresso.

Nilza é também a senhora Ronan Ramos.

Fomos falar em cobras, aí está mais um.

O texto é seu. Não aguentei esperar pelo encontro com o Ivan (Drumond, do Estado de Minas).

Segunda-feira está longe demais. Em jornalismo, aprendi, não se guarda notícia nem texto.

Abraço amigo do

LUIZ CARLOS ALVES”


Mãe cruzeirense escreve carta ao presidente do Atlético

Chega de saudade
 
Senhor presidente

Ao final do Campeonato Brasileiro, pode parecer estranho uma mineira cruzeirense escrever ao presidente do Atlético. Eu deveria estar na rua comemorando o quarto lugar e a classificação na Libertadores. Não estou.

Explico: sou a única cruzeirense da família. Ao me casar, filha única, achei que meus futuros filhos ficariam deslocados entre os primos da enorme família atleticana do meu marido. Abri mão de discussões inúteis e deixei que as crianças herdassem o espírito atleticano do pai, uma companhia muito melhor para as idas aos estádios.

No berçário, os objetos de meus filhos – fraldas, mamadeiras, roupinhas – eram gravadas com um galo, embora minha primeira filha viesse ao mundo em 1977, quando o Atlético, contra tudo e contra ele mesmo, entregou o título ao São Paulo numa infeliz disputa de pênaltis (cá entre nós, naquele domingo eu me arrependi bastante de ter aberto mão da raposinha faceira).

A década de 80 começou com o nascimento do segundo filho e bons momentos do Atlético no campeonato mineiro. Houve uma época em que ele estava tão bem que um E.T. desceu no Mineirão em uma nave dizendo, com voz metálica, que a fama do time tinha chegado aos outros planetas e que ele estava ali para conhecer a grande maravilha. Os torcedores vibraram. Era a época em que o Galo era forte e vingador, honrava o nome de Minas e merecia um bolo gigante pelo aniversário, também em pleno Mineirão, dele saindo uma revoada de pombos. Delírio da massa.

Em casa, as histórias eram contadas sobre as conquistas e os ídolos inesquecíveis. Dario, Ortiz, Mazurkiewicz, Reinaldo, Paulo Isidoro, Cerezzo, Cincunegui, Guará e Telê – ah, o Telê! Vitórias inesquecíveis sobre o Cruzeiro. Como eu chorava!

O tempo foi passando, os títulos escasseando e meus filhos começaram a se cansar de viver das glórias do passado – chega de nostalgia. Queriam um time que eles vissem ganhar. O brilho dos olhos do pai era pouco para eles. Queriam ter seus próprios brilhos, suas próprias alegrias, seus próprios gritos de gol. O direito de ser feliz não podia estar preso ao passado.

Em 2006, nem comemoraram o título da série B, pois não conseguiam se esquecer que o título só foi conseguido porque antes o time desceu. Assim, as conquistas mais recentes do Atlético são única e exclusivamente da torcida: maior média de público em 2009, recorde absoluto de público no Brasileirão de 2006.

Venho, então, respeitosamente à sua presença, com uma pergunta: até quando meus filhos e essa maioria de torcedores mineiros vão sofrer por um amor não correspondido? O senhor acredita que “são apenas coisas do futebol”, o Atlético liderar por oito rodadas e acabar em oitavo lugar depois de cinco derrotas seguidas? Acha certo a falta de raça, o pouco empenho, os erros primários, o saldo negativo de gols? Pensa que é normal virar “Galo fraco e perdedor?” Acredita que um clube não tem responsabilidade com o fato de uma moça de 32 anos e um advogado de 29 nunca terem gritado campeão a não ser pelo fraco campeonato mineiro? Que exemplos o Atlético tem passado para os jovens, adolescentes e crianças além do pouco caso com os sentimentos alheios?

Como objeto de amor e paixão de um público enorme, que valores o Galo tem ensinado? Que nadar e morrer na praia é melhor do que nadar e morrer no mar? Que falta de inteligência, de respeito e de critério podem conviver com o descompromisso e o amadorismo porque a torcida, como mulher de malandro, não se importa de apanhar?

Desculpe uma mãe se dirigir tão duramente a um presidente, mas o Atlético de hoje merece, e o Atlético é o senhor em primeiro lugar porque tem nas mãos os destinos do clube. Perder, empatar e ganhar fazem parte do jogo. Mas estou cansada de em casa ensinar causa e efeito, ato e conseqüência, raça e dedicação, e ver um time jogar tudo isso por terra em uma única partida. Já não é questão de ser cruzeirense ou atleticano. Virou questão de caráter.

Anualmente as empresas apresentam seus balancetes para divulgar perdas e lucros; síndicos prestam contas de suas administrações aos moradores; políticos vêem reveladas suas atividades – sujas ou não. Por que o futebol, que movimenta milhões de reais e milhares de emoções, não presta contas a quem de fato e de direito merece – os torcedores? Por isso, tenho uma sugestão: que tal o Atlético inovar e divulgar seus números de 2009 para o julgamento da torcida? Por exemplo: quantos pênaltis sofridos e quantos convertidos; finalizações certas e erradas; passes errados; gols convertidos e desperdiçados; bolas na trave; quantos cartões; faltas cometidas; perdas de bola; quantas camisas perdidas pelo excesso de suor (empenho) do jogador e quantas nem precisaram ser lavadas para o próximo jogo porque o atleta passeou em campo; quantas falhas foram analisadas e corrigidas pelo técnico e quantas foram passadas em branco com a simples promessa de “levantar a cabeça”? Havia punição para erro primário?

Sabendo que a falta de títulos é um indicativo da falta de respeito e de compromisso com o público, por que o Atlético não copia o time que no campeonato inglês, em novembro, devolveu aos torcedores o preço dos ingressos da partida em que ele foi goleado por 9 a 1 junto a um pedido de desculpas? Por que o Atlético não pede desculpas à torcida pelas infelicidades de 2009? E como promessa a ser cumprida de fato em 2010 por que seu clube não garante que a partir de agora vai fazer de tudo para recuperar o poder de encantamento, perdido sabe-se lá quando e onde. Por que seu clube não volta a sonhar alto? Chega de se contentar com a planície. Chega de saudade.

Senhor presidente, quero meus filhos gritando gol, campeão, forte e vingador. Quero meus filhos respeitados na mesma proporção em que eles respeitam o clube. Quero que a letra do hino seja concretizada em campo e não apenas uma poesia. Acho que passou da hora de eu começar a chorar pelo meu time. Já estou com vergonha de comemorar sozinha.

Respeitosamente,

Nilza Helena

 


Até tu, padre?

Antes que alguém diga que pertenço a alguma igreja contrária, vou logo dizendo que não pertenço a nenhuma, não frequento nenhuma, e também não tenho nada contra quem gosta de qualquer uma.

Todas elas têm coisas elogiáveis e abomináveis, como qualquer atividade onde esteja envolvida a mão humana, com as suas devidas incoerências, obviamente.

Pois não é que o famoso Padre Marcelo está apoiando (inclusive fazendo campanha), a liberação da cerveja nos estádios de São Paulo?

É o principal garoto propaganda do G4, entidade criada por São Paulo, Palmeiras, Corinthians e Santos, patrocinada pela poderosa fábrica de cervejas Femsa, mexicana, dona da Kaiser, dentre outras, uma das principais concorrentes da Ambev no mundo.

E o Padre usa um argumento interessante: “a igreja condena é bebidas pesadas, cerveja é bebida leve”.

Ah ah ah…

Que beleza hein!?

E olhem que sou defensor da cerveja nos estádios, mas peraí!

Negar que a bebida potencializa atos de violência é querer tapar o sol com a peneira.

O que precisa haver é rigor na repressão e punição imediata e pesada a quem abusa.

Leiam reportagens nos próximos posts deste blog, onde transcrevo textos da Folha de S.Paulo de quinta feira, dia 10, sobre estes assuntos.


Clubes paulistas repetem Atlético e Cruzeiro, porém, formalmente

O que Atlético e Cruzeiro fizeram recentemente em Minas, os quatro grandes de São Paulo repetiram lá, porém, criaram, formalmente, uma entidade para defender os interesses comuns a eles.

Aqui o acordo foi com BMG e Ricardo Eletro para as camisas em 2010, mas três meses atrás, a dupla já tinha acertado com a Ambev, que já está desenvolvendo campanhas de marketing com ambos, envolvendo a marca Brahma.

Esta reportagem, que fala da criação do G4 paulista, está no jornal Folha de S. Paulo, do dia 10, quinta passada:

“Grupo nasce para unificar contratos”

DA REPORTAGEM LOCAL

Os quatro grandes clubes de São Paulo se uniram para conseguir melhores contratos com novos patrocinadores.
O primeiro acordo foi anunciado ontem, com a Femsa, que vai produzir latas de cerveja e refrigerante com os escudos de Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos.
A empresa vai pagar R$ 8 milhões ao G4 (R$ 2 milhões por clube) e mais royalties por quantidade de produtos vendidos.
Segundo José Carlos Peres, que representa o Santos no “conselho de gestores” do G4, o próximo objetivo do grupo é conseguir um melhor contrato de transmissão do Campeonato Paulista.
O atual, que termina em 2010, prevê cerca de R$ 7 milhões para cada clube. Peres acredita que é possível aumentar “muito” esse valor, mas não fixa um objetivo. “Quanto conseguir está bom”, comentou.
Ao longo do ano que vem, o grupo pretende atuar em conjunto para o combate à pirataria.
Marcelo Teixeira, presidente do Santos até a próxima terça e derrotado nas eleições da semana passada por Luis Alvaro de Oliveira, não esteve no evento. Foi representado pelo vice Norberto Moreira.
Juvenal Juvêncio, Andres Sanchez e Luiz Gonzaga Belluzzo assinaram a criação do G4. (CA E MF)

 


Polícia ironiza a incoerência do Padre

Saiu na Folha de S. Paulo de quinta feira, dia 10, caderno de esportes:

Por patrocínio, clubes agora defendem cerveja

Para Padre Marcelo, problema “está nos destilados”

CAROLINA ARAÚJO
MARTÍN FERNANDEZ
DA REPORTAGEM LOCAL

O G4, grupo dos quatro grandes clubes paulistas -Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo-, defendeu ontem a liberação do consumo de bebidas alcoolicas em estádios.
Durante evento em que o G4 formalizou parceria com o Grupo Femsa, braço da Coca-Cola e da cerveja Kaiser no Brasil, o presidente do Corinthians, Andres Sanchez, declarou que “bebidas leves” deveriam ser vendidas durante as partidas.
“Acho um absurdo o cara ficar do lado de fora do estádio bebendo em uma barraquinha. Ele só faz isso porque sabe que vai ficar duas horas sem beber no estádio”, disse o cartola.
“Cerveja e champanhe, que são bebidas leves, deveriam ser liberadas nos jogos. As autoridades têm de pensar que, na nossa casa, quem manda somos nós”, emendou. E foi apoiado por executivos da Femsa.
Espécie de “garoto-propaganda” do G4, o padre Marcelo Rossi também defendeu a volta da cerveja aos estádios.
“As bebidas fermentadas são toleradas pela igreja. O problema está nos destilados”, declarou Rossi, que pediu a ajuda da imprensa para “promover a volta das famílias ao futebol”.
Em São Paulo, uma lei estadual de 1996 impede a venda de bebidas nos estádios do Estado. Em abril do ano passado, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, assinou um documento proibindo bebidas alcoólicas nas arenas de todo o país.
A Polícia Militar de São Paulo se mostrou contrária à posição do G4. O tenente-coronel Almir Ribeiro, responsável pela segurança nos estádios paulistas, disse que a proibição da venda de bebidas em estádios reduziu os casos de violência.
Paulo Castilho, promotor do Ministério Público de São Paulo que atua no combate à violência entre torcidas, mostrou-se extremamente irritado com a posição dos clubes e com o apoio do padre Marcelo Rossi.
“Desde quando um padre agora entende de violência em estádio?”, criticou Castilho. “Ele não sabe que o cara bebe cerveja no estádio e depois briga, volta dirigindo alcoolizado para casa e bate na mulher, nos filhos? Ele não sabe?”
Castilho também sustenta que os índices de violência caíram depois da proibição.


Vai piorar

Dizia o saudoso Urbano Brochado Santiago, grande presidente do Minas Tênis Clube, que o futebol é uma das atividades mais organizadas do Brasil, e que era preciso cuidado em qualquer mexida, porque em nosso país é comum atrapalharem o que está funcionando bem. Principalmente quando entra o dedo de algum órgão público ou político.

Lembrei-me dele ao ler reportagem da Folha de S. Paulo de ontem, que fala das novas regras que entrarão em vigor na Justiça Desportiva a partir de janeiro de 2010.

Em resumo, ela vai seguir os ritos da nossa Justiça Comum, que todos sabemos, é um fracasso.

Certamente a impunidade vai aumentar, também no futebol.

A reportagem é a seguinte:

“Nova lei esportiva adota regras da Justiça comum”

Ao alterar código, governo copia procedimentos de tribunais cíveis e criminais

Suspensões a jogadores serão por partidas, e não por prazos, punições por vídeos terão restrições e norma antidoping será incorporada

RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

O governo federal tornou os tribunais desportivos mais parecidos com a Justiça comum.
Foi a tônica das alterações no CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), aprovadas ontem pelo Conselho Nacional do Esporte. A legislação rege procedimentos disciplinares nas competições esportivas.
Seu texto foi elaborado por uma comissão de juristas e, depois, ratificado pelo órgão do Ministério do Esporte.
O novo código adota a jurisprudência, o sorteio de processos pelos julgadores, a nomeação de procuradores-gerais pelo Executivo, a obrigatoriedade de carteira da OAB para advogados, as transações desportivas (troca de penas) e a flexibilização de punições.
Esse último item talvez tenha o maior efeito nas suspensões de jogadores de futebol.
Pelo novo código, as penas por agressão de atletas, em sua maioria, deixarão de ser por prazo para serem por jogos. Até hoje, julgadores evitavam dar punições desse tipo, pois o prazo mínimo era 120 dias.
Diego Souza, do Palmeiras, que deu rasteira em Domingos no Paulista, teve a acusação desqualificada de agressão para atitude antidesportiva. Foi suspenso por oito partidas.
Há uma exceção: caso agrida um colega e o deixe sem poder atuar, um jogador pode ser afastado enquanto a vítima estiver inativo por até seis meses.
Ainda foi criada a transação disciplinar desportiva, que permite acordos entre a Procuradoria e o acusado sobre punições. É inspirada na transação penal, da Justiça criminal.
Ao adotar a jurisprudência, o tribunal desportivo cria padrões para seus julgamentos. O pleno do STJD poderá estabelecer súmulas vinculantes, que obrigam tribunais inferiores a julgarem igual casos similares.
Também foi copiado o sorteio dos processos entre membros da comissão dos tribunais desportivos. Antes, era o presidente da corte quem determinava o relator de cada caso.
O procurador-geral passará a ser indicado em lista tríplice pela CBF. É o pleno do tribunal quem decide o escolhido.
E houve uma revisão das penas com uso de vídeos. Fora “notório equívoco”, o atleta não poderá ser julgado no tribunal se recebeu só cartão amarelo.
O tribunal pode julgar se o juiz não tiver visto o lance ou tiver dado o vermelho. O efeito suspensivo, espécie de habeas corpus, será automático com penas de mais de dois jogos.
Se essas mudanças fossem válidas no Brasileiro-2009, o volante Jean, do São Paulo, teria jogado contra o Botafogo, e Dagoberto, contra o Goiás.
Para casos de doping, valerão as regras da Wada (Agência Mundial Antidoping). Isso evita casos como o atacante Dodô, que foi poupado pelo STJD e, depois, punido pela agência.
Resumo: boa parte das regras rotineiras no mundo e no país chegam ao esporte brasileiro.


Romário é obrigado a desocupar apartamento

489116583Há coisas na vida difíceis de entender. Como pode alguém como o Romário, que ganhou tanto na vida, chegar a uma situação dessas?

Lamentável!

Esta notícia saiu no site do jornal Hoje em Dia de hoje:

“Apartamento foi leiloado para pagar dívidas do ex-jogador”

O ex-jogador Romário foi condenado por sonegação fiscal por não ter declarado parte do que recebeu quando jogava no Flamengo em 1997. O Baixinho terá que prestar serviços à comunidade e pagar multa de R$ 391 mil.

Na última quinta-feira (10), Romário começou a desocupar o apartamento onde mora, na Barra da tijuca, no Rio de Janeiro. O imóvel foi vendido em um leilão por R$ 8 milhões e o dinheiro foi usado para quitar as dívidas do jogador.