Blog do Chico Maia

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Pesquisa não era nova

Retirei a pesquisa da revista Placar que havia postado mais cedo porque ela não era nova. Fui alertado pelo leitor Victor Martins, a quem agradeço, que é de 2004.

Já avisei ao Stefano Venuto, que foi quem me enviou a dita cuja ( http://web.archive.org/web/20040615011552/placar.abril.com.br/aberto/rankings/torcidas/sudeste.shtml ) , e peço desculpas aos leitores, que assim como eu pensaram que era coisa nova.


Fala Millôr!

millorfernandes

A maior parte dos escritores não merece as árvores cortadas por causa deles.


Acredite quem quiser: o Valeriodoce ainda respira

Está no excelente portal da Revista DeFato, de Itabira, http://www.defatoonline.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=7148

Instalações do clube itabirano, criado há 67 anos pela Vale, viraram espaços vazios; mesmo assim, apesar de tudo, diretoria diz que a equipe de futebol disputará o Módulo II de 2010

JOSÉ SANA

O Valeriodoce Esporte Clube, tradicional equipe itabirana, criada cinco meses depois da fundação da velha Companhia Vale do Rio Doce (22 de novembro de 1942) e por ela aprovado como seu clube oficial, ainda respira. Ninguém sabe como, é um mistério a notável sobrevivência, mas, com toda a clareza, há sinais de vida no bairro do Campestre.

DeFato fez uma visita às instalações do clube na tarde desta terça-feira, 15 de dezembro, e encontrou um ambiente desolado: os cinco ginásios cobertos, totalmente silenciosos, fechados, com a falta incrível de seres humanos, esportistas ou não; os campos de futebol e soçaite, com gramas altas, por podar; a academia parecendo um velório desativado, sem vivos e mortos; lavanderia, salão de festas, bar, área para alojamento, sauna — tudo entregue à mercê de umas visitas que chegam sempre para lamentar; somente duas piscinas ocupadas, a semi-olímpica por um nadador, a outra por crianças e adolescentes; na secretaria, uma funcionária e mais três operários, com salários atrasados, cortando a grama dos jardiins, ainda verdes.

A bela e invejável estrutura, como avaliam os mais experientes atletas que por Itabira já passaram, incluindo Paulo Isidoro e Reinaldo, ambos ex-ídolos do Atlético Mineiro, parece um elefante branco, ou mesmo vermelho e branco, adaptado às cores conhecidas do Dragão em tempos não muito distantes.

Mas se alguém se aventurar a procurar o presidente do clube, Reginaldo Sá, conhecido como Nanaldo, como o fez DeFato, se surpreenderá. Esse e mais alguns diretores, seus auxiliares, ou braços-direitos, não desanimam. Eles correm atrás como se tudo fossem somente flores, não há desânimo que atinja a esperança e a confiança em melhores dias.

MÓDULO II 

Em 7 de fevereiro de 2010, começa o Módulo II do Campeonato Mineiro de Futebol. Nele estará o Valério com o seu tradicional uniforme vermelho e branco. A primeira providência para custear as despesas normais parece um milagre e quem informa é o presidente Nanaldo: “As certidões negativas do FGTS, INSS e Receita Federal estão chegando para regularizarmos a situação do clube e que, então, possamos receber verbas da Prefeitura”. De acordo com ele, a municipalidade tem, no orçamento de 2010, R$ 350 mil de subvenção para o VEC. 

Mas não somente isso para resolver os problemas do Valério. Já estão sendo preparados, alguns vendidos, espaços para publicidade de empresas dentro do Estádio Israel Pinheiro. Vai funcionar assim: a empresa contribui com R$ 6 mil (podem ser pagos em até quatro parcelas) e recebe a placa com dimensão de 1 x 5 metros, em metalon e lona impressa, para veicular durante um ano. Além de ter a publicidade de seu empreendimento, o contribuinte concorre a um Fiat Linea 2010, a ser sorteado em 20 de fevereiro do ano que vem. Segundo o presidente, são 35 placas e espaços, tendo sido vendidas 13 até agora, de acordo com membros da diretoria. 

PRÉ-TEMPORADA 

O Valério está formando uma equipe para a disputa do Módulo II. Antes mesmo de conhecer o seu grupo, já procura uma cidade para preparar o plantel. A cidade escolhida até agora é Santo Antônio do Rio Abaixo, em parceria com a Prefeitura, que forneceria, além do campo para treinamento, uma casa para alojamento dos jogadores. A ideia é levar toda a estrutura de copa e cozinha para a casa. O único problema, Nanaldo espera resolver com o bom tempo, já que essa pré-temporada se realizará de 4 a 20 de janeiro. A estrada de Passabém a Santo Antônio, via São Sebastião do Rio Preto, está sendo preparada para asfaltamento e pode ser um empecilho aos planos valerianos.


Equipe mineira é a campeã da 12ª Copa Kaiser

Portuguesa, time do bairro São Gabriel, depois de vencer a Copa Kaiser BH, foi a grande vencedora em disputa nacional

 A Portuguesa, equipe de Belo Horizonte, superou o favoritismo do Vida Loka de São Paulo e venceu, por 1 x 0, a decisão da 12ª Copa Kaiser Brasil de Futebol Amador, realizada, no dia 13 de dezembro, em São Paulo. Com isso, o time do bairro São Gabriel fecha o ano com cinco títulos: Campeonato da Federação Mineira, Corujão, Centenário, Copa Kaiser BH e Copa Kaiser Brasil. 

A vitória na semifinal por 9 x 0 sobre o Balão Apagado, time campeão da Copa Kaiser Curitiba de Futebol Amador, fez com que o Vida Loka entrasse em campo no último domingo como favorito na disputa da final contra a Portuguesa, melhor equipe da Copa Kaiser Belo Horizonte de Futebol Amador. Porém, a equipe mineira chegou à decisão sem grande alarde e apresentou um futebol cadenciado e eficiente, o que garantiu a vitória por 1 x 0 contra o Vida Loka, time vencedor da Copa Kaiser São Paulo de Futebol Amador. 

A competição, que reuniu os campeões das três cidades que sediam o mais importante torneio de futebol de várzea do Brasil, foi disputada na Arena Kaiser, localizada na capital paulista. Um sorteio, realizado previamente, definiu as duas equipes que jogariam a semifinal e aquela que já teria assegurada o direito de disputar a decisão. O Vida Loka não encontrou dificuldades no jogo contra o Balão Apagado, mas, ao encontrar o time da Portuguesa, que vinha de quatro títulos conquistados apenas neste ano, a história foi diferente. 

A final teve arbitragem de Wilson Luiz Seneme, do quadro da Fifa. Com o campo mais pesado, por conta da fina garoa, as duas equipes fizeram uma partida equilibrada e, ainda no primeiro tempo, a Portuguesa fez um gol após a cobrança de falta. Na segunda etapa, o Vida Loka foi em busca do empate, mas seus atacantes não estavam em uma tarde inspirada. Já a Portuguesa criou algumas chances de perigo em contra-ataques, que, por pouco, não resultaram em mais gols. Ao final do jogo, soube segurar o resultado que garantiu o título de campeã da 12ª edição da Copa Kaiser Final Brasil. 

Em 2009, a Copa Kaiser de Futebol Amador reuniu 630 times, mais de 15 mil jogadores e um público total estimado de aproximadamente 1,5 milhão de torcedores, se somadas as competições disputadas em Belo Horizonte, Curitiba e São Paulo. Os interessados em conferir mais detalhes do campeonato e saber como ficou a classificação final devem acessar o seguinte endereço eletrônico: www.copakaiser.com.br

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A punição ao Coritiba foi justa?

Enquanto a violência envolvendo o futebol não tiver uma solução é preciso que o tema seja sempre levantado e debatido. Vale a pena ler e comentar o texto da jornalista Laís Menini, publicado no site www.guerreirodosgramados.com.br

“Domingo sangrento”

GDG – Por: Laís Menini   

Hoje não vou falar do Cruzeiro. Quero falar de um fato que atinge indiretamente cruzeirenses e outros torcedores do país: o Coritiba. Saiu a sentença do “domingo sangrento” alviverde: 610 mil dinheiros de multa e mais de 30 mandos de campo retidos.

O Couto Pereira ficará fechado para o Brasileiro em 2010 e em um pedacinho de 2011, já que pela segunda divisão ele só tem 19 mandos de campo. Ano que vem, a torcida do Coxa só vai poder assistir em casa o Campeonato Paranaense e amistosos. É a punição máxima do STJD para o clube. Os invasores de campo que foram presos ainda não tiveram sentença declarada e muita gente que participou da confusão está solta por aí.

É injusto penalizar o Coritiba dessa forma?

Especialistas comentam o caso com diversos pontos de vista. Vou comentar como torcedora de futebol: não é injusto. É óbvio e ululante que a grande maioria da torcida do Coxa é pacífica e está envergonhada com a situação. Mas a pena para o clube é cabível porque ele não tinha noção de que aquilo fosse acontecer – mas era de sua total responsabilidade evitar, por todos os meios, que acontecesse.

Aí vem aquela velha história das torcidas organizadas. Dizer que não tem marginais e vândalos nas organizadas é tão míope quanto dizer que as organizadas são feitas só de vagabundos. As organizadas deveriam cadastrar seus membros e punir quem causa confusão dentro e fora dos estádios. Deveriam, inclusive, ser constantemente monitoradas pelo Ministério Público. E o brasileiro tem que parar com essa história de acabar com as organizadas. Se elas forem realmente organizadas nos critérios da lei e da boa convivência, poderemos ver que, a despeito de incitar a violência, elas são a alma do jeito brasileiro de torcer, com cantoria, bandeiras e todos de pé nos estádios.

Passei por uma situação curiosa em Londres, em um dia de Arsenal x Manchester United. Na capital inglesa, a torcida contra o Manchester é imensa; londrinos são bem bairristas e torcem para o Chelsea e Arsenal na sua maioria. Pois bem. Eu era “vizinha” do estádio do Arsenal, e quando o trem passou por aquela estação, depois do jogo, centenas de torcedores do clube tomaram os vagões. A duas estações dali, entra no meu vagão um torcedor com a camisa do Manchester United. Eu, acostumadíssima com as briguinhas de torcidas por aqui, pensei: “vai dar merda”.

Mas nada aconteceu. Fiquei surpresa com a civilidade da situação e perguntei à minha amiga, que já morava em Londres há algum tempo, se a atitude do torcedor do ManU (entrar em um vagão lotado com a torcida adversária) não era arriscada. Basicamente ela respondeu que se algum torcedor do Arsenal “puxasse o cabelo” do cara, o time poderia ficar sem mando de campo, e o torcedor ir preso e ser banido do estádio para sempre. É claro que ela exagerou na sentença, mas

o que ela quis que eu entendesse era justamente isso: QUALQUER agressão ao adversário pode ter consequencias drásticas para o agressor e para o clube.

Quando eu conto esse caso, alguém aí se lembra que a Inglaterra era a terra dos hooligans? Que há 20 anos 96 pessoas morreram no estádio de Hillsborough antes mesmo do começo da partida entre Nottingham Forest e Liverpool, pelas semifinais da Copa da Inglaterra?

É, galera. O que aconteceu ali foi a imposição do poder público sobre interesses dos torcedores e clubes, para que a Inglaterra fosse exemplo de civilidade, depois de ser taxada como o país das torcidas mais violentas do mundo. O Brasil precisa de medidas URGENTES, porque, vamos combinar, já é quase a próxima sede da Copa do Mundo. Vai mostrar o que ao planeta? Que, se sairmos nas quartas de final, alguns torcedores não terão racionalidade suficiente para aceitar a derrota sem querer socar a cara de outro indivíduo?

Essa semana, o Coritiba foi o “boi de piranha” para uma coisa que deve acontecer em todo o país: banimento indeterminado de torcedores e clubes pagando multas altíssimas por seus torcedores vândalos que AINDA vão aos estádios.

Nesse caso específico, uma enfermeira perdeu três dedos da mão dentro de um ônibus, após uma bomba em tumulto com os vândalos do Coxa. Nem torcedora ela era. Ter três dedos a menos, para ela, pode significar uma mudança de vida. Para o presidente do Coritiba, não deve significar nada. E se fosse algum conhecido teu? E se alguém tivesse morrido? É por isso que acho que 610 mil reais ainda é pouco, mas é um exemplo para os outros dirigentes e representantes do Ministério. Psicologia infantil: “viu o que aconteceu com o seu coleguinha? Se você fizer igual, vai acontecer o mesmo com você”.

Vamos exigir do poder público que NOS RESPEITEM! Eu não vou ao estádio para brigar, para causar tumulto, então exijo que, quando eu vá, não seja vítima dessas pessoas, que nem são torcedoras de verdade. Saber perder é tão importante quanto saber ganhar. Futebol é um esporte e ninguém, no mundo inteiro, merece perder mando de campo, dinheiro e – principalmente – três dedos por causa disso. Como dizem os Beatles, não há nada que tenhamos que fazer que não possa ser feito. Tudo o que precisamos (como um país) é ter vontade de mudar.


Atlético resiste à incompetência e continua bem no Ranking da CBF

Alguns anos atrás Alexandre Kalil disse que o Atlético só não estava no fundo do poço porque “era maior que o buraco”. E a atualização do Rancking Nacional de Clubes feita pela CBF esta semana comprova isso. Por mais incompetentes e malucos que tenham sido algumas diretorias que antecederam a atual, elas não conseguiram tirar o Atlético da lista dos 10 primeiros, à frente até do Internacional, tri-campeão brasileiro, campeão da Libertadores e campeão do mundo.

Veja a notícia publicada hoje no portal Brasileirão 2010, http://www.brasileirao2010.net/2009/12/17/ranking-da-cbf-2009-pontos-dos-clubes/ 

“A CBF atualizou o Ranking Nacional de Clubes e poucas mudanças aconteceram no topo da tabela.”

Para a CBF, os critérios de avaliação são os seguintes: 60 pontos para o campeão brasileiro, 59 para o vice campeão, e assim segue até o último colocado. Para os pontos acumulados pela Copa do Brasil, a seqüência é: campeão 30 pontos, vice-campeão 20 pontos, para quem sai nas semi ganha 10 pontos, para quem cai nas quartas 5 pontos e oitavas, segunda e primeira fase ganham 3,2 e 1 pontos.

Confira a lista com os 10 primeiros colocados:

1º Grêmio – 2.092 pts

Corinthians – 2.079 pts

Flamengo – 2.039 pts

Vasco – 2.031 pts

São Paulo – 1.997 pts

6º Atlético – 1.922 pts

7º Palmeiras – 1.900 pts

8º Internacional – 1.863 pts

9º Cruzeiro – 1.834 pts

10º Santos 1.695 pts


Especialista aponta Dupla como referência de marketing no Brasil

Lamentável que não seja a dupla mineira, mas sim a gaúcha! O eterno bate boca entre atleticanos e cruzeirenses ficará excelente para os dois quando estiverem discutindo em nível semelhante ao que colorados e gremistas estão debatendo atualmente.

Leia essa reportagem que saiu hoje no portal do jornal Zero Hora de Porto Alegre, www.clicrbs.com.br 

“Fernando Trein diz que Inter teve projeção com Centenário e Grêmio consolidou comunicação com o torcedor”

A cada ano a gestão do futebol se torna mais profissional e os conceitos de marketing conquistam um espaço amplo no planejamento dos clubes. Grêmio e Inter têm um papel importante na promoção de ideias desse gênero no Brasil. Segundo Fernando Trein, especialista em marketing esportivo e mestre em gestão de serviços, a Dupla é referência no país.

– A cada anos os dois clubes vão se destacando, estão ampliando esse trabalho junto aos seus departamentos. As duas equipes são uma referência em relação ao futebol brasileiro. Os modelos usados aqui são copiados no resto do país – salienta.

Em função do Centenário, o Inter conquistou uma projeção um pouco maior que o Grêmio em 2009.

– É óbvio que o Inter, em função do Centenário, talvez tenha uma projeção um pouco maior, principalmente pela meta dos 100 mil sócios. Fazendo uma comparação com 2003, no Centenário do Grêmio, naquela época não tinha youtube, toda a facilidade de fazer um filme, isso tem que ser considerado, mas também diferencia a favor do Inter – explica Trein.

Por outro lado, o autor do blog Marketing Esportivo do clicEsportes avalia que o Tricolor também comandou ações significativas, entre elas a de se aproximar ainda mais do torcedor:

– Apesar de não comemorar o Centenário em 2009, o Grêmio não ficou atrás e fez ações interessantes. Essa do Exército Gremista achei uma ideia bem feita. O clube também consolidou suas formas de comunicação com o torcedor, Grêmio TV, Grêmio Rádio, criou programas com a participação de seu torcedor – observa.

Clubes modelo em gestão

São Paulo, Boca Juniors, Real Madrid são algumas das referências para Grêmio e Inter. Fernando Trein afirma que há outros clubes com trabalhos interessantes na área de marketing:

– Além do Real Madrid, destaco o Barcelona, que tem uma característica semelhante aos times daqui, em função da Catalunha ser quase um país dentro da Espanha. O Manchester United é outro. Manchester não é a capital da Inglaterra e mesmo assim detém o clube mais poderoso do país e um dos maiores do mundo. O futebol alemão também precisa ser observado – declara.

Outro ponto a ser explorado é a questão da rivalidade, que comprovadamente impulsiona receitas. Além disso, os clubes do RS precisam analisar os contextos em que foram criados, suas tradições, ligação com a sociedade, para organizar seus planejamentos.

– Ao contrário dos clubes-empresa, equipes que têm investidores, donos, como na Alemanha e na Itália, a nossa origem é muito parecida com a Espanha. Temos times gerados na sociedade. É possível aproveitar a cultura dessas sociedades. Qual a cultura do Inter? Qual a do Grêmio? da Dupla Ca-Ju? Bra-Pel? Podemos criar ideias próprias, até porque o futebol está inserido na cultura popular do país – salienta.”


Emerson Leão se envolve em mais uma polêmica

Este realmente não foi um ano nem razoável para a carreira do técnico Emerson Leão. Fracassou no Atlético e no Sport Recife e agora está num bate boca feio com o presidente do clube pernambucano. Confira.

Saiu no http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias

Presidente do Sport rebate Leão: “ele é ingrato e travestido de valentão”

Na manhã desta quinta-feira o técnico Émerson Leão divulgou um carta chamando o presidente do Sport, Silvio Guimarães, de covarde, incompetente e esclerosado. O mandatário da equipe pernambucana não deixou barato e, em entrevista ao UOL Esporte, respondeu às ofensas feitas pelo treinador.

“Não tem nada de mais no que eu falei e está no Diário de Pernambuco para todo mundo ler. O Leão me chamou de covarde, mas ele é travestido de valentão, porque é frouxo. Toda vez que ele se encontrava comigo me enchia de elogios, falava que eu era um presidente sério e coisas desse tipo”, disse o presidente, que revelou ter feito um acordo para quitar antigos débitos do treinador com o clube.

“Além disso, o Leão é ingrato, pois ele tinha uma dívida aqui de dez anos e fui eu quem acertou tudo para pagá-lo. Volto a repetir, ele é ingrato e travestido de valentão, o meu advogado já está redigindo uma resposta para a torcida, pois não vou perder o meu tempo com o Leão. A diferença minha com relação a ele é o caráter”, completou.

A carta mandada por Leão, nada mais é do que uma resposta ao presidente Silvio Guimarães, que na última terça-feira deu entrevista ao Diário de Pernambuco e disse que o principal erro na campanha do rebaixamento do Sport foi ter contratado o técnico para comandar a equipe. O mandatário do Sport revelou que foi avisado para não acertar com o treinador.

“A mágoa dele, a única coisa que disse na minha entrevista foi que o maior erro da minha administração foi tê-lo trazido. Vários amigos meus, presidente de clubes, dirigentes do sul e sudeste pediram para eu que não contratasse ele”, explicou.

Leão foi um dos quatro técnicos do Sport no Campeonato Brasileiro, o treinador assumiu a equipe na quinta rodada, na vitória por 4 a 2 contra o Flamengo, para ocupar a vaga deixada por Nelsinho Batista. Em dez jogos, o treinador venceu três partidas, perdeu cinco e empatou duas. Além dele, Péricles Chamusca e Levi Gomes dirigiram o time. De acordo com Guimarães, a torcida pediu a saída de Leão.

“A torcida pela primeira vez na história do Sport, por unanimidade, fizeram um apelo para botar ele para fora, pela incompetência dele, pela preguiça dele e porque ele é esclerosado. Eu disse isso para o Leão quando ele saiu do clube e agora o ele me retribui com esse elogio”, finalizou.


Jóbson: uma estrela quase solitária

Deu no site do Correio Braziliense:

“Isolado pelo Botafogo e rejeitado no Cruzeiro após o exame de contraprova acusar uso de cocaína em jogo do Brasileirão, Jóbson chega hoje ao DF em busca de assessoria judicial do Brasiliense

Petronilo Oliveira – Especial para o Correio

Antes do fim do Campeonato Brasileiro, vários times brasileiros e alguns internacionais tinham o interesse de contar com o futebol de Jóbson. Ontem, após o resultado da contraprova dar positivo para o uso de cocaína às vésperas do jogo contra o Coritiba, em 8 de novembro, o Cruzeiro descartou a contratação da revelação do Brasiliense. O Botafogo, clube em que o jovem de 21 anos se destacou, nem quis comentar o assunto. Restou ao empresário Antenor Joaquim se escorar no homem forte do clube de Taguatinga, Luiz Estevão, dono dos direitos federativos do jogador, em busca de salvação.

“Sei que o Luiz Estevão gosta muito do Jóbson. Até porque eles estão juntos desde quando o Jóbson tinha 17 anos. Não estou criticando os outros clubes porque funcionam como empresa mesmo. Mas o clube formador trata com carinho. E o Luiz Estevão tem demonstrado isso. É um cara diferenciado. E o Jóbson precisa mesmo de ajuda. Está muito abalado”, revela Antenor. “Mas ele vai se recuperar. É um cara fora de série”, completou. Jóbson pode pegar um gancho de até dois anos sem jogar futebol.

O empresário do atleta revelado pelo Brasiliense revelou que, ao saber do resultado da contraprova, Jóbson embarcou imediatamente de Conceição de Araguaia (PA) para Brasília. A chegada está prevista para hoje. “Ele precisa se reunir com o Brasiliense para saber o que fazer. Por isso, está de partida”.

Luiz Estevão aguarda um contato de Jóbson. “O menos que devo fazer é falar. Quero ouvir toda a verdade que o Jóbson puder me passar para que, com o departamento jurídico, eu possa traçar nossos planos de defesa. Tenho certeza de que na mesma hora que o Jóbson chegar, ele vai me ligar”, espera.

Os abandonos de Botafogo e Cruzeiro não surpreendem Luiz Estevão. “Na quinta (hoje) ou na sexta, deve ser divulgada uma suspensão preventiva do Jóbson de um mês, eu acredito. A partir de 31 de dezembro, ele já deixa de ser jogador do Botafogo e volta para o Brasiliense, então é normal que a gente faça a defesa. O julgamento, pelo que me parece, será entre 12 e 15 de janeiro. Sobre o Cruzeiro ter desistido, achei natural. Não há nada fora do comum nessa história”, completou.

“Capetinha” tem o apoio da mãe
Estevam Soares vislumbrou um futuro promissor para Jóbson após a exibição de gala do jogador contra o São Paulo, pelo Campeonato Brasileiro, quando o atacante marcou dois dos três gols na vitória por 3 x 2 sobre o tricolor. “Ele lembra o Edílson. Está surgindo um novo Capetinha”, profetizou, comparando o jogador ao pentacampeão mundial tanto na bola quando nas diabruras extracampo.

Dona Maria de Lourdes, mãe de Jóbson, conhece as peripécias do atacante. Por isso mesmo confia na inocência do filho, principalmente após passar os últimos dias ao lado dele, em Conceição de Araguaia (PA). “Sei que o meu filho vai superar esse momento difícil. Ele já superou muitos obstáculos, junto comigo, e não temos motivos para nos curvar diante desse problema”, garantiu.

Emocionada, acrescentou. “O Jóbson tem apenas 21 anos de idade, mas é guerreiro e forte o bastante para dar a volta por cima. Pode ficar alguns dias longe dos campos, só que ninguém tira o talento que Deus lhe deu. Tenho certeza de uma coisa: ele vai arrebentar quando voltar”.

O que eles disseram

“O clube formador trata com carinho. E o Luiz Estevão tem demonstrado isso. É um cara diferenciado. E o Jóbson precisa mesmo de ajuda. Está muito abalado”
Antenor Joaquim, empresário

“Quero ouvir toda a verdade que o Jóbson puder me passar para que, com o departamento jurídico, eu possa traçar nossos planos de defesa”
Luiz Estevão, homem forte do Brasiliense

“O Jobson tem apenas 21 anos, mas é guerreiro e forte o bastante para dar a volta por cima. Ele vai arrebentar quando voltar”
Maria de Lourdes, mãe de Jóbson


A arte de (des) valorizar títulos – Réplica ao texto da Nilza Helena

Publicado no site http://massativa.com

* Este texto é uma resposta a “Mãe Cruzeirense escreve carta a presidente do Atlético” publicado no blog do Chico Maia

Por Alexandre Silva

Foi publicado há alguns dias atrás um texto no qual uma pseudo mãe cruzeirense enviava uma carta ao então presidente do Atlético. Na carta, a senhora dizia que, como torcedora do Cruzeiro, estava cansada de comemorar sozinha e que sentia pena dos filhos atleticanos, porque em tanto tempo não viram o Galo conquistar nada. Essa é a idéia que a mídia está tentando vender já há um bom tempo e tenho uma outra visão disso…

Comecei a acompanhar futebol em meados de 1992. Tinha 6 anos de idade mas me lembro perfeitamente da final do brasileiro daquele ano entre Flamengo x Botafogo e também da comemoração do título – daquele time que escolhera para torcer – da Copa Conmebol. Vou começar falando deste título. Vejo muitos atleticanos falarem que a “Conmebol não vale nada” e questiono quais são os parâmetros pra esse julgamento. A Copa Conmebol nada mais é do que é hoje a Copa Sul Americana. Assim como a Copa da UEFA se transformou em Liga Europa e a Champions League veio da Taça dos Clubes Campeões Europeus. Assim que uma competição muda de nome ela passa a não valer? Quer dizer que se o título da Conmebol não vale nada, os campeões da UCL antes de 1992 e os campeões da UEFA antes de 2009 devem ser anulados? Não valem nada também? Abaixo um vídeo que mostra a festa nas ruas de BH após o título da Conmebol em 92, no qual vencemos a final contra o Olímpia do Paraguai (um timeco sem tradição que nunca ganhou nada também). 

Comecei pé quente. Já com 6 anos de idade vi meu time ganhar um título sul americano.
Então veio o desastre de Rosário em 95 e a conquista novamente em 97. Já não tão prestigiada, porém num jogo que valeu tanto que o time e a torcida do Lanús (que está na próxima Libertadores) não aceitaram até hoje.

Antes de avançar, vamos voltar um pouco no tempo. Já ouvi de jornalistas (idiotas), torcedores rivais e de atleticanos (o que mais dói), falarem que Reinaldo nunca ganhou nada. Sendo que, antes de 1990 os times brasileiros só disputavam 2 competições: Estadual e Brasileiro. Eventualmente a Libertadores, que o Atlético só não ganhou em 1980 Deus e o mundo sabem muito bem por que. 

Estudo comunicação. Isso não me faz melhor que ninguém, pelo contrário, mas como estudante de comunicação, sei que a mídia e a imprensa tem uma força absurda quando querem fazer uma massa se convencer de algo. E a idéia que tentam empurrar goela abaixo do torcedor atleticano, é que seu time não ganha nada há 38 anos, desde o título brasileiro de 1971. Tal horda começou coincidentemente após o ano de 2003, que num lampejo do destino foi completamente favorável ao rival.

O dito time com vários títulos não conquista um título nacional desde 2003. O Atlético conquistou o Campeonato Brasileiro da Série B em 2006, fazem portanto 3 anos. Aí entra o argumento de que: Série B não vale nada. Será mesmo que não vale? Um dos critérios que dizem é que “a competição não dá vaga a outra importante”, logo caem em contradição pois a Série B da a vaga na Série A. Segundo a CBF, o campeonato brasileiro da Série B, vale mais pontos no ranking da CBF do que a Copa do Brasil (este msm ranking que vejo gente comemorar que está em 6ºenquanto o rival está em 9º).

Portanto, não acreditem nessa onda midiática que quer fazer o atleticano acreditar que não ganha nada há 38 anos. É MENTIRA! Desvalorizar isso, é ofender nossa memória, é jogar no lixo o trabalho sério que foi feito por profissionais para chegarem a essas conquistas.

Logicamente, quero sim que o clube não pare de conquistar, que saia da fila do brasileiro, que volte ao cenário sul americano e que vamos ao mundo, é lógico! Não estou satisfeito e nem é pra estar. Apenas tento abrir o olho do pobre torcedor atleticano, que embarca na onda da imprensa que querem vender uma idéia falsa, fabricada em cima de teorias, enquanto os fatos respondem no sentido contrário.

TÍTULO, não é só Brasileiro, Libertadores e Mundial. No mundo do futebol não é assim. Os jogadores não vêem assim. Os técnicos não vêem assim. Tanto que certa vez Carlos Alberto Parreira calou a boca (do atleticano) Milton Neves que dizia que ele não poderia comemorar o título da série C conquistado pelo Fluminense em 99. Parreira respondeu: “Pelo contrário. Ao lado do título de 94 é o mais importante da minha carreira. Título conquistado dentro de campo, todos tem valor.” Milton não replicou e chamou os comerciais…

Alexandre Silva  |  @AlexandreSilva8

* O autor do artigo é jornalista e atleticano desde que se entende por gente, mas teima em ter uma visão fria, racional e capitalista do futebol, pois acredita que a paixão cega e ele não suporta viver no escuro.