Blog do Chico Maia

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Como disse o Fred Melo Paiva: “Meu Deus, PQP! Esse Cazares joga bola demais!”

E eu e mais um monte perguntamos: o que será que o Aguirre tinha na cabeça para não escalá-lo, hein!?

Um belo jogo no Mineirão, com 36.129 pagantes e renda de R$ 804.255,00.

Logo após o primeiro gol do Atlético, aos seis segundos, twittei: “este gol do Galo fez lembrar o time da Libertadores de 2013, quando boa parte da imprensa dizia que era jogo “na base do chutão. A diferença hoje é que Erazo iniciou e Fred escorou para o Cazares! Em 2013 começava com Victor ou Réver e Jô ou Tardelli escorava!”

O terceiro e o quinto gols atleticanos também foram depois de “chutões”, do Carlos César e Fred, que além de centroavante costuma voltar para armar.

Mas Cazares sobrou em campo, como há muito tempo eu não via uma atuação individual tão brilhante.

FRED

Fred resumiu numa palavra e em duas frases: “Cazares é um gênio; fora da curva, que prazer jogar com esse cara!”.

Marcou gols e ajeitou para Robinho, Fred e Carlos marcarem. Impressionante!

Fora isso, os gols do Botafogo foram também “fora da curva”. Pênalti fruto dessa determinação idiota da FIFA, de que se pegar no braço ou mão, de qualquer jeito é pênalti. Pegou na mão do Carlos César, que estava caindo. Os outros gols, foram de duas bolas despretensiosas, chutadas de fora da área que desviaram no Leonardo Silva e enganaram Victor.

FREDCAZARES

Também está dando gosto ver as demonstrações de união do grupo. As principais estrelas “engraxando” as chuteiras dos colegas das assistências.

ROBINHOCAZARES

Num dos jogos passados foi o Fred, hoje Robinho, e o Fred ainda carregou o Cazares nos braços.


O Galo que não vacile: Botafogo não está morto e aprontou com o Inter em Porto Alegre

Sobre essa foto do Superesportes: o Atlético tem Robinho e Fred; e também Patric e Eduardo!

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Jogo às 21 horas, Mineirão, com trio paulista na arbitragem, comandado pelo Raphael Claus. O time carioca luta pra sair da zona do rebaixamento e iniciou este objetivo em Porto Alegre na rodada passada ao derrotar o Internacional, que brigava pela liderança, por 3 a 2. Aliás, a última derrota do Galo foi para o Inter, lá!

Os times para hoje:

Victor, Carlos César, Leonardo Silva, Erazo e Douglas Santos; Júnior Urso, Eduardo, Clayton e Cazares; Robinho e Fred.
Botafogo
Sidão, Luis Ricardo, Renan Fonseca, Emerson Silva e Diogo Barbosa, Rodrigo Lindoso, Bruno Silva, Fernandes e Camilo, Pimpão e Neilton
Técnico: Ricardo Gomes.


O América não pode entregar os pontos, mas a fama de “caixa de pancadas”, pegou

Oito derrotas em 12 jogos; nove gols marcos e 22 sofridos, lanterna. O América não pode entregar os pontos, mas a fama de “caixa de pancadas” do campeonato já pegou. A cada jogo uma falha, individual ou coletiva, e nova derrota. O Corinthians nem fez tanto esforço para chegar aos 2 a 0 e ainda contou com  a ajuda do árbitro Wagner Reway, da Federação do Mato Grosso.

O primeiro gol foi do Romero, aos nove minutos e a partir daí o jogo ficou em “banho Maria”. O América sem forças para reagir, um ataque morto, e o time paulista sem muita vontade de atacar. Aos 28 do segundo tempo, o apitador deixou o lance seguir, depois que o atacante corintiano, Luciano, ajeitou com a mão dentro da área e ainda se jogou contra o zagueiro Adalberto. Wagner Reway deu pênalti, para Marquinhos bater e garantir a vitória.


Cruzeiro de Paulo Bento é força e velocidade, cuja falta de talentos poderá ser compensada com a chegada do Rafael Sóbis

O Cruzeiro começou muito o jogo e parecia que ia repetir o que fez em Campinas, quando liquidou com a Ponte Preta ainda no primeiro tempo. O técnico Paulo Bento está mostrando essa característica, de chegar com tudo pra cima do adversário logo de cara, visando uma vantagem logo de cara para desnortear o adversário e se aproveitar da situação, administrando o jogo na sequência. Só que ele precisa de um sistema defensivo infalível para segurar os contra ataques e a saída do Henrique, machucado, atrapalhou tudo. Aos 15 minutos o volante saiu direto do gramado para o hospital em Chapecó, onde passará a noite sob observação. Forte pancada na cabeça.

E a partir daí a Chapecoense tomou conta do jogo e bombardeou até empatar aos 41. Pisano fez o gol do Cruzeiro aos seis minutos, depois de uma ótima jogada do Arrascaeta pela esquerda.

O segundo tempo foi mais equilibrado, com muita correria dos dois times, mas sem muita organização. Era na base do “vamos que vamos”. A Chapecoense virou aos 23, numa falta cobrada com perfeição pelo Arthur Maia; o empate do Cruzeiro veio aos 38 com Fabrício Bruno e a vitória da Chapecoense saiu aos 43 através do Kempes, que se aproveitou de um vacilo da zaga.

O Cruzeiro de Paulo Bento é um time de força e velocidade, mas esbarra na falta de mais jogadores de talento, como o Arrascaeta. O problema deverá ser minimizado com a chegada do Rafael Sóbis, uma grande aquisição.


Gente séria no comando da seleção olímpica brasileira

Vi de perto o trabalho do Rogério Micale quando ele dirigiu o Democrata de Sete Lagoas na terceira divisão mineira em 2010. Ele se desdobrava, já que paralelamente comandava também o júnior do Atlético, na parceria feita entre os clubes. Foi quando surgiu o baixinho Bernard, que era reserva do grandão Wendell, tido como futuro craque, mas preguiçoso. Achava que era só entrar em campo, e pronto. Bernard aproveitou as chances que teve e se transformou na venda mais valiosa da história do futebol mineiro.

Possivelmente a seleção olímpica terá mais apoio da torcida brasileira que a principal. A começar pela atitude do Tite, que inteligentemente passou a bola do comando para o Micale, que seria escanteado caso Dunga continuasse. Aliás, já estava fora e fora resgatado pelo ex-treinador do Corinthians, que estabeleceu essa como uma das condições para aceitar o cargo. Além de ser coerente, já que Micale estava no comando dos “olímpicos” há um ano e meio, Tite escapou do risco de se queimar, como ocorreu com Vanderlei Luxemburgo, nos Jogos de Sydney’2000 e Mano Menezes em Londres’2012.

Rogério Micale tem 47 anos de idade, baiano de Salvador, mas seu berço no futebol é o Sul.

Começou em Londrina e depois se destacou no Figueirense, conquistando a Taça São Paulo de juniores em 2008. Contratado pelo Atlético no mesmo ano, onde conquistou a Taça BH duas vezes, dois campeonatos estaduais e dois torneios na Holanda, sempre com os juniores. Em 2011 tentou alçar voo no profissionalismo, contratado pelo Grêmio Prudente-SP, mas três meses depois estava de volta ao Galo.

Rogério Micale Ficou no Atlético até o início do ano passado quando foi contratado pela CBF para o lugar do Alexandre Gallo. É um estudioso do futebol e muito respeitado nacionalmente pelos colegas dele de profissão e dirigentes. Boa praça, bom de prosa, admirador de vinhos e habilidoso no trato com as pessoas, sem abrir mão da personalidade na defesa dos próprios pontos de vista.

Micale demonstrou essa personalidade em sua entrevista coletiva na CBF, ontem, ao ser perguntado se Neymar será o capitão do time. Quem não o conhece pensou que ele fosse bajular o atacante do Barcelona. Nem pestanejou e respondeu que há vários convocados com perfil para ser capitão e que conversará com todos, especialmente com Neymar, para depois decidir a quem dará essa missão de capitão da seleção na Olimpíada.

 


O que faz a diferença para o futebol ser melhor ou pior

Agradeço e destaco o que o Alexandre Assis que escreveu, sobre Diego Aguirre no San Lorenzo, a bola jogada e o comportamento de jogadores estrangeiros e brasileiros:

* “É o melhor emprego que existe, o cara é demitido por improdutividade no outro dia está empregado de novo e carregado por uma nova torcida. Luxa, que foi dispensado da 2ª divisão chinesa, já já treinará um grande daqui do Brasil. Mano Meneses espera ansioso por novos fracassos de Bento.
Cléber Machado, ontem, exaltava o equilíbrio do Brasileirão, so que não, coincidentemente times da frente foram prejudicados pelos árbitros, quem sabe na próxima rodada serão os beneficiados. Ai dá Ibope!
Meu Deus, quanto jogo bom na Eurocopa, futebol moderno, toques de primeira, potentes chutes de fora da área, sem firulas, valorização da posse de bola, sem maiores catimbas, fair play, estádios cheios. Muito bom!
Nossos “patrícios” muito se assemelha ao nosso futebol. Assim como o Brasil, Portugal é seleção de um jogador só. Menos mal que aos trancos e barrancos está classificado.
Como a Itália sabe crescer dentro de uma competição, mas contra a Alemanha, será uma final antecipada. Jogaço!
O jogador Éder da Itália, se jogasse no Brasil, não seria convocado nem se formassem 10 seleções, principalmente se ainda jogasse no Criciúma. Lá na Itália é importantíssimo para o esquema do técnico Conte.
É de impressionar o Nacionalismo e o Coletivismo vistos na Eurocopa. Uma empatia muito grande entre atletas e torcidas. Jogadores e torcedores ovacionam extasiados suas bandeiras e ainda não ouvi casos de xenofobia. O esporte tem que ser assim!
Fiquei comovido com a desolação e tristeza do Messi, enquanto no Brasil, os caras perdem e saem sorrindo do campo de jogo. Logo após as derrotas vão às baladas. São cada festa de gosto duvidoso… É cada entrevista carregada do famoso “tô nem ai”. Nosso futebol precisa de uma limpa a começar pelo primeiro escalão.”

* Alexandre Assis


Argentinos também vão conhecer o “rodizio”: Aguirre já trabalha no San Lorenzo!

Diego Aguirre (DT): El uruguayo, ex entrenador de Peñarol y Atlético Mineiro, se convirtió en el sucesor de Pablo Guede.

Diário Olé, da Argentina: http://www.ole.com.ar/futbol-primera/mercado-pases-river-boca-racing-independiente-san-lorenzo_0_1591641019.html

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É o time do Papa Francisco! Quem sabe pinta um milagre e lá funcione!?

 


Esta rodada mostrou a dificuldade e imprevisibilidade que é o Campeonato Brasileiro

Antes da primeira rodada, o site torcedor.com apontou o Santa Cruz, junto com América, Ponte Preta, Chapecoense e Vitória, como um possível “Leicester” do Brasileiro 2016.

Boa parte da imprensa paulista já dava o Palmeiras como campeão até esta 11ª primeira rodada, como se estivéssemos no segundo turno. Tomou a sapecada do Cruzeiro, que saiu da lanterna ao golear a Ponte Preta fora de casa e agora já almeja brigar entre os quatro primeiros. O Galo também estava na zona do rebaixamento, mas bastaram alguns “reforços” que eram dele mesmo, para emendar três vitórias consecutivas e chegar perto dos primeiros. Erazo, Douglas Santos, Dátolo e principalmente Cazares, deram outra cara ao time. Contando ainda com boas atuações do Clayton, que finalmente começou mostrar serviço.

O Grêmio que brigava na cabeça, perdeu em casa para o Vitória, que lutava para sair da zona da degola. E agora voltou a perder, fora de casa, para o Atlético-PR, que também não está lá essas coisas. Pior fez o Inter, que poderia ter assumido a liderança com a derrota do Palmeiras, mas conseguiu perder no Beira Rio para o Botafogo, que nem assim, saiu da zona do rebaixamento. A Chapecoense foi o último a perder a invencibilidade este ano, mas tomou de 5 a 1 do Sport, que com essa vitória saiu das últimas posições. O Santa Cruz começou embalado, liderou a disputa durante três rodadas e chegou a ser citado como um possível “Leicester” brasileiro. Entrou na lista dos quatro últimos e terá sérias dificuldades para sair de lá.

Campeonato completamente equilibrado nas partes de cima e de baixo da classificação.


América errou na montagem do elenco e agora não pode errar de novo

Wesley Matos foi para o Goiás, que está passando aperto na Série B, mas está fazendo falta ao América na Série A

A situação do América é complicada no Brasileiro, mas a diretoria no pode cair na besteira de mudar novamente de treinador. O elenco americano é fraco para a Série A e todo o esforço deve ser feito agora para que o time fique pelo menos até a 16ª posição na tabela, depois da última rodada. O primeiro passo é dar força ao treinador, que é competente e unir o grupo cada vez mais em torno deste objetivo. O “título” do Coelho neste campeonato é conseguir ficar em até 16º lugar.

Givanildo Oliveira foi homenageado ontem, com justiça, por uma das torcidas americanas no Independência. Ele foi a primeira grande vítima dos erros da diretoria no fim do ano passado quando não impediu a saída de alguns jogadores e contratou errado. Deixar zagueiro Wesley Matos sair, foi um equívoco grave. E por falta de diálogo, já que a renovação agarrou por questões de tempo de duração do contrato.

O atacante Richarlison foi a maior revelação do futebol mineiro nos últimos anos, mas nem esquentou o lugar no América, que o negociou com o Fluminense. Claro que segurar jogadores assim não é fácil, mas é aí é que entra a competência de uma diretoria para se virar. Ou então, contratar peça de reposição à altura.

Ontem Richarlison marcou o gol da vitória do Fluminense sobre o Flamengo, em um lance parecido com o que o Higuaín deixou de marcar para a Argentina contra o Chile.


O futebol e as suas surpresas, com as vítimas do destino. Que Messi não seja mais uma!

Difícil acreditar que a Argentina tenha perdido essa final para o Chile, pelo futebol que ambas as seleções apresentaram durante toda a Copa América. E a principal estrela de cada uma errou cobrança de pênalti: Messi e Vidal, depois de placar em branco, que só ficou intacto por defesas espetaculares do Claudio Bravo e ansiedade do Higuain, que chegou na cara dele e chutou pra fora. O fator emocional pesa demais em um jogo desses. Além de ser uma final, a rivalidade entre argentinos e chilenos extrapola os gramados e simples disputas entre seleções. Faz lembrar arquirrivalidades entre clubes da mesma cidade, tipo Atlético x Cruzeiro; Grêmio x Inter; Palmeiras x Corinthians; Flamengo x Vasco e por aí vai. E tem o componente político, que vem da época da colonização, apesar da Argentina ter ajudado o Chile em sua luta contra a Espanha pela independência. Mais recentemente quase entraram em guerra, na disputa pelas ilhas que formam o Canal de Beagle, na divisa entre os países, no pé da Cordilheira dos Andes, que movimentou tropas dos dois países quase 40 anos atrás. A guerra só não começou porque o Papa João Paulo II entrou em ação e conseguiu convencer os dois lados a dialogar.

E em mais esta perda argentina de uma decisão importante, Lionel Messi pode estar entrando para a história como mais uma vítima do destino, ou dos “deuses dos gramados”, como diria Armando Nogueira.

Periodicamente o futebol escolhe grandes astros ou até mesmo gerações para este papel: o goleiro Barbosa e a seleção de 1950; a Hungria de Puskas em 1954; Johan Cruyff e a Holanda de 1974/78; Zico e a geração e 1982, enfim…

Abalado, Messi disse que não “deverá” jogar mais pela Argentina. Tomara que tenha sido apenas cabeça quente e que ele esteja em campo nas eliminatórias e na Rússia em 2018. O futebol agradeceria!