Blog do Chico Maia

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Rodada em dia especial; Fábio titular da seleção e a volta do Réver

O dia da Independência do Brasil será comemorado amanhã, mas deveria ser mesmo era no dia 2 de Julho, quando os últimos portugueses foram expulsos da Bahia, de acordo com o livro “1822”, do Laurentino Gomes.

Tomara que tenhamos motivos para comemorar bons resultados do nosso futebol nesta data festiva.

Em São Paulo a festa é dobrada, com as comemorações dos 1.000 jogos do Rogério Ceni, com a camisa de um único clube. Feito cada dia mais raro no futebol.

Mas, que o presente dele seja uma vitória do Galo, apesar do Cuca estar ameaçando cometer um grande erro, de tirar Bernard para colocar Serginho.

O Cruzeiro, em fase de renovação, pega um instável Fluminense no Parque do Sabiá. É jogo para vencer, e o jovem técnico Emerson Ávila iniciar um embalo promissor como comandante do profissional.

Em ritmo de crescimento, que ninguém estranhe se o América beliscar pontos preciosos em Porto Alegre contra o Inter.

É um outro time com Givanildo: aguerrido, humilde e errando menos passes.

 

Sobre a seleção brasileira, Mano Menezes finalmente deve dar chance a Fábio como titular, já que será o mais experiente dos goleiros no grupo convocado para os jogos contra a Argentina.

Réver está de volta. Certamente pelo passado, já que o treinador o conhece de outros tempos. Andou mal demais da conta ultimamente, chegando a ir para a reserva do Atlético, numa das piores defesas do Campeonato Brasileiro. Melhorou muito seu futebol nos dois últimos jogos, mas isso não seria suficiente para retornar à seleção.


Luizinho, Beckembauer e o Boca Juniors

Durante a Copa América, na Argentina, o amigo Epaminondas Bittencourt, “BH”, atual Secretário de Comunicação de Nova Lima, esteve lá por alguns dias.

Atleticano saudosista, ele prestou uma homenagem ao Luizinho, um dos maiores zagueiros da história do nosso futebol, também Secretário em Nova Lima, de Esportes.

Uma bela crônica, onde ele conta uma visita do Beckembauer ao então zagueiro da seleção brasileira na Espanha, e questiona e responde o por que do Luizinho nunca ter jogado no Boca Juniors:

* “O poderoso Boca Juniors e o Mestre Luisinho”

Buenos Aires continua bela, atraente, inigualável nas suas particularidades. O argentino é o torcedor mais apaixonado do planeta.

Só um argentino pode achar que Maradona jogou mais do que Pelé, que Houseman, ex ponta do Huracan e campeão em 1978 com a seleção argentina era semelhante a Garrincha.

Entretanto caminhar na 9 de Julho a noite é um passeio sem similaridade.

Depois de 2 garrafas de um bom Malbec argentino, após assistir o sufoco argentino na Copa América em um café repleto de apaixonados, caminhando pela 9 de Julho a meia noite me veio uma grande pergunta: Porque o Boca Juniors, a maior equipe do mundo, nunca teve Luisinho? Talvez Marzolini, tenha sido o grande zagueiro do Boca, raçudo, amante da camisa xeneize, ídolo, como foi Daniel Passarella para o River. Um cavalo!

Luisinho era uma dama!

Quando ia ve-lo jogar sentia como se estivesse vendo uma dama vestida de negro, salto alto, uma bela pulseira de ouro, maquiada esperando para um jantar, acompanhado talvez com um bom Malbec argentino.

Como o Boca Juniors teria uma dama em sua zaga? A elegância do Mestre Luisinho não propiciaria essa parceria. Luisinho pedia a bola a qualquer atacante para não desmoraliza-lo de publico.

Me lembrei o dia em que um cronista conhecido em Minas me contou no Bar do Salomão, reduto alvinegro, quando na copa de 1982, Beckembauer, o Kaiser, com sua estirpe prussiana, chegou ao Hotel da Seleção Brasileira na Espanha e disse:

__ Gostaria de falar com o Luisinho.

__ O jogador está dormindo – disse a recepção.

__ Mas como? Diga que é o Kaiser!

__ Não senhor; não pode recebê-lo; está descansando.

O Mestre, contrariando o comandante Telê, recebeu Beckembauer, de forma simples e ouviu a pergunta:

__ De onde vem sua magia?

Nessa caminhada na 9 de Julho, no coração portenho, lembrei da elegância do Mestre Luisinho, na passada que se assemelhava a um tango bem dançado usando o manto alvinegro, parei na esquina com Corrientes, quando me veio a mente Roberto Drummond que afirmou, corretamente, que para Reinaldo um guardanapo era um latifundio.

Para o Luisinho, qualquer chuteira barata era um tailleur!


Gilberto diz que não vai parar. Novidade para alguém?

Será que alguém acreditou no que ele disse ontem depois do jogo?

Do portal do Lance!

* Gilberto volta atrás e não vai encerrar a carreira

Meio-campista do Cruzeiro não falou com a imprensa, mas dirigente celeste anunciou decisão do jogador

Apesar de anunciar a aposentadoria após a partida contra Palmeiras no último domingo, por se sentir perseguido pela arbitragem, o meia Gilberto, do Cruzeiro, voltou atrás e não vai se afastar em definitivo dos gramados. Na tarde desta segunda-feira, o jogador, de 35 anos, fez normalmente as atividades regenerativas na Toca da Raposa II, mas não falou com a imprensa – como já é de praxe.

Em seu lugar, o gerente de futebol do Cruzeiro, Valdir Barbosa explicou o caso, esclarecendo que Gilberto repensou sua decisão e não vai se aposentar neste momento.

– O Gilberto teve uma conversa com a diretoria e explicou a situação, o momento que ele passou quando aconteceu aquele pênalti em um lance decisivo da partida, a raiva que ele sofreu e entrevista que ele deu. Ele acha que foi um pouco precipitado, que estava com a cabeça quente e vai continuar jogando no Cruzeiro, tem contrato com o clube e vai cumprí-lo – disse o dirigente, que confidenciou um pedido do jogador.

– Ele apenas pegiu para não jogar a partida de quarta-feira (contra o Fluminense), por questões psicológicas, que foi muito desgastante para ele de ontem (domingo) para hoje (segunda-feira). O pedido foi atendido e na quinta-feira ele estará conosco em São Paulo, para enfrentar o Santos (no sábado) – completou Valdir.

Gilberto tem contrato com o Cruzeiro até o final de 2012.

* http://www.lancenet.com.br/cruzeiro/Gilberto-volta-encerrar-carreira_0_548945211.html#ixzz1X73f8O3G


Mineirão, 46 anos, hoje!

O Mineirão completa hoje 46 anos de existência.

Em reconstrução para a Copa de 2014, teve comemoração discreta, porém a data não passou em branco, conforme relata release enviado pela Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo, do Governo de Minas.

Foi assinado hoje um acordo de parceria do governo com o Instituto Estrada Real, da Fiemg.

Tomara que tudo funcione da melhor forma, no futuro: que o novo Mineirão seja bom para o público e clubes, e que a Estrada Real um dia cumpra com a finalidade da criação do Instituto, que é fomentar o turismo nas cidades e lugarejos de toda a sua extensão.

Já caminhei bastante em dois trechos dela e já estive, de carro, em muitos lugares dela, que deveriam estar sendo bem explorados turisticamente.

Na prática, 90% é propaganda, papel e internet.

O sonho de todos nós é que um dia se assemelhe, em termos de equipamentos turísticos, ao “Caminho de Santiago de Compostela”, que envolve a França, Portugal e Epanha. 

A notícia oficial é esta: 

* Governo de Minas e Instituto Estrada Real assinam convênio para promover turismo visando à Copa 2014

Convênio foi assinado durante comemoração do aniversário do Gigante da Pampulha 

A interiorização da Copa do Mundo de 2014 em Minas Gerais recebeu mais um incentivo fundamental, nesta segunda-feira (5), com a assinatura do acordo de cooperação entre a Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa) e o Instituto Estrada Real, durante as comemorações do 46º aniversário do Mineirão. A iniciativa visa promover o turismo nas cidades mineiras que fazem parte da maior rota turística do país, com 1.630 quilômetros de extensão. “É preciso que o interior do Estado se beneficie desse grande evento esportivo. A estrada Real tem um acervo muito rico e estratégico. Ao mesmo tempo, queremos que o mundo conheça nosso Estado, uma vez que o Instituto Estrada Real está presente também em Nova York. Os maiores compradores de pacotes da Copa do Mundo, por exemplo, são os norte-americanos. Queremos que vários estrangeiros de todas as partes do mundo conheçam nossa cultura e belezas naturais”, defendeu o secretário Extraordinário da Copa (Secopa), Sergio Barroso.

SECOPASECRSecretário Sergio Barroso assina acordo com o Instituto Estrada Real

Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado, a parceria vai promover não só o desenvolvimento econômico da região, como também a divulgação dos produtos mineiros pelo mundo através da visita de turistas estrangeiros. “Vamos fazer com que o turista do mundo inteiro conheça esse roteiro magnífico. O empresário do interior está bastante motivado para atender a essa demanda. Ações como essa criam mercado para a indústria. O mais importante será o legado que permanecerá depois”, disse Machado. 

O diretor-geral do Instituto Estrada Real, Baques Sanna, acredita que a reconhecida hospitalidade mineira será um dos grandes atrativos para o turista estrangeiro e local. “Temos produtos únicos a oferecer, como nossa hospitalidade, gastronomia e atividades culturais e ecológicas. Nossa hospitalidade nos distingue de vários outros Estados do país”, diz Sanna. 

A Estrada Real é composta por mais de 1.630 quilômetros de extensão nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. É a maior rota turística do país e seu nome é usado desde o Século XVII, período no qual o Brasil era colônia de Portugal. Essa designação identificava os caminhos por onde passavam os responsáveis pelo escoamento do ouro e dos diamantes extraídos no interior de Minas Gerais cujo destino era o litoral do Rio de Janeiro, de onde eram enviados à Coroa portuguesa. 

A transformação da Estrada Real em destino turístico no final dos anos 1990 teve como objetivo, além de resgatar as tradições do percurso e valorizar a identidade e as belezas da região, fomentar o desenvolvimento socioeconômico e a oferta de atrativos turísticos sustentáveis e de qualidade no trajeto. 

Coordenado pela Fiemg, em parceria com o Governo do Estado, por meio da Secretaria do Turismo do Estado de Minas Gerais, o objetivo do instituto é promover o desenvolvimento sustentável do turismo na Estrada Real, composta hoje por 199 municípios, sendo 169 em Minas Gerais, oito no Rio de Janeiro e 22 em São Paulo. 

Mineirão comemora 46 anos ao som de música clássica 

Um novo ciclo de vida foi celebrado  com música clássica durante a festa de 46 anos do Mineirão, inaugurado em 5 de setembro de 1965. A Orquestra de Câmara SESI-MG executou várias peças musicais após a cerimônia de abertura da comemoração, que contou com a presença do secretário Extraordinário da Copa, Sergio Barroso. “A sociedade e os trabalhadores de hoje e do passado estão de parabéns por participarem da história de um dos principais estádios do Brasil. Nessa nova fase, vamos ter um Mineirão moderno, abrigando o Museu do Futebol, que vai respeitar e eternizar a história do estádio e do futebol”, diz Barroso. 

O maestro Marco Antonio Drummond realizou uma apresentação didática, com orientações educativas aos operários presentes no encontro. “É preciso que eles entendam o que estão ouvindo. Gosto de explicar quais são os instrumentos para que eles se familiarizem com uma música que não faz parte do cotidiano deles”, explicou. Durante o encontro, um dos operários foi convidado a subir ao palco, fingindo conduzir a orquestra. 

O 46º aniversário do Mineirão também é uma celebração do cronograma das obras em dia. Atualmente, 1.100 operários trabalham na reconstrução do estádio; 80% da terraplenagem foi concluída; 40% da fundação externa e 70% da interna foram realizadas e 30% da alvenaria de banheiros e bares foi feita. Em novembro, terá início a construção da esplanada, uma área circundante ao estádio de 80 mil m2 que servirá para a realização de eventos para até 65 mil pessoas. 

Fonte: Assessoria de Comunicação – Secretaria de Estado Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa)

Foto: Carlos Alberto/Agencia Minas-Secom


É lamentável, mas é verdade!

Recebi de um amigo do blog e repasso aos senhores.

Por essas e outras é que fica cada dia mais difícil acreditar em melhorias a curto ou médio prazo no Brasil. 

“Caro Chico. 

… Acho que chegamos ao fundo do poço. Passando hoje pela Avenida do Contorno, ali pelos lados do Colégio Estadual Central, vi uma faixa que me chamou a atenção. Não resisti e tirei uma foto (em anexo). Muito se fala em Reforma Política e acho que chegou o momento de se fazer uma reflexão sobre a importância desta renovação.

Na faixa, um partido político chama eventuais candidatos a vereador para se filiarem, pois se trata da melhor legenda para se ganhar a eleição.

Questiono até mesmo do ponto de vista legal se isso é permitido. Sé é, considero pelo menos imoral. Um partido político é, antes de mais nada, um lugar de se cultuar afinidades e implementar propostas de melhorias para a sociedade.

Hoje, um candidato escolhe a legenda pelo fato de esta ou aquela ser mais fácil para se eleger. Por isto é que temos políticos profissionais, que fazem do mandato verdadeiros jogos de interesses pessoais ou corporativos. O pior é saber, que para fazer uma reforma política, é necessária aprovação em plenário desta mesma classe política que se beneficia deste modelo atual.

Por termos esta quantidade de partidos, sem ideologia e sem propostas, será que estes políticos ao menos conhecem as propostas políticas destes partidos? Os reflexos deste atual modelo político eleitoral aparecem toda hora na forma de corrupção e interesses escusos.

POLITICA

O mais incrível é saber que nós brasileiros, nada fazemos ou nos mobilizamos para mudar esta realidade…”


As bandeiras do Galo e da Raposa no Brazilian Day

De Pedro Leopoldo para o mundo, o fotógrafo Rogério Borges Oliveira enviou ao blog fotos de mineiros presentes no Brazilian Day, sábado, em Nova Yorque, com bandeiras do Atlético e do Cruzeiro.

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Segundo o site do evento, trata-se da maior promoção brasileira no exterior

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Também registrou a subida ao palco do Guga, convidado pelo apresentador Serginho Groisman

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Mais detalhes no site do Brazilian Day: 

“Há 27 anos promovemos o Dia do Brasil em Nova York, desde 1984, na rua 46, também conhecida como Little Brazil, com a 6ª Avenida., O Dia do Brasil ocupa hoje 25 quarteirões.

O festival começou com um pequeno grupo de brasileiros que queriam celebrar o dia da independência. Desde então, tornou-se tradicional em New York, e é hoje considerado o maior evento étnico de Manhattan, atraindo um público multicultural, representando as várias camadas sócio-econômica e culturais de todas as partes dos Estados Unidos.

Em 2010, de acordo com dados do Departamento de Polícia de Nova York, 1.5 milhão de pessoas vieram ao Dia do Brasil, lotando a área durante todo o dia. O Dia do Brasil é hoje um dos maiores eventos de rua de Nova York e o maior evento brasileiro fora do Brasil.

Os promotores do Dia do Brasil, o jornal The Brasilians e o BACC (Brazilian-American Cultural Center), com apoio da TV Globo Internacional, esperavam para 2011 uma multidão ainda maior para a celebracão…

… A maior comunidade brasileira nos EUA é de Nova York, na área dos três estados, (New York, New Jersey e Connecticut), com um total geral estimado em cerca de meio milhão. A comunidade é sólida e estável, com classe trabalhadora atuante, com negócios de toda ordem, mostrando um pequeno segmento de imigrantes recentes, todos com fortes laços familiares e interesses comerciais no Brasil.

O evento também atrai americanos e uma audiência multicultural interessados no Brasil e sua cultura. Não há registro oficial da quantidade de brasileiros que hoje vive no país. Entretanto, a ONG Brazil Information Center (BIC), localizada em Washington DC, recentemente estimou a população brasileira nos E.U.A em mais de um milhão de pessoas.

De acordo com o BIC, existem pelo menos 500 mil brasileiros na área dos três estados, 100 mil deles situados em Queens, NY.”

* http://www.brazilianday.com/2011/info_geral.html


Mudanças e reações que fizeram diferença

O returno começou com dança de treinadores e os candidatos ao rebaixamento reagindo. Joel Santana foi o demitido que chamou mais atenção. A maioria absoluta da torcida gostou, mas o atual elenco não dá condição a nenhum treinador de conseguir grandes resultados.

Emerson Ávila é uma boa aposta. Profissional sério, mineiro, da linha de Ney Franco que conhece o Cruzeiro do infantil ao profissional.

Assume em situação totalmente desfavorável e vai precisar contar com a paciência geral. Tem Montillo, que faz diferença, mas só com ele, conseguirá resultados como este 1 x 1, fora de casa contra o Palmeiras.

Gilberto acionou bem o seu marketing pessoal ao dizer que vai parar porque é “perseguido pelos árbitros”. Chegou atrasado no lance, cometeu pênalti, e saiu com essa desculpa.

 

Os dois lados

Rafael seria um dos crucificados caso o Cruzeiro perdesse para o Palmeiras, mas a defesa do pênalti chutado pelo Marcos Assunção o colocou como herói. É bom goleiro, mas precisa de ritmo, e como Fábio raramente fica fora, seus reservas padecem. E de novo o titular é chamado para a seleção para um passeio, em amistoso bom apenas para os cofres da CBF.

 

Mais quedas

Renê Simões caiu o Bahia e o interino conseguiu a façanha de vencer o Flamengo em pleno Engenhão. O outro demitido, Renato Gaúcho, deve estar rindo até agora com os 4 x 0 que o seu sucessor Antônio Lopes tomou na estreia, comandando o Atlético-PR contra o Grêmio. Enquanto isso, o América, abandonado covardemente pelo Lopes, goleava com todos os méritos o Vasco.

Antes do jogo a justa homenagem ao gol do trio americano, executado por Rodriguinho, contra o Fluminense: placa na Arena do Jacaré para ele, Marcos Rocha e Carleto, que devido a problemas familiares, não esteve presente.

 

Exemplo positivo

O América jogou bem de novo, com destaque para Amaral e André Dias, que é um exemplo de determinação e profissionalismo. Tipo de jogador chamado de “bom para o grupo”, dentro e fora de campo. Luta há tempos contra problemas no joelho, mas não entrega os pontos e segue à risca os tratamentos e fisioterapia recomendados. Não é à toa que marca gols e sofre pênaltis como nesse jogo contra o Vasco.

* Essas e outras notas estarão em minhas colunas nos jornais O Tempo e Super Notícia, amanhã, nas bancas!


Ponto para o Cuca que quer manter um time

A importância de se manter um time titular ficou clara nesse Atlético x Avaí. Mais pelos erros que pelos acertos. Bernard cruzava no segundo poste, mas Neto Berola já tinha se infiltrado pelo meio, onde já estava o André. A bola passou limpa por toda a extensão da área adversária, saindo para a lateral.

Daniel Carvalho cruzou várias vezes sem nem olhar, como se tivesse certeza que a bola encontraria um companheiro em condições de marcar. A zaga agradecia.

Por outro lado, Réver parece ter ouvido as críticas construtivas e sugestões: parou com as jogadas de efeito e passou a dar bicos, sem dó, quando vê que essa é a opção mais segura.

Mancini e Richarlyson, declaradamente, não gostam de jogar como laterais, porém, é lá que estão sendo muito úteis ao Atlético. Além do time não ter jogadores à altura para as posições, eles estavam muito mal no meio e ataque. Juntaram-se tampa e balaio, e o rendimento do Galo melhorou.

O primeiro gol foi contra, mas valeu a jogada do Berola, como um autêntico ponta, de antigamente.

O segundo foi de méritos totais ao Daniel Carvalho, que criou e concluiu. Dou a mão à palmatória aos que escrevem a meses ao blog, dizendo que o Daniel tinha que ser titular de qualquer jeito, mesmo gordo, pois só assim entraria em forma. E, mesmo pesadão, é muito melhor que os outros que vinham sendo utilizados.

Ponto para o Cuca!

Renan Ribeiro também parece ter ouvido vozes mais experientes e na coletiva de ontem se redimiu com a torcida pelas bobagens que falou depois da vitória sobre o Xará-PR.

Foi firme e fez uma defesa muito boa, nessa vitória sobre o Avaí, segurando uma bola cabeceada para baixo, quando o placar era 1 x 0.

Outra vez, um gesto que mostra união e agrada a todos: depois da partida, titulares, reservas e comissão técnica foram para o centro do gramado, se abraçaram e depois agradeceram ao público.

Mas a luta contra a parte de baixo da tabela continua e vejam a pauleira: o Galo subiu para a 15ª posição, com 21 pontos, porém, mesma pontuação do Grêmio e Bahia, que jogam neste domingo, respectivamente contra o Atlético-PR que tem 18, em casa, e o Flamengo, no Engenhão.


Nos tempos das saudáveis e saudosas torcidas uniformizadas, que não voltam mais!

Tive o privilegio de conviver e entrevistar torcedores uniformizados de Atlético, Cruzeiro, América, Flamengo, Vasco, Palmeiras e etecetera e tal, no início dos anos 1980.

Era confraternização, festa, onde todos se misturavam e apenas “zoavam” os adversários.

Mas, espertalhões viram no então saudável movimento uma grande oportunidade de ganhar dinheiro.

Aí nasceram as “Organizadas” e ou “Remuneradas”, que deturparam o espírito amistoso e solidário, dando início a essas verdadeiras milícias que existem hoje, com honrosas exceções, porém, cada vez mais difíceis de ser distinguidas.

Veja que ótima crônica do Ruy Castro, ontem, na Folha de S. Paulo:

* RUY CASTRO

Torcidas em paz

RIO DE JANEIRO – Eu não estava lá, nem em qualquer lugar, mas os veteranos me contaram. A primeira torcida organizada do Brasil nasceu em outubro de 1942, quando um cidadão chamado Jayme, 31 anos, baiano, Flamengo doente, porteiro da Polícia Federal e morador das Laranjeiras, sugeriu a seu vizinho Manuel, idade e profissão não sabidas, português, mas também Flamengo, pintarem uma faixa de morim com os dizeres “Avante Flamengo” e a abrirem na arquibancada do Fluminense, no Fla-Flu daquela semana.
O que eles fizeram, no meio do jogo. O pessoal do Fluminense cochichou alguma coisa, mas deixou estar. Ao fim da partida, que terminou em empate, Jayme e Manuel, cada qual numa ponta, saíram correndo com a faixa pelo gramado. Nunca se vira aquilo. A polícia fez menção de abotoá-los, mas os jogadores do Flamengo se juntaram à volta olímpica. E, então, surpresa: as sociais do Fluminense aplaudiram.
Nos jogos seguintes, mais faixas e adesões. Laura, 23, mulher de Jayme, também portuguesa e também Flamengo, passou a costurar bandeiras para o grupo que só fazia crescer. Para os jogos no subúrbio, fretavam bondes e saíam, embandeirados e cantando, do largo da Carioca. Uma banda militar se incorporou para tocar marchinhas -Ary Barroso ouviu-a e reduziu-a a uma charanga desafinada. Pois ali se chamou Charanga, com monograma bordado na camisa.
O “Jornal dos Sports”, do idem rubro-negro Mario Filho, a promoveu. O Flamengo foi campeão em 1942-43-44 e todo ano havia Carnaval fora de época. Os outros clubes foram atrás com suas organizadas, comandadas por amigos de Jayme, que lhes emprestou know-how – as torcidas eram famílias, não podia haver fogos nem palavrões. E assim, por muitos anos, elas conviveram em paz.
Jayme de Carvalho morreu em 1976. É nome de rua em Realengo.


Leituras de fim de semana: “Para beber sem moderação!”

Esta saiu no O Globo, ontem:

* Para beber sem moderação

Por Gretchen Reynolds, do New York Times

Um novo estudo relata que a cerveja é uma bebida excelente para a recuperação de maratonistas. Mas não
comece a comemorar. A cerveja que apresentou resultado eficaz foi a não-alcoólica.

Correr uma maratona é quase uma punição para o corpo, pois esta atividade extenuante, além de causar dores musculares, enfraquece o sistema imunológico do corredor, fazendo com que ele fique suscetível a resfriados e outros males nas semanas após uma prova de 42km. Alguns atletas, especialmente os europeus, há muito tempo experimentam cerveja sem álcool durante o treinamento intenso, alegando que
os ajudava na recuperação. Mas não existiam estudos científicos para apoiar essa prática. Para estudar a questão, pesquisadores da Universidade Técnica de Munique, na Alemanha, perguntaram a corredores saudáveis do sexo masculino, a maioria na faixa dos 40 anos, que estavam treinando para a Maratona de Munique do ano passado, se eles estavam dispostos a, em nome da ciência, beber uma quantidade considerável de cerveja.

De 1 a 1,5 litro por dia

Duzentos e setenta e sete maratonistas concordaram, mesmo quando foi dito que a bebida seria a não-alcoólica. Metade do grupo recebeu a cerveja sem álcool, enquanto a outra, um placebo, mas ninguém sabia quem estava bebendo o quê. Todos os corredores tomaram de um litro a um litro e meio, a cada dia, começando três semanas antes da corrida de 2010 e continuando por duas semanas depois. Os cientistas coletaram amostras de sangue nas semanas que antecederam à prova, na largada, na linha de chegada e nos dias seguintes à maratona. Eles monitoraram os níveis de vários marcadores de inflamação no sangue dos atletas para ver se a cerveja ajudou a diminuir alguns danos imediatos de se correr uma maratona.

Nas duas semanas seguintes à prova, os corredores continuaram a tomar sua cerveja sem álcool ou o placebo. Eles também relataram sintomas de resfriados ou de outras doenças respiratórias superiores, que se desenvolveram durante este período. Os homens que beberam a cerveja sem álcool queixaram-se muito menos de problemas de saúde do que os corredores que tomaram o placebo. Segundo os pesquisadores,
a incidência de infecções do trato respiratório foi de 3,25 vezes menor naqueles que beberam cerveja sem álcool — relataram os cientistas na revista americana “Medicine & Science in Sports & Exercise”.

Os maratonistas que beberam a cerveja sem álcool também mostraram evidências, em menor grau, de inflamação e diminuição da contagem de células brancas do sangue, além de uma indicação melhor da saúde geral do sistema imunológico.

— Esses efeitos são importantes porque, se o corpo de um maratonista fica menos dolorido e inflamado depois de uma corrida, ele pode se recuperar e voltar a treinar mais rapidamente. Pode-se especular que a frequência de treinamento poderia ser maior (com intervalos mais curtos, após as sessões de treinamento
vigoroso) naqueles que bebem cerveja — afirmou Johannes Scherr, cientista responsável pelo estudo.

Ainda está sendo investigado como a cerveja sem álcool diminui a devastação de um treinamento extenuante para maratona e corridas menores. Mas Scherr afirma que certamente a resposta envolve o fato de a bebida ser rica em polifenóis, substâncias químicas encontradas em muitas plantas, que, dentre outras coisas, “suprime a replicação viral” e “influencia positivamente o sistema imune inato”, benefícios para se combater um resfriado.

— Cerveja alcoólica também é rica em polifenóis, até mais do que cerveja sem álcool. Mas tem a desvantagem de ser uma bebida alcoólica. Nós não sabemos se os efeitos colaterais da cerveja alcoólica cancela os efeitos positivos causados pelos polifenóis — disse Scherr. — Além disso, não é possível beber um litro e meio de cerveja alcoólica por dia, especialmente durante o treinamento árduo.

Outras substâncias com polifenóis se mostram promissoras no início mas depois, tiveram desempenho inferior, de acordo com estudos. A quercetina, por exemplo, é um polifenol encontrado na casca da maçã, sendo amplamente elogiado por atletas de longa distância. Estudos posteriores descobriram que, em doses grandes, a substância permitiria que ratos de laboratório, sem treinamento para correr, fizessem o exercício por muito mais tempo do que os animais que não receberam a substância. Mas o suplemento não conseguiu demonstrar benefícios em humanos. Uma análise de dez estudos da quercetina em humanos, apresentado na reunião anual da Academia Americana de Medicina do Esportes, em junho, concluiu que a suplementação de quercetina “não fornece uma vantagem no desempenho de resistência.”

Mas o experimento com a cerveja não estudou ratos e sim, maratonistas em provas. A pesquisa mostrou benefícios em termos de minimizar os danos pós-corrida. Tudo isso é uma boa notícia com a aproximação da estação das maratonas. Perguntado se recomendaria a maratonistas de elite adicionarem cerveja sem álcool às suas dietas, Sherr afirmou:

— Quando eu olho para os resultados do nosso estudo, eu responderia sim. De acordo com ele, é possível obter grandes quantidades de polifenóis em outros alimentos, como romãs e uvas. Mas nesses alimentos não se consome os minerais, líquidos e carboidratos. Então, cerveja sem álcool parece ser o ideal. Mas para a merecida comemoração após a corrida, a cerveja pode ser a com álcool.

Cerveja sem álcool x isotônicos

Exercícios físicos intensos podem debilitar o sistema imunológico, assim como uma situação de estresse a que o corpo é submetido. São comuns infecções de vias aéreas superiores em corredores de longas distâncias. A cerveja sem álcool pode ter associação com a recuperação destes corredores, apesar do estudo ainda não ser conclusivo.

A cerveja é boa fonte de polifenóis, provenientes tanto do malte quanto do lúpulo. Devido à capacidade antioxidante e teor alcoólico baixo, já foi atribuída a ela a capacidade de melhorar a atividade antioxidante no organismo. Em relação ao seu aspecto nutritivo, tem uma quantidade significativa de vitaminas do complexo B, além de ser fonte de ácido fólico e selênio.

Mas, em relação à hidratação, ao se comparar a constituição das bebidas esportivas e da cerveja sem álcool, vemos que esta última contém menor quantidade de carboidratos (3% em média, enquanto a bebida esportiva, de 6 a 8%), além de menor teor de sódio. Estas bebidas ajudam a repor as perdas de eletrólitos do suor, pois o sódio estimula a sede, favorece a retenção de líquidos, e os carboidratos fornecem energia. Bebidas contendo de 6% a 8% de carboidratos são recomendadas para mais de 1h de exercício.

A cerveja é feita pela fermentação alcoólica de mosto de cereal maltado, geralmente malte de cevada, podendo haver adição de fontes de carboidratos, como milho, arroz ou trigo, e possui em geral teor alcoólico entre 3% e 8%. De acordo com a Anvisa, ela é sem álcool, quando seu conteúdo em álcool for menor que meio por cento em volume, não sendo obrigatória a declaração do conteúdo alcoólico no rótulo do produto.

Patrícia Marques é nutricionista da NutriCorp

* http://oglobo.globo.com/blogs/pulso/