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Antes e agora, o futebol a serviço da política

Uma história interessantíssima, que mostra a importância do futebol e o uso para interesses alheios ao esporte. Reportagem do O Globo, de sábado:

“A maior das rivalidades”

Em 1942 Ucrânia e Alemanha travaram o Jogo da Morte, uma partida de futebol reinventada pela propaganda soviética

… um ucraniano e outro alemão, em agosto de 1942. A disputa, travada no tímido Zenith Stadium, em Kiev, é ainda hoje cercada de boatos e associada ao fim trágico de, pelo menos, cinco atletas. Não à toa, é conhecida como Jogo da Morte. Uma nova versão do embate, entretanto, vem sendo objeto de estudos.

Vencida pelos ucranianos por 5 a 3, a partida foi maquiada de tal forma pela propaganda stalinista que seus reais acontecimentos só foram conhecidos muito após a queda da União Soviética. Ainda assim, a versão fantasiosa permanece sendo a mais divulgada. E foi graças a ela que seus jogadores ganharam estátua no estádio – rebatizado para Start Stadium, nome do time vitorioso -, dois filmes e pelo menos dois livros. Talvez a pesquisa mais extensa tenha sido do escritor britânico James Riordan, autor de “The Match of Death” (O jogo da morte, em tradução livre), que entrevistou filhos de jogadores e pessoas que viram a partida.

Um país ocupado

Em 1942, a Ucrânia era apenas uma das colônias do Terceiro Reich. Mas o império nazista já encontrava pedras em seu caminho pela Europa. Adolf Hitler, que alcançara o zênite de seu poder dois anos antes, via seu exército ser gradualmente escorraçado da União Soviética.

Os ucranianos resistiram o quanto puderam à ocupação. Até 15 milhões deles teriam morrido durante a Segunda Guerra Mundial. Sua contestação aos alemães fez Hermann Goëring, fundador da Gestapo, determinar a morte de todos os homens com mais de 15 anos.

A cúpula do Reich foi ainda mais longe: nomeou como administrador do novo território Erich Koch, um dos mais sanguinários comandados de Hitler. Seus sentimentos em relação ao território que governava podem ser resumidos em sua frase: “A Ucrânia não existe… é apenas um conceito geográfico.”

Os punhos de ferro de Koch eram, volta e meia, desafiados por rebeldes. Em setembro de 1941, uma horda de revoltosos atacou o Hotel Continental de Kiev e o quartel-general alemão na cidade. A truculência habitual pôs tudo nos eixos algum tempo depois, mas um homem viu, em meio àquele desespero, a oportunidade para tirar um velho sonho do papel.

Otto Schmidt nasceu em Kiev, mas era alemão. Diferentemente do governador, com quem tinha trânsito livre, tratava os ucranianos humanamente. Chegava a admirá-los – ao menos no futebol. Schmidt era torcedor inveterado do Dínamo Kiev, um dos principais do país, cujos campeonatos esportivos foram abolidos desde a chegada dos nazistas.

Saudoso do escrete, Schmidt empregou, em sua padaria, todos os ex-jogadores do Dínamo que passavam por seu caminho – começando pelo goleiro Nikolai Trusevich, que ajudou a encontrar os demais.

O empresário estava em plena busca pelos antigos ídolos quando houve o ataque ao quartel nazista. Schmidt, então, propôs ao governador Koch a realização de um campeonato de futebol. Seria a forma perfeita para levantar o moral do Reich após as investidas “terroristas”. A Alemanha montaria uma equipe entre os soldados que estavam à serviço na Ucrânia. Seus adversários seriam forças de outros países aliados a Hitler – Hungria, Romênia, Itália e Eslováquia. E a padaria, claro, também teria sua seleção.

Koch comprou a ideia, mas com ressalvas. Como o nome Dínamo Kiev fora criado por comunistas, a padaria entraria em campo de embalagem nova – nascia, assim, o FC Start. Alguns jogadores da equipe ucraniana também foram barrados, supostamente por envolvimento com atos terroristas.

Recusa em fazer a saudação nazista

Os pitacos do governador não atrapalharam o baile do Start, que, com seus atletas ex-profissionais e de condicionamento físico razoável, superou sem dificuldades os adversários – um deles foi pisoteado por 14 a 1. Até chegar à partida contra a Alemanha, com direito a Goëring na arquibancada.

O encontro não começou bem. O escrete da padaria entrou em campo de vermelho – uma cor sensível para os alemães, antibolcheviques como eram. Os ucranianos tampouco fizeram a saudação nazista. No lugar de “Heil Hitler”, gritaram “Fizkult – ura, ura, ura!”, uma tradicional saudação soviética antes das partidas de futebol.

Ao início potencialmente bélico seguiu-se uma partida tensa, mas leal. Segundo uma testemunha ouvida por Riordan, o pesquisador britânico, “os times apertaram as mãos, posaram para uma fotografia juntos e foram para casa”.

Algum tempo depois, com o triunfo já esquecido, um funcionário da padaria pôs vidro em uma remessa de pães destinada a oficiais nazistas. A sabotagem foi percebida pelos militares, que invadiram a fábrica e mataram 300 pessoas – entre elas, cinco atletas do FC Start. Nem os esforços diplomáticos de Schmidt conseguiram deter o massacre.

Em novembro de 1943, Koch e seus comandados tiveram de bater em retirada. O Exército soviético, que vinha obtendo sucessivas vitórias sobre as forças de Hitler, finalmente retomou Kiev. Mas, ao menos na padaria, a mudança não foi motivo de comemoração. Logo após chegar à cidade, a polícia secreta de Stalin foi ao estabelecimento e prendeu os boleiros sobreviventes do FC Start, acusados de “colaboração”.

“Os atletas do Jogo da Morte tiveram sorte”, escreveu Riordan. “Em vez de matar estes ‘colaboradores’, a polícia secreta e os líderes comunistas locais inventaram um mito.”

De presos a heróis

Riordan apurou que alguns jogadores ficaram até quatro meses presos. Nesse período, a propaganda soviética criou uma nova versão dos acontecimentos do Zenith Stadium. Uma partida banal transformou-se em símbolo da bravura esperada de todos os comunistas. E os novos heróis nacionais estavam proibidos de contar a verdade – eles só puderam sair da prisão após concordarem em divulgar a fantasia concebida pelo Kremlin.

A versão stalinista é, até hoje, a mais conhecida do episódio – e a responsável pelo apelido macabro por que é conhecido o jogo. Segundo ela, a equipe da padaria era composta por atletas esfomeados, um retrato fiel do que era a população ucraniana durante o domínio nazista. Os alemães, por sua vez, estavam representados pela seleção da Luftwaffe, a Força Aérea do Reich. Jogadores talentosos, experientes e nutridos.

Além da diferença física, o árbitro, no relato stalinista, não se destacava pela neutralidade. Era um oficial do serviço secreto nazista, que, antes do jogo, desceu ao vestiário ucraniano para deixar claro o que deveria acontecer em campo: “Vençam e morram, percam e sobrevivam”. Durante a partida, apitou, à toa, diversas vezes em que a equipe da padaria chutava a gol, invalidando os lances.

Apesar da ameaça e do juiz inescrupuloso, a Ucrânia teria encarado o desafio como uma grande exaltação patriótica. Assim, bicou para longe as combinações e despachou a seleção alemã com uma vitória por 5 a 3. Alguns jogadores pagaram com a vida: foram torturados, ou levados a campos de concentração, ou os dois.

“Como o nariz de Pinóquio, o mito cresceu e cresceu”, conta Riordan. “Os sobreviventes da partida foram recebidos como heróis até mesmo na República Democrática Alemã (que integrava o bloco soviético). Mas a história inteira nunca será conhecida, uma vez que o último jogador morreu em 1998.”

CARTAZ


Atlético teve oito jogadores formados na base contra o América

Maior valorização da base é um desejo antigo da maioria dos atleticanos.

O site do Galo destaca a presença de oito na vitória de sábado:

* Vitória que valeu vaga na final teve a participação de oito atletas da base

Reafirmando a força do trabalho de base realizado pelo Atlético, o técnico Dorival Júnior utilizou nada menos que oito atletas formados no Clube, sete deles como titulares, na vitória por 2 a 1 sobre o América. O triunfo no clássico deste sábado, disputado em Sete Lagoas, garantiu a presença atleticana na decisão do Campeonato mineiro.

Renan Ribeiro, Werley, Fillipe Soutto, Serginho, Giovanni Augusto, Renan Oliveira e Mancini começaram jogando e, no final da partida, o jovem Leleu entrou no lugar de Magno Alves.

Com quatro jogadores oriundos das categorias de base, o meio-campo alvinegro foi bastante elogiado por Dorival Júnior.

“A reação do meio foi muito positiva, marcamos com muita intensidade, bem postados, era difícil o America penetrar. Acho que esse foi o fator decisivo para que alcançássemos um belo resultado”, analisou o treinador, que também destacou a evolução do meia Giovanni.

“É, apenas, tudo aquilo que ele fez ao longo da temporada. Ele treinou, se preparou e, no momento em que surgiu a oportunidade, se sente preparado. E, acima de tudo, ele está querendo. Mesmo não tendo a característica de ser um jogador de marcação, ele está se posicionando bem, brigando por posse de bola. Então, é tudo que nós queremos”, comentou Dorival.

“Gosto de uma equipe que se doe,que jogue com intensidade e isso daí ele tem feito. Ele está ganhando a posição naturalmente”, completou o treinador atleticano.

* http://www.atletico.com.br/noticias/?p=6386


Cruzeiro tem grande vantagem em casa contra colombianos

Do site do Cruzeiro

* Como mandante, Cruzeiro venceu 80% dos jogos contra equipes colombianas
Da Toca II

Diogo Finelli

Na quarta-feira, às 21h50, o Cruzeiro vai receber o Once Caldas-COL, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, no jogo de volta das oitavas de final da Copa Santander Libertadores. Na história dos confrontos contra equipes colombianas se destaca positivamente. Jogando em casa, foram cinco partidas, com quatro vitórias e uma derrota, com 80% de aproveitamento. Foram 20 gols marcados e seis sofridos.

No histórico geral, levando-se em conta jogos em casa e fora de casa contra equipes colombianas, já foram disputadas 22 partidas, com 13 vitórias da Raposa, quatro empates e cinco derrotas. O Cruzeiro marcou 41 gols e sofreu 17. Pela Libertadores, foram nove jogos contra times da Colômbia, com cinco vitórias, um empate e três derrotas. A Raposa fez 16 gols e levou 10. No Brasil, pela principal competição continental, foram quatro jogos, com três vitórias e uma derrota. O time cinco estrelas marcou 12 gols e sofreu seis.

Já o retrospecto contra o adversário desta quarta-feira, o Once Caldas-COL, é de invencibilidade. As equipes se enfrentaram em duas oportunidades, com duas vitórias celestes. O primeiro encontro foi em um amistoso, em 30 de julho de 1994, na inauguração do estádio Palogrande, em Manizales, na Colômbia, que terminou com goleada de 5 a 2 para o Cruzeiro.

Já o segundo encontro foi na semana passada, no mesmo local, e com nova vitória cruzeirense, desta vez por 2 a 1, no jogo de ida das oitavas de final da Copa Santander Libertadores. Wallyson e Ortigoza fizeram os gols do Cruzeiro. Em 2011, o time comandado por Cuca já havia goleado o Deportes Tolima-COL, na Arena do Jacaré, por 6 a 1, pela fase de grupos da Libertadores. Os gols foram marcados por Roger (2), Montillo, Wallyson, Gilberto e Thiago Ribeiro.

Confira os cinco jogos do Cruzeiro como mandante contra times da Colômbia:

06/04/1975 – Cruzeiro 2 x 3 Nacional de Medellín (Mineirão, pela Copa Libertadores)
10/04/1975 – Cruzeiro 2 x 1 Deportivo Cali (Mineirão, pela Copa Libertadores)
15/10/1992 – Cruzeiro 8 x 0 Nacional de Medellín (Mineirão, pela Supercopa)
13/05/2004 – Cruzeiro 2 x 1 Deportivo Cali (Mineirão, pela Copa Libertadores)
16/03/2001 – Cruzeiro 6 x 1 Deportes Tolima (Arena do Jacaré, pela Copa Libertadores)

* http://www.cruzeiro.com.br/index2.php?section=noticias&idn=9963


Torcedor queria 13, mas América anunciou a dispensa de quatro

No fim de semana um americano enviou e-mail sugerindo a dispensa de 13 jogadores que ele gostaria que fossem feitas já.

Agora há pouco a diretoria do América divulgou os primeiros nomes que não ficarão no clube para o Brasileiro, porém, da lista do torcedor, apenas dois vão embora, por enquanto.

Confira as sugestões e a nota da assessoria de imprensa do Coelho:

* “Lista de dispensa do atual plantel (medida de economia e providência urgente para a Séria A: Sheslon, Preto, Micão, Nando – (vão encerrar carreira em times do
interior), Jean Batista, – (deve mudar a profissão, não é do ramo), França, Davi Ceará, Wágner Lovinho, Camilo, Eliandro, (não disseram ao que vieram e devem ser devolvidos às origens), Rodrigo – (poderia ser emprestado a um clube qualquer para ver se decola ou se desiste) – (pode acabar como um Tucho) – (atualmente está sendo prejudicado porque nunca foi lateral e as coisas vão acontecendo por ali, nas suas costas), Euller, Irênio (aposentadorias merecidas) – (poderiam ficar por lá, treinando, passando experiência aos mais jovens, aguardando a conclusão do Independência para uma despedida com festa merecida).
O certo é que esse grupo nada tem a ver com a Série A. É uma temeridade mantê-los e muito dinheiro jogado fora. ”

* NOTA DO AMÉRICA 

“Quatro jogadores não terão

seus contratos renovados”

Os jogadores do América estão liberados até a próxima quinta-feira à tarde. Mas a diretoria continua trabalhando em ritmo acelerado para deixar a equipe americana ainda mais competitiva para o Campeonato Brasileiro da Série A. Quatro reforços já foram contratos e, nesta manhã de segunda-feira, a diretoria anunciou que os contratos do goleiro França, do lateral Jean Batista, do zagueiro Fabrício e do atacante Thiago Silvy não serão renovados.

Os compromissos de Fabrício e Thiago Silvy se encerram no dia 10, enquanto França e Jean Batista ficam sem contrato no dia 15. Dentro de um processo natural de reformulação do grupo, a diretoria e a comissão técnica decidiram liberar esses atletas. “Não se trata de caça às bruxas pela eliminação. Eles são bons profissionais e prestaram bons serviços ao clube. Mas a reformulação é um processo natural em qualquer clube. Os jogadores não estão sendo dispensados, não estão sendo mandados embora. Mas os contratos terminam nos próximos e já comunicamos a eles que não serão renovados”, explicou diretor de futebol Alexandre Mattos.

REFORÇOS NA QUINTA
Como a programação de treinos da semana foi alterada em função da eliminação do Campeonato Mineiro, os três novos contratados se apresentarão ao técnico Mauro Fernandes na quinta-feira à tarde, juntamente com todo o grupo.

O clube já havia contratado o volante Amaral, ex-Cerezo Osaka, que vem treinando normalmente no CT. Na semana passada, o clube confirmou as contratações do zagueiro Anderson (ex-Lyon, São Paulo, Cruzeiro e Santo André), o goleiro Neneca (ex-Rio Branco de Andradas e Santo André) e o lateral esquerdo Thiago Carleto (ex-Santos, Valência, Elche e São Paulo).

De acordo com o diretor Alexandre Mattos, outras negociações continuam em andamento. Mas qualquer contratação só será divulgada quando todo o processo estiver finalizado.”


A súmula do Abade

A súmula do árbitro Cléber Wellington Ababe:

http://www.fmfnet.com.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=2017:semifinal-atletico-2×1-america&catid=62:sumulas-mod-i-2011&Itemid=201


Taffarel, 45 anos, e Búffalo Gil, amanhã no PFC

No Programa do Sócio PFC dessa terça-feira, dia 3, Sérgio Lobo recebe a visita do ponta-direita Gilberto Alves, mais conhecido como Búfalo Gil. Conhecido por sua força e velocidade, Gil é de Nova Lima, começou no Villa, vendido ao Fluminense, onde jogou em 1975 e 76, na chamada “Máquina Tricolor” ao lado de Rivelino, Paulo César Caju, Pintinho e Manfrini, entre outros.

Gil em foto recente e nos tempos em que defendeu a seleção brasileira

GILHJGILONTEM

 O programa também comemora o aniversário de 45 anos do goleiro Taffarel, relembrando sua carreira no Brasil e no exterior. O Programa do Sócio PFC vai ao ar às 23h no PFC 24h.

Taffarel, quando jogava pelo Atlético e ano passado, quando foi observador a serviço do Dunga durante a Copa da África do Sul

TAFFAONTEM

TAFFAHJ


Importante alerta e rara defesa da arbitragem mineira

Recebi um ótimo comentário da ex-árbitra Ana Maria Cecílio, sobre a situação da arbitragem mineira.

Ela enfoca um aspecto fundamental, no qual a imprensa não está se aprofundando: a FMF e a sua Comissão de Arbitragem, lavam as mãos e abandonam os apitadores.

Eles não têm o devido treinamento para o exercício de seu trabalho e quando suas cabeças são pedidas pelos clubes, nenhuma assistência.

Serviram para apitar a primeira fase do Campeonato, mas foram descartados nos jogos decisivos.

Isso só enfraquece o futebol mineiro em termos nacionais.

Confira a íntegra do texto na Ana Cecílio:

“Prezado Chico Maia,

Lendo sua coluna hoje no jornal O Tempo, resolvi dar um pitaco na sua conversa com os leitores.

Tendo sido árbitra e aprendido a respeitar os “colegas” que deixei na FMF e, tendo vivenciado um pouco dos caminhos e descaminhos  do futebol mineiro, me incomoda muito o fato de que procuram levar o campeonato com árbitros locais até a semifinal e a partir daí os mineiros não servem mais. E a situação tendo a piorar a cada certame, com prejuízos para os árbitros da FMF que vislumbram um melhor aproveitamento no Campeonato Brasileiro a se iniciar em breve. Escreve aí – vamos assistir o Ricardo Marques (FIFA) e o Alício (que nunca deveria ter saído da FIFA) apitando a série A. Pode ser que um ou outro “sortudo” venha a ser escalado para concorrer a sorteios da Série A. No mais, espera-se uma escala aqui e outra ali, nas Séries D, C, B e campeonato feminino.

O árbitro Ricardo Marques é vedado para jogos de Cruzeiro X Atlético sem antes mesmo ter apitado qualquer clássico entre esses clubes e a FMF, através da sua Comissão de Arbitragem lava as mãos. Ficam aí fazendo propaganda de pré-temporada mas, preparam mal seus árbitros porque eles não conseguem se habilitar à segunda fase do campeonato. Vendo tanta propaganda na camiseta dos árbitros, pode-se constatar que eles servem apenas para captação de recursos de patrocínio, que poderia ser melhor aplicado em preparação e qualificação profissional. Para onde vai o dinheiro do patrocínio do BMG? quais as cifras foram investidas em 2010 e 2011? Como elas são aplicadas?

Quando estive na direção do Sindicato dos Árbitros, reformamos e equipamos uma sala no auditório da FMF, a um custo de, aproximadamente, 10.000 (dez mil reais), através de patrocínio, que nos últimos três anos deixou de ser captado pelo sindicato. Tudo pelo “profissionalismo” que não é revertido aos árbitros.

Então, devo admitir que você e o editor da Revista Placar têm razão, de que os árbitros são ruis (com muitas exceções) não só os mineiros mas em outros estados também. Com uma diferença de que em outros estados as Comissões Estaduais estão renovando o quadro de árbitros, investindo em capacitação, buscando melhorar as relações institucionais com a Comissão Nacional de Arbitragem e, por isso, seus árbitros são mais requisitados e se destacam mais. Em Minas Gerais, a direção da FMF pensa apenas no interesse dos Clubes, o que não é errado, mas deixam os árbitros de seu quadro à mercê da própria sorte.Hoje apitam no amador e amanhã na segunda divisão ou num clube campestre qualquer. Assim, é muito fácil ser presidente de Comissão de Arbitragem.

Um grande abraço e desculpe-me por escrever demais!

Ana Maria Cecílio”


Uma certeza e muitas dúvidas

* Que Atlético e Cruzeiro decidiriam o Campeonato era uma certeza. E ficam algumas dúvidas, tipo: como estão nossos times para o Brasileirão que começa dia 21?

Atlético e América fizeram um bom jogo e o fato negativo foi a expulsão do Richarlyson, aos 25 segundos do segundo tempo, pelo árbitro paulista Cléber Wellington Ababe. Possivelmente resultado de alguma rixa antiga entre eles, dos tempos em que o jogador pertencia ao São Paulo e teve polêmicas com algumas arbitragens.

Tem gente que guarda ódio na geladeira e usa em situações futuras contra seus desafetos. Pode ter sido o caso.

 

Missão inglória

 

O América tinha que sair para o jogo e esbarrou num Atlético bem posicionado em campo, errando menos passes e correndo muito. O Galo mereceu, com destaque para Filipe Soutto, uma revelação, Serginho, Mancini e Magno Alves.

 

Valeu

 

O Cruzeiro oficializou a sua classificação para a final, usando time misto contra o América-TO. Mas foi bom para a torcida ver jogadores que prometem, como o goleiro Rafael e o meia Dudu, que marcou um belo gol. Além de mais uma goleada, dessa artilharia cinco estrelas arrasadora.

 

Vai pegar

 

A final promete grandes jogos entre Atlético e Cruzeiro. A Raposa tem mais time, porém, quando se trata deste clássico, tudo pode acontecer.

A dificuldade aumenta para o Atlético porque em 2011 foram raros os jogos em que a sua defesa não tomou pelo menos um gol. Devido à melhor campanha, o Cruzeiro tem a vantagem do empate, ou seja: o Galo terá que correr dobrado para conseguir mudar a situação.

 

Preocupação

 

Muitos torcedores do América enviaram e-mail, preocupados com a situação do time no Brasileiro. Vários pedem a cabeça do técnico Mauro Fernandes, o que considero um exagero. Outros reclamam que o treinador não usou o Mineiro para testar jovens promessas, como o atacante Caleb e o volante China.

Nisso concordo, porém, jamais seria motivo para a dispensa de Mauro Fernandes.

 

Decisões

 

O Brasileiro começa dia 21 e o Cruzeiro é o único mineiro a jogar fora de casa; contra o Figueirense. Mas suas atenções certamente estarão concentradas ainda na Libertadores. O Atlético recebe o xará do Paraná, e o América, o Bahia. Todo jogo é decisivo, pois todo ponto fará falta na classificação final, para brigar na parte de cima ou de baixo da tabela.

 

Dúvida

 

A grande dúvida em relação ao América é se o elenco está em condições de permanecer na Série A nacional de 2012, ano do seu centenário.

É uma previsão difícil de se fazer. Quem imaginaria que ano passado, com Vanderlei Luxemburgo e um bom plantel, no papel, o Atlético brigaria para ficar no G-16? E ficou a duras penas, numa missão quase impossível.

 

Semelhantes

 

Para mim, a frase esportiva do ano até agora pertence ao Jonas Oliveira, mineiro, editor da revista Placar, que twittou: “Fase final do Campeonato Mineiro é aquela em que se substituem os árbitros ruins de MG por árbitros ruins de outros estados.”

Por um custo muito mais alto, com passagens aéreas e estadia. E acredite: o árbitro reserva, de Cruzeiro 5 x 1 América-TO era do Espírito Santo.

 

Na elite

 

Parabéns ao Boa (Ituiutaba), agora de Varginha, que retorna à primeira divisão mineira em 2012 e ao Nacional de Nova Serrana, que será o caçula da elite mineira. Subiram com todos os méritos. O Boa empatou em Três Corações com o Tricordiano, e o Nacional venceu, em casa, a Patrocinense.

* Estas e outras notas estarão em minhas colunas, amanhã, no O Tempo e Super Notícia, nas bancas!


Observações de um americano com vistas ao Brasileiro

O americano Marcus Vinicius Bragaglia de Montenegro enviou a sua opinião sobre a situação do América:

 

“Bom,

passada mais uma decepção a pergunta que fica é: Temos plantel para disputar uma série A em condições de continuarmos nela no nosso centenário?

Acho que houve um erro na contratação de vários jogadores medianos para o campeonato mineiro… Temos menos de 20 dias para contratar jogadores mais qualificados, faze-los entrar em forma, entrosa-los com o restante do elenco. Isso não é coisa fácil, mas dependendo da qualidade dos jogadores que virão, pode ser que consigamos acertar o time.

Mas o grande problema não é esse. Desde o ano passado, estamos questionando o time americano. É notório que o time até hoje não conseguiu apresentar um padrão de jogo que nos convença. Acho que o Mauro Fernandes é fraco para o brasileiro. Isso foi mostrado plenamente nos 2 jogos das semi finais, onde as suas substituições e montagem de banco foram uma lástima. Se no primeiro jogo a entrada do Nando foi um dos fatores que acarretou a nossa derrota, hoje a tentativa suicida de colocar mais um atacante no lugar de um lateral foi o pior de tudo.

O que ficamos tentando entender é como um time que precisa da vitória não consegue dar um chute a gol no primeiro tempo?

Cadê o nosso meio de campo? porque o Camilo continua como titular desse time, se não corre em campo, conseguindo ser pior do que o Luciano (eterna promessa).

Não será contratando jogadores de maior qualidade que conseguiremos fazer o time ter um padrão de jogo. Isso quem consegue é o técnico e infelizmente o Mauro Fernandes não conseguiu e terá muito pouco tempo para tentar colocar isso no elenco.

Temos que ter uma mudança de rumos urgente.

Não podemos ficar no achismo. Série B é uma coisa, série A é outra parada. Não estou falando isso agora por causa das nossas 2 derrotas. Se olhar os meus e-mail vai ver que estou reclamando isso desde o ano passado, onde conseguimos a classificação no sufoco.

Pra que manter uma base se os melhores jogadores não tem uma oportunidade num campeonato como o mineiro, que deveria ser um laboratório para os jovens.

Vamos analisar. Mauro indicou Lovinho, Thiago Silvi, França, Fabrício e provavelmente esses jogadores serão dispensados.

Como acreditar nas indicações que ele irá fazer para o brasileiro?

Enquanto isso nenhum dos nossos jogadores da base foram aproveitados, tirando o Otávio que já está no profissional ha mais tempo e o Nando que não é o melhor deles.

Thiago Silvy e Lovinho tiveram várias chances enquanto isso o Léo jogou uma partida e nunca mais foi relacionado. Caleb entrou em 10 de jogo contra o Villa e o Lula, e China nem foram testados.

Veja a incoerência do Mauro. Ele já pôs o Moises para entrar jogando e numa semi final ele coloca um jogador que nunca entrou mais de 5 m para  entrar como titular numa decisão.

E a insistência com o goleiro França? Será que somente eu enxergo isso? A diretoria está satisfeita com o trabalho do Mauro Fernandes?

Esses são somente alguns erros do nosso comandante. Precisamos de uma pessoa que tenha jogado bola e que tenha conhecimento de futebol para ser o nosso manager e comandar o elenco americano. Euller seria um bom nome, tem conhecimento em vários clubes, na mídia.

Se antes eu disse que a luz amarela estava acesa, acredito que a vermelha acendeu hoje.

 

Derrotas são normais, mas perder para um time de quase juniores e com um jogador a menos tá difícil de engolir, principalmente com o futebol medroso que o Mauro Fernandes faz o América jogar.

Ao invés de usarmos o slogam que imputaram para a torcida que diz “ACREDITA AMÉRICA” eu lanço um novo: “ACORDA AMÉRICA”

 

Marcus Vinicius Bragaglia de Montenegro”


O Jonas falou e disse!

Para mim, a frase do ano até agora pertence ao Jonas Oliveira, mineiro, editor da revista Placar, que twittou ontem:

 oliveirajonas

“Fase final do Campeonato Mineiro é aquela em que se substituem os árbitros ruins de MG por árbitros ruins de outros estados.”