Blog do Chico Maia

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Mesmo sem jogar, Atlético ficou bem na 6ª rodada do Brasileiro

Time poderá ficar sem Arana em até nove partidas, caso a seleção brasileira chegue à final da Copa América. Foto: twitter.com/Atletico

Fora de campo, marcou um gol de placa com o treino solidário na Arena, com mais de 36 mil pagantes, que geraram quase R$ 700 mil para serem enviados às vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul. O país inteiro está elogiando a ação do Galo. Mensagens de gratidão de gremistas, colorados e até do governador gaúcho, Eduardo Leite, brotam nas redes sociais e na imprensa nacional o tempo todo.

Dentro de campo, jogaria contra o Grêmio, para se manter entre os quatro primeiros. Mas, mesmo sem jogar não se distanciou do primeiro pelotão: está em sexto, com 9 pontos. Contou com o empate do Botafogo com o Fortaleza. Com um jogo a menos, está atrás do líder Athletico/PR, 13; Bahia, 13; Flamengo, 11 e o próprio Botafogo, 10, e o Cruzeiro, o quinto, também com 10.

Próximo jogo será contra o Bahia, domingo, na Arena, às 16 horas.

Foram 36.871 pagantes na Arena MRV, no treino da solidariedade ao Rio Grande do Sul. Renda de R$ 666.090,00 Foto: twitter.com/Atletico


Vitórias seguidas no Brasileirão e Sul-americana dão novo gás ao Cruzeiro

Matheus Pereira deu a vitória ao Cruzeiro aos 35 minutos do segundo tempo Foto: Cruzeiro/twitter/@staff_images

O mais importante neste momento na vida do Cruzeiro, dentro de campo, é que tudo indica que o Ronaldo Nazário deixou uma boa herança no comando do time, que é o técnico Fernando Seabra. Consertou a lambança de tê-lo deixado sair no fim do ano passado para dirigir a base do Bragantino.

Reagiu na Sul-americana, ao vencer o Alianza, na Colômbia, e venceu três, dos seus seis jogos no Brasileiro: Botafogo, Vitória e hoje o Atlético-GO. Perdeu só para o Galo, 3 x 0, e empatou com o Fortaleza, lá, por 1 a 1.

Esta tarde fez uma boa partida contra o desesperado dono da casa, que precisava vencer a qualquer custo. Briga contra o rebaixamento, do qual dificilmente escapará, já que tem apenas 1 ponto em seis partidas disputadas.


Aviso aos navegantes: esporte é a solução!

Em 2001, Marco Antônio Lage era diretor de Comunicação da FIAT, dona da Juventus da Itália, que tinha Zinedine Zidane como principal estrela. A foto registra encontro dos dois no Centro de Treinamento da Juve, em Turim. (Foto publicada aqui no blog em novembro de 2023)

Não só para a saúde, mas para quase tudo do nosso dia a dia. Acabo de tomar conhecimento da pesquisa do Data-MG, instituto de pesquisa do amigo de longa data, Adilson Alves Simeão, que mostra a liderança isolada do Marco Antônio Lage nas intenções de voto para a prefeitura de Itabira.
No caso, reeleição, já que o Marco foi eleito prefeito em sua primeira experiência político/partidária, na terra natal dele, em 2020.


Fiquei duplamente feliz: se trata de um jornalista, brilhante. Foi diretor de Comunicação da FIAT e o conheci durante a implantação da IVECO em Sete Lagoas, em fins dos anos 1990.
Apaixonado por esportes, futebol principalmente, o Marco Antônio foi lateral direito do junior do Valério. O filho, Bernardo, também foi lateral direito, jogou no Atlético e chegou à seleção brasileira. Infelizmente teve uma contusão séria que abreviou a carreira dele.


Depois de rodar o mundo como diretor da FIAT, resolveu retornar à cidade onde nasceu e se propôs a ajudar a melhorar a qualidade de vida dos conterrâneos, colocando em prática o que aprendeu em suas andanças.


A população de Itabira deu a ele a oportunidade de se tornar prefeito e ele não a desapontou. E uma das principais bases de sua gestão foi e tem sido o esporte, nas mais variadas modalidades, categorias e faixas etárias.


Coincidentemente sugeri isso aos futuros candidatos a prefeito e vereador da minha cidade, Sete Lagoas, no editorial da edição de hoje, do nosso jornal SETE DIAS. Já adiantando que não sou candidato a nada, certo?


Confira o editorial e depois os números da pesquisa lá de Itabira:

  • A solução para incontáveis problemas
    Aproveitando o momento em que os possíveis candidatos a prefeito e vereadores estão pensando no que farão, caso sejam eleitos, e nas promessas que serão apresentadas em suas campanhas, mais uma sugestão para que coloquem em suas pautas, na campanha que está prestes a começar: o esporte para todos, sem distinção, em todas as faixas etárias, em todas as modalidades possíveis.
    A Secretaria de Esportes deveria ser a “menina dos olhos” de todo município em todo o Brasil. Da mais tenra idade ao mais idoso praticante, esporte é saúde, preventiva e curativa. O esporte é segurança, pois como fator de integração social, junta quem tem e quem não tem dinheiro, além de afastar os jovens das drogas e da criminalidade. O esporte é oportunidade, para incontáveis profissões e para quem mais se destacar em alguma modalidade, seja futebol, voleibol, basquete, atletismo, ginástica, natação, enfim.
    A própria Sete Lagoas tem inúmeros exemplos de rapazes e moças que saíram do anonimato, ganharam e ganham a vida como atletas de alto rendimento. E, também vários exemplos de quem sonhou em ser atleta profissional, mas por, digamos, “insuficiência técnica” se tornou jornalista esportivo, professor de Educação Física, fisioterapeuta, médico voltado às atividades esportivas ou empresário e comerciante dedicado ao segmento.
    Sete Lagoas tem um programa público muito interessante, que é exemplo de ação esportiva altamente benéfica para a população: o “Mexa-se pela Vida”, organizado pela Prefeitura. Praticado principalmente por pessoas mais velhas, certamente gera efeitos positivos no sistema da cidade, com menos marcação de consultas, menos gente nos postos de saúde, UPAs e hospitais.
    Os próximos prefeito e Câmara Municipal deveriam convocar a iniciativa privada e propor incentivos a quem abraçar de verdade o esporte, por meio do “Mexa-se” e outros programas, aproveitando também iniciativas já antigas na cidade que ajudam a tanta gente em várias modalidades e categorias, masculinas e femininas.
    Os ginásios poliesportivos, campos e estádios de futebol, pistas de caminhadas e corridas, piscinas, a Serra de Santa Helena, enfim, todos os equipamentos esportivos que já têm atividades diárias, deveriam ser incentivados a multiplicar as ações e a quantidade de pessoas. Equipamentos que a cidade não tem ou que são aquém das necessidades, como pista de atletismo e piscina olímpica, por exemplo, deveriam ser providenciados urgentemente. E tudo, envolvendo a comunidade escolar e as pessoas com deficiência, sempre tão carentes de atenção e apoio, aqui e em todo o país.

Pesquisa DataMG: Números mostram preferência dos eleitores itabiranos para prefeito de Itabira/MG

Foi dada a largada para a corrida eleitoral, e os principais nomes estão prontos para disputar a cadeira de prefeito ou prefeita de Itabira que será ocupada a partir de janeiro de 2025.
O DataMG Centro de Informações e Pesquisas, uma empresa itabirana com 22 anos de existência, publica a primeira pesquisa com os números dos possíveis candidatos para ocupar o principal cargo do executivo itabirano.
O estudo quantitativo, financiado com recursos próprios do DataMG, foi realizado via telefone em 23 de abril, com 400 entrevistados, tendo uma margem de erro de 4,9% e um intervalo de confiança de 95%. Está registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o número MG-08664/2024.
A pesquisa contemplou sete nomes especulados pela mídia itabirana e conhecidos pela empresa de pesquisa. São eles: o atual prefeito Marco Antônio Lage (PSB), o ex-prefeito João Izael (PMN), o ex-deputado Bernardo Mucida (PSB), e Ronaldo Magalhães, ex-deputado e ex-prefeito de Itabira. Também foram incluídos os atuais vereadores do município Neidson Freitas (MDB) e Rose Félix (PSD), além do funcionário público Ronaldinho Teteco (PRTB).
A pergunta feita aos entrevistados foi: “Se a eleição para prefeito fosse hoje e os candidatos fossem estes, em quem você votaria?” Os números obtidos foram os seguintes:

https://superdados.com/


América faz dever de casa, entra no G4 e um nome começa sobressair: Adyson!

Juninho, com o filho, envolto na bandeira do Rio Grande do Sul. Foto: @AmericaFC1912

Vitória suadíssima sobre o Vila de Goiás, que também é um dos candidatos ao acesso. Assim, como o Cacá Tomazzi, amigo americano de longa data, de Conceição do Mato Dentro, peço às senhoras e aos senhores as devidas desculpas pela demora nas considerações sobre os 3 a 1 de ontem, no Horto.


E compartilho o texto poético e bem informado do Cacá, que acompanha as notícias até das categorias de base do América:
* “Calma né gente,
o meu zap já tá transbordando de tantas mensagens exigindo os meus comentários sobre a retumbante vitória do América ontem.
E não precisa gritar, se não comentei ainda é porque estou ocupado.


Mas vamos lá: uma vitória que mais parece colar de madame do high society, cheia de pérolas. Já começou na saída de bola, passe preciso e precioso de Juninho pra Renato Marques que define com a simplicidade dos craques feitos em casa… e a bola passa rolando suavemente pelo goleiro até beijar o pé da trave.


Na sequência o gol dos adversários numa cobrança de corner na primeira trave. Cabe várias interpretações: uns dizem que foi pra dar emoção ao jogo, mas eu fico com a confissão de Renato Marques. Segundo o próprio, a responsabilidade de marcar na primeira trave era dele, e ele não o fez. Coisas da modernidade, centroavante com função mais defensiva eu nunca vi.

E na sequência Renato Marques mostrou que falha na marcação, mas não falha no ataque. Passe açucarado de Marlon pra entrada da pequena área, Renato Marques dobra a aposta e define com açúcar e com afeto pras redes.


O centroavante do Coelho ainda jogou outra bola na trave em passe preciso de Vitor Jacaré após receber lançamento magistral de Benítez. Prova de que no time do Coelho até Jacaré joga bola.


O gol da virada é marca registrada do América. Lançamento da defesa pro ataque, Juninho amacia no peito diante da defesa adversária, sai na frente dos beques e deixa o goleiro na saudade.


E no segundo tempo, passe de Fabinho pro Adyson (guardem bem esse nome) que desnorteia o lateral e devolve pra Fabinho definir o placar final do jogo. COÊLHOOOO!!!
* Por Cacá Tomazzi


Com 100% de aproveitamento, Atlético volta classificado da Argentina; Cruzeiro vence e reage na Sul-americana

Foto: twitter.com/Libertadores

Minha coluna no BHAZ:

O Rosário entrou com recurso, tentou reverter a decisão da CONMEBOL de portões fechados e não conseguiu. Pagou caro pela imbecilidade dos marginais que aprontaram contra o Peñarol. Sem a sua fanática torcida é como se entrasse em campo com um jogador a menos.
O Atlético teve 75% de posse de bola no primeiro tempo. Domínio absoluto, mas apesar do bombardeio a bola não entrou.


No segundo, o Rosário começou apertando, mas aos 19 minutos o técnico Milito mexeu bem e o time voltou a dominar, com as entradas de Igor Gomes e Alisson nos lugares de Scarpa e Zaracho.
Ainda assim a bola não entrava e Milito mexeu novamente: Vargas no lugar do Hulk. E mais uma vez deu certo.


Aos 41, depois de tabela entre Alisson, Paulinho e Vargas, sobrou para Paulinho, que fez o gol da vitória.
Com 100% de aproveitamento, classificado antecipadamente para as oitavas da Libertadores, busca agora o primeiro lugar geral. Contou hoje com perdas de pontos de concorrentes fortes, como o River Plate (2 x 2 com o Nacional em Montevidéu) e Flamengo, que perdeu para o Palestino, no Chile, 1 a 0.

Arthur Gomes comemora o segundo do Cruzeiro, aos cinco do segundo tempo (Foto: twitter.com/SudamericanaBR)


Pela Sul-Americana o Cruzeiro fez um grande jogo contra o Alianza, na Colômbia, venceu por 3 a 0 e voltou a brigar por vaga nas oitavas de final.
Gols de Lucas Silva, aproveitando cruzamento de Matheus Pereira, aos 40 do primeiro, Arhur Gomes, aos cinco, e Elias Papagaio, aos 47 do segundo.


Terça-feira de Galo em busca da classificação e início de uma nova era do Cruzeiro

Foto: twitter.com/Atletico

Na Colômbia, o primeiro jogo do Cruzeiro comandado por Pedro Lourenço e a equipe contratada por ele.

Na Argentina, a possibilidade de classificação do Galo para as oitavas da Libertadores.

Na visão do Fernando Rocha, na coluna dele no Diário do Aço, de Ipatinga:

Primeira vez

Quando entrar em campo 21:30hs, para enfrentar o Alianza Petrolera, na Colômbia, pela quarta rodada da Copa Sul-Americana, o Cruzeiro vai começar a escrever uma nova página da sua história centenária.

Foto: twitter.com/Cruzeiro/@ggaleixo

Este não será um jogo qualquer, pois será a primeira vez que a equipe celeste vai jogar sob a direção da nova SAF, agora tendo o empresário Pedro Lourenço como maior acionista; Alexandre Mattos, CEO de futebol; Edu Dracena, ex-jogador do clube, como novo diretor técnico; Paulo Pelaipe no cargo de diretor executivo.

Ainda sem vencer na competição, a Raposa está na terceira colocação do Grupo B com apenas três pontos conquistados, quatro a menos que a Universidad Católica, do Equador, que lidera o grupo, e um a menos que o segundo colocado, Union La Calera, do Chile.

Como apenas o líder avança direto à próxima fase, enquanto a equipe que terminar na segunda colocação enfrenta um dos terceiros colocados da Libertadores, o resultado deste jogo de hoje contra o Alianza irá impactar diretamente na sequência do time na competição.

Jogo tenso

O Galo tem um jogo tenso e difícil, 19hs, pela 4ª rodada da fase de grupos da Libertadores contra o Rosário Central, na Argentina, mesmo sem torcida presente no estádio.

Em recente jogo contra o Peñarol do Uruguai, torcedores do Rosário agrediram os do time uruguaio e até um jogador da equipe adversária foi atingido por uma pedrada no rosto.

Uma vitória sobre o Rosário na Argentina, pode assegurar a classificação antecipada à próxima fase, além de manter o alvinegro na briga pela melhor campanha geral, que pode lhe valer o direito de decidir em casa o segundo jogo de mata-mata até a semi-final.

FIM DE PAPO

·        Apesar da recorrente ruindade das arbitragens temos visto bons jogos, com a possibilidade de quatro a seis times brigarem diretamente pelo título, o que torna a maior e mais importante competição do nosso calendário, uma das mais difíceis e disputadas, em comparação com outros grandes centros do futebol mundial.

·        Na zona de rebaixamento a surpresa é o Vasco da Gama, que até agora soma 4 derrotas em cinco jogos, uma campanha pífia, que já custou o cargo do técnico Ramon Dias e causa uma enorme decepção à sua torcida.  O insucesso do “gigante da colina”, um dos clubes mais tradicionais e de maior torcida no país, traz à discussão o trabalho feito pelas SAFs no futebol brasileiro, muito longe de ser unanimidade como solução para clubes falidos.

·        O Palmeiras estuda proposta feita pelo Chelsea da Inglaterra para levar o garoto Estevão, pagando algo em torno de R$ 218 milhões. Também chamado de Messinho quando iniciou aos 10 anos de idade na base do Cruzeiro, o garoto agora com 16 anos, foi levado para o Palmeiras por empresários, que aproveitaram o caos administrativo e financeiro vivido pelo clube celeste, antes de virar SAF. O presidente na época, Sérgio Santos Rodrigues, não teria aceitado 20% do passe de Messinho e decidiu ir à justiça para anular sua ida ao Palmeiras. O Cruzeiro perdeu o pleito na justiça e agora pode ficar sem R$ 44 milhões, que lhe caberia se a venda aos ingleses for concluída. (Fecha o pano!)

Por Fernando Rocha – Diário do Aço – Ipatinga


Galo de Milito e Athletico de Cuca, os times de jogo mais bonito neste início de Brasileiro

Imagem: twitter.com/Brasileirao

São apenas cinco rodadas dessa maratona formidável que é o campeonato, mas os quatro primeiros colocados estão fazendo por merecer o topo da tabela e jogando futebol bonito. Principalmente o Galo e o xará paranaense, comandado pelo Cuca, que lidera com 10 pontos, mesma pontuação do Bahia, seguidos por Botafogo e Atlético com nove. O Bragantino, quinto colocado, também tem nove.


Está dando gosto ver o Atlético jogar, com as estratégias e escalações imprevisíveis do Gabriel Milito. Ele surpreende os atleticanos e principalmente os adversários, o que é o mais importante. O time do Cuca também está jogando um belo futebol, em alta velocidade.


Contra o Fluminense, não fosse a tarde infeliz do Everson o Galo teria saído de Cariacica com três pontos, mas valeu a experiência de ver o time reagindo muito bem com o placar adverso. Perdia de dois a zero, empatou e quase venceu. Se vinha mostrando cansaço no segundo tempo, dessa vez, foi bem superior ao Flu, fisicamente, no segundo tempo.


Uma frase do técnico Milito depois da partida mostra bem o que é este novo Atlético, pós-Felipão: “No vestiário, mesmo após o 2 a 2, havia jogadores com cara ruim, de bronca por não terem ganhado. Eu gosto disso. Eu não celebro o empate. O empate é perder dois pontos. Eu celebro o comportamento da equipe. Se mantivermos esse comportamento, teremos futuro.”


O Guilherme Frossard fez boas observações sobre o aproveitamento de mais um jogador da base e das falhas do Everson: @canaldofrossard “1) Rômulo começou bem, mas lembremos: é garoto. Pode errar. Merece cuidado. É tratado como jóia no Galo há muitos anos. Não podemos queimar! 2) sem criar crise à toa. Everson falhou? Sim. Empatamos, estamos invictos com Milito e esse time vai crescer. Terça tem Libertadores!”

E gostei demais do relato do Pedro Vitor, comentarista/colaborador tradicional aqui do blog:
“… minha esposa, para minha surpresa, novamente, marcou de vermos o jogo do Atlético, na casa de cruzeirense. Logo já pensei: “hoje vou passar vergonha na casa dos outros “!
Jogo começa, Everson, sai mal do gol, 1 a 0, Fluminense, Atlético tentando retomar o ritmo do jogo, e mais uma falha de Everson, 2 a 0, Fluminense.
Eu não sabia onde punha a cara de vergonha.
Aí o Milito me coloca o Vargas. Gente, futebol é fase, Hulk, tem 7 jogos que não faz gol, joga e é útil, mas não tem feito os gols, e o Vargas, está no momento dele, 2 gols, empatou e poderia ter virado.
Eu vi muito pouco da partida, pois não é fácil assistir jogo ao lado de cruzeirense, é muita zica em cima da gente, eles odeiam o Atlético com todas as forças, eu vi ontem ao vivo e a cores, no final eu tive que consolar o indivíduo.
Mas foi um jogaço!
E o Galo vai mostrando a força do elenco!”
Pedro Vitor

Foto: twitter/Atlético


E lá se foi César Luis Menotti, o técnico argentino que quase veio para Minas em 1984

Como diretor de seleções da AFA, César Luis Menotti foi
importante para a confirmação de Lionel Scaloni (esq.) como técnico principal
da Argentina, campeã do mundo na Copa do Catar em 2022 (Foto: AFA)

Quem teve o privilégio de conviver ou trabalhar
com ele diz que era um grande ser humano. Como jogador, os mais velhos dizem
que foi um ótimo atacante. Como treinador, eu era muito novo, começava minha
vida de repórter, mas o tinha na conta como um dos melhores do mundo naqueles
fins dos anos 1970, início dos anos 1980. Foi o técnico da Argentina no
primeiro título mundial deles, em 1978. Em 1983 deixou a seleção e foi comandar
o Barcelona, onde ficou apenas um ano.

Em 1984 o então presidente do Atlético, Elias Kalil tentou contratá-lo. Na
época boa parte da imprensa mineira e nacional dizia que se tratava de mais um
“arroubo megalomaníaco” do Kalil, pois nenhum clube brasileiro teria dinheiro
para trazer um dos treinadores mais cobiçados do mundo.

Eu era repórter setorista do Atlético e todos os dias passava na sede do Galo,
Av. Olegário Maciel 1.516, antes de ir cobrir o treino na Vila Olímpica. Sempre
havia um diretor na sede, sempre aberto a bater papo com a imprensa, sem
necessidade de marcação prévia e essas frescuras da atualidade. O próprio
presidente Elias Kalil (pai do Alexandre) adorava bater papo conosco. Chegava
lá pontualmente às 14 horas. Raramente ia embora antes das 20.

Ele estava montando um grande time, visando o
título brasileiro de 1984. Menotti tinha acabado de sair do Barcelona, de
Maradona, e se tornou o sonho do Kalil para comandar o Atlético. Incomodado com
a imprensa que zombava da sua tentativa de contratá-lo, me passou o telefone da
casa do Menotti em Buenos Aires.

As negociações estavam adiantadas e a expetativa era positiva.
Liguei. Do outro lado, a voz inconfundível do próprio treinador:
__ Habla Menotti!
Não acreditei. Mas era o próprio, super gentil.
Em quase cinco minutos de conversa, disse que ficou feliz com o interesse do
Atlético e com a possibilidade de voltar a trabalhar no Brasil, agora como
técnico de futebol. Tinha jogado no Santos.

Falou também que financeiramente não haveria
problema, pois a proposta do Galo era "altamente" interessante.
Entretanto, tinha problemas a resolver na Argentina e que estava pensando em
“dar um tempo” na carreira e ficar um tempo sem trabalhar. Daria a resposta ao
Atlético dentro de três dias, depois de decidir com a família.
Três dias depois ligou para Elias Kalil agradecendo o convite, mas que passaria
um “período sabático”. E assim foi feito.

O Galo contratou Rubens Minelli, que era o técnico mais badalado do Brasil,
tri-campeão brasileiro, com o São Paulo e Internacional.
César Luiz Menotti só voltou a trabalhar dois anos depois, no Boca Juniors.

A CONMEBOL lamentou em suas redes: “La CONMEBOL lamenta el fallecimiento de César Luis Menotti, leyenda del fútbol y campeón del mundo como entrenador de @Argentina en 1978. Condolencias a los familiares y amigos.” (Foto: @CONMEBOL)


Gabriel Milito: mais um para aquela história do Galo: entra funcionário, sai torcedor

Foto: twitter.com/Atletico

A imagem do técnico do Atlético incentivando os filhos Luca e Enzo a gritar “aqui é Galo!”, na saída do vestiário depois dos 2 a 0 sobre o Sport Recife está rodando o mundo.

Além da beleza da cena, que termina com Milito carregando o filho mais novo nas costas, mostra que o treinador argentino está se sentindo em casa, acolhido pelos atleticanos e pelos belorizontinos.

Mas ele próprio alertou depois das empolgantes vitórias sobre o Cuiabá, fora, e Sport, em casa: “… sabemos como é o futebol e como ele muda. Nós faremos todos os esforços possíveis para continuar nessa dinâmica. Eu sei como funciona isso. Estamos ganhando então tudo parece melhor… Depois quando não ganha, os jogadores são piores, o treinador é ruim, vêm as críticas. Calma, calma… Estou aqui tem poucos meses e não gosto de elogios. Não me sinto bem com os elogios. Prefiro calma, calma e tranquilidade”.

Realmente, no futebol tudo pode acontecer, mas comparemos os dez primeiros jogos dele, um técnico em começo de carreira, com o do antecessor, Felipão, consagrado, que se desaposentou para decepcionar a todos os atleticanos.

Levantamento do twitter.com/GaloMetrics, que aliás, recomendo:

https://twitter.com/GaloMetrics


A caminho do Mineirão, ouvindo na CBN que Ayrton Senna podia estar morrendo

Imagem: RAI/reprodução

Zapeando canais de TV, bem cedo na manhã deste 1º de maio, paro na italiana RAI e vejo vasto noticiário lembrando a morte do Ayrton Senna. Mudo para canais da Espanha, França, Canadá, EUA e até da China, e a mesma lembrança. O prestigio dele era impressionante. E continua, né?

Quase todo mundo se lembra onde estava, no exato momento em que tomou conhecimento de alguma notícia muito marcante.

A Rádio CBN existia há menos de três anos e eu a estava ouvindo, dentro do carro, a caminho do Mineirão para assistir Atlético 1 x 1 Cruzeiro, pelo campeonato mineiro.

Imagem: RAI/reprodução

Na MG-424, que já era horrível naquela época (e piorou bastante), eu passava por Pedro Leopoldo quando o repórter dizia, direto de Ímola, que a situação do piloto brasileiro era de morte cerebral.

Baixou uma péssima sensação, apesar de eu não ser tão vidrado em Fórmula 1. Mas, Ayrton Senna era especial. O tempo passa depressa: 30 anos já se foram!

Momentos depois, no Mineirão, clima de velório total, inclusive entre os jogadores. Foi 1 a 1, Gaúcho (de saudosa memória) fez 1 a 0 e Cleison empatou.

Era a “Selegalo” e o Cruzeiro terminou o campeonato mineiro campeão, com 10 pontos na frente.

O time comandado pelo Valdir Espinosa naquele dia: Humberto, Luiz Carlos Winck, Adilson Batista, Kanapkis e Paulo Roberto Prestes; Eder Lopes, Darci e Zé Carlos; Renato Gaúcho, Gaúcho (Cleiton) e Éder Aleixo (Reinaldo Rosa).

O Cruzeiro do técnico Ênio Andrade: Dida, Paulo Roberto Costa, Célio Lúcio, Luizinho e Nonato; Ademir, Cerezo e Cleison; Macalé, Ronalddo Fenômeno e Roberto Gaúcho (Catê).

Imagem: RAI/reprodução