A notícia saiu sexta e sábado e muita gente nem tomou conhecimento.
Se estivéssemos num país onde os criminosos pagassem devidamente pelos seus delitos, estaríamos comemorando essa informação, e os envolvidos pagariam ou iriam para a cadeia.
Como estamos no Brasil, trata-se apenas mais uma notícia que, sabemos, não vai dar em nada.
Lembra-se da “Máfia do Apito”, denunciada pela famosa reportagem do André Rizek para a revista Veja?
Pois é!
Confira aí no Uol Esporte e mais abaixo, no Globo.com:
* Justiça multa CBF e ex-juiz em R$ 160 milhões
O ex-árbitro Edilson Pereira de Carvalho e a CBF foram condenados ontem a pagar uma multa de R$ 160 milhões. Cabe recurso da decisão, da 17ª Vara Cível da Justiça de São Paulo.
CBF e Edilson foram condenados devido ao caso que ficou conhecido como “máfia do apito”. O ex-árbitro manipulava resultado de jogos num esquema comandado por apostadores.
A assessoria de imprensa da CBF afirmou que a entidade vai recorrer.
A Federação Paulista de Futebol e o ex-árbitro Paulo José Danelon também foram condenados, pela mesma decisão da Justiça de São Paulo, a pagar uma multa de R$ 20 milhões.
A entidade paulista também disse que irá recorrer.
* http://www1.folha.uol.com.br/esporte/881496-justica-multa-cbf-e-ex-juiz-em-r-160-milhoes.shtml
* Máfia do Apito é condenada a pagar R$ 160 milhões
Teve continuação, com mais um capítulo, a longa novela da “Máfia do Apito”. Segundo reportagem da revista “Veja”, que já foi às bancas neste sábado, a 17ª Vara Cível da Justiça de São Paulo condenou com multa os réus no processo movido por manipulação de resultados no futebol brasileiro ocorrido em 2005. O ex-árbitro Edílson Pereira de Carvalho, que pertencia à Fifa, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o empresário Nagib Fayad terão de desembolsar, juntos, a quantia de R$ 160 milhões.
O ex-árbitro confessou ter recebido propina de grupo de empresários de São Paulo e Piracicaba para fraudar resultados nas partidas que apitava para favorecer apostas nos sites de loteria esportiva da internet. Após a denúncia da reportagem da “Veja” publicada em 2005, 11 partidas do Campeonato Brasileiro foram anuladas. Com isso, o Corinthians acabou sendo o campeão, e tanto Edílson quanto outro árbitro acusado de participar do esquema, Paulo José Danelon, acabaram afastados e expulsos do futebol.
Segundo a revista, o juiz da 17ª Vara Cível José Paulo Camargo Magano, que proferiu a sentença, considerou que, na escalação de “árbitros parciais”, a CBF “não cumpriu o dever de garantir a observância de regras que assegurassem o regular andamento dos campeonatos”.
Os R$ 160 milhões de indenização à sociedade terão de ser depositados no Fundo Especial de Despesa de Reparação de Interesses Difusos Lesados, sob responsabilidade do Estado de São Paulo. A condenação é em caráter solidário. Ou seja: se algum dos réus não tiver condições financeiras de pagar a indenização, os outros é que vão arcar com as despesas.
A CBF informou à revista que recorrerá da decisão. Edílson, que admitiu ter recebido entre R$ 10 mil e R$ 15 mil por partida fraudada, hoje trabalha no bar de um clube em Jacareí, no interior de São Paulo. Procurado pela “Veja” na última quinta-feira, o ex-árbitro disse que cometeu o erro por ter caído “em tentação”.
“A tentação vai crescendo e fica difícil parar. Eu não tinha dívida, nada disso, mas dinheiro chama dinheiro. Se você tem um carro, quer um maior. Depois, quer ter dois. A gente não pensa em nada quando vê o dinheiro na frente”.
Segundo o site IG, o empresário Nagib Fayad, o ex-árbitro Paulo José Danelon e a FPF (Federação Paulista de Futebol) também foram condenados e terão de pagar R$ 20 milhões. Danelon foi acusado de ter manipulado os resultados de dez partidas do Campeonato Paulista de 2005.