O comentário é do americano Márcio Amorim, tradicional frequentador dos jogos do Coelho, até quando o time estava na segunda divisão estadual. Cheio de argumentos verdadeiros e sugestões plenamente realizáveis.

Volto a dizer que passou da hora da diretoria americana acordar para essa realidade: o clube precisa aumentar a sua torcida e para isso tem que fazer promoções interessantes de verdade, como cobra o Márcio. A hora é agora, o cavalo está passando arreado. Confira:
* “Caro Chico!”
Alguém tem de se aproximar da diretoria do América e mostrar que o time “do ano que vem” não existe mais desde 2020. O América é o time do ano passado, deste ano e dos próximos. A imprensa, tirando a mineira, claro, tem hoje respeito e admiração pelo América desses últimos anos. Quem vem acompanhando os comentários de torcedores do norte ao sul, está ouvindo isto. Gostando ou não, é a nova realidade. Estamos sempre entre os grandes na Série A, na Copa do Brasil, na Libertadores.
Ninguém na imprensa paulista teve até agora a coragem de cravar o SP como classificado na Copa do Brasil, mesmo tendo vencido o primeiro jogo. É o respeito e a admiração que adquiriram pelo time do América. Se brincar, perde. Se não jogar, perde feio. O Botafogo que o diga.
No entanto, esta diretoria está procurando ser marcada, no futuro, como “coveira da torcida”, exatamente quando deveria ter a inteligência de fazê-la crescer porque tem um time que dá resposta em campo como NUNCA TEVE. O que vemos? Estádio vazio como nunca foram, nem nos tempos de Série B ou C. O time cresceu e a torcida sumiu. Hoje, o time joga contra Santos, Palmeiras, Corínthians, Fluminense, Botafogo e o público não passa de 2.500 pessoas.
Lá não se aceitam sugestões e, a cada dia, o estádio fica mais vazio e com bandeirões ridículos cobrindo as cadeiras vazias.
Atletas gostam de afagos pelas conquistas. Seja no grito, no barulho, seja na aproximação dos torcedores com carinho, respeito e elogios.
Lendo a publicação das medidas a serem tomadas na venda dos ingressos para quinta-feira, em um certo ponto, você começa a rir.
Há ingressos, pasmem, de 1,00, 2,00, 3,00, 4,00, 5,00, 6,00, 10,00, 17,50, 20,00, 35,00 e 40,00. A coisa é hilária e sinistra ao mesmo tempo. Os preços menores só serão conseguidos com a ajuda de malabarismos matemáticos, consultas de listas, documentos de crianças, ou com a ajuda de um sócio-torcedor que pode conseguir UM mais barato. Sim, só um.
Já cansei de mandar a sugestão simplória: mulheres e crianças não pagam; sócio-torcedor tem acesso aos locais que, tradicionalmente, lhes são endereçados e os demais pagarão preços fixos de 40,00 e 20,00 com venda nas bilheterias do estádio. Nada mais.
Ficam fazendo malabarismos, tentando impedir os torcedores adversários locais de entrarem no estádio. Eu levo sempre amigos e parentes atleticanos e cruzeirenses e tenho frequentado jogos dos dois. Alguns chegam a comprar camisa do América para ir aos jogos. TODOS SÃO BEM-VINDOS. Arruaceiros são problemas da polícia e aparecem em todo lugar, inclusive entre os americanos. Grande abraço!
Todos, sem discriminação, ao estádio na quinta. Sinto que vai dar.
* Por Márcio Amorim