Blog do Chico Maia

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No dia dos 10 anos da conquista da Libertadores, uma entrevista sensacional do Alexandre Kalil, ao Ge

Foto:  ge.globo.com/futebol/times/atletico-mg

Parabéns ao Fred Ribeiro, Guilherme Frossard e Pedro Spinelli pelo excelente trabalho nessa conversa com o maior presidente da história do Atlético. Tantas histórias, de tantos detalhes até a chegada ao título, que ao terminar a leitura fica aquela sensação de frustração em saber que dificilmente o Galo terá outros Kalil, Ronaldinho Gaúcho e essa geração fantástica que deu a maior alegria de todos os atleticanos na história.

* “Atlético-MG: a toalha, a profecia e o “delay” de Alexandre Kalil no título da Libertadores há exatos 10 anos”

Título do Galo completa uma década nesta segunda-feira e aquece memória do ex-presidente

Há 10 anos, uma bola bateu na trave e explodiu a vida do Atlético, na conquista do maior título esportivo do clube. Aquele barulho histórico, entretanto, foi visto com alguns segundos de atraso – o famoso delay – pelo então presidente do clube, Alexandre Kalil. Ele acompanhou a decisão da Libertadores de 2013 dentro do vestiário do Galo, no Mineirão.

É um passado presente todos os dias no apartamento do nono andar de um prédio no bairro de Lourdes (o mesmo onde está a sede do Galo). Em sua casa, Kalil, hoje com 64 anos, recebeu o ge para relembrar aquela conquista da virada do dia 24 para 25 de julho de 2013. Justamente um dos maiores símbolos da conquista, justamente a bola que bateu na trave de Victor, está na memorabília de Kalil.

“Aquele dia foi um acúmulo de emoções para chegar no ápice. Acho que só caiu a ficha quando entrei no gramado Mineirão. Porque eu estava lá embaixo (no vestiário). Quando entrei no Mineirão, eu senti o tamanho da festa e o tamanho da emoção que eu ia sentir.”

Logo na entrada do apartamento, réplicas de tamanhos reais do troféu da Libertadores de 2013 e da Copa do Brasil de 2014, no crepúsculo da sua administração, iniciada em outubro de 2008. A taça original da conquista, inclusive dormiu com Kalil. Em um cômodo separado das salas de TV e de estar, há uma espécie de museu do Galo, ou de museu de Alexandre Kalil no Galo. Com referências ao seu pai, Elias Kalil, ex-mandatário entre 1980 e 1985.

Entretanto, há um objeto que não dialoga com o restante da decoração, ao menos visualmente. Mas é ele quem será o condutor do bate-papo no estilo “túnel do tempo” para a Libertadores de 2013. Trata-se de uma toalha de rosto rosa, devidamente esticada e enquadrada. Posição de destaque, ao lado da camisa de Ronaldinho Gaúcho devidamente preparada para a sua coletiva de despedida, em 2014.

Na entrevista, Alexandre cita várias vezes Elias Kalil. Falecido em 1993, o ex-dirigente do Galo chegou a profetizar, em 1983, logo após a conquista do hexacampeonato mineiro: “Agora que atingimos hexa, vamos ao Mundial”. Meta cumprida pelo filho, 30 anos depois. Na entrevista, Alexandre cita várias vezes Elias Kalil. Falecido em 1993, o ex-dirigente do Galo chegou a profetizar, em 1983, logo após a conquista do hexacampeonato mineiro: “Agora que atingimos hexa, vamos ao Mundial”. Meta cumprida pelo filho, 30 anos depois.

Alexandre Kalil segue tocando seus negócios pessoais, curte as cinco netas, alimenta sua paixão por motocicletas Harley-Davidson e ainda tem no currículo a prefeitura de Belo Horizonte (2017-2022), em dois mandatos. Recentemente, foi alvo de uma CPI (“Abuso de Poder”) na Câmara dos Vereadores.

No relatório final, realizado na sexta-feira, não houve imputação de irregularidades ao ex-chefe do executivo municipal. Um dos temas da CPI foi as contrapartidas da Arena MRV. O estádio, a Liga e até mesmo a votação da SAF do Atlético (aprovada na última quinta, seis dias depois da gravação da entrevista) são outros temas abordados por Kalil.

Alexandre beija a foto do pai, na galeria dos ex-presidentes do Galo na sede de Lourdes. Elias Kalil foi o presidente que modernizou o Atlético e pôs o clube no mapa do futebol mundial com as grandes excursões à Europa nos anos 1980.

LEIA A ENTREVISTA COM ALEXANDRE KALIL

Foto: twitter.com/ppedrospinelli

ge: Qual foi o primeiro pensamento após o título da Libertadores?

Kalil: “Não lembro (…) é muita coisa. Vem um turbilhão. Eu não lembro de nada. É um negócio completamente fora de contexto. Eu não esperava que o Atlético fosse campeão da Libertadores. Eu não esperava quando tudo começou. Isso demora pra gente. Primeiro que eu não estava no ambiente, eu estava solitariamente no vestiário do Mineirão (na final). Eu tive que me incorporar à festa pra começar a sentir. Eu lembro que eu estava com um filho do meu lado, o Felipe (Kalil, médico da Seleção), que é o mais velho, nós nos abraçamos na solidão do vestiário. Ainda mais nesse momento, vestiário fica vazio mesmo. Estava no vestiário com os dois roupeiros e o Felipe. Então, naquele momento, quando a bola explodiu… Antes de a bola explodir, eu escutei o Mineirão explodindo, porque tinha um delay da televisão do vestiário. Eu abracei, nos abraçamos, os roupeiros vieram também. Aí que nos fomos incorporar, sentir a festa.

E por que decidiu ver jogo no vestiário do Mineirão, pela TV?

– Por covardia. Eu estava apavorado. E eu estava com muito medo de perder. Nós tínhamos um 2 a 0 contra. Quem conhece de futebol sabe que dois contra… Então, fui pro vestiário por medo. Apavorado, fiquei lá trancado. O medo é uma coisa que você não compartilha. É tão vergonhoso que você fica sozinho. Meu filho só foi pro vestiário, não porque eu chamei, porque avisaram: ‘Seu pai tá no vestiário’. Deve ter acontecido alguma coisa. Aí, quando ele ficou e nós fizemos um gol, eu falei: ‘Agora você não vai sair. Vai ficar do meu lado’.

Houve algum momento que você teve aquela sensação de “deu merda”? (mais…)


Despropósito: horário especial de trabalho em jogos da seleção brasileira; masculina ou feminina

Ary Borges marcou os dois gols da seleção brasileira na estreia contra o Panamá, no primeiro tempo – Foto: twitter.com/FIFAWWC

***

Bela estreia (especialmente o primeiro tempo, que assisti) da seleção na estreia da Copa feminina na Austrália/Nova Zelândia. Mas, concordo com o Fernando Rocha, que fez essa crítica na coluna dele no Diário do Aço, de Ipatinga. Vale para as duas seleções, em qualquer Copa. Confira este e outros temas abordados por ele:

“Achei um despropósito os decretos do Governo do Estado e da Prefeitura de Belo Horizonte, estabelecendo horários especiais para seus respectivos  servidores nos dias de jogos da Seleção Brasileira na Copa do Mundo feminina. Nem mesmo para as partidas da seleção masculina, que tem visibilidade mil vezes maior, acho válido ação semelhante. Quem sai prejudicado como sempre é o cidadão que necessita do serviço público. A instalação de aparelhos de TV nas repartições seria uma boa e simples solução para o caso, mas aqui no Brasil esta cultura de feriados por qualquer motivo ultrapassa todos os limites.”

  • Todo clube quando é vítima de suposto erro de marcação do VAR reage assim como acontece agora com o Galo, contando sempre com o apoio de parte da imprensa bairrista de sua região. Algumas rodadas atrás o Galo foi beneficiado pelo VAR, que anulou um belo gol de Rony do Palmeiras no Mineirão, no entanto não me lembro de algum dirigente alvinegro ter reconhecido publicamente o erro da arbitragem. A orientação é da FIFA e só ela pode mudar o critério de milímetros para marcar impedimentos e anular gols, algo que também acho injusto.

(Fecha o pano!)   (mais…)


Treinador já mostrou que é bom. O elenco é que é muito limitado. A realidade do Cruzeiro

Cruzeirense dos mais participativos, o jornalista Fernando Rocha, ex-Globo, perguntou da derrota de 1 a 0 para o Goiás, no Independência:

@fernandoroch “Queria saber a opinião de vocês depois de mais um jogo sofrível; É o time ou é o técnico? Eu realmente estou estou em dúvida”.

Outro cruzeirense conceituado da imprensa, e da turma mais experiente, Orlando Augusto, ex-Rádio Guarani, TV Alterosa e Rede Minas, praticamente respondeu em seu twitter: “Sabe quando a gente cobra reforços e alguns torcedores dizem que estou torcendo contra, que estou fazendo onda, que está tudo bem? Pois é. O time do Cruzeiro hoje,até agora 30 do segundo tempo levou um banho de bola. Pode até empatar. Mas o futebol foi muito fraco. Deus me livre”.

***

E concordo com o Orlando. O Pepa tira água de pedra deste  grupo. Consegue mais do que todos nós imaginávamos antes de começar o campeonato. Porém, numa disputa longa como essa, elenco “conta do chá” como ele tem, não consegue manter o nível de competitividade das primeiras rodadas.

Foi-se o tempo que em que o peso camisa fazia diferença. Agora, se não tiver time, será engolido pelos adversários. O problema maior é que os departamentos de marketing dos clubes são cada dia mais criativos e sem compromisso com o que vai acontecer com o sentimento do torcedor que acredita em tudo que lhe é passado. Douram pílulas que não merecem ser bronzeadas. E quando a bola rola, cadê futebol? Cadê resultado?

Neste jogo contra o Goiás, duas belas ações de marketing: homenagem ao saudoso Palhinha, que nos deixou segunda-feira, e homenagem ao Filipe Machado.

Palhinha pertence à galeria dos melhores atacantes do futebol brasileiro. Ajudou o Cruzeiro a ser grande como é!

Filipe Machado alcançou uma marca pessoal, de fazer 100 jogos vestindo essa camisa que é forte porque jogadores como Palhinha trabalharam muito para isso.

Mas Filipe Machado ainda não deu ao Cruzeiro os resultados em campo que o clube precisa. Ao homenageá-lo por uma marca pessoal, o marketing passa ao torcedor a falsa impressão de que o rapaz joga muita bola. Além do mais, o que são 100 jogos perto de cinco, dez anos, em que os jogadores ficavam nos grandes clubes em outros tempos?

Outro exemplo: chegou com grande pompa Matheus Pereira, atacante, 27 anos, vindo do Al-Hilal da Arábia Saudita e do Al-Whada, dos Emirados Unidos. Mineiro de Belo Horizonte, despontou no Filadélfia e Democrata de Governador Valadares, visto por um olheiro do Sporting de Portugal em 2010, emprestado ao Chaves de Portugal, depois ao Nuremberg da Alemanha, depois West Bromwich Albion da Inglaterra e de lá para a Arábia.

Do jeito que foi anunciado pelo marketing do Cruzeiro, parecia que tinha jogado nos maiores clubes europeus.

A maioria da imprensa acompanhou o tom do que o marketing da Raposa mandou para ela e repassou para a torcida. Como não me lembrava dele, fui pesquisar.

Vamos ver como será a performance dele quando o Pepa o escalar.

O jogo de hoje? Ah, gol do Goiás aos 27 do primeiro tempo e falta de futebol do Cruzeiro para reagir. Nenhum chute a gol.

E viva Palhinha! @Cruzeiro

Na conquista da Libertadores de 1976, Palhinha foi o artilheiro do Cruzeiro e da competição, com 13 gols marcados.  Ele é um dos 6 jogadores da história do time a fazer 3 ou mais gols em uma única partida da Copa Libertadores. Eternamente ídolo! #PalhinhaEterno

No oitavo jogo sem vencer, sete com Felipão, melhor atuação do Atlético na derrota para o Grêmio

@Atletico/Pedro Souza – Hulk foi muito bem marcado pelo zagueiro Kanneman

Sete  jogos pelo Brasileiro e um pela Libertadores, 1 x 1 com o Libertad. Felipão disse de novo que o time está no caminho certo, que está evoluindo e culpou a arbitragem pela derrota. Exageros à parte, hoje foi a melhor atuação sob o comando dele.

Principalmente no primeiro tempo o Galo foi melhor que o Grêmio. Porém, tomou o gol de forma infantil, aos 10 minutos, quando o gremista Ronald se antecipou à defesa e teve que se abaixar para cabecear. Otávio, Igor Gomes e os zagueiros vacilaram feio.

A partir daí o goleiro Gabriel fez pelo menos três defesas espetaculares, evitando o empate. O segundo tempo foi mais equilibrado, mas com Gabriel trabalhando muito mais que o Everson. Com Hulk muito bem marcado, Pavón foi o maior destaque entre os atacantes. Paulinho fez outra má partida.

Luiz Felipe Scolari fez várias mexidas, mas ao invés de tirar Paulinho, que não estava bem, tirou Pavón. Alisson, que entrou, melhorou o time. Sairam também: Mariano para a entrada do Saravia, Rubens para a entrada do Pedrinho e Igor Gomes para a entrada do Alan Kardec, que marcou de cabeça mas o gol foi anulado pelo VAR.

Anulação muito contestada, inclusive por gente boa da imprensa sem coração atleticano, como o Arnaldo Ribeiro, da Band e TV Cultura, que escreveu: @ArnaldoJRibeiro “VAR no telão tornou a arbitragem brasileira ainda mais caseira . E os caras falavam que essa porcaria traria Justiça. Inocência. Só pode ser isso …”

O VAR tem disso. Questões milimétricas, mas se a FIFA determinou isso, fazer o quê? Cumpra-se. Felipão disse depois da partida que “acabaram com o futebol”.

@Grêmio

O público pagante foi 35.073, presentes: 37.085 para uma renda de R$ 2.685.567,00
Próximos jogos do Galo pelo Brasileiro: Flamengo em Belo Horizonte, São Paulo lá, e Bahia em Belo Horizonte.


Que partida fez o América contra o Flamengo no Maracanã

Direto do Bar do Lair, 55 anos de tradição no Bairro Bethânia em Belo Horizonte, protestam Firmínio e Tymão: “gol no Flamengo, tem que fazer dois pra valer um, e se tiver pênalti contra, esqueça, pois até o VAR dá um jeito de anular”.

***

O Márcio Rezende de Freitas, que foi um grande árbitro, disse na Itatiaia que daria pênalti no Benitez, quando jogo ainda estava 0 a 0.

Mas, vida que segue!

Importante é que o América fez um jogaço, que dá esperanças de que vai sair da zona do rebaixamento. Tem time, o treinador é competente e os jogadores estão mostrando vontade.

Estranheza geral pelos sete minutos de prorrogação determinados pelo árbitro pernambucano Rodrigo Jose Pereira. Se tivesse dado três, estaria de ótimo tamanho. Depois ainda deu mais dois.

Absurdo, apenas 10 pontos até agora no campeonato. Mas, a luta continua. Próximo jogo, Palmeiras, domingo, 30, no Independência às 16 horas.


Copa do Mundo é oportunidade para o futebol feminino brasileiro abrir e ocupar mais espaços no país

Em foto do twitter.com/SelecaoFeminina, Marta e Aline, esperanças da seleção brasileira.

Começou quinta-feira, 20, a Copa do Mundo feminina na Austrália e Nova Zelândia e enquanto escrevia este texto, cinco partidas já tinham sido realizadas: Nova Zelândia 1 x 0 Noruega; Suíça 2 x 0 Filipinas; Espanha 3 x 0 Costa Rica; Austrália 1 x 0 Irlanda e Nigéria 0 x 0 Canadá.

O Brasil estreia segunda-feira, 8 horas, horário nosso, contra o Panamá, em Brisbane/Austrália. Foi lá que a seleção olímpica brasileira foi eliminada dos Jogos de Sydney 2000, com Ronaldinho Gaúcho, Alex Talento e um monte de outros craques, comandados pelo Vanderlei Luxemburgo, que era o treinador mais badalado do país naquela época.

O time de Marta e cia., comandado pela sueca Pia Mariane Sundhage , está no Grupo F, junto com França e Jamaica, que aliás, jogam neste domingo às 7 horas.

O time brasileiro deve passar às oitavas, junto com a França, a partir daí, tudo pode acontecer. Diferentemente do masculino, a seleção feminina está longe de entrar como favorita nesta Copa.

A modalidade vem crescendo muito e rápido. Em 2019 cobri a Copa realizada na França. Foi um sucesso de público, mas a tendência é que esta edição seja melhor ainda. Trabalhando bem os patrocinadores, como sempre, a FIFA deita e rola de arrecadar, dourando bem a pílula para vender seu peixe.

Em termos de Brasil, a CBF força a barra para que todos os clubes montem times e disputem os campeonatos estaduais e nacional. Obrigados, os filiados obedecem, mas se dependesse apenas da vontade deles, a maioria não investiria nada na modalidade. Nem time teriam. O torcedor brasileiro ainda não abraçou o futebol jogado pelas moças, muitas excelentes, que valem a pena assistir e bater palmas. Alguns jogos, nas fases decisivas, levam bons públicos, mas de modo geral, estádios quase vazios.

Para melhorar da água pro vinho o ideal seria que a comunidade escolar de todo o país fosse envolvida, do ginasial às universidades. Foi por aí que os Estados Unidos se tornaram uma das potências mundiais, dentro e fora de campo.

Me lembro que durante a Copa de 1994, lá, a seleção brasileira que viria a ser tetracampeã, contra a Itália, treinava em um campo e num outro ao lado treinavam as meninas da Universidade de Santa Clara, com estrutura de causar inveja em muitos clubes profissionais masculinos nossos.

Assisti uma comentarista da Globonews reclamando que a Marta ganha 175 vezes menos que o Neymar, o equivalente a ela entre os homens. E deu números da Marta, que superam muitos do Neymar e se comparam aos de Pelé. Ora, ora, a cobrança seria lógica se o raciocínio comparasse também os números da audiência e do faturamento de uma e de outra modalidade e categoria. O futebol feminino ainda é quase nada no comparativo da grana que entra no masculino.

Sucesso às meninas da Pia Mariane Sundhage, uma grande treinadora.

O Boulevard Périphérique (anel rodoviário de Paris), passa debaixo do Parque dos Príncipes e tem 35 Km de extensão. O estádio foi o maior palco da Copa feminina de 2019, que aliás, foi um grande sucesso.


A criação da SAF no Brasil e as perspectivas do Atlético com a sua transformação

Foto: @Atletico

Um comentário e uma cobrança aqui no blog, na postagem anterior, me motivaram a voltar ao assunto:

Martens

“O Galo tambem e uma página virada na minha vida, agora sou exAtleticano ex torcedor de futebol !!!”

 

Márcio Luiz45

“Chico, como seu leitor desde o “Hoje em Dia” como colunista (e desde a “Capital” como repórter), gostaria muito de ler a SUA opinião (na visão de jornalista) sobre tudo isso.
Agradeço desde já.”

***

Vamos lá: os empresários que estão assumindo o Atlético são todos muito conhecidos em seus negócios e são atleticanos. Sabem o tamanho da responsabilidade que tomaram para si e sabem também que terão de mostrar no futebol do Atlético, a mesma competência que têm em seus negócios pessoais. O Galo é futebol! O resto é perfumaria.

Em princípio, é estranho mesmo, torcer para uma “empresa”, e entendo o sentimento do atleticano Martens.

Ainda mais no Brasil, onde quase tudo no é na base do “jeitinho”, do “imbondo”.

Na teoria, a criação da Sociedade Anônima do Futebol – SAF – pelo Congresso Nacional, veio para corrigir o absurdo que é, tradicionalmente, a gestão do nosso futebol, desde que se transformou em profissional: uma bandalheira. Clubes, federações e CBF, nenhuma transparência e ninguém sujeito aos ritos da justiça e códigos penal e civil a que qualquer pessoa física ou jurídica está.

Ninguém paga pelos erros administrativos. Nem presidente, nem diretor, nem ninguém. Prestações de contas, na maioria absoluta dos casos, são para “inglês ver”. Os conselhos fiscais são formados por amigos, conselhos deliberatios servem para eleger e reeleger ou não diretorias e para constar nos estatutos que existem.

O Mestre Kafunga dizia que um dirigente quando assumia, dizia que o dinheiro do clube ficaria num bolso e o dinheiro pessoal dele ficaria em outro. Passado algum tempo, o sujeito não sabia mais em qual estava o dinheiro de um e de outro. Ou seja: nenhum controle, honesta ou desonestamente.

Ao se transformar em empresa, teoricamente, o clube passa a se submeter à legislação federal que as regula, inclusive quanto à prestação de contas e fiscalização.

O problema é a forma e velocidade de como estes clubes centenários, de marcas e patrimônios incalculáveis estão sendo entregues a novos “donos’.

Como é tudo muito recente, só com o tempo para dizer se no Brasil isso vai funcionar ou se apenas vamos continuar tapando o sol com a peneira, varrendo a sujeira para debaixo do tapete.

A transformação do Cruzeiro foi rápida demais. O  clube foi entregue ao Ronaldo por um valor incrivelmente baixo. Quase toda a imprensa embarcou naquela do “se não virar SAF, vai fechar”, e fez a cabeça da maioria da torcida. Ai de quem fizesse qualquer observação crítica!

A verdade é que não fecharia coisa nenhuma, porém, como estava na Série B e na mão de dirigentes incompetentes, o nome do Ronaldo surgiu como pedra da salvação, o “salvador da pátria”, e fim de papo.

O Botafogo começou mal dentro de campo, debaixo de muitas críticas, cobranças e desconfianças, sob um dono norte-americano. Mas este ano está surpreendendo a todo mundo, líder disparado do Brasileiro, contra todas as perspectivas. Ninguém tem bola de cristal para dizer com certeza sobre a sequência. Nem teria dado tempo para os efeitos de uma SAF operar este “milagre”. Se for campeão, a transformação será exaltada ao extremo. Se não for, muita gente dirá que foi “fogo de palha”.

No caso do Atlético, situação parecida. Como se endividou de forma absurda nos últimos anos, entrou nessa de que “só a SAF salva”. Entendo que antes, deveria ter havido um esclarecimento melhor desse endividamento e os responsáveis por cada erro que levou a isso. Além de avaliação melhor de quanto valem as marcas Atlético e Galo.

Mas o trator foi passado e não adianta mais ficar aqui fazendo previsões e o que deveria ou não ter sido feito. É torcer para que os donos contratem gente que entenda de futebol e montem times que justifiquem a existência do Clube Atlético Mineiro, que é disputar tudo na parte de cima da tabela.

Começando pelas categorias de base. Não pode o time sub-17, tomar de 7 a 1 do Corinthians no Campeonato Brasileiro, como o ocorrido quarta-feira. É da base que se espera o surgimento de jogadores que mantenham o Galo entre os maiores do país, dentro e fora de campo.


Página virada no Atlético. Aprovada a SAF, Galo é Galo, viva o Galo e bola pra frente!

Foto: @Atlético

Que a história do Clube Atlético Mineiro continue como sempre foi: depois de divergências e muito quebra pau, o mundo alvinegro se une e a vida segue. Que os novos tempos sejam de paixão e muitas glórias!
Alcançados os
273 votos. 75% da SAF pertencerão à Galo Holding, por R$ 913 milhões, junto com 100% da dívida que é de R$ 1,8 bilhão.

Agora é pensar no Grêmio pelo Brasileiro, sábado, 20 horas, em Porto Alegre.

Imagem: Atlético/Divulgação

E o Fred Ribeiro informou no Ge. @fredfrm “O presidente Sérgio Coelho será o CEO do futebol da SAF. Informação confirmada pelo Rubens Menin.”


De Minas a Paris, passando pelo Catar, as incontáveis formas de reconhecimento a Alberto Santos Dumont, que estaria completando 150 anos hoje!

No Brasil um dos mais movimentados e famosos aeroportos leva o nome dele, no Rio.

Temos um trecho da rodovia federal 116, denominada Santos Dumont, na região de Governador Valadares, Teófilo Otoni, Sul da Bahia.

Mas no exterior, também é impressionante. Durante a escala em Paris ano passado, indo para a Copa Catar, me surpreendi ao ver esta imagem do nosso conterrâneo ilustre, em umm belíssimo prédio na avenida mais charmosa do mundo, a Champs-Élysées, ao lado do número 111, onde se encontra uma das maiores lojas da Aplle no mundo.

Me aproximei, fotografei e lá está escrito na placa:

“Alberto Santos Dumont”

1873 – 1932

Brasileiro

Inventor – Construtor – Piloto

Pioneiro da aeronáutica

Habitou este móvel em frente ao qual em 1903 pousou seu dirigível nº 9”

***

De arrepiar! Nascido na Fazenda Cabangu, em Palmira, rebatizada depois em homenagem a ele, como Santos Dumont, distante 49 Km de Juiz de Fora e também a 49 Km de Barbacena.

Porém, terminando a Copa, numa ida à região turística do Catara, em Doha, outro “espanto” ao ver a imagem bem característica de Alberto Santos Dumont, exibida como marca “Tube” de produtos vendidos na feira de artesanato e roupas características do Catar, como sandálias, turbantes e outras coisas.

Do  emir do Catar  a Zinedine Zidane . . .

a imagem de Santos Dumont.

Parabéns a ele, orgulho de todos os mineiros e brasileiros pelos seus feitos fantásticos. Enfrentou  um dos maiores males vividos pelo ser humano, a depressão, e acabou com a própria vida no dia 23 de junho de 1932, aos 59 anos de idade, em Guarujá/São Paulo.


Votação da SAF: falta de transparência no Acordo de Acionistas gera dúvidas e protestos acirrados de conselheiros e torcedores do Atlético

O assunto é muito sério. Pouca gente entende de Direito Comercial, formação de empresas e principalmente Lei das SAF (Sociedade Anônima do Futebol, que é recentíssima.

Faixas espalhadas pela cidade, muitos torcedores protestando na porta da sede de Lourdes na véspera da votação pelo Conselho Deliberativo e muitas dúvidas.

É o Galo nestes dias decisivos do seu futuro. Só no fim da tarde desta quaarta-feira, 19,  foi enviado aos conselheiros um resumo do Acordo de Acionistas.

Muita coisa que foi prometida e não cumprida pela atual diretoria, planos mirabolantes apresentados que se mostraram inviáveis,  a venda do Shopping que não resolveu o problema, aumento das dívidas, mudança ainda inexplicável da Liga Forte para a Libra e outra má campanha no Brasileiro comprometeram a credibilidade do comando alvinegro.

As melhores explicações e ideias para o que está acontecendo e possível solução vieram do ex-vice presidente, em três mandatos Lásaro Cândido Cunha, inclusive do período mais vitorioso e de melhor gestão, que foi do Alexandre Kalil. Advogado de reconhecida competência nas áreas tributária, comercial, trabalhista e previdenciária, ele resumiu em algumas twitadas o assunto, de forma didática.As melhores explicações e ideias para o que está acontecendo e possível solução vieram do ex-vice presidente, em três mandatos Lásaro Cândido Cunha, inclusive do período mais vitorioso e de melhor gestão, que foi do Alexandre Kalil. Advogado de reconhecida competência nas áreas tributária, comercial, trabalhista e previdenciária, ele resumiu em algumas twitadas o assunto, de forma didática.

Foi no dia 10 de julho e disse que seria sua última fala sobre o tema. A atual diretoria do Atlético e os conselheiros deveriam ouvi-lo e discutir o assunto com mais clareza, para o bem do futuro do Clube Atlético Mineiro.

Foto: Lucas Prates/Hoje em Dia

* @lasaroccunha “Últimos tuítes q vou escrever sobre o assunto: a alternativa à venda do clube seria: criar a SAF c o futebol, sem venda, e controlada pelo Clube. A associação ingressa c Recuperação Judicial incluindo TODA dívida.

Na Recuperação Judicial, a dívida integral será reduzida talvez p metade e parcelada

A dívida do Clube, com a Recuperação Judicial, cairia p digamos 800 milhões, dos quais 400 e pouco são tributos parcelados. Restariam então em torno de 400 milhões ou menos de dívida (parcelada em 10 anos)…

Profissionaliza INTEGRALMENTE da SAF e democratiza a participação pela venda de quotas aos milhares de sócio-torcedores em até 49% do capital da SAF. Os torcedores passam a ter representação na administração da SAF, reduzindo o papel do Conselho. O GALO do POVO.

Nas SAFs e dos processos de venda dos controles p associações p os “investidores”, há um documento CHAVE e ESSENCIAL p o FUTURO do controle pela torcida desse novo “clube” (SAF): o ACORDO de “ACIONISTAS”. Trata-se de um documento c dezenas de cláusulas p cumprimento p investidores

No caso do ATLÉTICO, o Conselho NÃO conhece o ACORDO DE ACIONISTAS. Ele, o ACORDO, não existe. O documento, essencial e chave para o controle de dezenas de hipóteses para o futuro e ao longo da vida do futebol, fica para ser DECIDIDO pela direção do ATLÉTICO e os investidores…

Uma banal, entre dezenas de outras situações: digamos que os investidores resolvam comprar um outro clube e esses clubes estão os 2 na Liberta. O ATLÉTICO, sem acordo de acionistas específico, poderia ser excluído daquela Liberta, abrindo vaga p o outro clube c acordo específico..

Outro exemplo: digamos que o controlador quebre (vá à falência, por exemplo): os bens, incluindo o controle da SAF, iriam a leilão para pagamento dos credores… esse novo adquirente poderia ser qualquer um (se não há previsão no acordo de acionistas)…

Fui!”  * @lasaroccunha

Região da Sede Lourdes está cheia de faixas como essas

Que também estão em outras regiões da capital mineira

Pelo movimento, maioria até aceita a SAF, porém, mais discutida e melhor elaborada para a preservação dos interesses do Atlético

Votação será nesta quinta e sexta-feiras.