Blog do Chico Maia

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Há quem escape da lavagem cerebral, da manipulação e do futebol comercial

O leitor José Eduardo Barata fez interessantes comentários e uma cobrança a este colunista: “…por favor , não entre nessa do culto ao Neymar. Ele joga absolutamente a mesma coisa que muitos jogadores

que estão por aí, nesta competição.

Ele “desafoga” o jogo assim como Campbell desafoga, assim como Robben o faz, o mesmo que Müller e Messi têm feito.

E todos os citados não precisam das “gracinhas” que fazem narradores e comentaristas irem à loucura, provocando um êxtase coletivo.

Insuportável. Mascarado, marqueteiro, um pseudo líder. Eu, que venho dos tempos em que Barrica, pelo Democrata de sua terra, “aprontava” das suas em jogo contra o Galo,

não entendo essa “neymania” nos dias de hoje.

Não é possível exaltar os gols feitos contra Camarões, que, simplesmente, entregou todos os gols. Todos!

A comentar o fato que a seleção de Camarões jamais poderia estar numa disputa como uma Copa, um grupo totalmente alheio à competição, sem esquema, sem compromisso, sem responsabilidade.

E ver que um jogo como esse merece análises profundas, com

Noriegas, Belletis e similares tentando nos mostrar o que absolutamente não existiu.

Desculpe o desabafo, e entenda o motivo por não ter usado o espaço dos comentários: fui bastante prolixo. Um abraço, de seu leitor,

José Eduardo Barata”.

Agradeço ao José Eduardo Barata e garanto que não entro nessa de grande parte a imprensa brasileira de criar e cultuar mais um ídolo em nosso futebol, ainda que para isso tenham que forçar mil barras e queimar etapas; tudo em nome do “futebol comercial”, como diz o colega jornalista José Luiz Gontijo. Nesta Copa, na rede de TV oficial, parceira da Fifa, o que menos se pratica é jornalismo.

Neymar e demais integrantes da seleção, entre jogadores, comissão técnica e dirigentes, são produtos e agentes transformadores de lucro. Viram o bigode do Fred?

fred

Ganhou mais notoriedade que os gols que o atacante não tem feito! Daqui uns dias vai aparecer uma lâmina ou barbeador para “cortar” o bigode do Fred, ou um cosmético qualquer com um tom de cor tal, que será responsável por algum “milagre” criado na medida para render grande faturamento.

O grande problema do efeito que o futebol provoca em países como o Brasil é que qualquer vitória, ainda que sobre Camarões, mascara todos os defeitos, dentro e fora de campo. Felipão tem falado que a seleção está evoluindo. Não sei onde, mas grande parte da imprensa concorda com ele.

Demagogicamente o treinador disse que não gostaria de ter o Chile como adversário; e tem gente que acredita!

Vejo o Neymar como a esperança de tirar o time do Felipão de situações complicadas, como Messi tirou a Argentina contra o Irã; Robben abriu as portas para liquidar com a Holanda; Benzema, que supriu a falta do Ribery; enfim. Toda seleção tem um jogador “diferenciado”. Contra Camarões, Neymar desempenhou este papel, mas ressaltei, que este adversário não serve para medir competência de nenhuma seleção.


Felipão deve ter se conscientizado que o Fernandinho merece ser titular

Neymar fez o que se espera de um jogador decisivo e quando o jogo estava ficando bom para Camarões ele fez 1 a 0. Com o placar aberto imaginava-se que fosse sair uma goleada, mas o sistema defensivo brasileiro sentiu a velocidade e troca de passes dos camaroneses que empataram nove minutos depois, aos 26 do primeiro tempo. Com Daniel Alves tomando bola nas costas pela direita e a dupla de zaga permitindo cabeçadas nas imediações do pênalti e pequena área, não estava difícil chegar na cara do Júlio César. Mas Neymar foi novamente decisivo e aos 35 aliviou o sufoco fazendo 2 a 1.

Nove entre dez comentaristas têm falado que Paulinho está mal e que quando o Fernandinho entra o time melhora. Felipão finalmente deve ter se conscientizado disso também e fez esta mudança no intervalo. Na primeira jogada que fez, Fernandinho pôs Hulck na cara do gol, que errou. Na segunda, aos cinco minutos, tocou para David Luiz que entrava na área como um ponta esquerda. O zagueiro cruzou na cabeça de Fred que marcou o seu primeiro gol na Copa e deu tranqüilidade ao time, sossegando os africanos.

Importante ressaltar que Camarões foi a seleção mais avacalhada deste Mundial, dentro e fora de campo.

O time não foi bem nos três primeiros jogos e Felipão ainda procura a formação ideal. Menos mal que o adversário nas oitavas será o Chile, que sempre respeita em demasia a camisa amarela. Dá trabalho em quase todo jogo mas, no fim, sucumbe neste clássico da prateleira do meio do futebol sul-americano. A não ser que o técnico Jorge Sampaoli tenha conseguido implantar sangue e artimanhas do seu país, Argentina, neste bom time que montou.

FERNANDINHO

Fernandinho entra e o time melhora

Estes jogos apertados na primeira fase podem ter sido positivos para Felipão e Cia. Diminui o “oba-oba” o clima de “já ganhou” que foi incentivado pela própria comissão técnica antes mesmo dos treinos começarem na Granja Comary. Ao ver candidatas ao título jogando muito, como Holanda e Alemanha; e outras chegando ao velho estilo delas, como Argentina e Itália, é bom trabalhar mais, escalar o time certo e correr muito.

O quarto gol foi um prêmio ao grande futebol do Fernandinho e justiça pelo tanto que o time melhorou com a entrada dele no lugar do Paulinho. Pode ter garantido a sua vaga no time com esta exibição. Mas foi o terceiro gol nascido de uma entregada da defesa de Camarões. Adversários mais qualificados raramente dão presentes como estes.

O tal ranking de seleções da Fifa se desmoraliza em mais uma Copa do Mundo. A disputa é de quatro em quatro anos, mas o que importa mesmo é o mês da realização dos jogos do Mundial. O México, 20º colocado, conseguiu se classificar na “bacia das almas”, está nas oitavas da Copa, jogando muito. Costa Rica, 29º, idem. A Espanha continua em primeiro; Portugal em quarto lugar.

E muita gente leva este ranking a sério.


Cada louco com a sua mania: árbitro de Brasil x Camarões é milionário; apita por hobby

A última coisa que eu faria na vida seria apitar um jogo de futebol, profissional, amador ou uma simples pelada. Mas, há os apaixonados também por essa atividade e o sueco que dirigirá o jogo do Brasil hoje é um desses casos.

Sucesso a ele!

Publicado no Mídianews:

* “Milionário sueco apita último jogo do Brasil contra Camarões”

ARBITRO

O árbitro da partida que vai definir a classificação ou a eliminação brasileira na fase de grupos da Copa do Mundo é milionário e apita jogos de futebol apenas por hobby.

O sueco Jonas Eriksson, 40, foi anunciado neste sábado (21) como o árbitro do confronto entre Brasil e Camarões, segunda-feira (23), em Brasília, pela última rodada do Grupo A.

Ex-jornalista, Eriksson é um dos fundadores da IEC in Sports, empresa que vende e distribui direitos de transmissão de eventos esportivos para o mundo todo.

Em 2007, o sueco vendeu os 15% das ações que possuía da organização por 7,5 milhões de euros (R$ 22,8 milhões).

Desde então, livre da necessidade de ter uma outra atividade profissional, dedica-se apenas à arbitragem, que ele diz ser sua verdadeira paixão e grande hobby.

Árbitro da Fifa desde 2002, Eriksson está em sua primeira Copa do Mundo. Sua estreia na competição foi na vitória por 2 a 1 dos Estados Unidos sobre Gana.

Após duas rodadas, o Brasil lidera o Grupo A da Copa do Mundo, com quatro pontos. Camarões, seu próximo adversário, já está eliminado.

A seleção dirigida por Luiz Felipe Scolari precisa apenas de um empate para selar sua presença nas oitavas de final. O time brasileiro pode até se classificar com derrota.

http://www.midianews.com.br/conteudo.php?sid=14&cid=201307


Entre jornalistas e torcedores, visitantes enchem a bola de Belo Horizonte

Companheiros estrangeiros e de outros estados do país com quem estive no Mineirão eram só elogios a Belo Horizonte, belorizontinos e a tudo que se refere ao receptivo para a Copa por aqui. Até o clima está na pauta dos fatores positivos apontados pelos colegas: temperatura média entre 20 e 25 graus, sem chuva, sem umidade excessiva e onde tudo está funcionando bem, dentro e fora de campo. O BRT-Move está superando as expectativas, e tomei conhecimento de uma boa nova: depois da Copa haverá um ponto bem próximo do Mineirão, perto do Mineirinho, evitando a caminhada de quase 500 metros que prevalece hoje. O próprio prefeito Márcio Lacerda percebeu no local esta necessidade e já encomendou os estudos à BHTRANS, cujos executivos, também, têm utilizado o novo sistema para ir ao Mineirão. O controle do tráfego em dias de jogos tem facilitado a vida de todos e quem está se utilizando dos serviços de táxis não tem nada a reclamar. Nem os taxistas. Depois do jogo de sábado usei o taxi do Ronildo, que disse que está faturando bem, principalmente nos dias dos jogos, e que a única reclamação dele e dos colegas se refere à limitação dos espaços aonde eles podem rodar; “um exagero”, disse.

briga

Nem o quebra pau que rolou entre brasileiros e argentinos, na Savassi, na madrugada de sexta para sábado foi motivo de críticas: “coisas que acontecem entre bebuns, em qualquer lugar a esta hora”, disse Juan Castro, espanhol do jornal Marca, experiente em Mundiais, Olimpíadas e Eurocopa. Castro ficou uma semana em Beagá, apesar de a Espanha estar concentrada em Curitiba.

Juan Castro veio fazer reportagens sobre alguns jogadores chilenos e um mineiro: Lucas Silva, do Cruzeiro, que certamente está na mira de um grande espanhol, possivelmente de Madri, cidade onde está a sede do jornal Marca.

Um fato que nenhum estrangeiro consegue entender: o Maracanã não ter sido o palco da abertura da Copa, e em caso de alternativa, porque não o Mineirão ou Mané Garrincha!

Difícil explicar a um gringo a história do Itaquerão, e os ex-presidentes Ricardo Teixeira (CBF) e Lula (República) nem aos jogos estão comparecendo, e só eles poderiam esclarecer.

A maior reclamação de quem tem ido aos estádios nas 12 sedes se refere ao fim da comida nos bares antes dos jogos começarem. Bebida não falta. A Fifa não assume que a culpa é dos fornecedores dela.

Joguinho fraco entre Bélgica e Rússia, mas mesmo com o 1 a 0 conquistado nos últimos minutos a vitória belga deixou felizes os “profetas” que apostam que eles surpreenderão e farão um Mundial “memorável”. Foram duas vitórias seguidas, mas com futebol bem ruim. Neste jogo, contra a fraca Rússia, cujo técnico italiano Fábio Capello, prepara um time que não dê vexame daqui a quatro anos quando os russos serão os anfitriões da próxima Copa do Mundo.


Os dramas compartilhados por Luís Suarez e o fisioterapeuta que o recuperou para a Copa

Há exemplos que precisam ser contados e recontados para incentivar outras pessoas que passam por dificuldades e mostrar o melhor que um ser humano tem.

SUAREZ

O fisioterapeuta uruguaio, homenageado por Luís Suarez após um dos gols contra a Inglaterra, vive dois dramas: perdera um filho em acidente de carro recentemente e trata de um câncer.

Do portal Globo.com

* “Fisioterapeuta de uruguaio Luis Suárez luta contra um câncer”

Enquanto conduzia a rápida recuperação de Suárez, Walter Ferreira também estava em tratamento.

A Itália vai jogar pelo empate, porque leva vantagem no saldo de gols. Mas, não dá para esquecer que o Uruguai tem um jogador acostumado a superar todas as dificuldades: Luizito Suárez, de novo, pode fazer a diferença.

Foi mais do que um beijo de gratidão. Era uma confraternização de amigos, que dividiram e superaram, juntos, dramas particulares.

“Se não fosse pelo Walter, eu nem estaria aqui”, disse Luis Suárez.

Ele se refere ao fisioterapeuta Walter Ferreira, aliado inseparável em uma corrida contra o tempo.

Depois de uma cirurgia nos meniscos, como a que Suárez enfrentou, o joelho fica inchado e perde a mobilidade. A regeneração pode levar até 60 dias. Pois o atacante jogou e fez dois gols na quinta-feira em menos da metade desse prazo.

Enquanto conduzia essa rápida recuperação, Walter também estava em tratamento. Ele luta contra um câncer. Reservado, prefere não dar detalhes sobre a doença, mas recebeu recomendações médicas de não viajar ao Brasil.

Só encarou o desafio porque o paciente é um amigo de longa data.

“Walter conhece o Luiz desde a adolescência. E isso gera uma corrente de companheirismo, que ajuda muito no processo de recuperação dos dois”, disse o médico uruguaio Alberto Pan.

Nesta quinta-feira (19), um país inteiro festejou o renascimento de um craque. Suárez não esqueceu dos conterrâneos. Disse que o chute que derrubou os ingleses veio com a força de 3 milhões de uruguaios.

Entre eles, um grande amigo. Parceiro nas tristezas e alegrias.

http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2014/06/fisioterapeuta-de-uruguaio-luis-suarez-luta-contra-um-cancer.html


Política partidária provoca troca de porradas verbais entre figurões da imprensa

Como diria o Ísio Duflles, ex-presidente do Ginástico Clube: “neste meio não virgem em puteiro”. A única certeza que tenho é que não se trata de uma discussão ideológica, já que ideologia política no Brasil foi pro espaço há muitas décadas.

Notícia da Folha de S. Paulo:

* “Comentaristas da mídia trocam farpas após ofensas a Dilma”

Os xingamentos à presidente Dilma na abertura da Copa descambaram em ataques entre comentaristas da mídia brasileira.

O jornalista José Trajano, da ESPN, disse nesse canal que os autores dos xingamentos tinham “como gurus gente que só semeia o ódio e a inveja, como Demétrio Magnoli, Augusto Nunes, Diogo Mainardi e Reinaldo Azevedo”.

No seu blog no site da revista “Veja”, Reinaldo reagiu escrevendo que “jornalista que chama Dilma de ‘presidenta’ se define de saída e de joelhos”.
Ele diz que já tinha sido avisado que a ESPN era “uma espécie de gaiola das loucas do lulo-esquerdismo”.

Depois disso, após a vitória do Uruguai sobre a Inglaterra nesta quinta, Trajano desistiu de falar ao vivo de dentro do Itaquerão, pois torcedores ao redor gritavam “Trajano vendido”.

À Folha ele disse ter sido chamado também de “petista de merda”, entre outras coisas. “São seguidores daqueles que disseminam o ódio. Eu não imaginava que pudesse ser tão feroz. Fazem isso quando você está trabalhando, esperam entrar ao vivo, é uma covardia.”

Sobre Reinaldo, ele critica a tentativa tanto de atacá-lo pessoalmente quanto de atingir a ESPN. “Ele quer desempregar as 500 famílias de quem trabalha na empresa? É coisa de louco. Ele não vai conseguir”, afirma.

Questionado pela Folha, em que é colunista, Reinaldo diz que só ficou sabendo que existia um Trajano, “que não o bom imperador romano”, porque foi atacado.

“A turma da ESPN lançou a tese de que a vaia de Dilma era coisa da elite branca. Os espectadores reagiram. Aí o Trajano diz que nós somos os culpados? É ridículo.”

O também colunista da Folha Demétrio Magnoli diz ser inacreditável afirmar que alguns comentaristas teriam poder de provocar a reação de um estádio. “De qualquer forma, não tenho o menor interesse pela opinião do Trajano sobre qualquer assunto, inclusive sobre futebol.”

Tanto Demétrio quanto Reinaldo dizem que o problema não é a lista de Trajano, mas a de Alberto Cantalice, vice-presidente do PT.

Na segunda, três dias após a primeira fala de Trajano, Cantalice, no site do PT, apontou nove comentaristas “propagadores do ódio”. Além dos citados por Trajano, apareciam Arnaldo Jabor, Guilherme Fiúza, Lobão, Danilo Gentili e Marcelo Madureira.

“Trajano apenas antecipou a lista negra do PT. Nunca houve lista negra de jornalistas no Brasil na vigência da democracia”, diz Reinaldo.

Para Demétrio, “essa é a notícia, não a do Trajano. Aparentemente, ele foi apenas o encarregado original de listar os inimigos da pátria”.

http://www1.folha.uol.com.br/esporte/folhanacopa/2014/06/1473956-comentaristas-da-midia-trocam-farpas-apos-ofensas-a-dilma.shtml

ABERTURA

Cena da festa de abertura no Itaquerão, uma das piores da história da Copa.


Doce de Leite Viçosa faz a alegria da seleção uruguaia

Obrigado ao Samuel Borges que enviou esta interessante notícia publicada no site do ESPN

* “Depois de ter guloseima confiscada, Uruguai recebe 39 quilos de doce de leite mineiro”

Os dias estão sendo melhores para o Uruguai. Depois de ter quilos de doce de leite confiscados na chegada ao Brasil, a Celeste recebeu um presente na última sexta-feira. Um fabricante de Minas Gerais enviou cerca de 40 quilos da guloseima no hotel da seleção, em Sete Lagoas, para superar a carga apreendida pela vigilância agropecuária.

No desembarque no aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, os produtos não tinham a documentação exigida para entrarem no país e foram retidos. Segundo a Receita Federal, eles estão guardados em uma geladeira e podem ser retirados na saída.

Em parceria com a Secretaria de Esportes de Sete Lagoas e com o chef Felipe Rangel, responsável pela cozinha uruguaia no JN resort, o Laticínio Funarbe, fabricante do doce de leite Viçosa, enviou a cortesia, para desejar mais sorte ao time de Luiz Suárez e companhia.

De acordo com Rangel, a ação da empresa caiu nas graças de toda a delegação, que só naquela noite chegou a consumir quatro quilos da sobremesa enviada.

SUAREZ

Luis Suárez, artilheiro uruguaio, esperança de mais gols contra a Itália amanhã.

A seleção uruguaia enfrentará a Itália nesta terça-feira às 13h, em Natal, na Arena das Dunas. O jogo vai definir a segunda vaga para as oitavas de final, já que a Costa Rica já se garantiu ao ganhar também a segunda partida, contra a Inglaterra.

http://espn.uol.com.br/noticia/420169_depois-de-ter-guloseima-confiscada-uruguai-recebe-39-quilos-de-doce-de-leite-mineiro


Nem quebra do ônibus em Betim tira a alegria dos holandeses

Esta turma é sensacional e faz a festa nas estradas desde a Alemanha 2006. Depois que o Brasil foi eliminado pela Holanda em 2010, nos encontramos em vários trechos da estrada de Port Elizabeth à Cidade do Cabo.

ORANJEBUS

Reportagem do Uol:

* “Ônibus de holandeses quebra em MG e traz peça da Europa para seguir viagem”

Se a Holanda está a mil por hora na Copa, o mesmo não se pode dizer da torcida –ou de parte dela. Oito holandeses que seguem a seleção em um ônibus velho ficaram pela estrada, ao menos por ora.

Depois de muito perrengue desde o último domingo (15), na noite desta sexta (20) eles esperavam uma peça chegar da Holanda para colocar o “Oranjebus” de 1980, como é chamado, de novo na rua.

Os torcedores seguiam de Salvador –onde o time goleou a Espanha– para Porto Alegre, quando uma lombada mal sinalizada deixou a trupe na mão em plena Fernão Dias, na Grande BH.

O eixo traseiro do veículo se partiu, forçando a parada. E o conserto já ganhou tom de jornada épica. Para começar, o fabricante do ônibus não existe mais. “Tentamos conseguir a peça no Brasil, mas teria que ser artesanal e iria demorar”, disse Harm Otten, 51, líder da trupe.

Uma concessionária próxima deu uma força com a mão de obra. E para conseguir o novo eixo, sorte foi chave.

“Temos no grupo uma brasileira casada com um holandês. Ele viu no Twitter sobre a quebra do ônibus e disse que poderia trazer a peça. Ele está a caminho”, disse ontem Otten, na concessionária.

A estreia do “Oranjebus” em Copas foi na Alemanha, em 2006. E o ônibus, que chegou ao Brasil de navio, já deixou o grupo na mão outras vezes, como na África.

Para a gerente da concessionária, o mais difícil foi retirar a parte quebrada, presa na engrenagem. “Precisamos desvendar como o ônibus, todo mecânico, funciona. Quatro pessoas estão no trabalho com os holandeses”, diz Desirée Calicchio, da Treviso.

Tudo é precário no ônibus de dois andares: a velocidade não passa de 65 km/h, não há ar-condicionado e os bancos originais são “meio bambos”. Para disfarçar a barulheira, só aumentando o som.

Mas nada que abale Otten: “Ele é nosso bebê”.

O veículo, todo adaptado, se tornou uma espécie de mascote da seleção. Além dos bancos, há um bar e um som potente no térreo. O chão tem grama sintética. Do deque aberto no andar de cima, os viajantes comandam a festa com outros holandeses que não encaram a estrada.

Sábado (21) o grupo espera cair na estrada rumo a São Paulo, torcendo por vitória contra o Chile na segunda.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/esporte/172228-onibus-de-holandeses-quebra-em-mg-e-traz-peca-da-europa-para-seguir-viagem.shtml


Messi resolve mais uma parada. As semelhanças entre craques de ontem e de hoje!

Como a roda do tempo é interessante e algumas coisas no futebol pouco ou nada mudam. Fui cobrir um jogo do Atlético pelo Brasileiro de 1994 em Porto Alegre. O jogo era num domingo à tarde e pela manhã o título da coluna do prestigiado Ruy Carlos Ostermann, no jornal Zero Hora, era: “Vou ver o Éder!”. O grande ponta esquerda estava iniciando o fim da carreira e a imprensa brasileira impressionada com a qualidade do futebol dele, cérebro do time comandado na época pelo Levir Culpi, que chegou à semifinal naquele ano. O professor Ostermann relembrava as antigas características do Éder e as comparava com as daquele momento, quando jogava armando, correndo pouco, dando passes perfeitos e com chutes ainda muito potentes que decidia jogos complicados. Os colegas de Éder no Atlético brincavam e diziam que ele era o “8 x 8” da equipe; que “corria” numa faixa de oito metros quadrados, e bastava isso para carregar o time nas costas.

Fui ver o Messi no Mineirão contra o Irã e lembrei-me desta coluna do grande jornalista porto-alegrense. O craque da Argentina atuou como Éder naqueles tempos.

MINEIRAOJOGO

O astro argentino jogou também à Ronaldinho Gaúcho da atualidade, sem querer muita coisa com o jogo, “ancorado” pelo lado direito do campo, enquanto o R10 “ancora” pela meia esquerda. Enquanto finge de morto, as torcidas ficam apreensivas aguardando o que sairá dos pés dele a qualquer momento, que pode mudar completamente o curso do jogo.

E não deu outra! Quando tudo se encaminhava para um frustrante empate, o baixinho marcou o gol da vitória portenha.

Os craques têm esse direito, e quando bem fisicamente, têm também o poder de evitar frustrações como as que se abateriam sobre os argentinos caso a partida tivesse terminado sem gols. O Irã se defendeu com 11. O ataque argentino não estava inspirado e só mesmo uma jogada individual para resolver. Messi fez o que costuma fazer pelo Barcelona. É o que a torcida brasileira espera do Neymar.

A arbitragem da Copa continua madrasta contra as seleções das prateleiras do meio e de baixo. O Irã teve um pênalti não apitado a seu favor, e na dúvida, o sérvio Milorad Mazic, não pensava duas vezes em decidir a favor da Argentina. Mas, ao contrário dos demais treinadores de seleções prejudicadas, que sempre polidos, contém as palavras, o português Carlos Queiroz, do Irã, desabafou: “o árbitro e Messi nos derrotaram”.

MINEIRAOSONO

Centro de Imprensa do MineirÃO está excelente e permite até uma cochilada!

MINEIRAOIRANIANOS

Entrosamento dos iranianos com os brasileiros e argentinos foi o melhor possível.

Grande jogo entre Alemanha e Gana que pareciam decidir o título da Copa, tamanha a entrega dos jogadores de lado a lado. Gana não se intimidou com o 1 a 0, virou o placar e continuou buscando mais gols. A Alemanha acordou, empatou e deu tudo que tinha para vencer, esbarrando na ótima postura defensiva africana.

Tenho dúvida se os alemães manterão essa obsessão pelo ataque quando tiverem pela frente seleções como a brasileira, argentina ou holandesa.


Nenhum "expert" da bola ao menos sonhou com a Costa Rica, nesta Copa que está derrubando todos os bolões

Entrevistado após a rodada de ontem em um dos programas do ESPN, Zico brincou: “Essa Copa já derrubou todos os bolões”. Sem dúvida, no Brasil e no mundo inteiro. Quem poderia imaginar que a Costa Rica poderia ao menos constar entre as supostas surpresas ou “sensações”? Ninguém. Nem jornalistas, nem treinadores ou jogadores de lugar nenhum do mundo. Surpresa até para os simpáticos costariquenhos! Futebol envolvente, jogadores habilidosos, time bem treinado, deu coro no Uruguai; bateu a Itália, mesmo sendo prejudicada vergonhosamente pelo árbitro chileno Enrique Osses, que não marcou um pênalti claro do zagueiro Chiellini em Campbel.

De repente, aquela que foi apontada por todos os “experts” mundiais como o grande saco de pancadas deste grupo composto por mais três campeões mundiais, foi a primeira a se classificar, mandando dois campeões de volta para casa mais cedo.

Ainda bem que o técnico italiano Cesare Prandelli é realista e sabe usar o bom senso nas palavras. Reconheceu a superioridade costariquenha na partida e que “Não se ganha taças com as glórias conquistadas no passado”.

BRYAN

Bryan Ruiz, autor do gol da Costa Rica

Mais tarde a França entrou arrasadora contra a Suíça, apontada como uma das possíveis “surpresas”, de sistema defensivo elogiadíssimo por nove entre 10 analistas nacionais e internacionais. Quase os mesmos que passaram a fazer as previsões mais pessimistas quando o atacante Ribery foi cortado por contusão. Uma goleada de cinco a dois que entra para a história das Copas, sem contestações.

FRANCA

A França faz a melhor campanha até aqui.