Blog do Chico Maia

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Histórias de dramas, superação, humildade e a falta que faz uma credencia!

Antes de viajar li uma entrevista do Galvão Bueno aonde ele dizia que estava pedindo a amigos credenciados na Olimpíada de Londres que lhe conseguissem ingressos para ele assistir como cidadão comum, já que apenas narraria a abertura oficial e apresentaria dois programas semanais no Sportv.

Pensei: uai, mas ele terá a credencial dele! 

Pois agora, li na coluna Painel FC, da Folha de S. Paulo, essa nota:

“Enviado sem credencial para Londres, Galvão Bueno já ganhou a antipatia do COI. Chegou ao comitê internacional a informação de que o apresentador do Sportv tem pegado pesado com as críticas em relação à Olimpíada. O teor negativo das declarações de Galvão aos brasileiros também é polêmica entre cartolas do país.” 

Ora, ora, a Globo não credenciou o Galvão Bueno? Não dá para entender. Se não tinha para ele como locutor, poderia dar a ele uma credencial de jornalista, do jornal O Globo, por exemplo!

O que pode ter ocorrido é que eles decidiram só na última hora que ele viria, e aí o prazo de credenciamento, encerrado quase um ano atrás, tenha passado.

Aí, dependeria da boa vontade da organização ou da detentora dos direitos de transmissão, que é a Record.

A Globo nem deve ter tentado, para não passar pelo constrangimento de ouvir um simples, porém sonoro: “não”!

Pois trabalhar numa Copa ou Olimpíada sem credencial é pior que chupar bala com papel. É o verdadeiro cão chupando manga!

O sujeito não passa nem perto de qualquer local onde haja alguma atividade olímpica com objetivo profissional. A não ser que esteja cobrindo apenas o cotidiano da cidade, o ambiente, ouvindo torcedores e essas coisas.

Acostumada a credenciar umas 500 pessoas em grandes eventos assim, a Globo teve apenas 36 credenciais para o pessoal do Sportv, entre jornalistas, técnicos, redatores e coordenadores.

Por essas e outras é que a emissora dos Marinho não vai perder mais a concorrência nem por disputas de cuspe à distância!

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Histórias de dramas humanos e força de vontade, que li hoje também, daqui de Londres e do futebol brasileiro.

A primeira no portal Uol, onde o goleiro Rodolfo, do Atlético-PR, assumiu que é dependente químico e que vai encarar a luta.

Parabéns e força a ele, que não é o primeiro e nem o último a entrar nessa roubada, e certamente sairá dele, com o seu próprio esforço e apoio de todo mundo que o cerca.

Tem a de um japonês de 71 anos de idade, o mais velho atleta competindo em Londres, eliminado ontem, mas já pensando no Rio’2016.

Força a ele e espero que esteja competindo no Brasil daqui a quatro anos.

Um incentivo a muita gente jovem de idade, que tem uma vida pela frente e fica “esmorecida”, reclamando da vida, vendo o tempo passar.

Selecionei outra notícia, do portal Terra, sobre a lição de humildade que o venezuelano que ganhou a medalha de ouro ontem deu a tanto atleta mascarado que existe mundo afora.

Ganhou a medalha, pôs no pescoço e foi embora na maior simplicidade, de metrô, como se tivesse sido a coisa mais normal do mundo.

Para completar, outro exemplo de luta e superação, do maior concorrente do César Cielo ao ouro nos 50 metros hoje: o norte-americano, negro, que contrariando a lógica vigente na sociedade norte-americana, optou pela natação e chegou ao topo.

* “O goleiro Rodolfo, do Atlético-PR, foi pego dopado semana passada e admitiu nesta quinta-feira ser viciado em cocaína. Ele anunciou que vai tratar em uma clínica de reabilitação, em pronunciamento em Curitiba.

“Eu realmente sou viciado, mas vou procurar me tratar. O Atlético está me ajudando bastante com o Domingos Moro, com o psicólogo e eu vou dar o meu máximo para sair desta situação. Vou passar um tempo em um lugar para me recuperar e esta recuperação, se Deus quiser, vai dar certo”, disse.

Neste período de tratamento, Rodolfo será acompanhado pelos psicólogos e pelos médicos do Atlético, além da própria família. Não há prazo para seu retorno.

O advogado do time paranaense, Domingos Moro, comentou que o caso será julgado no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e ainda pode parar na corte arbitral da Fifa. O vice-presidente de futebol João Alfredo garantiu total apoio e acompanhamento. “O Atlético vai dar todo o respaldo ao jogador e temos certeza que ele vai se recuperar”, completou.”

* http://www1.folha.uol.com.br/esporte/1130635-goleiro-do-atletico-pr-admite-vicio-em-cocaina-e-vai-para-reabilitacao.shtml

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* “Aos 71, atleta mais velho dos Jogos é eliminado, mas mira Rio 2016”

JAPONES

O cavaleiro japonês Hiroshi Hoketsu, 71 anos, é o atleta mais velho dos Jogos Olímpicos de Londres. Sua primeira Olimpíada foi em Tóquio 1964, há quase 50 anos, e a segunda há apenas quatro anos, em Pequim. Segundo o jornal inglês The Guardian, ele ainda tem a intenção de competir nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016.

Nesta quinta-feira, Hoketsu e sua égua, Whisper, foram eliminados do torneio de adestramento individual após ficarem na 17ª posição entre 24 competidores. Apesar do resultado, o cavaleiro permaneceu tranquilo, assumiu a culpa por conta de alguns erros durante a prova e agradeceu o apoio do público.

Hoketsu explicou que o que ainda o motiva a competir é a sensação de que está melhorando, e que parará apenas quando sentir o contrário. Por isso, ele admite que, mesmo com 75 anos de idade, gostaria de estar presente nos Jogos de 2016, mas acredita que não será possível. Whisper, segundo ele, estará muito velha, e ele teria muita dificuldade para encontrar um novo cavalo para competir no Brasil.

Em comparação com a Olimpíada de 1964, em Tóquio, o japonês diz ter percebido mudanças significativas. Ele conta que, à época, a simples participação nos Jogos tinha muito mais importância para todos. Hoje, no entanto, ele pensa que as medalhas são mais importantes, não só para os atletas, mas também para a política.

http://esportes.terra.com.br/jogos-olimpicos/londres-2012/noticias/0,,OI6045737-EI19843,00-Aos+atleta+mais+velho+dos+Jogos+e+eliminado+mas+mira+Rio.html

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* “Após ouro inédito, venezuelano pega metrô com medalha no peito”

VENEZUELANO

Após vencer o norueguês Bartosz Piasecki na final da esgrima individual e conquistar o ouro inédito para a Venezuela na modalidade – o país sul-americano também não tinha uma conquista olímpica dourada desde 1968 -, Ruben Limardo, 26 anos, decidiu deixar a Arena Excel, onde competem os esgrimistas em Londres, de metrô. Mas o que chamou a atenção era o que ele tinha no pescoço: justamente a medalha dourada.

O venezuelano virou sensação no metrô de Londres quando simplesmente entrou em um dos trens com o ouro pendurado no pescoço. As informações são do jornal britânico Mirror.

Assediado com muitos pedidos de fotos e autógrafos, Ruben apenas dizia que tinha ido a Londres para conseguir uma medalha para seu país e que dedicava a conquista à Venezuela.

O comediante britânico Omid Djalili tirou uma foto da cena e postou em seu perfil no Twitter: “eu estava esperando uma imagem como essa nos Jogos Olímpicos de Londres. Campeão de esgrima da Venezuela no transporte público”.

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“De quase afogado a exemplo; veja a maior ameaça ao ouro de Cielo”

CIELONEGAO

A máxima de que dos piores momentos é possível tirar coisas boas pode definir a vida do nadador americano Cullen Jones, que nesta sexta-feira será a maior ameaça ao bicampeonato olímpico do brasileiro Cesar Cielo na prova dos 50 m livre, marcada para ocorrer às 16h09 (horário de Brasília). Isso porque bem antes de chegar à final dos 50 m livre Jones teve que superar um quase afogamento, fato que o levou às piscinas e a virar um exemplo para a comunidade negra americana.

Tudo começou quando Cullen Jones, nascido na cidade de Nova York em 29 de fevereiro de 1984, tinha oito anos de idade. Seus pais, Ronald e Debra Jones, resolveram fazer uma viagem a um parque aquático. A visita, que tinha tudo para ser comum, quase acabou em tragédia. Em um dos brinquedos, Jones ficou de ponta-cabeça e chegou a perder a consciência enquanto se afogava. Foi salvo pelo pai, que pulou na piscina para resgatá-lo, e por salva-vidas, que realizaram uma massagem cardíaca para reanimá-lo. A partir deste momento, resolveu aprender a nadar. E, como fica claro atualmente, não parou só no aprendizado básico.

“CJ”, como é chamado pelos amigos, conseguiu, com a natação – apesar da insistência do pai para praticar basquete -, o principal feito que um jovem americano persegue: entrar em uma faculdade, em seu caso a Universidade Estadual da Carolina do Norte. Pelo time da universidade, treinava e competia na natação e nos saltos ornamentais. Entretanto, foi só a natação que o levou ao sucesso e a virar exemplo para os afro-americanos.

A primeira vez que competiu com o time nacional dos Estados Unidos de natação foi no Pan-Pacífico de 2006, quando levou ouro no revezamento 4×100 m, ao lado da estrela Michael Phelps. O atleta só marcaria mesmo seu nome na história em 2008, na Olimpíada de Pequim: ao conseguir entrar no time olímpico americano, tornou-se apenas o terceiro nadador negro dos Estados Unidos a disputar os Jogos, após Anthony Ervin e Maritza Correia.

Tal sucesso lhe deu a imensa responsabilidade de se tornar uma inspiração para os afro-americanos. Em entrevistas antes dos Jogos de 2008, dava um exemplo básico sobre a situação da natação em sua comunidade: ao conversar com crianças, perguntava quem gostava de natação e todos levantavam as mãos, mas ao questionar quem praticava, todos abaixavam.

De fato, o pensamento de que negros não podem nadar é uma constante nos Estados Unidos: um estudo de 2007 da federação americana mostra que 60% das crianças afro-americanas não sabem nadar. Perspectiva que Jones luta para poder mudar não só através de palestras, mas com seu desempenho, que o levou a uma final individual olímpica.

Para chegar ao grande momento da carreira, foram muitas horas de treinamentos. Quase incontáveis: são de 5 a 6 horas diárias (que totalizam 8.000 m por dia) em 6 dias por semana. Com tanto tempo gasto dentro da piscina, quase não sobra espaço para viver fora dela. CJ, entretanto, diz que consegue jogar videogame e sair com os amigos, seus passatempos preferidos. É também fã de filmes, em geral os de ação: entre os favoritos, cita Snatch – Porcos e Diamantas e Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes.

No futuro, Cullen Jones espera escrever para uma revista masculina. O presente é, com certeza, muito mais interessante. Com o melhor tempo ao lado de Cesar Cielo na semifinal dos 50 m livre, tem a chance de ganhar a primeira medalha individual em uma Olimpíada – em 2008 e 2012, levou conquistas apenas no revezamento. Sem dúvida, o pódio olímpico ou até um possível ouro seria o feito da vida do nadador que chegou a ver a morte bem perto dentro de uma piscina.

* http://esportes.terra.com.br/jogos-olimpicos/londres-2012/noticias/0,,OI6045689-EI19855,00-De+quase+afogado+a+exemplo+veja+a+maior+ameaca+ao+ouro+de+Cielo.html


Futebol perto da medalha inédita e a visita ao monumento a Jean Charles

A pressão aumentou sobre Mano Menezes que está diante da possibilidade de conquistar a inédita medalha de ouro para o Brasil na história das Olimpíadas. José Maria Marin, o novo dono do poder do futebol brasileiro já disse que, se ganhar fica para 2014; em caso contrário, passa a bola para Muriciy Ramalho.

Zebras acontecem, mas dessa vez é difícil imaginar o Brasil perdendo outra oportunidade rara, quando vai enfrentar nas fase decisivas, adversários inexpressivos, com os principais concorrentes eliminados na primeira fase.

Espanha e Uruguai já voltaram para casa e a única sombra que restou foi o México, que também passou apertos nos jogos da primeira fase.

O próximo adversário do Brasil é Honduras, que derrotou a Espanha na primeira rodada, e que tem no curriculum uma vitória sobre a seleção brasileira principal nas eliminatórias da Copa de 2002.

Mas tudo indica que o gás dos hondurenhos chegou ao fim em Londres.

JEANCLOSE

Jean Charles

Visitei a estação de metrô onde o mineiro Jean Charles de Menezes, foi morto pela polícia de Londres no dia 22 de julho de 2005: Stockwell, quase no centro, cinco estações depois da London Bridge, que é uma das principais da cidade. Se os agentes policiais não foram punidos pela justiça britânica, a condenação veio através dos movimentos populares, de brasileiros e ingleses, numa manifestação de solidariedade internacional impressionante.

Natural de Gonzaga, perto de Governador Valadares, Jean tinha 27 anos de idade e estava indo trabalhar e foi confundido com terroristas.

Amigos e familiares do Jean, além de ingleses e estrangeiros de todas as partes que moram aqui passaram a fazer manifestações nessa estação exigindo justiça e levando flores diariamente ao local. Depois do julgamento e a não punição dos responsáveis pela morte dele, o movimento conseguiu autorização das autoridades locais para montar um painel na entrada da estação, lembrando o fato.

Virou ponto de peregrinação e muita gente para, fotografa e deixa flores, diariamente. Jean Charles está vivo na memória londrina.

Certamente a polícia inglesa passou a ser mais cautelosa a partir desse episódio, que manchou a imagem dela não só dentro, mas como fora do Reino Unido. O fato ocorreu em momento de muita tensão na época, um dia depois que foi desarticulada uma tentativa de atentado no metrô de Londres, que visava ter o mesmo efeito da derrubada das Torres Gêmeas, nos Estados Unidos.

A mistura de povos e a harmonia entre todos em Londres é fantástica, e a própria polícia é muito gentil no trato com as pessoas que recorrem a ela para informações e incontáveis outros serviços.

Não chega a ser como Buenos Aires, onde o português costuma ser ouvido tanto quanto o espanhol nos locais de maior movimento de turistas; mas Londres também é um reduto forte de brasileiros; muitos mineiros, inclusive, que estudam ou trabalham aqui.

Apesar de ser uma das capitais mais caras do mundo, trata-se de destino muito procurado por brasileiros, que podem ser vistos e ouvidos em todos os principais atrativos da cidade.

Quem conhece os preços de hotéis em Belo Horizonte e São Paulo não estranha nem um pouco os preços da rede hoteleira de Londres.

Apesar de apenas quatro medalhas no total até agora, o Brasil tem protagonizado belos espetáculos em alguns esportes. O basquete masculino fez um jogo emocionante com a Rússia hoje e perdeu quando faltavam 4 segundos, numa cesta de três; o vôlei comandado pelo Bernardinho, mesmo perdendo para os Estados Unidos, fez uma grande partida e continua na luta pelo ouro.

E amanhã César Cielo é esperança de mais uma medalha de ouro, nos 50 metros livres, a sua especialidade.

Com o Bruno Fratus também disputando essa final.

JEANFACHADA

Fachada da estação de metrô de Stockwell, onde o mineiro Jean Charles foi morto. 

O monumento a ele agora pertence à história de Londres, para que a injustiça não seja esquecida.

JEANBICICLETAS

Em frente à estação, estacionamento de bicicletas, onde trabalhadores as deixam de manhã e pegam à noite.


Rede Record adquire mais um jornal e o bate-boca do Galvão com o Renato

Numa passada pelos portais brasileiros, duas informações bem interessantes sobre a imprensa nacional.

Uma do Comunique-se, que fala de uma possível aquisição do jornal O Dia pela Rede Record, e outra da Folha de S. Paulo que reprisa um bate boca do Galvão Bueno ontem com o Renato Maurício Prado, direto de Londres:

* “Fim das negociações: Record compra jornal O Dia, diz JB”

Comunique-se 

Após um mês de especulações sobre a compra, a TV Record concluiu a negociação do jornal carioca O Dia, informa o Jornal do Brasil. De acordo com a publicação, a emissora também leva os diários Marca, Meia Hora e Brasil Econômico, todos da Empresa Jornalística Econômico S/A (Ejesa), pentencente ao grupo português Ongoing.

Parte do grupo português, o portal IG pode ter ficado fora do acordo, uma vez que a Record tem o R7. Não foram revelados valores, mas estima-se que seja superior aos US$ 75 milhões pagos em 2010 pela Ongoing.

Segundo a coluna de Anna Ramalho no JB, o anúncio oficial será feito na próxima semana e a alta cúpula da publicação já foi avisada sobre a troca de comando. A Record já possui jornais em capitais do país como Vitória, Belo Horizonte e Porto Alegre e pretendia ter um periódico no mercado carioca.

Na tarde desta terça-feira, 1°, a presidente do conselho de administração da Ejesa, Maria Alexandra Mascarenhas, negou a venda para a Record. A executiva foi além e afirmou que a empresa não está interessada em negociar os jornais. “Não há fundamentação, razão, e nenhum caminho traçado neste sentido”, disse, conforme nota publicada no site de O Dia.

* http://portal.comunique-se.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=69370:fim-das-negociacoes-record-compra-jornal-o-dia&catid=17:destaque-home&Itemid=20

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* “Galvão Bueno discute com comentarista após saia justa”

O apresentador Galvão Bueno passou por uma saia justa durante a apresentação do programa “Conexão Sportv” desta quarta-feira (1), direto de Londres, quando recebia como convidado Marcus Vinícius Freire, ex-jogador de vôlei e atual superintendente do Comitê Olímpico Brasileiro.

Durante o início do programa, quando Galvão anunciava o convidado, o comentarista Renato Maurício Prado pediu ao apresentador que repetisse um suposto comentário que teria feito nos bastidores a respeito da seleção olímpica brasileira de vôlei de 1984 –da qual Marcus fez parte.

Segundo Prado, Galvão teria dito que a equipe só conseguiu a medalha de prata nos Jogos de Los Angeles devido ao boicote dos países do bloco socialista.

O comentário deixou Galvão extremamente irritado.

“Isso é uma coisa que você não pode dizer. Tem milhões de pessoas assistindo do lado de lá, e eu jamais disse isso. Você foi extremamente deselegante. Diga, por favor, que é uma brincadeira”, disse o apresentador.

A discussão durou cerca de dois minutos até que os ânimos se acalmassem.

Veja como foi a discussão:

* http://www1.folha.uol.com.br/esporte/1130206-galvao-bueno-discute-com-comentarista-apos-saia-justa.shtml


Decepções no bolso e nos esportes para londrinos e muitos ex-favoritos

A primeira decepção ficou por conta dos próprios londrinos, que começaram os jogos perdendo em duas frentes: econômica e esportiva. Esperavam em torno de um milhão de turistas para o período olímpico e por enquanto estão se contentando com estimados 100 mil.

Nas arenas da competições, frustração maior ainda: apenas uma medalha de ouro até aqui, onde aguardavam, no mínimo, três.

O diretor de uma associação de turismo local, similar ao nosso BH Convention & Visitors Bureau, Bernard Donoghe, deu entrevistas aos jornais daqui dizendo que, por incrível que pareça, houve uma queda de 35% na compra de ingressos para as peças teatrais e visitas ao Bristit Museum, em relação ao mesmo período anterior da temporada de turismo cultural em Londres.

Na avaliação dele, a maciça campanha do governo, fazendo alertas quanto à “invasão” de estrangeiros para os Jogos, espantou os londrinos, que foram viajar ou optaram por ficar em suas casas de campo enquanto durar a festa olímpica. 

Nos transportes, uma das grandes preocupações prévias da prefeitura da cidade e do governo, nenhum problema de gargalos. Os dados oficiais mostram que houve um aumento de apenas 4% do movimento, plenamente assimilado pelo sistema e pelos habitantes. Assim como as atividades culturais, o comércio do centro de Londres também reclama do baixo movimento e de praticamente nenhum crescimento nas vendas.

O setor hoteleiro é outro que diz não ter nada a comemorar. Além de haver vagas à vontade, ninguém se atreveu a subir os preços; pelo contrário; há promoções para tentar manter a taxa de ocupação normal para essa época do ano. 

Quem não reclama e até comemora é a região de Straford, onde está o complexo olímpico, construído em área antes degrada da “Grande” Londres. Só a imprensa que cobre os Jogos, lotou os hotéis erguidos ao lado do shopping, também gigante, ao lado do local das competições e da Vila Olímpica. Os torcedores que chegam de manhã e retornam à noite para casa, lotam o comércio e faz com que todos comemorem. Depois da Olimpíada é que será uma outra história. A luta para manter o bom movimento. 

Nas arenas de competições os britânicos só comemoraram a primeira medalha de ouro ontem e as suas equipes de modo geral vão muito mal. Certamente o número de medalhas conquistadas ficará muito aquém do previsto também.

Nessa área, as decepções são grandes, não só dos ingleses. A maior delas, no futebol, onde a Espanha, foi eliminada na primeira fase, apesar do favoritismo ao ouro, junto com Brasil e Uruguai. Nenhuma vitória, nenhum gol. Campanha ridícula, que baixa um pouco a bola do país campeão do mundo e da Bi da Eurocopa. 

O Uruguai também volta hoje para casa, depois de péssimo papel na primeira fase e deixa o caminho livre para a seleção do Mano Menezes, que se classificou em primeiro lugar do seu grupo com “um pé nas costas”, ao vencer seus três compromissos iniciais. Adversários da pior qualidade, diga-se. Agora terá pela frente Honduras, outra seleção figurante. O México deverá ser o único páreo mais duro do Brasil nessa caminhada pelo inédito ouro olímpico no futebol. Se não for dessa vez, Mano Menezes realmente pode ir para casa. 

Algumas modalidades do Brasil também decepcionaram nestes primeiros dias de Jogos, em algumas categorias. O judô e a ginástica, por exemplo, além da própria natação, onde se esperava melhores resultados. O basquete feminino perdeu três dos três disputados. Individualmente, além de Diego e Danyele Hipólito, Paulo Henrique Ganso, do futebol, voltou a marcar a sua carreira com a fama de “canela de vidro”. Outra vez machucado, sem poder mostrar o seu futebol ao mundo em mais uma oportunidade.

SHOPPINWESTFIELD

Se o comércio do centro de Londres reclama das baixas vendas, o Shopping recém construído, ao lado do Parque Olímpico, não tem do que reclamar.

SINALIZAÇAOSONORA

Comunicação eficiente é o que não falta no Parque Olímpico, visual e sonora, orientando os torcedores. 

PARQUEEMSTRATFORD

Antes uma região degradada, Stratford terá uma nova realidade a partir dos jogos


Carioca pede dicas sobre região do Independência para Atlético x Vasco

Nosso blog também é utilidade pública e agradeço ao Marcelo, do Rio, que recorreu ao espaço para pedir dicas sobre a região do Independência.

Como mineiro é bom de receptividade, peço a quem conhece bem as imediações, que passem dicas a ele.

“Galera, bom dia.
Sou do RJ e vou ao estádio no próximo dia 12/08 com alguns amigos para ver o jog Atlético e Vasco.

Quero saber se existem bares próximos ao estádio onde a gente possa parar para fazer um churrasco, e beber uma cerveja tranquilamente.

O ideal seria ter estacionamento próximo, pois vamos de van.
Desde já agradeço pela ajuda.
Marcelo.”


Um passeio por Wembley para autoridades e colegas tomarem conhecimento

Tenho que voltar ao tema Estádio Wembley hoje, porque as autoridades mineiras e brasileiras precisam adotar medidas simples que estão em ação há muitos anos aqui, visando facilitar o acesso do público e acima de tudo a segurança de todos.

Também mostro neste post, especialmente aos companheiros de imprensa, o tratamento dado a jornalistas que vão ao estádio trabalhar, que recebem a melhor estrutura possível em condições todas especiais.

WEMBLEYSEGURANÇAAFRENTE

O público já vai avisado que só chegará perto do estádio se tiver o seu ingresso na mão e nas imediações há centenas de avisos como este: 

“Prepare-se para verificações de segurança em frente”

Daí a pouco todo mundo será conferido: se está portando algo proibido e se está com o ingresso comprado.

E a polícia de olho. Quem transgredir, vai para dentro de um ônibus/cadeia, já aguardando.

WEMBLEYAREAINTERNA

Área interna do Wembley, nos corredores que separam bares e banheiros, à esquerda, e as cadeiras das arquibancadas, à direita.

Enquanto estiver por aí o torcedor acompanha pelas TVs espalhadas.

WEMBLEYCERVEJA

Cerveja à vontade e muitas mulheres no estádio. Aqui, exclusividade da holandesa Heineken e custa £4,50 (R$15,00) o copo ou a long-neck.

WEMBLEYARECEPÇAO

A recepção à imprensa, nessa área que seria relativa ao hall de entrada do Mineirão.

WEMBLEYELEVADOR

Elevadores com capacidade para 17 pessoas, logo de cara.

WEMBLEYCORREDORES

O nível dos corredores, que parecem com os dos melhores prédios de escritórios de Belo Horizonte.

WEMBLEYLOCKERS

Logo na entrada da sala de imprensa, escaninhos à esquerda com papéis com todo tipo de informação sobre o estádio e o jogo em questão.

À direita, guarda volumes à disposição dos jornalistas, que podem deixar seus pertences que não serão usados durante a partida.

WEMBLEYSALADEIMPRENSESTRUTURAPATRABALHAR

Mesas amplas com cabeamento de internet e 4G.

WEMBLEYSALADEIMPRENSACOMVISTA

Se o sujeito não quiser ir para a tribuna, dá para assistir o jogo do seu local de trabalho, dentro da sala de imprensa.

WEMBLEYSALADEIMPRENSACAFE

A área do café equivale a um bom restaurante dos nossos. 

WEMBLEYSALADEIMPRENSABANHEIROS

Banheiros decentes, entre a sala e a tribuna de imprensa. Quase que dá para assistir o jogo lá de dentro.

WEMBLEYCLAUDIOMOTARICARDO

À esquerda, Ricardo Napolitano, do jornal O Dia, do Rio; à direita, Cláudio Mota, gente boa e competente assessor de imprensa do Comitê Olímpico Brasileiro – COB.

WEMBLEYSALADEIMPRENSACADEIRAS

O tamanho das mesas de trabalho e o espaço entre elas.

WEMBLEYTRIBUNADEIMPRENSA

Mesas onde duplas podem trabalhar com bastante espaço e uma TV à disposição.

WEMBLEYSALADEIMPRENSADISTANCIADOCAMPO

A distância entre a tribuna de imprensa e o gramado.

WEMBLEYCLAUDIOMOTACHICOMAIA

Aí estou com o Cláudio Mota, sonhando um dia ter condições de trabalho desse nível nos estádios do Brasil.

WEMBLEYTIMESPERFILADOS

Ah!, e tem os jogos, né!?

Como ontem, quando a Grã Bretanha venceu o Brasil no feminino por 1 x 0


O que é isso América?

Decepção hoje, quando conferi a rodada da Série B e vi que o América perdeu em casa para o Joinville!

O que está acontecendo com o Coelhão, senhores?

Agora, acabou a gordura!

Está em quarto, tábua da beirada, empatado em número de pontos com o São Caetano, que parecia estar morto e o Goiás, que vem atrás em velocidade, igual a uma carreta descendo ladeira, com outros candidatos diretos, perigosos, de tradição, chegando perto, como o próprio Joinville, Paraná e Atlético-PR.

Se as rédeas foram perdidas pelo Givanildo ou pela diretoria é preciso retomá-las, pois tudo vinha caminhando bem, até a saída do Bruno Meneghel, que está fazendo falta e a contusão do Rodriguinho.

Como diz o Bruno Azevedo: “Acredita América!” 

CLASSIFICAÇÃO P J V E D GP GC SG %
1 Criciúma 35 14 11 2 1 36 21 15 83.3
2 Vitória 32 14 10 2 2 26 14 12 76.2
3 América-RN 26 14 8 2 4 24 17 7 61.9
4 América-MG 26 14 8 2 4 22 16 6 61.9
5 São Caetano 26 14 7 5 2 19 11 8 61.9
6 Goiás 26 14 7 5 2 23 19 4 61.9
7 Joinville 24 14 7 3 4 23 13 10 57.1
8 Paraná 22 14 6 4 4 21 18 3 52.4
9 Atlético-PR 20 14 6 2 6 17 14 3 47.6
10 CRB 20 14 6 2 6 21 22 -1 47.6
11 Avaí 18 14 5 3 6 14 16 -2 42.9
12 Boa Esporte 18 14 4 6 4 19 18 1 42.9
13 Ceará 18 14 4 6 4 22 23 -1 42.9
14 ABC 17 14 4 5 5 21 19 2 40.5
15 Guarani 15 14 3 6 5 14 15 -1 35.7
16 Bragantino 12 14 2 6 6 18 22 -4 28.6
17 ASA 11 14 3 2 9 16 23 -7 26.2
18 Guaratinguetá 9 14 2 3 9 11 24 -13 21.4
19 Barueri 6 14 1 3 10 10 30 -20 14.3
20 Ipatinga 4 14 1 1 12 9 31 -22 9.5

* Globoesporte.com


Metrô de BH, menos complicado que Londres, Paris e Nova Yorque

Dureza senhores!

Acordei cedo em Highams Park, em Londres, e depois de ótima caminhada de hora e meia, abro a caixa de mensagens e me deparo com uma ótima notícia enviada pelo Antônio Neto.

Confiram: 

“E aí Chico, tudo bem na terra dos ‘Pommys’?

Desculpa tá te enviando por e-mail, não sei como enviar pelo blog, mas recebi esta do metrô de BH e como vc sempre reclama, olha como é simples e bem melhor assim.

Achei muito boa. Metrô descomplicado.

Abraços,

Antonio G Macedo Neto”

 

Feliz da vida, pensei: pronto! em ano eleitoral, finalmente encontraram a solução para o metrô da nossa capital.

Mas a alegria durou só alguns segundos, pois abri o anexo e vejam o que o Antônio Neto nos enviou:

Metro BH

E o pior é que o que ele mandou é verdadeiro!

Lamentável, mas é verdade!

Valeu a pegadinha e agradeço ao A. Neto pela crítica bem humorada do nosso sistema público de transportes.


Futebol pode ser com respeito e cidadania

Fui ver Brasil 0 x 1 Reino Unido no futebol feminino. As duas seleções já classificadas, porém, decidindo quem ficaria em primeiro. Espetacular foi o palco do jogo: o novo Wembley, estádio mais emblemático do futebol mundial, onde a seleção do Mano Menezes espera chegar, para decidir a medalha de ouro.

Saí de casa faltando 2h30 para o começo da partida e mesmo com o metrô lotado, e uma conexão, cheguei com 1h20 de antecedência na estação Wembley Park.

De cara, na saída da estação, já se vê o estádio, com o seu arco característico, a menos de 500 metros de distância, e um mar de gente caminhando, lenta e organizadamente até os seus portões de acesso.

Para mostrar a presença da autoridade e intimidar eventuais mal educados ou marginais, os policiais se postam no meio do caminho. Com fardas, quepes, algemas e bombas de gás pimenta bem ostensivos, e ainda identificados por coletes verdes-limão, para serem vistos de bem longe. 

A multidão avança sem tumulto, andando normalmente, respeitando a todos que têm o mesmo objetivo: chegar ao seu portão e ao devido assento, que o aguarda, numerado e bem identificado. Ninguém sai correndo ou trombando em quem está à frente e isso proporciona a nós brasileiros, uma visão rara nesse tipo de ambiente em nossas praças esportivas e locais de grandes eventos: crianças, idosos e portadores de deficiência no meio da multidão, indo exercer o seu direito de assistir e participar de um show.

Questão de educação e civilidade, aplicáveis em qualquer lugar do mundo, desde que haja respeito ao direito alheio. 

Lembrei-me de reclamações que recebi em meu blog, de torcedores que têm frequentado o novo Independência. Um do Cruzeiro, que não conseguiu assistir, assentado, a maior parte do jogo contra o Grêmio porque quem estava nas cadeiras à sua frente não se sentava em momento algum e usava as cadeiras para pisar.

Um do Atlético reclamou que comprou ingresso de valor mais caro e quando chegou à sua cadeira, numerada, estava ocupada por outro torcedor, que não quis desocupá-la. Recorreu a um monitor que disse a ele: “sente em outra porque não tem jeito de cumprir essa numeração”. 

Mais interessante, e incômodo, é que a maioria dos leitores que enviou comentários para este post, criticou os reclamantes, dizendo que trata-se de uma questão “cultural”, que nos estádios brasileiros “sempre foi assim”. Ora, ora! cultural uma ova!

É falta de educação e desrespeito. No Brasil é comum alegar questões “culturais” para justificar desonestidade, atraso social e ruindade na prestação de serviços, públicos e privados.

É claro que em momentos de perigo todo mundo se levanta da cadeira em um estádio, porém, volta a se sentar novamente depois do lance. 

Este comportamento grosseiro para ir e frequentar os estádios, com o qual o brasileiro se acostumou só serve para afastar famílias dos jogos. Em Manchester, a caminho do Old Trafford, havia até uma mãe com um bebê no carrinho, dentro do bonde, que era de uma linha normal para a região, mesmo quase na hora do jogo. E para reforçar que não se trata de “questão cultural”, é só lembrar que até os anos 1980 os torcedores ingleses eram os mais violentos do mundo, com os temíveis hollighans.

Até que o governo resolveu dar uma basta neles. 

E o governo inglês só se mexeu porque a UEFA e a FIFA suspenderam os clubes e a federação deles de todas as competições europeias e intercontinentais, até que essa violência fosse contida.

Leis internas passaram a ser cumpridas; outras foram criadas e os marginais chamados de “hollighans” foram “domados”. Não sem muita confusão, prisões, condenações e suspensões de ir a estádios durante muitos anos

Ou seja: é só querer, que no Brasil também tem jeito. Clubes, Federação e governo têm é que agir.

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Soldados se postam no meio da multidão para serem vistos e respeitados

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Logo na saída da estação do metrô já se vê o Estádio Wembley a menos de 500 metros

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O respeito às pessoas faz com cadeirantes, crianças e idosos frequentem os estádios aqui


Jornalista espanhol analisa o Galo melhor que a maioria da imprensa do Brasil

Faço minhas as palavras do Mário Marra e acrescento: um colega do exterior analisou o Atlético melhor que a maioria da imprensa brasileira.

O único reparo que faço é quanto a essa história de falta de títulos importantes nos “últimos 40 anos”.

As duas Copas Conmebol foram conquistas internacionais e importantes sim.

Confira no blog dele, e quem quiser traduzir o texto em espanhol para o português, sugiro utilizar o www.tradukka.com

 * ““El Enganche” analisa momento do Galo”

Procuro utilizar o Twitter como um facilitador do meu trabalho.
É minha função ler, estudar, procurar informações sobre futebol em todo o mundo.
Engatinho perto de Leonardo Bertozzi, Gustavo Hofman, Gabriel Dudziak, Mauro Cézar, Marcelo Bechler e muitos outros, mas procuro fazer o que posso.
Algumas análises e opiniões que gosto estão no www.elenganche.es .
A análise feita sobre o Atlético é bem real e mostra para o público europeu quem é a sensação do Brasileiro.

Atlético Mineiro: Galo forte e vingador
El Enganche

Por Alberto Zaragoza (analista de fútbol brasileño)

Cuanto echo de menos las tardes con el Mineirão como escenario de la fiesta atleticana y la galoucura en las gradas. El Clube Atletico Mineiro tiene sin lugar a dudas una de las torcidas más apasionadas de todo Brasil, más fieles y espectaculares. Un club gigante en el aspecto social y que impresiona mucho más por el hecho de que llevan sin ganar un título de relevancia desde hace más de 40 años. Pero la sensación de ver un mar de albinegros en las gradas, entonando a pleno pulmón el precioso himno de su club o lo que para muchos es el segundo himno, la mítica e inolvidable “Vou festejar” (de la cantante Beth Carvalho). Pocas cosas más impactantes en el fútbol mundial que un Mineirão entonando los ánimos a su sentimiento, que en breve tendrá renovado su estadio y volverá a poder disfrutar allí de su espectacular momento de forma.
1971 fue el año en que ganó su último gran título. El primer campeonato brasileño de la era Brasileirão, en el cual destacó la gran figura de Dada Maravilha. Desde entonces muchos han sido los intentos, finales de campeonato brasileño, semifinales, partidos en Libertadores que le enviaban a la final… pero la derrota se ha convertido en una marca de la casa y en un peso demasiado grande para el club, jugadores y torcedores. Por otra parte, pueden presumir de ser el equipo con más estaduales en Minas Gerais (superando al Cruzeiro). La suerte nunca estuvo de su lado pues cuando tenían un equipo espectacular, que debía ser el mejor de todo Brasil durante una época, surgió el increíble Flamengo de Zico, que le arrebató la posibilidad de jugar una final de Libertadores y ser campeón brasileño. Todo este fracaso no es excusa y no solo en títulos se mide la grandeza de un club. Tener la mayor afición posible de la capital de su estado es todo un orgullo. Belo Horizonte es albinegra y hoy, producto del espectacular momento del equipo líder del Brasileirao, más que nunca.
Tienen un presidente algo especial en Alexandre Kalil, que no duda en gastar todo lo que sea necesario para que su club aspire a lo más alto. Tienen posiblemente el mejor CT de todo Brasil, con unas instalaciones espectaculares tanto para los profesionales como para su fútbol base ( superando incluso a la del São Paulo, a la cual acuden jugadores de todo el mundo para recuperarse). Son muchos los fichajes mediáticos que ha realizado Kalil a lo largo de estos años, pero uno lo supera, ese es Ronaldinho Gaucho. Tras acabar de la peor forma con la mayor torcida de todo Brasil, recaló hace semanas en el que posiblemente sea su mayor rival fuera del estado de Rio de Janeiro. Muchos le consideran acabado (en Flamengo a la larga no ha hecho más que alimentar a todos los que piensan eso, que para que mentir, son una gran mayoría). Pero los inicios de Ronaldinho siempre son motivadores, se le ve envuelto, con ganas y demostrando cariño a un club y una torcida que si algo tiene es hambre, mucha hambre. Ya ha expresado su deseo de querer darle a esa afición el título que llevan esperando más de 40 años y si algo ofrece la nación atleticana es cariño.
El Atletico Mineiro de Cuca tiene pocos secretos. Utiliza un 4-2-3-1 de base, con Danilinho y Bernard (al que hace poco hemos visto hacer esta maravilla) por los lados y arriba Jô, el cual le ha ganado el puesto a un André (ex Santos, que es el fichaje más caro de la historia del club). Velocidad en las bandas y arriba un jugador que pese a sus capacidades físicas y también es capaz de acelerar el juego, algo que quizá André haga mejor pero ha demostrado no tener tanto gol como Jô. el gigante está resucitando en el Atlético Mineiro, como ya hiciera Diego Tardelli hace no demasiado. Ronaldinho, centralizado o más hacia la izquierda en este esquema y siendo vital a la hora de conectar con la gente de arriba mediante sus característicos y precisos pases y centros, está ocupando el lugar de Guilherme (que destacó muchísimo en el Cruzeiro, se fue a Europa y volvió a Brasil), un chico con mucha juventud y calidad que no ha podido volver a demostrar como antaño. Con la velocidad que tiene alrededor Ronaldinho, solamente debe encargarse de dominar la pelota, no perderla y pasarla rápido, sin muchos alardes.
El jugar a la izquierda es algo con lo que se ve beneficiado pues en esa banda tiene al lateral Junior Cesar, con el que ha coincidido en Flamengo, lo cual le hace las cosas mucho más sencillas. Una pareja de centrales poderosa como Rêver y R.Marques (L.Silva), un lateral más que decente como Junior Cesar y en el lado derecho muchas más dudas con Marcos Rocha y Serginho, los cuales Cuca va alternando según lo que precise el partido. La pareja de volantes tiene calidad y criterio, Leandro Donizete y Pierre. Este galo tiene fondo de banquillo pero necesita realizar algún fichaje más, sobre todo para ayudar algo más en el lado derecho. Palabras del propio Cuca, no tenemos 11 titulares, si no 15, somos un equipo.
Prueba dura para este Atletico Mineiro, acabar campeón en un torneo que están liderando ahora mismo con gran dedicación y ambición. A su derrotismo histórico, le añadimos el de su entrenador, Cuca (pese a sus buenas formas e ideas), tiene colgada la etiqueta de perdedor. Solamente hay estaduales en su palmarés (y desde hace no demasiado, 2009 con Flamengo, 2011 con Cruzeiro y 2012 con el Atletico Mineiro). Acabar en puestos de Libertadores debe ser una obligación para una plantilla que tiene potencial de sobras para ello. La decepción de 2009 fue muy grande, con el equipo abandonando el G-4 al final tras estar en el durante todo el campeonato en esa lucha. La nación atleticana se merece una gran alegría, que el mundo les conozca y que el Mineirao pueda entonar fuertemente el año que viene por toda América el mítico e inolvidable “Vou festejar” de Beth Carvalho. Galo forte e vingador.

Fonte: www.elenganche.es – Texto de Alberto Zaragoza (@albertigues)

*  http://www.blogdomarra.com/el-enganche-analisa-momento-do-galo/