Blog do Chico Maia

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O eixo está brigando pelo poder e não quer dividi-lo com o resto do país

E o futebol brasileiro continua “renovando”. Saiu Ricardo Teixeira e em seu lugar o “jovem” José Maria Marin que completará 80 anos daqui alguns dias.

Deverá ter como primeiro-vice, Zagallo, um pouco mais velho que ele, mas ainda não confirmado porque os paulistas, novos donos da CBF, querem peitar essa indicação da Federação do Rio.

Enquanto isso, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná, outras praças fortes do futebol brasileiro, são como se não existissem, tamanha a falta de expressão dos seus comandantes de federações, que são incapazes de se articular para barrar essa divisão da carniça só elos urubus do eixo Rio/SP.

Os nossos clubes precisam ficar atentos a essas manobras e até assumir o papel que deveria ser da Federação.

Se as arbitragens e montagem de tabelas nunca são favoráveis aos mineiros, com  este assalto do eixo ao comando total do futebol brasileiro, a situação tende a piorar.

Notícia do Uol, hoje:

* “Presidente da Federação do RJ vê traição de paulistas e declara guerra por vaga na CBF”

A indicação da Federação Paulista de Futebol (FPF) de um candidato para a vaga de vice-presidente da CBF rompeu de vez as boas relações da entidade com a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FFERJ).

Surpreendido com a atitude dos paulistas, o presidente do lado fluminense, Rubens Lopes, declarou mais uma vez aberta a guerra pelo poder no órgão máximo do futebol nacional e ainda ironizou as críticas ao nome de Zagallo para o cargo.

* http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2012/04/17/presidente-de-federacao-do-rj-ve-traicao-de-paulistas-e-declara-guerra-por-vaga-de-vice-na-cbf.htm


Arte, futebol e cachaça, com o ex-goleiro Vitor Braga, hoje no ESPN

Assista hoje, às 15h30, no canal ESPN  Brasil, a reprise do programa “Os Súditos do Rei”, em que o marchand Vitor Braga, ex goleiro do Cruzeiro e Santos, atualmente produtor  da Cachaça Vitorina, fala sobre o mercado de arte, sua vida no Santos Futebol Clube, que comemora um século de fundação, e a arte de fazer a Cachaça Vitorina, escolhida pela Revista Encontro, em  degustação às cegas, a melhor cachaça de Minas.

E focaliza ainda a pequena e charmosa cidade de Fortuna de Minas, onde se produz a Vitorina, cidade declarada “Capital nacional do pássaro solto” em reportagens do Jornal Nacional, Globo Rural e Globo Repórter.

 

 

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Para quem não se lembra do Vitor, ele jogou neste time “ruim” do Cruzeiro, vice-campeão Brasileiro em 1974, derrotado pelo Vasco, com a ajuda do árbitro Armando Marques, numa das maiores vergonhas e suspeições da arbitragem brasileira.

Da esquerda para a direita, Zé Carlos, Nelinho, Procópio, Vitor, Perfumo e Vanderlei; Eduardo Amorim, Palhinha, Cândido, Dirceu Lopes e, segundo o grande locutor José Calazans Santana Filho, que nos escreveu de Goiânia, o Lima, que jogou no Corinthians.

Este time tinha outros grandes jogadores, como o zagueiro Darci Menezes, Joãozinho e o saudoso Roberto Batata.

O técnico era o Hilton Chaves.

 

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E este é o Vitor atual, em sua Galeria de Arte, Rugendas, que realizará leilão em maio, de um dos maiores conjuntos de obras raras  já reunidos em Minas Gerais. 

Mais informações: 31 3286 4282 ou 9124-9848


A esperança de dias melhores para os goleiros do Atlético

Guilherme Guimarães, do Super FC fez boa reportagem com o novo preparador de goleiros do Atlético, que se apresenta esta manhã na Cidade do Galo:

* “Após passagem relâmpago, Chiquinho quer escrever nova história no Atlético”

Preparador de goleiros da seleção brasileira chega nesta terça-feira para reforçar a comissão permanente do Galo

GUILHERME GUIMARÃES

Siga em: twitter.com/super_fc

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O Atlético está próximo de apresentar o seu novo contratado. O preparador de goleiros Francisco Cersósimo, também conhecido como Chiquinho, que faz parte do staff de Mano Menezes na seleção brasileira, desembarca no Aeroporto Internacional de Confins às 11h desta terça-feira e segue direto para a Cidade do Galo. O último trabalho de Cersósimo foi realizado no Grêmio, clube que defendeu de 2005 até o último domingo.

Como a reapresentação do grupo alvinegro, que empatou com o Tupi no fim de semana passado pelo Campeonato Mineiro, só está marcada para a parte da tarde, Chiquinho só terá o seu primeiro contato com os jogadores às 16h desta terça, quando os jogadores retomam as atividades visando o jogo de ida das semifinais do Estadual, também contra o Galo Carijó.

Na expectativa em voltar para Belo Horizonte, Chiquinho, que falou com exclusividade ao Super FC, espera ajudar o Atlético e escrever uma história totalmente diferente da que começou a ser escrita no início dos anos 2000.

“A gente espera ter uma boa passagem pelo clube, diferente de como foi na primeira vez, onde cheguei junto com o (técnico) Mário Sérgio para tirar o time de uma situação de rebaixamento, em 2004. Agora a história é outra. O clube está muito bem estruturado, tem o melhor centro de treinamento do país, um dos fatores que motivou o meu retorno. Tenho certeza, serei muito feliz no Galo”, afirmou Chiquinho, que não poupou elogios à torcida atleticana.

“A minha passagem no clube foi relâmpago, mas não me esqueço de como a torcida do Atlético é maravilhosa. É, sem dúvida, uma das mais apaixonadas do Brasil. Lembro muito bem de um jogo que fizemos contra o Flamengo, em Ipatinga. Vencemos por 6 a 1. Quando fomos embora do estádio, cerca de mil torcedores já estavam esperando a delegação na porta do hotel, cantando em voz alta o hino do clube. Isso está marcado na minha memória. Foi incrível”, relembrou

O novo preparador de goleiros, em respeito ao Atlético, não quis dar mais detalhes de como será o seu trabalho e a convivência com Renan Ribeiro, o antigo dono da meta atleticana e que passa por um período ruim da carreira.

“Vou respeitar o Atlético. Chegarei amanhã (terça-feira) e comentarei tudo com vocês da imprensa. Mas, é como eu disse. Tenho muito a acrescentar ao clube e trabalharei com grandes profissionais, que, inclusive, são meus companheiros também na seleção brasileira”, disse Chiquinho, lembrando que fará parte da comissão permanente alvinegra, que conta com os também membros da seleção médico Rodrigo Lasmar e o preparador físico Carlinhos Neves,

O clube alvinegro confirmou a contratação de Cersósimo no último sábado. O novo preparador de goleiros da equipe preta e branca, que continuará com suas atribuições junto ao time de Mano Menezes, assinará contrato de três anos com o Galo.

* http://www.otempo.com.br/esportes/ultimas/?IdNoticia=56093


Alexandre Kalil será o entrevistado do Camarote FC dessa quinta-feira

* A vigésima edição do “Camarote FC” recebe Alexandre Kalil, presidente do Atlético-MG. Na entrevista para os apresentadores Jorge Luiz Rodrigues e José Maria de Aquino, Kalil fala sobre a atuação do clube no Campeonato Mineiro e na Copa do Brasil e os planos para o Brasileirão. A jornalista e apresentadora do SporTV Vanessa Riche e o repórter do canal em Minas Gerais Josino Ribeiro participam do bate-papo, que vai ao ar quinta-feira, dia 19, às 23h, no Premiere 24h. 

O “Camarote FC” é um espaço para os dirigentes de futebol comentarem os assuntos em destaque e projetos de seus clubes, além de responderem as perguntas enviadas previamente pelo site www.sociopremiere.com.br. De periodicidade mensal, o programa do canal especializado em futebol da Globosat tem 50 minutos de duração e cada episódio recebe ainda dois jornalistas convidados para a mesa de entrevistadores.

* Fonte: Textual Corporativa – Vitor Daltro – Assessor de Comunicação


Jornalista é igual a qualquer trabalhador na hora da maldade dos patrões

Para aqueles que pensam que a classe dos jornalistas não sofre sacanagens dos patrões como a maioria das classes trabalhadoras do país.

Do portal Comunique-se:

* “Istoé é condenada a pagar mais de R$ 10 mil para jornalista que virou PJ”

Anderson Scardoelli

O advogado da profissional que entrou com ação contra a revista, Kiyomori André Galvão Mori (foto), afirma que a decisão judicial acaba sendo favorável a todos os jornalistas que são obrigados a trabalhar como Pessoas Jurídicas.

Durante esta semana, a Justiça definiu que a Editora Três, responsável pela Istoé, terá que pagar mais de R$ 10 mil como indenização a jornalista que trabalhava na revista e se tornou Pessoa Jurídica depois de pedido da empresa. A decisão partiu da juíza Carla Malimpenso de Oliveira El Kutby, da 90ª Vara do Trabalho de São Paulo, que aceitou o pedido da profissional.

Em 11 de agosto de 2008, a então secretária de redação da Istoé enviou e-mail para os jornalistas da redação com a informação de que todos teriam dois meses para se adaptar as normas da revista. “Quem compra nota tem 60 dias para abrir empresa e nos entregar os documentos solicitados. Vamos deixar bem claro que não haverá exceções pois corremos um risco muito grande com essas empresas”, informava a mensagem.

A jornalista, identificada como C. R. S, trabalhou por cerca de três anos na Editora Três, atuando parte desse período como “frila-fixo”. Após receber o e-mail da secretária da revista, ela, de acordo com a defesa, seguiu a ordem da empresa e guardou todos os comprovantes das despesas que teve, como os documentos de impostos pagos como Pessoa Jurídica. A publicação não comentou o caso até o momento.

De acordo com o entendimento da juíza, ficou reconhecido o vínculo de emprego com a Istoé e que a jornalista deve ser ressarcida pelos gastos que teve como PJ durante o tempo em que ficou na redação da revista. O valor indenizatório fixado pela Justiça foi dividido em duas partes. R$ 3.040 para constituir empresa e contador e mais R$ 8.116,72 de tributos comprovados. A Editora Três pode recorrer da decisão.

Para o advogado Kiyomori André Galvão Mori (foto), do escritório Mori e Costa Teixeira Sociedade de Advogados, que representa a jornalista, a decisão judicial é uma vitória para todos profissionais da comunicação. “Na Justiça, qualquer fraude contra as relações de trabalho pode ser anulada. Ao se tornar ‘PJ’, o jornalista pode até ter a impressão que está ganhando em salário, mas as perdas em termos de INSS, aposentadoria e demais direitos sociais são incalculáveis no longo prazo”, afirmou o advogado, que também é jornalista e trabalhou na Folha.

* http://portal.comunique-se.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=68420:istoe-e-condenada-a-pagar-mais-de-r-10-mil-para-jornalista-que-virou-pj&catid=3:imprensa-a-comunicacao-&Itemid=20


Vem aí o VI Outuno na Serra do Cipó

Um ótimo evento!

Vale a pena acessar, conhecer e participar:

http://outononaserradocipo.com/

montagem-capa

* “BEM VINDOS AO OUTONO NA SERRA!”

Confira aqui todas as novidades e atrações que recheiam a sexta edição do festival mais charmoso do outono. muita música, cultura e gastronomia formam um cardápio perfeito aos visitantes e já apreciadores das belas Serras do Cipó.

O Festival acontece durante 4  finais de semana, com atrações gratuitas na Praça e diversos eventos enograstronômicos e culturais nos estabelecimentos locais. Artistas regionais dividirão o palco com convidados especiais e músicos de renome nacional. Aos apreciadores de um bom vinho, não vão faltar opções de degustação, de nacionais a importados, do novo e velho mundo, além dos espumantes, todos selecionados por sommeliers e especialistas gabaritados.

Jantares temáticos e Festins com chefs renomados mostram o lado mais requintado da Serra do Cipó, além de resgatar a típica culinária regional. Exposições de arte e mostras culturais de artistas locais e convidados, com entrada franca, completam esse belo evento, levando um pouco da arte contemporânea e tendências sustentáveis ao Festival.

A cada semana, novas atrações e um novo tema. Então, conheça a Programação Completa, escolha seus eventos e garanta presença!


Gilberto pode se tornar o maestro do América

Não falei ainda sobre a aquisição do Gilberto pelo América.

GILBEERTO SILVA, GIVANILDO, CLAUDIO PRATESGivanildo recebe Gilberto

Apresentado na sexta-feira, vem para ser “meia” e que ninguém fale com ele em lateral esquerda novamente, pois foi isso que o desgastou no Cruzeiro.

Sabia que não agüentava mais essa posição, mas aceitava quando o treinador pedia que ele quebrasse o galho.

Certamente será muito útil ao Coelho na disputa da Série B. Experiente, líder e continua sendo um ótimo jogador.

A assessoria de imprensa do América enviou fotos, onde a compositora Sharon Acioly esteve visitando o CT Lanna Drumond, e recebeu uma camisa autografada por todos os jogadores, além de acompanhar a coletiva de apresentação do Gilberto.

GIBERTO COM A COMPOSITORA SHARON ACIOLY

E se você é como eu que não sabia quem era essa senhora Sharon, trata-se da autora do “Ai se eu te pego” e “Cada um no seu quadrado”, e que torce pelo América, segundo a asssessoria de imprensa do clube.

SHARON

Ela recebeu a camisa do Coelho das mãos do integrante do Conselho de Administração do clube, Olímpio Naves.


O deputado Romário

Para quem andava se empolgando com a atuação do deputado federal Romário, é bom colocar as barbas de molho.

A diferença básica de Ricardo Teixeira para José Maria Marin, é que o primeiro era contra viradas de mesa, e o atual chefão da CBF, não!

Do portal Uol:

* “CBF conquista apoio do deputado Romário, que aplaude Marin na câmara”

José Cruz
Do UOL, em Brasília

romario-ao-lado-de-jose-maria-marin-em-brasilia-1334176482449_615x470Romário ao lado de José Maria Marin, em Brasília

O presidente da CBF, Jose Maria Marin, conquistou nesta quarta-feira o apoio do deputado Romário, numa seção de rasgados elogios entre o cartola e o parlamentar carioca. A manifestação ocorreu durante participação do sucessor de Ricardo Teixeira em uma audiência pública realizada na Câmara dos Deputados.

“[Gostaria de contar com o] consagrado ex-jogador para ajudar a conquistar a medalha de ouro olímpica. Náo vamos esperar por 2014, junte-se a nós agora”, afirmou Marin. “Conte com o meu apoio”, respondeu Romário, arrancando aplausos dos presentes.

Apesar do discurso otimista de dirigentes da CBF, entre eles o presidente José Maria Marin, os deputados da Comissão de Turismo e Esporte da Câmara alertaram para a fragilidade  no cronograma das obras de infraestrutura, nos aeroportos e mobilidade urbana, principalmente, para a Copa de 2014.

O presidente da CBF, por sua vez, disse que a “grande obra é a construção de uma seleção, que está se formando. A seleção vai transformar em grande alegria a tristeza que tivemos há 62 anos”. Marin, no entanto, preferiu não comentar sobre a manutenção de Mano Menezes após as Olimpíadas.

Dívidas

Marin também afastou a possibilidade de a CBF socorrer clubes endividados, tema muito reclamado pelos parlamentares, diante do gigantismo dos gastos para a Copa e a fragilidade financeira dos clubes do interior, principalmente. “Não vamos premiar o mau gestor”, disse o presidente da CBF.

Os problemas das dívidas dos clubes, trabalhistas e fiscais, se tornaram, assim, o centro dos debates de uma reunião convocada para discutir sobre a organização da Copa.

O presidente da CBF comunicou que está consultando os clubes filiados para conhecer detalhes sobre suas dívidas, “a fim de encaminhar soluções junto às autoridades competentes”.

Na reunião desta quarta-feira foi aprovada ainda a proposta para que um grupo de trabalho, liderado pelo deputado Deley (PSC-RJ), avalie o fracasso da Timemania e apresente “sugestões de mudanças mais atrativas”, disse o presidente da Comissão de Esporte, deputado José Rocha (PR-BA), ex-integrante da bancada da bola

Elogios

O deputado Romário se disse “feliz” ao ver os rumos da CBF com a nova diretoria, em comparaçao ao legado de Ricardo Teixeira. O deputado também elogiou a “integridade de Marco Paulo Del Nero”, e pediu transparência na CBF, assim como a limitações de mandatos dos dirigentes da entidade.

O deputado Romário também apresentou requerimento para convocar os presidentes das federações das 12 cidades-sede. Segundo o parlamentar, a ideia é conhecer o planejamento para cada estádio no pós-Copa.

* http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2012/04/11/cbf-conquista-apoio-do-deputado-romario-que-aplaude-marin-na-camara.htm


Futebol é trabalho sério e precisa ser levado como tal; diversão é só para quem torce

O Paulo Costa, um dos responsáveis pelo site Guerreiros dos Gramados, sempre nos envia artigos que considera especiais, e repasso aos senhores do blog.

Este, fala da imprensa e tive a seguinte troca de email com ele, lembrando que o texto sugerido, da Viviane Rodrigues, segue logo abaixo do meu retorno ao Paulo: 

“Grande Chico Maia, tudo bem?

Envio artigo da Viviane Rodrigues, para sua apreciação.

Silêncio na zona mista do Cruzeiro  – http://www.guerreirodosgramados.com.br/index.php/colunas-cruzeiro/guerreiras/4486-silencio-na-zona-mista-do-cruzeiro

Abs,
Paulo”

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Caro Paulo, 

ótimo artigo, porém a questão é mais profunda.

Acho uma bobagem tanta entrevista com jogadores, de todos os clubes, de onde raramente escapa alguma coisa que presta.

A maioria não tem o que dizer, e muitos colegas ficam apenas quicando bolas pros caras chutarem.

Este circo é ridículo, mas parece interminável; lamentavelmente.

Pena que a Viviane resumiu o problema ao Cruzeiro, já que todos os grandes clubes sofrem com isso; o Atlético, inclusive.

Semanas atrás, o Hernan Barcos, do Palmeiras, se recusou a fazer papel de palhaço e retrucou na mesma moeda a insistente pergunta que o comparava fisicamente ao cantor Zé Ramalho. Exigiu respeito e seriedade do sujeito que o entrevistava.

Pena que a maioria dos jogadores não tenha essa personalidade para agir dessa forma, pois assim, setores da imprensa, incluindo patrões e empregados, mudariam a forma de tratar o futebol.

Em busca de audiência, e por consequência, dinheiro, tratam o meio como se fosse apenas uma brincadeira e não a profissão de atletas, muitos dirigentes e milhões de pessoas envolvidas direta e indiretamente mundo afora.

Jogador de futebol é tratado de forma paternalista, como criança e muitos pensam que só têm direitos e não deveres, e parte da imprensa é a grande culpada disso realmente.

Aprendi, quando comecei minha vida de repórter, que o futebol é diversão para quem nos ouve, lê e vê; porém para nós, é profissão, e precisa ser tratado com seriedade.

Certa vez, Carlos, ex-goleiro da seleção brasileira, então no Atlético, terminava o treino na Vila Olímpica e o empresário de uma famosa banda de rock nacional o abordou, todo sorridente, propondo um “desafio” em cobranças de pênalti, entre ele e o vocalista da banda, para promover o show que faria em Belo Horizonte.

Sério, Carlos disse a ele: “Olha, aqui é o meu trabalho e certamente você não ficaria satisfeito se eu quisesse cantar junto com o seu vocalista no palco, não é?. Se for o caso, acerte primeiro com o clube para vermos quanto vamos ganhar pelo uso da nossa imagem. Assinamos um contrato e podemos marcar este desafio para o horário e lugar adequados”.

O sujeito saiu puto da vida, falando mal do Carlos e ainda teve a solidariedade de alguns colegas.

Eu e alguns poucos defendemos publicamente a postura do jogador.

Tenho visto redes de TV baixando o nível das coberturas, em busca de audiência das chamadas faixas C e D da população. Felizmente a estratégia não está dando certo, pelo menos para a Globo, que está obrigando alguns ótimos profissionais a fazer papéis ridículos no ar, mais parecendo atores de humor do que jornalistas.

E os que não se adaptam são transferidos de editorias.

Uma coisa é brincar com o tema futebol, como um todo, e de forma respeitosa, como faz tão bem a turma da 98 FM; outra é banalizar o dia a dia, tratando jogadores e telespectadores como imbecis, sem abordar questões realmente sérias do trabalho dos atletas e clubes.

Pegando a própria Globo como exemplo, dá gosto assistir o Esporte Espetacular, aos domingos. Reportagens da melhor qualidade, bem apuradas e produzidas com excelência; dessas que te prendem diante da TV.

Este é o antigo “Padrão Globo de Qualidade”, implantado por Walter Karlk e Boni nos anos 1970, mas que vem sendo trocado nos últimos anos pela futilidade, na guerra para impedir o crescimento de concorrentes que exploram o mundo cão e a tragédia humana.

Ao invés de lutar para melhorar a sociedade, com jornalismo de qualidade e esclarecimento; opta-se pelo mais fácil, barato e trágico.

Agradeço a você e parabenizo à Viviane e ao GDG por levantar essa discussão, que certamente faz com que todos pensemos mais nestes aspectos do futebol e do esporte como um todo.

Abraço, 

Chico Maia

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* “Silêncio na zona mista do Cruzeiro”

GDG – Por: Viviane Rodrigues

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O futebol nasceu durante o período da Revolução Industrial, em Londres, Inglaterra. Seu surgimento foi uma estratégia de políticos e empresários que o usaram para combater os sindicatos dos trabalhadores, que eram explorados em suas jornadas de trabalho nas fábricas. Ainda no século XIX, com o interesse da população no esporte, vários clubes ingleses, em 1890, instalaram telefones nos estádios para que os jornais pudessem cobrir suas partidas. Com essa ação foi iniciada o processo de criação de ídolos.

Mas o que esse resumo sobre a história do futebol tem a ver com o silêncio dos atletas cruzeirenses na zona mista? Muito. Já naquele período os clubes perceberam que para crescerem precisariam dos jogadores de destaques, os ídolos. São eles, juntamente com a conquista de títulos, que conseguem bons patrocínios para o clube e, consequentemente, mais visibilidade na mídia, que é do interesse dos patrocinadores.

Comercialmente falando a decisão dos jogadores de se calarem após os jogos pode não ser boa, mas analisando a relação da imprensa com eles pode ser justificada. Afinal, não é incomum surgirem polêmicas e situações desnecessárias nesse espaço com perguntas muitas vezes capciosas, direcionadas a determinados atletas, apenas para abastecer os noticiários de alguns veículos de comunicação, que abusam de sensacionalismo e têm pouca ou nenhuma criatividade para oferecer um produto melhor ao seu consumidor.

A decisão de se calarem surgiu em um momento tranquilo do time, que vem de uma sequência boa de vitórias, e disputará a fase decisiva do Campeonato Mineiro. Mesmo navegando nesse mar de tranquilidade é fácil observar o exagero de alguns veículos nas críticas a essa decisão. Fico imaginando se o time estivesse em um momento ruim. “Em crise jogadores fazem greve com a imprensa”, “Para evitar cobrança jogadores se calam”, “Futebol ruim dentro de campo e silêncio fora” poderiam ser algumas manchetes em caso de crise.

Muitos jornalistas se manifestam dizendo que o torcedor fica prejudicado, não tendo acesso à opinião dos atletas sobre determinados fatos. Realmente temos menos informações que gostaríamos de ter, mas hoje existem outras maneiras de conseguir a informação. O site oficial do clube e as redes sociais possibilitam isso. É possível também buscar a informação fora do estado, já que muitas vezes os atletas que jogam aqui têm bons relacionamentos com jornalistas de outras praças.

Não é novidade para a china azul a presença de jornalistas declaradamente torcedores do maior rival no estado fazendo a cobertura do dia a dia do Cruzeiro. Quando não se expõem abertamente é fácil perceber quem é, pela maneira como abordam assuntos similares nos dois times. É o caso da agressão de Roger ao adversário no último clássico. O mesmo destaque não foi dado à cotovelada do jogador Escudero a um jogador do Vila Nova, na verdade nem houve questionamento.

Portanto, pela falta de coerência e transparência dos veículos de comunicação de Minas Gerais e seus jornalistas, (lembrando que não são todos, mas a grande maioria) apoio a decisão dos nossos guerreiros de se calarem naquele espaço. Vale lembrar também que durante a semana na Toca da Raposa II, no intervalo dos jogos e ao fim deles, pelo menos dois jogadores concedem entrevistas.

Compreendemos que essa relação, imprensa/atleta, é uma via de mão dupla, um depende do outro. Mas não adianta subirem no pedestal e fazerem discursos prontos aos jogadores ou à torcida dizendo que “jogadores, vocês dependem da mídia para trabalhar e ganhar dinheiro”, ou “se não fosse a imprensa vocês não seriam nada”, porque a mídia também depende deles para sobreviver. Rádios, jornais, revistas, sites e tevês ganham muito dinheiro explorando jogadores, torcedores e clubes.
Sugiro aos colegas jornalistas que deixem a preguiça de lado e sejam mais criativos para preencherem os espaços em seus respectivos veículos. Muitos atletas atualmente têm seus próprios assessores de imprensa. Não esperem que o clube dê todo o material que vocês precisam numa bandeja de prata. Mais uma coisa, respeito é bom e todo mundo gosta, inclusive o torcedor.”

* http://www.guerreirodosgramados.com.br/index.php/colunas-cruzeiro/guerreiras/4486-silencio-na-zona-mista-do-cruzeiro


Nosso Campeonato é uma mesmice sem fim!

Estamos chegando ao fim de mais um Campeonato Mineiro sem nada a comemorar. Nada para elogiar como alguma novidade ou algum destaque; nem dentro nem fora de campo. E certamente, ano que vem, estaremos nessa época fazendo as mesmas reclamações e lamentos.

O Villa vai continuar perdendo em casa por falta de um estádio digno; veteranos como Marinho estarão fazendo seus golzinhos inócuos, como ontem, pelo Guarani; árbitros continuarão sendo acusados de beneficiar a Atlético e Cruzeiro, na maioria dos casos, injustamente, diga-se.

Rodadas ficarão incompletas porque estádios ainda não estarão em condições de ser utilizados; jogos serão adiados ou mudados de horário, com partidas às 22 horas nos meios de semana; testemunhas de 154 pagantes continuarão resistindo e prestigiando seus times do coração, e grande parte da imprensa vai continuar jogando pra cima, naquele “oba-oba” de sempre para dar audiência e garantir a verba da publicidade.

A cada ano a média de pagantes diminui, porque o público vai se cansando. Nenhuma revelação do interior, nem da capital, e vamos que vamos porque em 2013 tem mais.

* Entre suspensos, machucados e poupados, Atlético e Cruzeiro não tiveram suas forças máximas; e o América usou o todo o time reserva na última rodada da fase de classificação do Campeonato Mineiro.

Serviu para mostrar que os três precisam ficar atentos às suas peças de reposição, pois o rendimento foi muito abaixo do desejável, com direito a vexame do América, goleado pelo Guarani de Divinópolis.

O Cruzeiro perdia de 2 x 0 para o Uberaba até a entrada do Wallyson, no segundo tempo, que mudou o time. E foi ele quem cruzou para Wellington Paulista marcar o primeiro gol e iniciar a virada sobre o último colocado do Campeonato. Lamentavelmente o Triângulo Mineiro volta a ficar fora da elite do nosso futebol, já que o Uberlândia foi eliminado da disputa da segunda divisão.

Os desfalques do Atlético afetaram o ataque, que foi anulado pelo Tupi, porém, serviu para o técnico Cuca fazer um bom teste do Réver como volante, e observar a dupla de zaga com Rafael Marques e Luiz Eduardo. Todos foram bem, com destaque para Luiz Eduardo, que joga sério, é bom nas bolas cruzadas na própria área e não tem medo de arriscar idas ao ataque. 

As torcidas do Tupi e do Atlético se uniram para vaiar os dois times que passaram a tocar a bola e administrar o resultado a partir dos 25 minutos do segundo tempo. O Atlético garantia as vantagens por ser o primeiro da primeira fase, e o Galo de Juiz de Fora, além da quarta vaga, sagrava-se “campeão” do interior. O regulamento propicia isso, e vão se enfrentar novamente nas semifinais.

* O goleiro Giovani foi mais testado contra o Tupi do que contra o Penarol pela Copa do Brasil. Está passando mais confiança que o Renan Ribeiro, cuja esperança agora é a chegada do novo preparador de goleiros, Chiquinho, da seleção brasileira e que estava no Grêmio.

E que já trabalhou no Atlético, em 2004, quando o técnico era o Mário Sérgio.