Blog do Chico Maia

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Ponto para o Cuca que quer manter um time

A importância de se manter um time titular ficou clara nesse Atlético x Avaí. Mais pelos erros que pelos acertos. Bernard cruzava no segundo poste, mas Neto Berola já tinha se infiltrado pelo meio, onde já estava o André. A bola passou limpa por toda a extensão da área adversária, saindo para a lateral.

Daniel Carvalho cruzou várias vezes sem nem olhar, como se tivesse certeza que a bola encontraria um companheiro em condições de marcar. A zaga agradecia.

Por outro lado, Réver parece ter ouvido as críticas construtivas e sugestões: parou com as jogadas de efeito e passou a dar bicos, sem dó, quando vê que essa é a opção mais segura.

Mancini e Richarlyson, declaradamente, não gostam de jogar como laterais, porém, é lá que estão sendo muito úteis ao Atlético. Além do time não ter jogadores à altura para as posições, eles estavam muito mal no meio e ataque. Juntaram-se tampa e balaio, e o rendimento do Galo melhorou.

O primeiro gol foi contra, mas valeu a jogada do Berola, como um autêntico ponta, de antigamente.

O segundo foi de méritos totais ao Daniel Carvalho, que criou e concluiu. Dou a mão à palmatória aos que escrevem a meses ao blog, dizendo que o Daniel tinha que ser titular de qualquer jeito, mesmo gordo, pois só assim entraria em forma. E, mesmo pesadão, é muito melhor que os outros que vinham sendo utilizados.

Ponto para o Cuca!

Renan Ribeiro também parece ter ouvido vozes mais experientes e na coletiva de ontem se redimiu com a torcida pelas bobagens que falou depois da vitória sobre o Xará-PR.

Foi firme e fez uma defesa muito boa, nessa vitória sobre o Avaí, segurando uma bola cabeceada para baixo, quando o placar era 1 x 0.

Outra vez, um gesto que mostra união e agrada a todos: depois da partida, titulares, reservas e comissão técnica foram para o centro do gramado, se abraçaram e depois agradeceram ao público.

Mas a luta contra a parte de baixo da tabela continua e vejam a pauleira: o Galo subiu para a 15ª posição, com 21 pontos, porém, mesma pontuação do Grêmio e Bahia, que jogam neste domingo, respectivamente contra o Atlético-PR que tem 18, em casa, e o Flamengo, no Engenhão.


Nos tempos das saudáveis e saudosas torcidas uniformizadas, que não voltam mais!

Tive o privilegio de conviver e entrevistar torcedores uniformizados de Atlético, Cruzeiro, América, Flamengo, Vasco, Palmeiras e etecetera e tal, no início dos anos 1980.

Era confraternização, festa, onde todos se misturavam e apenas “zoavam” os adversários.

Mas, espertalhões viram no então saudável movimento uma grande oportunidade de ganhar dinheiro.

Aí nasceram as “Organizadas” e ou “Remuneradas”, que deturparam o espírito amistoso e solidário, dando início a essas verdadeiras milícias que existem hoje, com honrosas exceções, porém, cada vez mais difíceis de ser distinguidas.

Veja que ótima crônica do Ruy Castro, ontem, na Folha de S. Paulo:

* RUY CASTRO

Torcidas em paz

RIO DE JANEIRO – Eu não estava lá, nem em qualquer lugar, mas os veteranos me contaram. A primeira torcida organizada do Brasil nasceu em outubro de 1942, quando um cidadão chamado Jayme, 31 anos, baiano, Flamengo doente, porteiro da Polícia Federal e morador das Laranjeiras, sugeriu a seu vizinho Manuel, idade e profissão não sabidas, português, mas também Flamengo, pintarem uma faixa de morim com os dizeres “Avante Flamengo” e a abrirem na arquibancada do Fluminense, no Fla-Flu daquela semana.
O que eles fizeram, no meio do jogo. O pessoal do Fluminense cochichou alguma coisa, mas deixou estar. Ao fim da partida, que terminou em empate, Jayme e Manuel, cada qual numa ponta, saíram correndo com a faixa pelo gramado. Nunca se vira aquilo. A polícia fez menção de abotoá-los, mas os jogadores do Flamengo se juntaram à volta olímpica. E, então, surpresa: as sociais do Fluminense aplaudiram.
Nos jogos seguintes, mais faixas e adesões. Laura, 23, mulher de Jayme, também portuguesa e também Flamengo, passou a costurar bandeiras para o grupo que só fazia crescer. Para os jogos no subúrbio, fretavam bondes e saíam, embandeirados e cantando, do largo da Carioca. Uma banda militar se incorporou para tocar marchinhas -Ary Barroso ouviu-a e reduziu-a a uma charanga desafinada. Pois ali se chamou Charanga, com monograma bordado na camisa.
O “Jornal dos Sports”, do idem rubro-negro Mario Filho, a promoveu. O Flamengo foi campeão em 1942-43-44 e todo ano havia Carnaval fora de época. Os outros clubes foram atrás com suas organizadas, comandadas por amigos de Jayme, que lhes emprestou know-how – as torcidas eram famílias, não podia haver fogos nem palavrões. E assim, por muitos anos, elas conviveram em paz.
Jayme de Carvalho morreu em 1976. É nome de rua em Realengo.


Leituras de fim de semana: “Para beber sem moderação!”

Esta saiu no O Globo, ontem:

* Para beber sem moderação

Por Gretchen Reynolds, do New York Times

Um novo estudo relata que a cerveja é uma bebida excelente para a recuperação de maratonistas. Mas não
comece a comemorar. A cerveja que apresentou resultado eficaz foi a não-alcoólica.

Correr uma maratona é quase uma punição para o corpo, pois esta atividade extenuante, além de causar dores musculares, enfraquece o sistema imunológico do corredor, fazendo com que ele fique suscetível a resfriados e outros males nas semanas após uma prova de 42km. Alguns atletas, especialmente os europeus, há muito tempo experimentam cerveja sem álcool durante o treinamento intenso, alegando que
os ajudava na recuperação. Mas não existiam estudos científicos para apoiar essa prática. Para estudar a questão, pesquisadores da Universidade Técnica de Munique, na Alemanha, perguntaram a corredores saudáveis do sexo masculino, a maioria na faixa dos 40 anos, que estavam treinando para a Maratona de Munique do ano passado, se eles estavam dispostos a, em nome da ciência, beber uma quantidade considerável de cerveja.

De 1 a 1,5 litro por dia

Duzentos e setenta e sete maratonistas concordaram, mesmo quando foi dito que a bebida seria a não-alcoólica. Metade do grupo recebeu a cerveja sem álcool, enquanto a outra, um placebo, mas ninguém sabia quem estava bebendo o quê. Todos os corredores tomaram de um litro a um litro e meio, a cada dia, começando três semanas antes da corrida de 2010 e continuando por duas semanas depois. Os cientistas coletaram amostras de sangue nas semanas que antecederam à prova, na largada, na linha de chegada e nos dias seguintes à maratona. Eles monitoraram os níveis de vários marcadores de inflamação no sangue dos atletas para ver se a cerveja ajudou a diminuir alguns danos imediatos de se correr uma maratona.

Nas duas semanas seguintes à prova, os corredores continuaram a tomar sua cerveja sem álcool ou o placebo. Eles também relataram sintomas de resfriados ou de outras doenças respiratórias superiores, que se desenvolveram durante este período. Os homens que beberam a cerveja sem álcool queixaram-se muito menos de problemas de saúde do que os corredores que tomaram o placebo. Segundo os pesquisadores,
a incidência de infecções do trato respiratório foi de 3,25 vezes menor naqueles que beberam cerveja sem álcool — relataram os cientistas na revista americana “Medicine & Science in Sports & Exercise”.

Os maratonistas que beberam a cerveja sem álcool também mostraram evidências, em menor grau, de inflamação e diminuição da contagem de células brancas do sangue, além de uma indicação melhor da saúde geral do sistema imunológico.

— Esses efeitos são importantes porque, se o corpo de um maratonista fica menos dolorido e inflamado depois de uma corrida, ele pode se recuperar e voltar a treinar mais rapidamente. Pode-se especular que a frequência de treinamento poderia ser maior (com intervalos mais curtos, após as sessões de treinamento
vigoroso) naqueles que bebem cerveja — afirmou Johannes Scherr, cientista responsável pelo estudo.

Ainda está sendo investigado como a cerveja sem álcool diminui a devastação de um treinamento extenuante para maratona e corridas menores. Mas Scherr afirma que certamente a resposta envolve o fato de a bebida ser rica em polifenóis, substâncias químicas encontradas em muitas plantas, que, dentre outras coisas, “suprime a replicação viral” e “influencia positivamente o sistema imune inato”, benefícios para se combater um resfriado.

— Cerveja alcoólica também é rica em polifenóis, até mais do que cerveja sem álcool. Mas tem a desvantagem de ser uma bebida alcoólica. Nós não sabemos se os efeitos colaterais da cerveja alcoólica cancela os efeitos positivos causados pelos polifenóis — disse Scherr. — Além disso, não é possível beber um litro e meio de cerveja alcoólica por dia, especialmente durante o treinamento árduo.

Outras substâncias com polifenóis se mostram promissoras no início mas depois, tiveram desempenho inferior, de acordo com estudos. A quercetina, por exemplo, é um polifenol encontrado na casca da maçã, sendo amplamente elogiado por atletas de longa distância. Estudos posteriores descobriram que, em doses grandes, a substância permitiria que ratos de laboratório, sem treinamento para correr, fizessem o exercício por muito mais tempo do que os animais que não receberam a substância. Mas o suplemento não conseguiu demonstrar benefícios em humanos. Uma análise de dez estudos da quercetina em humanos, apresentado na reunião anual da Academia Americana de Medicina do Esportes, em junho, concluiu que a suplementação de quercetina “não fornece uma vantagem no desempenho de resistência.”

Mas o experimento com a cerveja não estudou ratos e sim, maratonistas em provas. A pesquisa mostrou benefícios em termos de minimizar os danos pós-corrida. Tudo isso é uma boa notícia com a aproximação da estação das maratonas. Perguntado se recomendaria a maratonistas de elite adicionarem cerveja sem álcool às suas dietas, Sherr afirmou:

— Quando eu olho para os resultados do nosso estudo, eu responderia sim. De acordo com ele, é possível obter grandes quantidades de polifenóis em outros alimentos, como romãs e uvas. Mas nesses alimentos não se consome os minerais, líquidos e carboidratos. Então, cerveja sem álcool parece ser o ideal. Mas para a merecida comemoração após a corrida, a cerveja pode ser a com álcool.

Cerveja sem álcool x isotônicos

Exercícios físicos intensos podem debilitar o sistema imunológico, assim como uma situação de estresse a que o corpo é submetido. São comuns infecções de vias aéreas superiores em corredores de longas distâncias. A cerveja sem álcool pode ter associação com a recuperação destes corredores, apesar do estudo ainda não ser conclusivo.

A cerveja é boa fonte de polifenóis, provenientes tanto do malte quanto do lúpulo. Devido à capacidade antioxidante e teor alcoólico baixo, já foi atribuída a ela a capacidade de melhorar a atividade antioxidante no organismo. Em relação ao seu aspecto nutritivo, tem uma quantidade significativa de vitaminas do complexo B, além de ser fonte de ácido fólico e selênio.

Mas, em relação à hidratação, ao se comparar a constituição das bebidas esportivas e da cerveja sem álcool, vemos que esta última contém menor quantidade de carboidratos (3% em média, enquanto a bebida esportiva, de 6 a 8%), além de menor teor de sódio. Estas bebidas ajudam a repor as perdas de eletrólitos do suor, pois o sódio estimula a sede, favorece a retenção de líquidos, e os carboidratos fornecem energia. Bebidas contendo de 6% a 8% de carboidratos são recomendadas para mais de 1h de exercício.

A cerveja é feita pela fermentação alcoólica de mosto de cereal maltado, geralmente malte de cevada, podendo haver adição de fontes de carboidratos, como milho, arroz ou trigo, e possui em geral teor alcoólico entre 3% e 8%. De acordo com a Anvisa, ela é sem álcool, quando seu conteúdo em álcool for menor que meio por cento em volume, não sendo obrigatória a declaração do conteúdo alcoólico no rótulo do produto.

Patrícia Marques é nutricionista da NutriCorp

* http://oglobo.globo.com/blogs/pulso/


A queda do Joel, a promoção do Emerson Ávila e os rumos da diretoria

Só a sequência de jogos dirá se a diretoria do Cruzeiro acertou ou não ao demitir Joel Santana ontem.

Emerson Ávila, antigo comandante das várias categorias de base do clube foi efetivado no cargo até o fim do Campeonato, segundo o diretor de futebol Dimas Fonseca.

Uma medida ousada, porém arriscada. Pode jogar para cima carreira de um novo treinador, de reconhecida competência entre infantis, juvenis e juniores, mas pode também dar errado, num momento altamente delicado do Brasileiro, onde ninguém ainda está rebaixado e nem livre desse risco.

As primeiras manifestações pelo twitter mostram que a torcida cruzeirense está dividida, entre apoiadores e contrários à demissão, e também em relação ao sucessor.

 

Penso que houve precipitação. Pela segunda vez na “era Perrella” vejo o comando do futebol passando a impressão de estar perdido. A primeira foi no início do Zezé como presidente, em 1995, ainda inexperiente no cargo, e agora, em seus últimos meses à frente do clube, quando seu pensamento está mais na política que no futebol.


Leituras de fim de semana: Sportv perde a Libertadores; a história de suor, sangue e lágrimas do Manchester United

No início da semana separei para os senhores essas reportagens que li na Folha de S. Paulo e no O Globo, mas só hoje lembrei-me de postá-las.

A primeira, da Folha, fala da chegada da Fox News com o seu canal exclusivo de esportes ao Brasil em 2012, tendo como primeira consequência, o fim das transmissões dos jogos da Libertadores da América, pelo Sportv do sistema Globo.

A segunda, é da série de reportagens do O Globo, de todos os domingos, sobre os maiores clubes de futebol do mundo.

A história do Manchester United é fantástica e serve de exemplo para grandes clubes do futebol brasileiro; mineiros, inclusive:

* “Fox tira Libertadores do Sportv”

A sorrateira chegada do Fox Sports ao Brasil, programada para 2012, pode pôr água no angu esportivo da Globosat. A Fox, que está montando estruturas de produção em São Paulo e no Rio, promete ser concorrente dura para os canais Sportv (Globosat). Fontes do mercado dizem que o Fox Sports pode entrar no lugar do canal Speed, para não ter de mendigar espaço nas operadoras de TV paga.
A chegada do canal no país tira do Sportv eventos importantes, como Libertadores da América e Copa Sulamericana de futebol, que pertencem ao Fox Sports.

 

* “Os maiores clubes do mundo

Manchester United superou rebaixamentos e morte de oito jogadores para se tornar referência na Inglaterra

LONDRES – A festa de torcedores adversários foi compreensível quando, em maio, em pleno gramado de Wembley, o Manchester United foi envolvido e humilhado pelo Barcelona na final da Liga dos Campeões. Pois da mesma maneira com que arrebanha admiradores, o clube inglês coleciona inimigos. Sobretudo numa Inglaterra cujo campeonato nacional, desde 1992, apenas em seis temporadas não foi conquistado pela equipe do noroeste. E cujo modelo de administração esportiva teve o Manchester como o principal empreendedor.

Ao contrário do rival Manchester City, que há três anos recebeu da família real dos Emirados Árabes um cheque em branco e contou com um generoso acordo da administração municipal para herdar Eastlands (estádio que recebeu os Jogos da Comunidade Britânica de 2002), o Man U, como é conhecido, não acordou milionário. A posição de um dos clubes mais ricos do mundo – na classificação recente da consultoria Deloitte, aparece atrás da dupla Real Madrid e Barcelona – foi conquistada com suor e sangue.

RETROSPECTO:Manchester United é o segundo maior vencedor da Liga

Diferentemente do que a coleção de títulos ingleses e a Liga de 2008 sugerem, a história do Manchester United é mais de resistência que hegemonia. Além de uma série de rebaixamentos, o mais recente em 1974, o clube ficou na fila do título inglês de 1967 a 1992. Não tão grave como os eventos de 6 de fevereiro de 1958, quando o avião em que o time viajava depois de um jogo da Copa Europeia se espatifou no fim da pista do aeroporto de Munique, matando oito jogadores.

Entre eles, o meia-atacante Duncan Edwards, de apenas 21 anos e uma das maiores promessas do futebol inglês. Sobreviventes como o treinador Matt Busby e o meia Bobby Charlton foram considerados acabados para o futebol. No entanto, dez anos depois o Manchester levantava em Wembley a famosa taça de alças compridas, na memorável exibição contra o Benfica.

Em campo, Charlton, já com a medalha de campeão mundial (1966), e o zagueiro Bill Foulkes, outro sobrevivente, uniram-se às revelações, como o escocês Dennis Law e o norte-irlandês George Best. No banco, Busby, cujo abraço no capitão Charlton após o apito final se transformou numa imagens emblemáticas do futebol inglês, que conquistava a Europa pela primeira vez.

– O acidente despertou imensa simpatia pelo clube, ao ponto de a Inglaterra inteira ter torcido por nós, o que definitivamente não aconteceu depois – brinca Charlton, sempre que fala sobre a partida.

Não foi a última vez em que as divisões de base do clube mostraram sua importância. O elenco, que na temporada de 1992-93 quebrou o jejum de títulos ingleses, ao vencer a primeira edição da Premier League, tinha, ao lado dos veteranos Bryan Robson e de astros internacionais como o goleiro dinamarquês Peter Schmeichel e o atacante francês Eric Cantona, um bando de garotos encabeçado por David Beckham – grupo que formaria a base da equipe por uma década.

Ainda há um remanescente daquela era no time que em 2010-11 conquistou o 19 título nacional do clube, ultrapassando o arqui-rival Liverpool: o galês Ryan Giggs. O que não muda desde 1986 é o treinador: o escocês Alex Ferguson, que ganhou da rainha do título de Sir após levar o Manchester ao título europeu de 1999, conquistado no mesmo dia em que Busby completaria 90 anos – o velho treinador (de 1945 a 1969 e 1970 a 1971) morreu em 1994.

Mas o Manchester também chamou atenção nos anos 90 pela forma como contribuiu para a revolução comercial do futebol. Além de ter sido um dos 20 clubes que romperam com a Federação Inglesa (FA) e fundaram uma liga paralela em que concentrariam as receitas de TV e venda de ingressos, anteriormente distribuídas pelas quatro divisões, Old Trafford foi o epicentro de um terremoto em termos de marketing.

– Quando cheguei em 1992, para assumir as operações de merchandising, função que não existia, o departamento de vendas tinha apenas um telefone fora do gancho, pois a toda hora telefonavam a procura de produtos – conta Edward Freedman, executivo que viu no passado e no futuro do Manchester um potencial comercial.

Hoje, a marca do Manchester está em uma infinidade de produtos e atrai patrocinadores. No início da semana, o clube anunciou acordo com a empresa de transportes logísticos DHL: US$ 64 milhões por quatro anos para estampar o nome nas camisas de treino. E um valor maior que o recebido por rivais em contratos de camisa de jogo.

Já o contrato com uma empresa chilena de vinhos resultou na visita dos mineiros resgatados no início do ano. O clube tem acordos com a Nike e com uma empresa americana de seguros. Mas suas finanças não são paradisíacas, porque a polêmica aquisição do Manchester pelo milionário americano Malcolm Glazer, em 2005, foi feita por meio de empréstimos absorvidos pelo clube, cuja dívida é de US$ 750 milhões.

Mas será que existe outro clube mais habilitado em questões de sobrevivência?

* Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/esportes/mat/2011/08/28/manchester-united-superou-rebaixamentos-morte-de-oito-jogadores-para-se-tornar-referencia-na-inglaterra-925231578.asp#ixzz1Wo51kdpr


De novo, América foi melhor, mas não venceu o Bahia!

Do site SuperFC:

* COMANDANTE AMERICANO

Givanildo Oliveira elogia seus comandados e lamenta o empate em Pituaçu

Apesar de não ter conquistado a vitória na noite desta quinta-feira, o treinador do América, Givanildo Oliveira, conseguiu ver uma evolução na atuação de seus comandados. O técnico americano comentou principalmente sobre o desempenho de sua equipe no segundo tempo de partida, apontando o poder de superação de sua equipe.

“Entramos com o pensamento de sair com a vitória. Foi interessante a maneira que o time jogou. Jogamos bem, inclusive no segundo tempo, que não vínhamos fazendo boas atuações nas partidas anteriores”, analisou Givanildo Oliveira, que comentou sobre a opção por Ulisses no time titular.

“Não é que eu conheça ele bem, mas quando eu passei em 2009 ele já trabalhava com a gente. Ele era um jogador interessante e pelo treino que ele fez, ele merecia uma vaga na frente. Claro que ele não está com ritmo de jogo, mas é um jogador que pode servir para o futuro, ou até para agora”, complementou.

BAHIA 0 X 0 AMÉRICA

Local: Pituaçu, em Salvador (BA)
Árbitro: Fabricio Neves Correa (RS)
Auxiliares: Altemir Hausmann (RS) e Kleber Lucio Gil (SC)
Cartões amarelos: Marcone, Maranhão, Marcos (BAH); Kempes, Ulisses (AMG)
Cartão vermelho: –
Gol: –

Bahia: Tiago; Marcos, Paulo Miranda, Danny Morais e Maranhão; Fahel, Marcone, Ricardinho e Carlos Alberto (Lulinha); Jones (Nikão) e Souza (Rafael). Técnico: René Simões

América: Neneca; Otávio, Micão e Willian Rocha; Marcos Rocha, Dudu, Amaral, Ulisses (Rodriguinho) e Gilson; Kempes (Fábio Júnior) e André Dias. Técnico: Givanildo Oliveira

* http://www.otempo.com.br/esportes/ultimas/?IdNoticia=47370,ESP&utm_medium=twitter&utm_source=twitterfeed


Vitória na raça; falta que faz o Montillo, e bobagens ditas ao vento!

Que beleza, hein!?

A peneira, ou melhor, a defesa do Galo não tomou gol, jogou até bem, e finalmente o time voltou a vencer.

Tá certo, que o 1 x 0 nem permite que a gente se lembre mais do drible desconcertante que o novo capitão, Leonardo Silva, tomou no início do jogo. Depois ele se firmou, e junto com Rever, se destacou.

Mancini foi melhor que eu esperava em sua volta à lateral; e mesmo se arrastando, conseguiu jogar os 90 minutos. Mostrou vontade, de verdade!

Discreto e jogando o feijão com arroz, Richarlyson, também não comprometeu na lateral esquerda; bem melhor que os antecessores na posição.

O meio foi bem, com destaque para Bernard. Acredito que ninguém tenha sentido saudade do Caio.

Neto Berola e André deram trabalho, até que o fôlego do Berola acabou, no início do segundo tempo, e o Magno Alves entrou no lugar dele. O ataque melhorou e o Magno sofreu o pênalti, que deu a vitória, na cobrança mal feita pelo Mancini, porém, que garantiu os três pontos.

Guilherme entrou no lugar do André o time ficou mais lento. Parece que já entrou cansado.

Renan Ribeiro não falhou dessa vez dentro de campo, mas pecou na entrevista depois do jogo ao mandar recado aos críticos e aos que o vaiaram no clássico. Ainda não está em condições para isso e deveria se lembrar que os grandes jogadores assimilam as críticas e dão eventuais “trocos” jogando muito futebol. Só isso cala vaias e críticas!

Com 21 anos de idade, já deveria ter aprendido isso!

E, aleluia! Finalmente, o técnico Cuca poderá repetir o mesmo time no próximo jogo, sábado, na Arena do Jacaré, contra o Avaí, outro concorrente direto, que ontem fez um partidaço contra o Flamengo e venceu na Ressacada, por 3 x 2. Lincoln foi um dos destaques.

 

Como diria o kafunga, vi a derrota com Cruzeiro com “visão dinâmica”, já que foi no mesmo horário do Atlético, mas 4 x 2 foi de lascar!

Pelo melhores momentos e comentários dos companheiros das rádios e cruzeirenses que falaram sobre o jogo, a Raposa é “Montillo e mais dez!”.

Principalmente sem o argentino, além dos outros desfalques e negociados, o Cruzeiro é um time comum, longe do vice-campeão de 2010.

Roger deveria ter falado isso depois do jogo, mas preferiu desculpas sem consistência, como “precisamos definir um local certo para jogar; pegar avião duas vezes por semana, acaba cansando”.

Nem Joel Santana concordou com ele, elogiando o Ipatingão, dizendo que o time perdeu por outros fatores, especialmente tantos desfalques, e que este é um assunto que não deveria sair do âmbito interno do clube, pois pertence à diretoria.

Somado a tudo isso, o Figueirense fez uma ótima partida, e se aproveitou também da aquisição internacional do Cruzeiro, o zagueiro Cribari, perdido, e cintura dura, fazendo lembrar os becões europeus que o Garrincha entortava nos anos 1950/60.

Ou, como disse o leitor Bessas, lembra muito o uruguaio Kanapkis, aquele que o Atlético contratou e mandou embora depois que foi entortado pelo Ronaldo, então “fenômeno”, no início da carreira.

E o Keirrison? Estreia quando?

Sinal dos tempos: com desculpas esfarrapadas e contratações desse tipo, o Cruzeiro está fazendo lembrar o Atlético!


Força Coelhão!

Do Super FC:

* EM SALVADOR

América e Bahia se enfrentam no desespero para fugir da zona de rebaixamento

A zona de rebaixamento atormenta e a ânsia em fugir desta maldição ronda o Bahia e, principalmente, o América. A lanterna ainda acompanha o Coelho, mas o início do returno leva ao clube mineiro uma nova esperança de dias melhores pela frente. Próximo da risca da zona vermelha, a equipe baiana quer usar a força de sua torcida para voltar a vencer e sair desse momento de seca de triunfos no Campeonato Brasileiro. Em partida isolada da 20ª rodada, Bahia e América se enfrentam às 20h30 desta quinta-feira, em Pituaçu, na capital baiana.

O América tem uma baixa importante para o duelo em Salvador. O artilheiro do time mineiro, o atacante Alessandro, tem sete gols no torneio nacional, mas está vetado pelo departamento médico do Coelho. Para o seu lugar, o treinador Givanildo Oliveira deverá acionar André Dias, autor do tento americano que sacramentou o empate diante do Atlético-PR na penúltima rodada.

Suspensos na partida de término do primeiro turno, Micão, Dudu e Gilson voltarão à equipe titular com o primeiro ficando na vaga do lesionado Gabriel. Com isso, o América mantém a formação com três zagueiros. Durante os treinamentos da semana, Givanildo testou Fábio Júnior na vaga de André Dias e Ulisses no lugar de Rodriguinho, que vem apresentando uma queda de rendimento.

No lado do Bahia, o técnico René Simões deverá colocar em campo dois habilidosos armadores, Ricardinho e Carlos Alberto, para suprir a falta de criatividade no ataque. Para os arremates, Souza volta ao ataque substituindo Júnior. Todos os três desfalques do Tricolor Baiano se encontram no setor defensivo. O goleiro Marcelo Lomba e o zagueiro Titi estão suspensos, enquanto o lateral-esquerdo Ávine teve uma lesão no menisco e corre o risco de ficar parado por até 45 dias.

FICHA TÉCNICA
BAHIA X AMÉRICA

Motivo: 20ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: Pituaçu, em Salvador (BA)
Data/hora: 01/09/2011 – 20h30

Árbitro: Fabricio Neves Correa (RS)
Auxiliares: Altemir Hausmann (RS) e Kleber Lucio Gil (SC)

Bahia: Tiago; Marcos, Paulo Miranda, Danny Morais e Maranhão; Fahel, Marcone, Ricardinho e Carlos Alberto; Jones e Souza. Técnico: René Simões

América: Neneca; Otávio, Micão e Willian Rocha; Marcos Rocha, Dudu, Amaral, Rodriguinho e Gilson; Kempes e André Dias. Técnico: Givanildo Oliveira

* http://www.otempo.com.br/esportes/ultimas/?IdNoticia=47319,ESP&utm_medium=twitter&utm_source=twitterfeed


A estreia do Zezé Perrella no Senado e a suspeita de censura a protestos contra Ricardo Teixeira

* Em seu primeiro pronunciamento na tribuna do Senado, terça-feira, Zezé Perrella disse que vai apresentar projeto obrigando os clubes a fazerem seguro de vida para seus treinadores e atletas. Aproveitou a tragédia vivida pelo técnico do Vasco, Ricardo Gomes, que teve um AVC durante o jogo contra o Flamengo. Essas categorias profissionais já têm várias garantias. Quem não tem quase nenhuma é o cidadão comum, que na mesma noite viu a Câmara dos Deputados preservar o mandato da deputada Jacqueline Roriz, flagrada recebendo propina do “Mensalão do DEM” em 2006.

Já o torcedor, que elegeu Perrella deputado estadual e federal, mas não para o Senado, não tem garantia nenhuma: corre riscos de toda ordem quando vai aos estádios ver seu time, e passa raiva quando fica em casa para assistir pela TV, tendo que pagar caro o pay per wiew e ainda por cima em horários e dias absurdos.

Zezé deveria pensar também um projeto de lei que dificulte os clubes de vender jovens promessas para o futebol europeu, como o Dudu, do Cruzeiro, que frustra a torcida com a sua ida precoce agora.

E as obras da Copa? O Congresso já pensou em um freio para a dinheirama pública indo para tantos bolsos suspeitos? 

 

Protestos 

Em estádios do Brasil inteiro, torcedores estão protestando com faixas e cartazes contra o presidente da CBF e chefe do Comitê da Copa, Ricardo Teixeira. Estranhei, em meu blog, que em Minas não estamos vendo isso. Aí, recebi vários e-mail relatando que muitos torcedores tentaram entrar com suas faixas e cartazes, mas, estranhamente, todos, foram barrados pela Polícia Militar.

 Censura?

Registro o e-mail do cidadão e torcedor Rodrigo Assis: “vi na Arena do Jacaré domingo, um torcedor ser parado por um policial na entrada do estádio; pediu pra ver que faixa ele levava; ele abriu, e era um protesto de ‘fora Ricardo Teixeira’. O policial não permitiu a entrada dele com essa faixa.

Ora, ora, se há protestos contra Perrella, Kalil, e até contra a imprensa, porque impedi-los contra o presidente da CBF?

Inaceitável

Recuso-me a acreditar que haja alguma determinação do governo do estado, que administra a Arena do Jacaré, para impedir protestos contra Ricardo Teixeira. Amizades pessoais ou interesses estratégicos referentes à Copa de 2014 não podem passar por cima da democracia e respeito à cidadania.

Com o advento da internet, a censura caiu por terra e até ditadores com exércitos nas mãos estão caindo.

* Essas e outras notas estarão em  minha coluna de amanhã, no O Tempo, nas bancas!


Mineiro Adriano Sacchetto vence o Ironman: 1,9Km de natação, 90Km de ciclismo e 21,1Km de corrida

Quem acompanha este blog há mais tempo vai se lembrar que ano passado falei sobre Adriano Sacchetto, na época, a maior revelação do Triathlon brasileiro, candidato a medalha olímpica em 2016, e se continuar neste ritmo, até já em 2012.

De Belo Horizonte, mas sem apoio de grandes patrocinadores e da mídia. Exceção feita ao jornal Hoje em Dia que já dedicou uma página à sua evolução no ranking e ao esforço diário que ele mantém para chegar entre os primeiros.

Apoio das autoridades do esporte em Minas, nem pensar!

Sábado ele surpreendeu a todo mundo e superou a todos os competidores mais famosos e experientes, ao vencer o Ironman, uma das mais difíceis provas do Triathlon mundial.

Confira as informações do site da revista MundoTRI – Triathlon – Ironman – http://www.mundotri.com.br

* 1ª vez: Adriano Sacchetto e Susana Festner vencem Ironman 70.3 Brasil

O mineiro Adriano Sacchetto e a gaúcha radicada em Brasília, Susana Festner, venceram, pela primeira vez, o Ironman 70.3 Brasil. A prova, disputada em Penha/SC, contou com mais de 700 atletas de todo o Brasil e de vários países estrangeiros. 

Os campeões 

Sacchetto fez uma prova taticamente perfeita. Com uma boa natação, logo se juntou ao grupo da frente no ciclismo, formado por Chicão Ferreira e Reinaldo Colucci.

Sacchetto ditou o ritmo e fez o grupo abrir dos perseguidores. Na metade da última volta, Adriano deixou Chicão e Colucci, chegando na T2 com uma grande vantagem, sobre os grandes corredores: Santiago Ascenço, Ezequiel Morales e Guilherme Manocchio. Com uma corrida consistente, Sacchetto mostrou que é um triatleta completo e conquistou o primeiro título de Ironman 70.3 da carreira.

ADRIANOSacchetto garantiu a vitória no pedal 

Sacchetto ditou o ritmo e fez o grupo abrir dos perseguidores. Na metade da última volta, Adriano deixou Chicão e Colucci, chegando na T2 com uma grande vantagem, sobre os grandes corredores: Santiago Ascenço, Ezequiel Morales e Guilherme Manocchio. Com uma corrida consistente, Sacchetto mostrou que é um triatleta completo e conquistou o primeiro título de Ironman 70.3 da carreira.

Susana Festner mostrou uma evolução enorme na natação em relação ao ano passado. A atleta conseguiu sair próxima às principais competidoras. No pedal, Susana se manteve no ritmo das suas atletas, o que a permitiu uma corrida muito forte depois.

Susana correu o início da corrida com Vanessa Gianinni, e todos acreditaram que esse seria o duelo pela vitória. No entanto, Susana apertou o ritmo e deixou Vanessa, ultrapassando também. Maria Soledad Omar. Restava somente a sul-africana Claire Horner, que sucumbiu à grande corrida de Festner (abaixo dos 4min/km) no fim da prova.

SUZANA

Susana fez uma corrida arrasadora

Top 5 – Ironman 70.3 Brasil

Masculino

1. Adriano Sacchetto (3:49:52)

2. Santiago Ascenço (3:51:59)

3. Reinaldo Colucci (3:52:18)

4. Ezequiel Morales (3:52:41)

5. Guilherme Manocchio (3:55:01)

Feminino

1. Suzana Festner dos Santos (04:18:36)

2. Claire Horner (04:19:00)

3. Maria Soledad (40:20:08)

4. Vanessa Gianinni (04:22:22)

5. Mariana de Andrade (04:33:36)

 

* Mais fotos e vídeos, acesse: MundoTRI – Triathlon – Triatlo – Ironman – http://www.mundotri.com.br

* A origem do nome da prova:

Porque 70.3?

O número 70.3 se refere à metade da distância de um Ironman, em milhas.

Isso significa que o Ironman 70.3 possui a metade das distâncias praticadas da prova que ocorre anualmente em Florianópolis. São 1,9Km de natação, 90Km de ciclismo e 21,1Km de corrida.

* A lista com o tempo de todos os atletas que cruzaram a linha de chegada: http://www.latincrono.com.br/70.3/