Blog do Chico Maia

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Foi amistoso, mas virada do Cruzeiro em Bragança Paulista dá moral ao treinador e confiança aos jogadores neste início de trabalho

Foto: Ari Ferreira #RedBullBragantino

 

Não vi o jogo, mas sempre gosto e confio nos comentários do Luciano Dias, da Band, como nesta twitada dele:

@jornlucianodias
“Mudança da água pro vinho do Cruzeiro no segundo tempo passa muito pelo ajuste dos volantes que dão mais opções e qualidade na saída de bola. E pelos garotos que estão com fome: Stênio e, principalmente, Daniel Jr.”
***
Os técnicos puderam mexer à vontade e depois de todas as mudanças no segundo tempo é que o Cruzeiro virou de 2 a 0 para três a dois. Os times e as substituições:
Cruzeiro
Rafael Cabral (Anderson); William (Igor Formiga), Lucas Oliveira (Ian Luccas), Luciano Castán (Matheus Jussa) e Marlon (Kaiki); Richard (Machado), Ramiro (Neto Moura (Rafael Bilu)) e Mateus Vital (Neris); Nikão (Daniel Jr.), Wesley (Stênio) e Gilberto (Matheus Davó).
Técnico: Pepa.
Bragantino
Lucão (Maycon); Aderlan, Lucas Cunha (Realpe), Natan (Luan Patrick) e Juninho Capixaba (Jonathan); Matheus Fernandes (Jadsom Silva), Gustavinho (Eric Ramires) e Bruninho (Lucas Evangelista); Everton (Artur (Praxedes)), Thiago Borbas (Alerrandro) e Talisson (Sorriso (Popó)). Técnico:
Pedro Caixinha.

Não dá pra entender: com times parados nas datas FIFA, decisão do estadual divide atenção e esforços com a Libertadores e Sul-Americana

Foto: João Zebral/América

Aqui no blog, o Paulo F. questiona, com toda a razão, a estranha paralisação dos campeonatos estaduais, em “respeito” à data FIFA:

“Não consigo entender porque a final do mineiro foi marcada pra abril, com uma rodada da Libertadores marcada entre as partidas. A alteração do formato não foi pra reduzir o número de datas? Aí o time fica 2 semanas sem jogar, depois precisa fazer 3 jogos em 7 dias. Entra ano, sai ano, e continua a mesma várzea. Por mim entra com time misto no primeiro jogo e coloca os 5 principais jogadores no segundo tempo.”

 

No nosso caso, e da maioria dos demais estados, para um jogo mequetrefe da seleção brasileira contra Marrocos, que não atrapalharia a escalação de nenhum time.

Depois de um fim de semana à toa, Atlético e América iniciarão a final do Campeonato Mineiro neste domingo, dia dois, e depois pegarão pedreiras no meio de semana pela Libertadores (Galo quinta-feira, dia seis, contra o Libertad/Paraguai) e Sul-Americana (quarta, dia cinco, contra o Peñarol/Uruguai). E voltarão a campo, para o segundo jogo da final, no outro domingo, dia nove.

Os dirigentes dos clubes aceitam “cordeiramente” as imposições da CBF e federações, e depois reclamam. Até parece que não são eles quem fazem os espetáculos e têm despesas altíssimas para manter seus times.

O sete-lagoano Edísio Torres, ex-jogador do Democrata, atual radialista, da Rádio Musirama, enviou um protesto ao blog sobre o assunto:

“Oi Chico boa noite. Neste final de semana ouvi na Itatiaia, na Globo Minas e o Toledo também em uma propaganda de um site de apostas, dizer que o Campeonato Mineiro deu uma pausazinha. Meu Deus! Hoje domingo teve 2 jogos pelo CAMPEONATO MINEIRO: Patrocinense x Caldense e Vila Nova x Tombense. Eles dizem isto porque os da capital não jogaram. Desculpe mas eu preciso dizer: TEMOS UMA IMPRENSA COVARDE.”

Sobre a final do Mineiro, considero imprevisível. O Atlético tem um elenco melhor, mas Eduardo Coudet ainda não conseguiu encontrar a melhor formação. O América tem um time pronto, muito bem montado pelo Wagner Mancini.


Com o oitavo técnico português da Série A brasileira, Cruzeiro tenta mostrar uma nova cara contra o Bragantino

Imagens: @Cruzeiro 

Diz o ditado que “de bem intencionados o inferno está cheio”, no caso do futebol, sem jogadores de qualidade nenhum time briga por títulos e treinador não opera milagres.

Mas há técnicos que diminuem os danos, mesmo com elencos fracos. Vamos ver se o português Pepa, 42 anos de idade, vai se encaixar neste perfil.

Óbvio que chegou fazendo uma média geral, tentando passar otimismo e imagem de moderno. Deu uma massageada no ego dos seus novos comandados ao dizer que a “qualidade técnica é muito grande”, e foi humildade ao dizer que tem que adaptar primeiro a tudo e a todos em Belo Horizonte, sem querer “mudar tudo”, com costuma acontecer com os mais afoitos que chegam. Também elogiou o antecessor e o que encontrou na Toca da Raposa: “Tenho que dar parabéns ao grupo e ao Paulo (Pezzolano), porque a intensidade é muito alta e isso facilita o meu trabalho. A primeira impressão foi fantástica. E de estafe, então, é brutal”.

Este amistoso contra o Bragantino será bom para sentir o enredo. Se a perspectiva será de drama ou de uma aposta com final feliz no oitavo português dirigindo clube da nossa Série A em 2023. Os outros são: Abel Ferreira (Palmeiras), Renato Paiva (Bahia), Pedro Caixinha (do próprio Bragantino), Vitor Pereira (Flamengo), Luiz Castro (Botafogo), António Oliveira (Coritiba) e Ivo Vieira (Cuiabá).


Sorteios na Conmebol puseram o Atlético num grupo tranquilo da Libertadores e o América no mais difícil da Sul-Americana

Quando se tem um bom time, qualquer adversário tanto faz. Quando não se tem, todo adversário é de alto risco.

O Atlético caiu no Grupo G, que tem o Athletico/PR como cabeça de chave, o paraguaio Libertad e o Alianza Lima, do Peru. Aparentemente, “filet”, com favoritismo dos dois brasileiros para se classificarem.

Já na Sul-Americana, o América ficou no Grupo F, teoricamente mais difícil da competição e vai enfrentar o Peñarol do Uruguai, o colombiano Milonários (eliminado pelo Galo na pré-Libertadores) e o Defensa y Justicia, da Argentina.

Acredito piamente que uma das vagas para a próxima fase será do Coelho.


Torcedor invasor precisa ter tratamento mais duro; jogador agressor/brigador tem que ser suspenso

Foto: twitter.com/goleada_info

Nada justifica invasão de gramado por torcedores, para agredir, nem para tirar foto com um jogador qualquer e nem para protestar a favor ou contra qualquer causa.

Durante a Copa do Catar houve algumas, a mais famosa de um italiano.

A FIFA barra e pede à imprensa que não dê muito destaque para essas invasões, para não incentivar essas ações mundo afora.

No Brasil essa prática vem aumentando em todos os estados, especialmente porque ao invés de punição exemplar aos invasores, os clubes ou jogadores dão proteção a essas figuras.

O que aconteceu em Porto Alegre depois da eliminação do Inter pelo Caxias, em pleno Beira Rio, foi um absurdo. O sujeito com uma criança no colo que invadiu o campo e agrediu jornalista e jogador do Caxias deveria estar preso. Mas, deve ter costas largas, já que nem o nome do infeliz foi divulgado pela polícia gaúcha. Esteve numa delegacia, hoje, para depor e depois foi liberado.

O @goleada_info noticiou que “Na súmula de Internacional x Caxias, o árbitro Rafael Klein registrou 10 expulsões na partida.”

Foram sete do Inter e três do Caxias. Os do Internacional foram que iniciaram a pancadaria contra os colegas de profissão que acabaram de eliminá-los. Deveriam ser suspensos por um bom tempo, mas a tendência é que a única punição seja o pagamento de uma multa.

E assim, a violência e a bagunça vão crescendo e se perpetuando o futebol.


Hoje é dia de emoção no Mineirão: para assistir o último show do Skank

Foto extraída do Youtube pela minha sobrinha Bruna, do clipe da música Uma partida de futebol 

Como o tempo passa depressa. Outro dia mesmo o Skank estava na nossa bancada do Minas Esporte, falando de futebol. Samuel Rosa e Henrique Portugal, cruzeirenses; Lelo Zaneti, Haroldo Ferretti e Fernando Furtado, atleticanos.

Obrigado ao Thiago Nogueira, da comunicação do Mineirão, que postou mais cedo esta foto, que por uma feliz coincidência de autoria do amigo Eugênio Sávio.

Tive a honra de ser integrado à pelada semanal que eles organizavam entre músicos e outras bandas de Belo Horizonte. Também tive a honra e privilégio de ser convidado para todos os shows, em Minas e no mundo. Durante a Copa da França em 1998, fui no furgão com eles para o Estádio Parque dos Príncipes em Paris. Show promovido pelo Raí, ídolo até hoje do PSG.

Também o privilégio e honra de ser convidado para a gravação do clipe da música Uma partida de futebol. Um dos dias mais felizes da minha vida, pois tive o prazer de conhecer pessoalmente um ídolo da minha infância: Renato, goleiro do Atlético, campeão brasileiro de 1971. Que figura fantástica. De uma generosidade impressionante.

Foi na preliminar de um clássico Atlético x Cruzeiro,. No vestiário, na hora da distribuição das camisas e escalação do time, para o meu espanto, o Renato disse: “quem vai começar jogando e você!”.

__ Eu???

__ Sim, você é o goleiro do time normalmente e tem que começar jogando, pois sou apenas um convidado eventual.

 

Insisti que não, pois ele era o Renato, ídolo de atleticanos, flamenguistas e de quem gosta de futebol, pois foi goleiro da seleção brasileira também. Ele não aceitou nenhum argumento e lá fui eu, enfrentar os chutes do Nelinho, que tinha parado há pouco tempo, e um monte de ex-craques.

Mas nosso time também era ótimo, com Reinaldo e Éder, por exemplo. Sem falar que o Samuel Rosa jogava e joga muito. Foi jogador de futsal do Olímpico, chegou à seleção mineira. Só interrompeu a carreira porque o sucesso como vocalista falou mais alto. Outros que jogavam muito como o Evandro Mesquita, Gabriel Pensador, Ivo Meireles e Bauxita.

O resultado foi 2 a 2. Uma bola chutada pelo Nelinho passou “zumbindo” perto da minha orelha, mas foi para fora. Joguei todo primeiro tempo e depois fui pro banco bater palmas para o Renato e aguardar por um autógrafo dele.

Pois, o Skank faz hoje seu último show, às 19 horas. Além das músicas deles, tive e tenho mais este privilégio e honra de ser chegado desses caras espetaculares, como artistas e como gente.


Parabéns à família alvinegra mundo afora: 115 anos do Clube Atlético Mineiro, hoje!

Parabéns também ao Alexandre Kalil, pelo aniversário, coincidentemente, hoje também!

Falar o quê do Galo!

Que Galo é Galo, e estes foram os maiores times do Atlético que vi jogar

Motivo de paixão de milhões pelo mundo!


No Cruzeiro, novo visual do Raposão e Raposinho, por enquanto, foi tiro no pé

Celebrando os 20 anos do lançamento, o Cruzeiro apresentou novas versões do Raposão  e Raposinho. Fotos: divulgação/Cruzeiro

De repente, explosão nas redes sociais com manifestações de revolta de cruzeirenses e memes de gozação dos adversários. Parecendo até que o Cruzeiro teve uma derrota acachapante dentro de campo mais cedo, mas não: possivelmente sem fazer uma pesquisa de mercado ou consultar um número representativo de torcedores, a turma do marketing Ronaldo soltou estes substitutos do Raposão e Raposinho originais, que eram adorados pela maioria absoluta da torcida do clube.

Até agora, nenhum elogio, muitíssimo pelo contrário.

O depoimento mais dramático até agora foi do Fubá, tradicional animador das arquibancadas, que mandou áudio em tom pessoal para o Ronaldo, lembrando dos tempos em que vendia roupas para ele, quando chegou para a base do Cruzeiro: “. . . ô Ronaldo, espero que este aúdio chegue até você… cara, faz isso com a gente não véio … num deixa a gente virar chacota não Ronaldo… por favor cara; pô cê tá de sacanagem com nós véio;  como é que cê muda o Raposão desse jeito aí cara? faz uma enquete; faz uma enquete aí e pergunta se a torcida, se ela apoia ou não cara; num vai fazendo as coisa não Ronaldo;  a gente sabe que cê é dono do clube zé; mas num faz isso com nós não porra; porra tu tá de sacanagem com nós, caramba; porra tá de sacanagem Ronaldo; porra, pô, faz isso não meu irmão!”

O jornalista Fernando Rocha, ex-Rede Globo, também não gostou e postou no twitter:

@fernandoroch “Cruzeiro perdendo centenas de sócios TODOS OS DIAS. O mkt: Vou mudar o Raposāo.”
@fernandoroch
***

O SuperFC registrou mais protestos da torcida:

* “Cruzeiro muda visual de mascotes e revolta a China Azul”

Mascotes do Cruzeiro, Raposão e Raposinho ganharam ‘nova roupagem’, mas maior parte da torcida celeste detonou a mudança.

https://www.otempo.com.br/sports/cruzeiro/cruzeiro-muda-visual-de-mascotes-e-revolta-a-china-azul-1.2836051


Para o Cruzeiro será ótimo se Pepa repetir o exemplo do mineiro Marcelo Oliveira e não do português Paulo Bento

Pedro Miguel Marques da Costa Filipe, 42 anos, dirigiu: Sanjoanense, Feirense, Moreirense, Tondela, Paços de Ferreira, Vitória de Guimarães (todos de Portugal) e Al Tai (Arábia Saudita). Foto: divulgação

O novo técnico da Raposa chega sob desconfiança geral, para substituir Paulo Pezzolano, assim como Marcelo Oliveira chegou em fins de 2012 para substituir Celso Roth.

Mineiro, marcado como ex-grande jogador do Atlético, Marcelo não contava a simpatia dos cruzeirenses e nem da imprensa, que apostava que o Cruzeiro brigaria contra o rebaixamento no Brasileiro de 2023. Junto com o diretor de futebol Alexandre Matos, que vinha de bons trabalhos como executivo do América, eles montaram um elenco barato, garimpando jovens promissores de clubes menores do país e apostando em veteranos, que já desciam ladeira na carreira e que não tinham mais espaços em clubes grandes.

De repente, começou vencer concorrentes super favoritos ao título. Os críticos, inclusive cruzeirenses, diziam que eram “zebras”. Daí a pouco, o futebol de velocidade e muito bem treinado pelo Marcelo, pegou uma dianteira na tabela e ninguém mais o alcançou. Calou a boca de todo mundo e acabou com a hegemonia de paulistas e cariocas, que se revezavam nas conquistas do campeonato nacional. Graças à humildade e competência do Marcelo Oliveira e Alexandre Matos. Para refrescar a memória dos menos ligados, o elenco montado por Alexandre Matos e Marcelo Oliveira em 2013, tinha como titulares: Fábio, Ceará, Dedé, Bruno Rodrigo e Egídio; Lucas SIlva, Nilton, Éverton RIbeiro e Ricardo Goulart; Willian Bigode e Borges. No banco: Rafael, Mayke, Paulão, Léo, Everton; Leandro Guerreiro, Souza, Júlio Batista, Alisson; Luan e Dagoberto. À exceção de Fábio e Dedé, que eram jogadores cobiçados à época, um elenco que também não inspirava confiança em ninguém.

O português Pepa chega também sob absoluta desconfiança, por mais que alguns mais apaixonados da mídia tentem dourar a pílula de um curriculum de sucesso que ele ainda não tem. O futebol, periodicamente apresenta surpresas altamente positivas. Quem sabe o Pepa repete o Marcelo? Para a felicidade geral do mundo azul ele não pode repetir é o patrício dele, Paulo Bento, em 2016, que chegou com toda pompa, contratado a peso de ouro. Tinha no curriculum trabalhos no Sporting Lisboa e seleção portuguesa de 2010 a 2014. Não deu liga e o Cruzeiro chegou a flertar com o rebaixamento.

No Brasil, pouca gente do futebol, principalmente da imprensa, já ouviu falar no Pepa. Em Minas, ninguém. Mas, ele pode surpreender e conseguir fazer este grupo conseguir os resultados que o Pezzolano não conseguiu e que o fez jogar a toalha. De repente, estamos recebendo em Belo Horizonte um novo gênio do futebol, tipo Abel Ferreira, para calar a boca de todos os críticos e desconfiados, inclusive cruzeirenses.


Ronaldo ainda não se deu conta de que a lua de mel com a torcida do Cruzeiro acabou

Grande jornalista e meu amigo Orlando Augusto, postou esta foto no twitter dele, com a pergunta: @orlandoaugusto2 “É justo isso? Dê sua opinião por favor”

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A minha opinião: claro que é, caro Orlando. Ronaldo adquiriu o futebol do Cruzeiro visando negócios, lucro, aumentar a fortuna dele. E fechou acordo com o então presidente Sérgio Santos Rodrigues em tempo recorde, num mistério danado, quando a lei da SAF mal tinha saído do forno em Brasília.

Claro que a torcida se empolgou no primeiro momento. Um ídolo do clube, grande nome do futebol mundial, bem relacionado, rico e etecetera e tal. Os cruzeirenses pensaram que dinheiro iria jorrar, grandes aquisições seriam feitas e o clube voltaria à prateleira de cima do futebol nacional.

Tomou medidas duras, que tinha que tomar, mandou para Belo Horizonte pessoas da confiança dele para tomar conta da Raposa e as coisas começaram a funcionar bem. Ganhou a Série B com um pés nas costas, depois de três longos anos de impotência da diretoria anterior.

Aí chegou a hora do “vamos ver”, montar um bom time para o retorno triunfal à Série A. E o que se viu até agora? Desmanche completo do time campeão da Série B, com a saída inclusive de jogadores importantíssimos como o zaueiro, capitão Eduardo Brock e o artilheiro Edu. Contratou “oportunidades” de mercado, como Nikão e Gilberto, de glórias passadas em outros clubes, porém, que ainda não justificaram a que vieram.

Não conseguiu vencer até hoje nenhum time da Série A. Na raça, empatou com o Atlético, mas perdeu com incrível facilidade os dois jogos da semifinal contra o América.

Ora, ora, isso é Cruzeiro, caro Orlando Augusto! Ronaldo tem feito mil promessas desde que assumiu a SAF, mas até agora, só palavras ao vento, e o óbvio temor dos torcedores de uma campanha pífia no Brasileiro que está chegando. Quer o quê? Aqueles aplausos dos tempos em que ele balançava com fartura as redes adversárias, nos idos do início dos anos 1990? Depois daquilo ele rodou a Europa e o mundo, ficou famoso, ficou milionário e neste tempo, nunca nem citou o Cruzeiro ou Belo Horizonte como seu berço, ou seu trampolin para o sucesso fenomenal que teve. Muito pelo contrário.

Aí, retorna às nossas montanhas, faz um negócio da China, não enfia a mão no bolso e nem usa o seu prestígio pessoal para montar time e reclama de vaias e xingamentos. Hoje ele é mais um dirigente e empresário do futebol brasileiro em busca de bons negócios e a realidade e essa.

Falou com o Zidane e vive falando nas redes sociais dele que se ele não comprasse, o Cruzeiro “ia acabar”. Uma grande mentira que não teve a contestação de ninguém da imprensa dita cruzeirense, que sabe que isso é uma balela. O Cruzeiro vivia e vive mais uma crise administrativa/financeira como a da maioria dos grandes clubes brasileiros. Tanto, que depois de por para fora o presidente Wagner Pires de Sá e cia., houve uma disputa eleitoral entre o Sérgio Rodrigues e o Ronaldo Granata, no dia 21 de maio de 2020.

Eleito, o novo presidente disse em entrevista: “É indescritível, é um grito guardado na garganta há três anos. O torcedor pode ter certeza que eu saí da mesma arquibancada que eles, eu sempre estive em campo também, com pai conselheiro do Cruzeiro. Representar vocês é algo fora do comum, então não tenha dúvida que com muita garra e ainda mais determinado para a gente poder sair dessa situação difícil. A gente precisa de paz, a gente precisa que a torcida nos abrace e acredite no nosso projeto para que o clube suba para a Série A no ano que vem e a gente tenha um belo centenário”.

Fez um mandato ruim e tirou Ronaldo da cartola.

Mas, Ronaldo é empresário, dono de um clube em Belo Horizonte e outro em Valladolid, na Espanha. Já teve um também nos Estados Unidos. Se der lucro, ótimo, se não der, bola pra frente, ou passa pra frente. Afinal, nem morar em Minas Gerais ele mora.

Aliás, a torcida só tem chance de manifestar a insatifação dela, diretamente a ele, nas raras vezes em que ele estiver no estádio, como no jogo contra o América, quando ele ouviu: “Ei, Ronaldo, vai tomar no c…”.

Que o empresário Ronaldo cumpra as promessas de montar um time competitivo ou aguente ouvir ou ler xingamentos, pois isso é o futebol e ele é dono é do Cruzeiro.