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Essa derrota absurda para o combalido Corinthians acendeu o sinal amarelo, pelo menos entre os torcedores, já a que a diretoria parece que ainda não sabe o que fazer para esta situação na qual o Galo se encontra.

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Opiniões de atleticanos, entre famosos e não famosos.
Cris Galo:
SAF sem entendimento de futebol NÃO resolve nada.
Silvio Torres
“Qualquer pessoa que tenha visto o que o Atlético fez em campo contra o América não tem a menor ilusão no confronto contra o Palmeiras. Pra quem não acredita no que estou dizendo, só assista o que vai acontecer contra o Corinthians.” Só repetindo meu comentário de dois dias atrás. Povo preocupado com a extinção dos jegues no Nordeste. Sem estresse, a diretoria do Atlético perpetua a existência da raça dos jumentos.
Horácio Duarte
Sempre bom lembrar, estávamos no G4, e tinhamos chances na libertas. Aí a diretoria do Galo cria, mais uma, crise para mandar o técnico embora. A falta de dinheiro é o resultado da merda que fizeram ano passado.
Contratam o Felipão, na realidade, foi o único que se dispos. Pode escrever aí, se no contrato não tiver multas por rescisão absurdas o Galo só consegue retranqueiro de série b.
Uma semana de treino não muda nada, acabou o brasileirão, vamos treinar para a libertas, Filipão é técnico de resultados. O retranqueiro do parmera que nos aguarde.
Vou anotar a lista que os spikes fazem com os jogadores que, na opinião deles, não estão jogando nada. No começo do ano era um dos melhores elencos e a culpa era do Coudet, da falta de esquema, blabla blablablá.
Agora são os jogadores que sobraram. Ano passado foi assim também. Esses caras entendem tanto de futebol quando a diretoria de várzea que dirige o clube e que dao as ordens pra eles.
Antônio Silva
Bando de incompetentes, venderam os melhores e deixaram os chupa-sangues, que não suam a camisa e ganham uma fábula no Galo. Quando vejo Hyoran, que não serviu para o Coritiba nem para o Bragantino ser titular do Galo. Edenilson nem Patrick deram retorno, Mariano já era, a zaga muito lenta, falta armador e pontas habilidosos. Deviam fazer quem contrata arcar com esses prejuízos no Galo.
Márcio Luiz
Outra coisa: onde estão aqueles DESOCUPADOS que encantuaram o Coudet em seu local de trabalho em pleno horário comercial?
Por que não fazem isso com um dos “donos” do Atlético. Por quê???
Fernando Rabelo
O Fred de Melo resumiu numa coluna as entrelinhas. Pra comprar barato a SAF é melhor estar em queda do que no topo. Os mesmos que estão “desfinanciando” serão os futuros compradores.
William Dorneles
Surreal a folha de pagto do Atlético, sem contar o cabide de emprego de ex jogadores… Nunca vi tanto gringo ruim de bola, o tal de Maurício Lemos é o pior, nao tem posicionamento , fraco em bola aérea, não dá combate…. Bataglia, lento e sem posicionamento; Pavon, jogadorzinho meia boca ( salario de 1,2 mi). Edenilson, misericórdia! Patrick, Mariano, Rever…….Sofremos de pseudos diretores de futebol, onde o cara joga pelo ralo milhões e milhões de reais …. E o tal ou a tal de CIGA ou seria SIGA para a segunda divisão!
Jean Marcel
Alguém já disse isso, “não estava muito bom, mas agora parece que piorou”. Galo está jogando uma bola pequenina demais para ressuscitar algum time. O que estamos vendo é um time tão morto quanto o próprio Corinthians. Quanto à SAF, como escreveu o Fred Melo Paiva na sua coluna, “um plano perfeito, executado com maestria”.
Jesum Luciano da Silva
Vai ser um martírio arrumar 45 pontos, cegaram a todos com promessas mirabolantes, temos um time com uma alta folha salarial, mas com vários boi cansado, não conseguem disputar campeonato de alto nível, tão brincando com fogo, tamo flertando com segunda divisão, se cair não vai ter SAF ou arena que vai acalmar fúria de torcedor, prometeram austeridade e de 21 pra cá só pioraram o time e aumentaram a dívida, só para exemplificar o VASCO, ganhou 2 jogos no campeonato, uma foi de nós, inventaram um tal de CIGA, que só indica bonde para jogar no galo, acorda diretoria.
O Fred Melo Paiva é um atleticano ferrenho, da gema e pôs os dedos na ferida, na coluna dele de ontem no Estado de Minas:
* “Nova SAF do Galo é um ‘case’ para o futuro”
Se bem executado, é golpe de mestre. Você quebra e, de quebra, vira ídolo e ganha musculatura como força política
Pode pesquisar: eu cantei a bola, pelo óbvio ululante que o cenário estava a demonstrar. Primeiro vão sucatear, depois vão comprar na baixa – o clássico modelo de privatização da coisa pública pela força da grana que a tudo abocanha.
A nova SAF do Galo, a se confirmar a composição de sua propriedade, é a mais nova atualização da cartilha de compra e venda dos liberais sem nenhum pudor. Ela se inscreverá como “case” a ser estudado no futuro quando se quiser compreender a voracidade e a sagacidade dos operadores do dinheiro farto. Sucateia, bota pra vender – e você mesmo que fez o preço vai lá e compra.
Antes, ao sucatear uma empresa pública de energia elétrica, por exemplo, o pobre do consumidor ficava sem luz – e passava maus bocados até que se apresentasse o salvador da pátria capaz de arrematá-la no leilão. No caso do Galo, redescobriu-se a pólvora: era possível sucatear fazendo um estádio novo e um time campeão.
Quando o próprio processo de sucateamento leva a se atingir metas pra lá de vitoriosas, não há ônus pessoal ao sucateador, o que na antiga cartilha talvez servisse de freio e contrapeso ao tamanho da destruição. Agora, pelo contrário, o destruidor pode usufruir das benesses pessoais, sociais e políticas advindas do aniquilamento. Se bem executado, é golpe de mestre. Você quebra e, de quebra, vira ídolo e ganha musculatura como força política, um círculo virtuoso que torna ainda mais viável seu objetivo final.
A nova SAF do Galo, se concretizada, não deixa ponto sem nó. Veja o caso do estádio. Seu terreno seria inviável para o simples loteamento e construção de prédios de apartamentos. Liberar uma área verde daquele tamanho, com nascente de água e pássaros em extinção, só seria possível graças ao interesse social da obra. Tal terreno foi “doado” ao estádio do time da cidade. Concluído, será agora entregue ao doador, ao mesmo tempo o vendedor e o comprador do clube do qual se era tão somente “mecenas”. Se os mecenas de Michelangelo fossem os mecenas do Galo, teriam terminado donos do Vaticano e da Igreja Católica.
O estádio foi vendido ao Conselho Deliberativo como obra assegurada contra quaisquer contratempos que pudessem encarecê-la. Quando encareceu não havia seguro – e nem Conselho, aparelhado que foi. Aproveitou-se para mais uma jogada de mestre: jogou-se a conta no colo do desafeto político, cuja política não era a mais vantajosa para os negócios diversos dos futuros donos do time, também donos, agora, de parte da imprensa. Não há fio que se tenha deixado desencapado nessa história. É um plano perfeito, executado com maestria.
O jornalista Rodrigo Capelo, especialista em finanças de clubes, cunhou a melhor imagem sobre a SAF do Galo. O vendedor sentou-se à mesa com números e papéis. Fez sua propaganda, botou o preço, apresentou a proposta. Tendo terminado a exposição, levantou-se, deu a volta na mesa e sentou-se de novo, agora na condição de comprador: “Eu aceito”. Podia estar no XVideos, de tão obsceno.
É um filme pornográfico em que, ao final, a gente levanta e aplaude, como se fosse uma ópera: “Pelo menos são atleticanos, melhor assim”. De fato. Peter Grave, o Peter Túmulo, sempre me pareceu uma opção um tanto funesta, ainda mais que o sujeito só tinha uma única foto, e era impossível saber se aquilo era o avatar de alguém mais ou apenas a estranha figura do homem de uma foto só.
É melhor aplaudir, ou o que faremos? Torcer para a Fórmula 1? Basquete? Pular do viaduto de cabeça lá embaixo? Melhor que sejam atleticanos! Foi um plano tão perfeito, que eu sou capaz de escrever essa coluna e ao final dizer, de coração: muito obrigado, pessoal, vocês salvaram a pátria.
A bem da verdade, tamanha maestria me faz pensar que não será de todo inesperado se daqui 30 ou 50 anos tivermos nos transformado numa incrível holding internacional. Não haverá mais Flamengo nem Corinthians, mas o Clube de Regatas do Galo e o Sport Clube Atlético Paulista, nossas filiais. “O mineiro vende queijos e possui bancos”, como diz o outro.
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