Não importa o lugar do planeta! Há jogadores de futebol que tentam ser muito espertos e enganam a muitos durante muito tempo, mas a casa acaba caindo.
Alguns casos recentes: o lateral Cicinho deu entrevista semana passada, dizendo que problemas com o álcool atrapalharam muito a sua carreira e vai tentar recomeçar a vida no Sport Recife.
Quando despertou a atenção jogando pelo Atlético, suas farras em Belo Horizonte ficaram famosas. A imprensa falava, mas como ele estava bem no time, dizia que era mentira e até os torcedores ficavam contra quem divulgava suas andanças noturnas.
Depois que foi para o São Paulo, ele mesmo chegou a dizer à revista Placar, que costumava beber a noite toda e ir direto para os treinos do Atlético.
Hoje, mais velho, reconhece que errou, e que gerou prejuízos aos clubes que o pagavam.
A seleção da França tem um cabeça cozida: o meia Samir Nasri, que vive às turras com a mídia francesa. Após a eliminação da Eurocopa pela Espanha, ele insultou um jornalista da France Press e só não saiu troca de socos e pontapés devido a intervenção de membros do comando francês.
Na estréia, contra a Inglaterra, fez um gol e correu em direção à tribuna de imprensa, mandando os jornalistas franceses calarem a boca:
“Escreves m*** todos os dias”, gritou revoltado, antes de se exaltar ainda mais: “Filho da p***, como podes escrever que eu sou mal educado?”
Foi repreendido até pelo técnico Laurent Blanc, que poderá deixá-lo de fora das futuras convocações por causa de seu comportamento intempestivo.
Richarlyson até hoje não justificou o alto investimento feito pelo Atlético em sua aquisição. Mas se expressa bem, tem sempre uma desculpa na ponta da língua.
O sujeito não “desaprende” de jogar futebol da noite para o dia. Se está inteiro fisicamente e não rendendo o que se espera, alguma coisa errada está acontecendo.
Isso serve para qualquer jogador ou profissional de qualquer área.
Pois nessa madrugada ele teve a carteira de motorista apreendida, no Centro de Beagá. De acordo com a polícia, estava com sintomas de embriaguez e se recusou a fazer o teste do bafômetro.
Pois é!
Agora há pouco, buscando notícias da Eurocopa nos jornais portugueses, li essas pérolas do Walter, que pertence ao FC do Porto e durou pouco no Cruzeiro, por não jogar nada do que se esperava dele.
Pôs culpa nos colegas e sobrou até para Belo Horizonte.
Confira o que ele disse ao portal “MaisFutebol”:
* “Walter despede-se do Cruzeiro: «Não me senti bem»
Avançado dos quadros do F.C. Porto ruma ao Goiás, depois de alguns problemas de adaptação ao Cruzeiro.
Walter já se despediu do Cruzeiro. O avançado, que estava cedido pelo F.C. Porto ao emblema de Belo Horizonte, ruma agora ao Goiás, da segunda divisão brasileira. No momento da despedida, o jogador assumiu problemas de adaptação.
«A minha cabeça não estava aqui. Até queria vir para o Brasil, mas não pensava no Cruzeiro. Foi mais pelo meu empresário. Fiquei muito feliz quando o Cruzeiro me contratou, mas é um lugar onde não me senti bem», explicou Walter.
«A cidade tem muitas obras, demora mais de 40 minutos para chegar ao centro comercial. Fica difícil passear com a família», acrescentou o jogador, que deixou também críticas ao espírito de grupo no Cruzeiro: «Em Portugal estávamos sempre na casa de um ou outro jogador. Aqui tinha poucas possibilidades de me encontrar. Senti um pouco a falta disso. Aqui só o Fábio e a esposa tentam juntar toda a gente. Algumas pessoas nem se encontram.»
Agora a caminho do Goiás, Walter acredita que o ambiente será diferente. «Vai ser melhor. Vou encontrar cinco ou seis jogadores que foram meus colegas no Internacional. A expectativa é boa, e espero voltar aos velhos tempos.»
http://futebolbrasil.iol.pt/noticia-de-manchete/walter-cruzeiro-goias-fc-porto-selecao-maisfutebol/1357012-6056.html
Sintomaticamente, o mesmo Walter deu desculpas semelhantes para justificar o mau futebol que levou o Porto a querer ficar livre dele.
Confira no mesmo portal, entrevista feira com ele no dia 20 de janeiro deste ano:
* “Entrevista a Walter: «Cheguei a sentir-me desesperado»
“Avançado conta tudo ao Maisfutebol. A onda de tristeza, o afastamento da equipa, a doença da filha bebé e o sonho de ganhar uma medalha nos Jogos Olímpicos
A personagem intriga. Uma temporada e meia no F.C. Porto, aparições intermitentes, média de golos muito interessante, problemas pessoais e empréstimo ao Cruzeiro de Belo Horizonte. Afinal, o que levou Walter a abandonar o Estádio do Dragão?
Na primeira entrevista a um jornal português desde a saída dos azuis e brancos, o ponta-de-lança não poupa nas palavras e larga vários desabafos. A não inscrição na Liga dos Campeões, a exclusão da equipa após a derrota em Coimbra, a subalternidade na luta com Kléber pela titularidade, motivos mais do que suficientes para mergulharem Walter «numa onda de tristeza».
A conversa começa precisamente por aí. Afinal, quais os verdadeiros motivos para o regresso antecipado ao Brasil? «Foi um conjunto de situações. Tudo piorou depois do jogo com a Académica para a Taça de Portugal. Perdemos 3-0, fui afastado da equipa e a minha confiança desapareceu», sublinha Walter ao Maisfutebol.
«Kléber não é melhor do que eu»
«A última vez que estive com a equipa foi a 10 de Dezembro, em Aveiro, e nem entrei. Percebi que o treinador tinha perdido a confiança em mim. Conversei várias vezes com a direcção, pois queria arranjar um clube onde pudesse voltar a jogar regularmente», conta o atacante, de 22 anos.
«O Porto não me queria deixar sair. A SAD demorou a decidir, até que voltei ao Brasil em Dezembro para definir o meu futuro. Foi uma fase terrível para mim. Não jogava, não treinava, estive 40 dias parado. Cheguei a ligar à minha mãe, desesperado. Foi a voz dela que me devolveu a esperança.»
«O Hulk não gostou que eu saísse»
Walter não jogava no F.C. Porto, viajou para o seu país à procura de uma solução e encontrou-a no Cruzeiro. Esta despedida, garante, nada tem a ver com o problema de saúde da sua filha ainda bebé.
«Isso foi em Agosto. Agora ela está bem. Aliás, a minha esposa queria continuar no Porto. Acredito que no Brasil terei mais tranquilidade. Gostaria de esclarecer também o que se passou comigo no Verão», pede o Bigorna. Desejo concedido.
«A minha filha nasceu prematura, apenas com seis meses de gestação. A pré-época tinha começado pouco antes, sentia-me bem e, de repente, passei a dividir os meus dias entre o hospital e os treinos», revela Walter, visivelmente emocionado na conversa com o nosso jornal.
«A sobrevivência dela foi um milagre. A minha sogra e eu passávamos horas de angústia interminável, a aguardar que a bebé e a mãe ficassem bem. Felizmente, elas recuperaram e estão óptimas.»
«Fiz falta ao F.C. Porto na Champions»
O que se afere das palavras de Walter é simples: a viver num limbo emocional, farto de entrar e sair da equipa, o avançado decidiu que estava na hora de voltar a reencontrar o prazer do golo. Daí a opção pelo Cruzeiro.
«Eu quero estar nos Jogos Olímpicos, ao serviço do Brasil, e com a minha situação no Porto isso não ia acontecer. Sonho conquistar a medalha de ouro em Londres e ser campeão do Brasileirão no Cruzeiro. Vou trabalhar e mostrar a todos que o Walter está bem vivo», promete ao Maisfutebol.
O contrato de Walter com o F.C. Porto estende-se até 2015. «No final do ano vamos ver o que sucede. Sei que os adeptos do Porto gostam de mim e adorava voltar a marcar golos no Dragão.»
http://futebolbrasil.iol.pt/noticias/walter-cruzeiro-goias-fc-porto-selecao-maisfutebol/1357012-1192.html